Amor Entre Amigas escrita por ChicaSweet


Capítulo 6
Capítulo 6




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Acordei com um cheiro horrível de café. Quase vomitei, me deu até náusea. —Bianca!! -Gritei em desespero. Ela veio correndo e parou no vão da porta. —O que foi? —Eu odeio... -Não consegui completar a frase. Corri para o banheiro e coloquei tudo pra fora.

Sinto saudades da Lucy nesses momentos. Sempre que ela dormia aqui, eu acordava com cheiro de chocolate. Já com a Bia, esta é a terceira vez que eu quase morro com cheiro de café. —Me desculpe. Eu sempre esqueço que você odeia café. -Choramingou. —Tudo bem. Eu só preciso de um banho. —Está tudo bem mesmo? —Claro. —Então eu vou sair. Quer dizer, voltar pra minha casa. —Okay. Te amo. -Depois que eu terminei com a Lucy, dizer "Eu Te Amo", não significava mais nada pra mim, nem mais, me fazia corar. —Estou deixando uma caneca com chocolate, dessa vez, emcima da mesinha da sala. -Ela gritou antes de bater a porta.

Ouvi o barulho da porta novamente. "O que ela esqueceu dessa vez?" -Pensei.

Terminei meu banho e percebi que eu não havia levado minha roupa para o banheiro. —Bia, traz a minha roupa que está aí na minha cama. -Gritei do banheiro mesmo. Esperei, mas ela não apareceu. Me envolvi na toalha e fui no quarto, mas antes de entrar, eu queria ter a certeza de que a Bia não havia se perdido na sala ou cozinha.

Quando cheguei na sala, vi alguém bebericando o chocolate que a Bia havia preparado. —Lucy? O que está fazendo aqui? —Não acredito que você não aprendeu á como preparar um chocolate. —Ela ironizou. —Não, a Bia foi quem preparou pra mim. —Bia? -Se fez de desentendida. —É, Beatriz. Minha namorada. -Ela deixou pôs a caneca de volta á mesinha. —Nossa. —O que você veio fazer aqui? -Tornei a perguntar.

—Eu queria saber como você teve coragem de colocar outra garota aqui dentro, ainda gostando de mim? —O que? -Eu ri. —Você acha mesmo que eu ainda gosto de você? —E não? Mel, eu conheço você melhor de que ninguém. Você sabe que o que vivemos, não poderá jamais ser esquecido. —Mas eu já esqueci! -Eu podia jurar, que á vi espumar de raiva.

Quanto tempo mais eu iria negar?

É claro que eu á amo, mais do que tudo. Ela foi a minha primeira namorada e sempre será. Mas eu também gosto da Bianca. Droga, e de pensar que tudo isso foi culpa da Lucy, por ter ficado com aquele... Mas as vezes eu sinto saudades da Luciana que era somente minha amiga.

—Lucy, me desculpe, eu não sei o que você veio fazer aqui e nem sei porque você acha que eu ainda á amo. Não sei realmente aondevocê quer chegar. —Eu quero chegar na parte em que você me ama e me quer não só todas as noites durmindo ao seu lado, mas também me quer preparando ótimos chocolates e caminhando com você na rua. -Eu sentia a pontada do seu dedo indicador no mei peito. —Eu quero chegar na parte em que você diz que me ama, e que nos beijamos, na parte em que eu tiro o cigrro da sua boca, como naquele dia que eu durmi aqui.

—Mel, eu quero você! Eunão suporto ver você andando com a Bianca. Só de imaginar que vocês duas andam transando no sofá em que a gente ficava, me dói o coração. E quer saber mais...? Eu beijei mesmo aquele rapaz na balada. Eu tinha que te contar isso, mas acredite, não significou nada pra mim, nada mesmo. -Ela gritava. —Eu estava triste com você. Você não apareceu. Mas, eu não terminei com você, e muito menos catei qualquer um por aí e fui indo pra cama. Porque eu te amo, eu jamais faría uma coisa dessas om você. -Ela me olhou bem profundo.

