(POV Lily)

Estava dormindo, não estava tendo sonho algum, só estava dormindo, até que alguma desgraçada começou uma gritaria, fazendo com que eu acordasse. Abro os olhos e vejo que estou no chalé de Hermes, meu parente divino ainda não me reclamou.

–Bom dia! – Disse me espreguiçando e olhando para o beliche ao lado, onde Travis dormia na cama debaixo e Connor na de cima.

–Bom dia! – Eles disseram juntos.

Eu sorrio para eles e me volto para a campista que me acordou gritando.

–O que esta acontecendo? – Pergunto me levantando. Tecnicamente esse seria o trabalho do conselheiro do chalé, neste caso Travis e Connor, mas eles são preguiçosos de mais para tomar algum tipo de atitude.

–Alguém pegou meu celular! – Ela disse.

–Você sabe que isso é muito comum aqui – Digo rindo– devia ter o guardado melhor. Agora pare de gritar porque não podemos fazer nada, celulares não são permitidos e então nem adianta falar com Quíron. – Disse.

A garota me olhou com raiva nos olhos e saiu do chalé batendo o pé. Alice é o nome da garota. Ela era filha de Hermes, mas não se portava como uma, ás vezes acho que sou mais filha de Hermes que ela, se é que isso é possível.

Nós fomos ao pavilhão tomar café da manhã e eu, como sempre, me sentei entre Travis e Connor.

Depois da refeição falei rapidamente com Percy, pois tinha que ir treinar com o chalé de Hermes.

No treino eu ajudei uma nova campista e depois de ensiná-la alguns golpes nós duelamos em duplas: Eu e a nova garota contra Travis e Connor. Infelizmente eles tiraram proveito de eu ter que me responsabilizar pela garota, por estar ensinando a ela, e investiram bastante nela e eu tive que a defender, então eles ganharam da gente.

–Não foi justo. – Disse depois do treino.

Eles riram e disseram:

–Mas ganhamos do mesmo jeito, não? – Eu dei um pequeno soco no braço de cada um e fomos sentar e conversar. Ficamos um tempo conversando até que me lembrei do dia em que eu havia os conhecido.

–Sabia que eu acho vocês realmente muito parecidos com outros gêmeos que eu conheço? – Perguntei. – Havia reparado desde que os vi pela primeira vez.

–Quem? – Perguntaram.

–Vocês não devem conhecer... – Disse, mas eles insistiram. – O.K, eu falo! Acho vocês parecidos com os gêmeos Weasley! Fred e Jorge Weasley. – Disse.

–Harry Potter? – Eles perguntaram rindo e eu afirmei, também rindo. Era assim, quando falava algo que para eles lembrava a saga e eles não entendiam, eles apenas perguntavam: “Harry Potter?” – Fale mais sobre eles! – Pediu Connor.

–Na aparência vocês não se parecem, mas as brincadeiras, o modo de estar um sempre ao lado do outro... Deste jeito, vocês são idênticos. – Baixei a cabeça para falar. – Só que infelizmente, na batalha de Hogwarts Fred morreu... – Minha voz estava quase vacilando. – E na primeira vez que eu falei com vocês eu prometi a mim mesma que não deixaria a história acontecer de novo! – Disse.

–Esta dizendo que vai cuidar da gente? – Perguntou Travis.

–Sim, eu estou dizendo que não deixarei nada de mal acontecer com vocês. – Disse os abraçando.

–Nós também não deixaremos algo ruim acontecer a você. – Prometeram, mas não tinha tanta certeza se essa era uma promessa fácil de ser cumprida.

Continuamos conversando um pouco, mas eles tiveram que ir e eu fui procurar Meggie e Percy, que provavelmente estavam na praia.

O dia foi a mesma coisa de sempre. Então chegou a noite e com ela a fogueira.

Na fogueira até o chalé de Ares estava cantado junto ao chalé de Apolo, mas eu estava com dor de cabeça e aquela cantoria só estava fazendo com que a dor piorasse. Então falei no ouvido de Percy:

–Percy, eu vou para a praia, to com dor de cabeça. – Ele afirmou com a cabeça, mostrando que havia entendo e disse:

–Vou com você.

Percy se levantou e, juntos, fomos para a praia. Nós sentamos na areia e eu apoiei minha cabeça em seu ombro. Nós ficamos um tempo em silêncio até que Percy perguntou:

–Lily, você sente cócegas?

–Não. – Menti. – Por quê?

–Ah, estamos sem fazer nada, e isso animaria, mesmo que você não fosse gostar. – Ele disse com um sorriso malicioso.

Percy começou a fazer cócegas em mim. Era horrível!

–Perseu Jackson! Para... Por... Favor. – Disse entre uma gargalhada e outra.

