Uma Nova Semideusa escrita por BDP


Capítulo 29
Capítulo 29


Notas iniciais do capítulo

Oi! A fic vai ser grande já que ninguém deixou um review falando que preferia uma menor... Enfim, não tenho muita coisa para dizer aqui em cima... Até lá embaixo!



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(POV Lily)


Sou acordada por um barulho infernal que esta lá fora. Esfrego os olhos e me espreguiço. “O que esta acontecendo?” Me pergunto.

Eu já estava a caminho das minhas roupas, para pegar uma e me trocar quando escuto a voz de Travis lá fora:

–Calma! Nós não fizemos nada! – Ah meus deuses, o que eles fizeram?

–Não fizeram?! – Gritou um filho de Ares. – Vocês tacaram papel higiênico no nosso chalé!

Ah meus deuses, dessa vez eles fizeram muita merda! Corri lá para fora, sem nem me importar que ainda estava de pijama.

Quando saí do chalé vejo todos os filhos de Ares num semicírculo e nele estavam os dois filhos de Hermes retardados.

Corro até lá e paro entre os meus dois retardados.

–Por que vocês fizeram aquilo? Estão brincando com a morte? – Sussurrei para que só eles escutassem.

–Hoje faz cinco anos que estamos no acampamento, precisávamos comemorar. – Sussurra Connor em resposta.

–Não acha que já tem problemas de mais com os filhos de Ares, Sampaio. – Gritou Clarisse.

–Na verdade eu acho que tínhamos que acertar uma conta, Clarisse. Lembra quando você agiu como uma covarde e me bateu enquanto eu estava de costas para você, sem espada e sem armadura? – A enfrentei.

Acho que eu passei dos limites, enfrentá-la na frente de todos os irmãos, e ainda a chamar de covarde. Por um instante achei que tinha afetado tanto Clarisse que ela nem reagiria, mas essa minha impressão foi embora logo que ela pegou sua lança e foi em minha direção.

Eu peguei meu anel e taquei para cima, de forma que quando Clarisse avançou eu já tinha minha espada em mãos.

Clarisse atacou, mas eu a defendi. Já estava com muita raiva dessa filha de Ares, muita mesmo! Ela foi tão covarde. Desferi um golpe em seu abdômen que começou a sangrar bastante, logo depois disso Quíron chegou e nos separou.

–Duas semanas levando prato, os quatro! Travis, Connor, Clarisse e Lily! – Ele disse antes de se retirar.

–Ótimo, duas semanas lavando os pratos por culpa de vocês. – Resmunguei, quando a confusão se desfez.

–Por nossa culpa! Você que irritou Clarisse! – Argumentou Connor.

–Para defendê-los! – Me defendi.

–Esta bem, a culpa é nossa. – Disse Travis, depois que viu que iríamos ficar nessa discussão por muito tempo. – Mas tínhamos que comemorar com estilo nossos cinco anos no acampamento!

Eu ri, eles nunca irão mudar, graças aos deuses, eu os amo do jeitinho deles.

Voltamos ao chalé de Hermes e eu fui tomar um banho. No banho me lembrei de tia Teresa, de quanto ela me fazia falta e de quão bom seria tê-la aqui.

Saí do banho botei uma roupa qualquer, assim que acabei de amarrar o último pé do tênis a concha soou, indicando que todos os chalés deviam se dirigir ao pavilhão para tomar o café da manhã.

À caminho do pavilhão eu não pude evitar de soltar uma risada, me lembrando de que eu acordei a mais ou menos uma hora e já tinha me metido em encrenca.

Já no pavilhão eu fui fazer minha oferenda aos deuses. Geralmente eu fazia para meu pai ou mãe, mas sinceramente eu não via o porquê de fazer isso agora. Estava aqui há mais de três meses e eu ainda não tinha sido reclamada, por que faria uma oferenda a ele ou ela?

Olhei para a fogueira onde eram feitas as oferendas e fiz minha oferenda a Hermes. O seu chalé me abrigou há meses, por que não fazer uma oferenda a ele?

Joguei meu melhor pedaço de bacon na fogueira e fui me sentar no meu lugar de sempre.