Ah que saudades daqueles lábios doce e rosados e lindo. Beijá-la foi a melhor sensação que eu já tive.

Mas não! Eu não vou permitir que simples e baratas palavras me comprem. —Lucy, se não for pedir muito, eu preciso ir no meu quarto e vestir uma roupa. Quando sair, bate a porta!
Á deixei com lágrimas nos olhos, assim como eu fiquei naquela noite.
Eu não aguentei, depois que ela saiu por aquela porta, eu desabei. Chorei tudo o que eu tinha que chorar.

Droga, será que a Lucy não vai me esquecer? Quanto custa á ela, me deixar em paz com a Bianca? Eu quero apenas viver.

Percebi que não iria adiantar, eu ficar chorando o tempo todo, até porque eu ainda tinha que passar na casa da Letý. E eu tenho que parecer forte e firme. Nada de nervosismo.
Depois do drama todo, fui me vestir, porque havia esquecido de que eu estava apenas com a toalha enrolada, cobrindo meu corpo. Quando terminei, fui para a casa da Letý.

—Então, vai me contar o que houve? Lembando que eu sou toda "ouvido". -Deu um simples sorriso. —Está bem!

Comecei contando desde quando eu descobri o meu interesse em garotas. Eu tinha oito anos quando sem querer me apaixonei pela garota mais insuportável da escola. Eu ficava com medo de que ela me desse um grande fora na frente de toda a escola, então me mantive calada até conhecer esses amigos de hoje.

Depois eu contei á ela, que havia uma garota entrte nós, que eu me apaionei... Mas eu preferi me calar mais uma vez. -Percebi que Letý nada fez quando eu citei que estava apaixonada por uma de nós. Ela estava... Calma?

—Mas me dava uma raiva imensa, por eu ser tão fraca á ponto de ter que me apaixonar por pessoas que nem se quer, gosta de mim. Eu tinha inveja do Bernard, que ja namorou com a Lucy. Hoje eles são grandes amigos.

"Eu sinto que a Lucy nasceu pra mim"

Eu não aguentei e contei á Lucy o que sentia, ela me deu um beijo. -Eu não queria entrar em detalhes. —Começamos a namorar, e ela queria, sempre quis contar pra vocês, principalmente você. Só que eu temia o pior, eu temia que vocês, não aceitassem tudo isso, e preferia não contar. Eu temi, pois pensei "ah eu sou lésbica e tal. Mas daí carregar a Lucy pra ficar comigo, com certeza a Letý vai achar egoismo".

Sabe Letý, eu sei que é errado aos olhos de Deus, mas o que eu posso fazer se eu á amo?
–Eu gritei e levantei.

Eu não aguentei e tive que chorar todo o ódio. Minha vida estava virando um inferno.

Eu não queria que a Leticia viesse me acalmar, porque com o ódio que eu estava, era bem capaz de eu tratá-la pior do que eu tratei a Lucy.

****

Estava frio, mas não o suficiente para esfriar a minha cabeça. Quando percebi que a Leticia se aproximava de mim com suas palavras de auto-ajuda, eu abri a porta imediatamente e saí correndo. Eu corri muito. Desejava correr, até meu coração parar de bater.

Já que nem Deus e nem meus amigos aceitavam o meu namoro com a Lucy, será que eu devería sumir? Parar de ver as pessoas? Será que eu devería morrer?

Tudo isso já estava virando paraóia! Essa não sou eu. Essa não é a Melissa Ohio que eu conheço. Eu estou muito dramática. -Pensei.

Entrei em uma rua totalmente desconhecida pra mim, era um beco e já estava ficando escuro. Olhei no celular que estava com a batería baixa, eram 18:38.

—Merda! Onde eu estou?




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Notas finais do capítulo

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