A noite só aparecia cada vez mais até ficar frio e o quarto em estilo japonês fica iluminado pela luz da lua Tsuna quieto e Yamamoto também sem dar reação alguma e nem se importar com a presença do pequeno garoto, Tsuna encosta-se na porta e não tira o olhar do garoto deitado em sua cama, começa a balançar seu pé direito de um lado para o outro, resolveu puxar assunto com o moreno.

- É... Yamamoto, quan-quanto tempo eu não o vejo, você não tem ido há escola eu estava ficando preocupado, trouxe até remédios pra você, achei que estava doente.

O Moreno nada diz, mas ao ouvir a palavra “preocupado” pelo garoto fica corado, mas que não dava pra perceber, se senta na cama se encostando na parede olha pra janela que não parava de iluminar com os  raios da lua, resolve falar intimidado.

- Se sentiu preocupado Tsuna?...

- Claro Yamamoto, porque a pergunta repentina?

- Por nada. – O moreno queria mudar o clima, mas não estava conseguindo disfarçar algum humor o garoto que lá estava o encarando pudesse não se preocupar pelo que ele sentia, forçou um sorriso. – Estou bem Tsuna, estava treinando com a espada e tem torneio de basebol chegando, tenho que estar preparado e não pude ir à escola porque sempre perdia a hora pra poder ir.

O garoto encarava o moreno sem nada pra dizer, não engolia aquela historia e não aceitava ver o moreno daquela maneira, Porque ele ta mentindo pra mim e pra ele mesmo, Yamamoto não essa pessoa que estou encarando... Pensava enquanto se aproximava da cama.

- Eu entendo... Mas não é desculpa pra não ir à escola, só se alguém tivesse vindo atacar a gente bem na hora da aula, bem, isso seria horrível e eu não gostaria que tivesse que lutar e se fosse na escola e quebrasse algo Hibari-san me condenaria e me morderia até a morte. –Começava a tremer como de mentira pra fazer graça pro moreno.

O moreno sorri, mas ainda é um sorriso forçado. Tsuna não tinha jeito, mas se sentou do lado dele na cama, Yamamoto só o observava se aproximar abaixou a cabeça logo em seguida quando o garoto se sentou ao seu lado como se não quisesse o encará-lo, Tsuna fica assustado sobre aquela reação e meio que sem pensar ele coloca a mão na testa do moreno e a outra em sua própria testa, a atitude faz Yamamoto corar, mas agora dava pra reparar as bochechas levemente rosadas.

-Você não está doente... Deve só estar sentido dor... Aonde dói Yamamoto?

Paralisado, sentia uma vontade enorme de abraçar o pequeno, mas o moreno se segurou para que não fosse estranho, o coração começava a bater mais rápido na simples inocência do outro garoto em perguntar, segurou a mão que estava em sua testa e a tirou da mesma a abaixando.

- Não tenho nada Tsuna, só... Estive cansado.

- Não... Está com dor, eu sei, o Yamamoto que eu conheço não teria esse rosto, ele se estaria com um sorriso verdadeiro no rosto rindo sem motivos só pra acalmar as pessoas que há em sua volta, você está machucado e não quer me contar, Yamamoto, sege sincero comigo e me diga, o que está te machucando? - Agora o garoto sentia firmeza nas palavras que dizia enquanto olhava seriamente o moreno segurar sua mão ainda com o rosto baixo. O que tem ele? Porque ele não me responde? Vamos Yamamoto, se abra comigo, cadê você ai dentro deste rosto entristecido?

Yamamoto corava cada vez mais, Tsuna realmente sentia preocupação por mim? Segurava forte a pequena mão do garoto, era um pouco gelada, mas confortante.

- Tsuna, se você gostasse de alguém, do qual sempre esta perto de você, mas outras pessoas também estão e parecia que não o enxerga, o que você faria pra chamar a atenção?

O Garoto do cabelo castanho cora e nada diz o que dizer para Yamamoto naquela hora, se o problema é amoroso não tem como ajudar, que conselhos dar pra essa situação se nunca passou um momento assim, sim o garoto tem seus problemas amorosos, mas não era algo que o fizesse ficar triste ou desanimado consigo mesmo, ele com o moreno segurando seu braço empurra até o peito do maior e começa a fazer caricias.

- Então... É aqui que dói - Tsuna pode ouvir as batidas fortes vindas do coração do moreno sem querer cora e não reagiu, mas continuou a acariciar como se nada tivesse alterado.

- Tsuna o que você acha de mim? O que estou falando? – Saiu sem pensar de Yamamoto,  olhou para o menor com um olhar desesperado, aquilo já estava preso na garganta a um bom tempo, no tempo em que descobriu que gostava de Tsuna e precisava falar.