Comi meu café da manhã em silêncio e depois de devorá-lo eu me levantei e caminhei até onde Kate conversava com Chase.

–Oi Kate, vamos? – Perguntei, eu e ela combinamos de conversar e andar um pouco pelo Acampamento.

–Claro, te vejo mais tarde Annabeth! – Disse Kate para sua meia-irmã desprezível.

Chase me lançou um olhar mortal e eu fiz o mesmo, mas Kate me puxou para longe dali.

Começamos a andar pelo Acampamento, em busca de algum lugar confortável para nos sentarmos e conversamos. Avistamos uma árvore bem grande que fazia uma sobra enorme, nos caminhamos até lá e nos sentamos.

–Quer dizer que você já aprontou? – Perguntou ela.

–Como sabe? – Perguntei.

–Eu sei de tudo! – Ela rebateu.

–Mas ela mereceu! Aquela covarde! E pelo menos, fiz isso para defender Travis e Connor!

–Eu vi o que eles fizeram no chalé de Ares! Eles queriam tacar ovos, mas foi aí que as crias de Ares apareceram então eles saíram correndo. – Disse Kate rindo e me fazendo rir também.

–Duas semanas lavando louça. – Resmunguei.

Ficamos um tempo em silêncio, mas Kate o quebrou, mas ela não estava mais brincalhona, ela estava séria:

–Lily, preciso falar uma coisa, estou gostando de um garoto, o problema é que eu acho que ele na gosta de mim e que ele não é para mim, mas eu acho que não estou só gostando desse garoto acho que estou... Apaixonada. Eu sempre me pego pensando naqueles olhos e naquele sorriso sacana, mas acho que é impossível acontecer algo entre nós dois. – Confessou Kate.

–Ah meus deuses! Quem roubou o coração da minha pequena? – Falei entusiasmada.

Kate realmente estava apaixonada, só de falar neste tal garoto seus olhos brilhavam. Ela não falou mais nada, sua boca abria e fechava várias vezes, mas nenhum som saia de lá.

–Ele é filho de quem? – Tentei incentivar, mas acho que não deu certo porque ela cobriu o rosto com as mãos e se escondeu atrás de mim.

–Kate. – Disse a tirando de trás de mim. – Você sabe que sempre fica nervosa quando vai me confessar algo, mas sempre acaba confessando, alguns minutos depois.

Ela, ainda com o rosto nas mãos, murmurou algo impossível de se ouvir, então eu tirei as mãos dela do seu rosto e perguntei:

–Como? – Disse ainda segurando sua mão, para evitar que ela colocasse no rosto novamente.

–É o Connor. – Ela disse de olhos fechados.

–Jura?! Que lindos vocês juntos! Tão meigos e perfeitos e tudo! – Disse a abraçando.

Eu estava realmente muito feliz com isso, eles dois ficariam perfeitos juntos, a garota que ama livros com o garoto brincalhão. Enfim, ficaria perfeito.

Continuamos conversando e sempre que o assunto voltava a ser Connor e Kate a filha de Atena abria um sorriso, sem nem perceber, e seus olhos começavam a brilhar.

Depois de um tempo tivemos que ir treinar. Eu fui correndo me encontrar com Travis e Connor, porque novamente estava atrasada, mas isso não é novidade, eu sempre me atraso.

–Oi retardados e lindos do meu coração! – Disse os abraçando por trás.

–Atrasada. – Disse Connor.

–De novo. – Completou Travis.

–Desculpa, estava com Kate. – Justifiquei. – Enfim, vamos treinar? – Perguntei tirando meu anel do dedo.

–Claro.

Nós fomos para a arena onde todos nos esperavam. Lá nós começamos a duelar em duplas, eu duelei com Connor e Travis ficou com outro campista que não sei o nome.

Nós começamos a duelar e eu estava muito curiosa para descobrir o que ele achava de Kate. Sabia que não era a hora certa, mas a curiosidade foi mais forte.

–E então, Connor, o que você acha da Kate? – Perguntei enquanto defendia um golpe dele.

–Da Kate? – Perguntou. – Por que quer saber? – Perguntou confuso.

–Ah, é que ela é minha amiga, queria saber se você gosta dela, sobre o que você pensa dela. – Menti.

Ele parou de duelar para pensar, e eu também parei.