Eu já estava chorando de tanto rir quando enchi minha mão de areis e taquei nele, mas precisamente na cabeça dele. A sorte foi que ele fechou os olhos a tempo, se não ele poderia estar cego agora.

Eu pus a mão na boca, arrependida pelo o que havia feito.

–Ah meus deuses! Desculpa-me Percy... – O filho de Poseidon não me deixou terminar, ele me atropelou com as palavras.

–É melhor você correr! – Disse Percy com um sorriso brincalhão no rosto.

Sendo assim eu me levantei e sai correndo e rindo pela praia. Arrisquei-me a olhar para trás e ele já estava bem perto, então obriguei as minhas pernas a correr ainda mais.

Eu estava morta de tanto correr, já havíamos corrido quase a praia inteira, estava tão cansada que parei e me virei para ver Percy, eu queria me render, mas pelo visto se eu não me rendesse Percy me alcançaria porque ele estava tão perto de mim que não deu tempo dele frear e parar, então ele caiu em cima de mim.

Estávamos no meio da praia e Percy estava em cima de mim, numa posição que qualquer um que olhasse acharia que não éramos amigos, e sim muito mais que isso. Nossos rostos estavam muito perto um do outro, e meu olhar variava entre sua boca e seus olhos. Percy foi chegando cada vez mais perto até que nos beijamos. Uma das minhas mãos foi para sua nuca e o puxou para mais perto enquanto a outra brincava com o cabelo do filho de Poseidon, que estava cheio de areia, mas isso não era importante.

–Percy, Lily! Vocês estão aí? – A voz de Meggie fez com que nós nos separássemos imediatamente, mas ela conseguiu ver o que nós estávamos fazendo antes dela chegar... – Acho melhor deixar vocês um pouco sozinhos... – Ela disse indo embora.

Eu e Percy trocamos olhares maliciosos e começamos a nos beijar mais uma vez. Um tempo depois tivemos que nos desgrudar por falta de ar. Nós nos olhamos, sorrimos uma para o outro e ficamos de mãos dadas, até que Percy me puxou para o mar e lá nós nos beijamos debaixo da água.

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Depois de um tempo dentro do mar Percy me obrigou a voltar para o chalé, tomar um banho e botar um pijama para não ficar resfriada.

Assim que eu passo pela porta a mesma se fecha sozinha, eu, assustada, virei para ver o que aconteceu. Assim que me viro vejo Travis e Connor. Eles estavam com as costas encostadas na parede. Cada um de um lado da porta.

–Nós sabemos o que você fez hoje à noite e sabemos o motivo de você estar encharcada desse jeito. – Disse Travis.

Eu senti minhas bochechas queimarem e virei o rosto.

–Como? – Perguntei.

Eu peguei meu pijama na mala e continuei de costas para eles. Os dois vieram andando até mim e disseram:

–Você e o Percy não perdem tempo, hein? – Connor disse. – Só diga se precisaremos quebrar a cara dele ou não.

–Connor! – O repreendi e fui para o banheiro, mas antes de bater a porta eu disse:

–E se alguém um dia tiver que quebrar a cara dele, serei eu! – Rindo eu finalmente bato a porta.

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Eu estava dormindo quando sinto algo em meus lábios. Quando abro os olhos vejo que são os lábios de Percy sobre os meus. Olho ao redor e vejo que todos os olhares do chalé estão sobre mim.

–Percy! – Disso o empurrando.

–O que foi? – Ele perguntou me fazendo sorrir.

Expulsei Percy do chalé alegando que precisava me arrumar e ele foi embora, mas só se eu desse um beijo nele, coisa que eu fiz sem protestar.

Depois de nos arrumarmos fomos comer, sentei no lugar de sempre, entre Travis e Connor. Depois eu fui conversar com Percy.

–Agora podemos conversar. – Disse para Percy, que me deu um beijo demorado.

–Senti saudades... – Ele disse com cara de cachorrinho abandonado eu ri da cara dele e disse:

–Para com isso! Não passou nem uma hora desde a última vez que te vi! – Ele riu de mim e nós fomos para a floresta e sentamos apoiados em troncos.

–Lily! – Chamou Percy.

–Sim? – Respondi sorrindo.

–Eu estou feliz, sabia? – Eu me sentei na sua frente e cheguei para ainda mais perto dele.

–Eu também estou feliz, Percy. – Ele chegou mais perto de mim e me beijou. Quando a ar se fez necessário nós nos separamos e ficamos um olhando para o outro até que Percy começou a falar:

–Hm... Lily... Você namorar quer comigo? – Ele perguntou.

Eu sorri em ver seu nervosismo, me lembrei de quando eu estava nervosa por não saber se contava ou não sobre tia Teresa a Percy.

–Como? – Perguntei sorrindo. Ele respirou fundo, fechou os olhos e disse:

–Lílian Sampaio, você aceita namorar comigo? – Ele perguntou.

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