–Ah Kate é bem legal. Ela com certeza fica uma fera quando se trata de seus livros, mas não sei se ela gosta muito de mim. – Disse com cabeça baixa.

–Por que acha isso? – Perguntei um tanto confusa me sentando no chão e o fazendo se sentar ao meu lado.

–Ah, não sei, por exemplo, hoje de manhã, quando ela viu que estava prestes a tacar ovos no chalé de Ares, ela correu até mim, tirou os ovos de mim e começou a gritar perguntando se estava louco e se eu tinha perdido o amor pela minha vida.

Meus deuses, Connor é tão retardado! Ela fez isso para que os filhos de Ares não os matassem! Se bem que Kate nem me contou isso, devia estar com vergonha de demonstrar o quanto se importa com o filho de Hermes.

–Jura que você acha que ela não gosta de você? Quem disse que ela não estava tentando te ajudar? – Perguntei como quem não quer nada.

–Na verdade eu gosto dela, mas acho que ela não gosta de mim. – Disse Connor.

Eu queria fazer mais perguntas, mas achei melhor encerrar o assunto por aí, já que nós devíamos estar treinando e eu não havia treinado essa manhã.

–Melhor irmos treinar, não acha? – Disse depois de um tempo.

–Com certeza. – Connor se levantou e me ajudou a levantar.

Já de pé nos continuamos a duelar, no final eu estava tão distraída pensando na Kate e no Connor que o mesmo me desarmou facilmente.

–Perdida nos pensamentos? – Ele me implicou.

XXXXXXXXXXXXXXXXXX

Depois do treino eu fui andar pelo acampamento. Estava pelos campos de morango, perdida nos meus pensamentos sobre como juntar Kate e Connor quando escuto um barulho muito alto.

–Batman fique quieto! – Reclamou uma voz desconhecida.

Eu andei em direção a essa voz, devagar para que ninguém me escutasse. Já havia passado pelo limite do Acampamento quando vi um cão infernal enorme.

Arregalei os olhos com a surpresa e transformei meu anel numa espada. Nunca havia enfrentado um cão infernal antes, mas tudo tem sua primeira vez, não?

Segurei minha espada acima da minha cabeça e avancei em direção ao monstro, mas antes que eu pudesse perfurá-lo com minha espada uma garota, com cabelos castanhos claros e lisos, aparece na minha frente. Ela segurava uma espada que eu só havia visto igual uma vez, era praticamente idêntica a espada do Nico.

Olhei nos olhos da garota, tentando procurar algum... sentimento, mas era impossível descobrir algo. Seus olhos eram negros, como carvão.

–Fique calma, ele não vai atacá-la, esta comigo. – Garantiu a garota, mas eu não abaixei a espada, como podia confiar nela?

–Quem é você? – Perguntei.

–Maria Helena Santiago. – Respondeu calmante. – Eu quero falar com Nico. – Ela falou.

A garota tinha uma expressão determinada, dava para perceber, só de olhá-la que ela não sairia daqui antes de falar com Nico.

–Tudo bem, eu vou chamá-lo, mas entre no Acampamento, antes que algum monstro apareça. – Cedi.

Logo após que Maria Helena entrou eu saí correndo em busca de Nico, eu o achei treinando.

–Nico, vem comigo! – Gritei.

O filho de Hades caminha até mim, mas ela esta andando tão lentamente que eu perco a paciência e grito:

–Corre!

Assim que Nico chegou eu corri para o lugar onde tinha deixado Maria Helena. Quando chegamos lá ela estava sentada, encostada num tronco de uma árvore, brincando com o cão infernal. A garota nos vê e imediatamente se levante, vejo que ela se esforça, mas não consegue contentar de dar um grande sorriso quando vê Nico ao meu lado.

–Oi, eu sou Maria Helena Santiago, filha de Hades. E esse é o Batman. – Disse apontando para o cão infernal. – Tenho muita coisa para explicar...


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Notas finais do capítulo

Gostaram? Mais alguém gosta de Batman aí? Enfim, não fiquem bravos pela entrada repentina de mais uma personagem, é que ela inspirada numa pessoa muito importante para mim... QUERO REVIEWS, ou recomendações...



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