Come What May escrita por Louise Maia Silveira, MsTigerOwl, MsTigerOwl


Capítulo 11
Across The Universe


Notas iniciais do capítulo

Ooooi, meus amoles, tava morrendo de saudade, to na praia, mas quis mandar esse cap aqui pra vcs, a fic que ganhou foi "True Love Never Ends", e vcs a verão postada muito em breve!



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"Palavras flutuam como uma chuva sem fim dentro de um copo de papel

Elas se mexem selvagemente enquanto deslizando através do universo.

Piscinas de mágoas, ondas de alegrias estão passando por minha mente

Me possuindo e acariciando

Glória ao mestre

Nada vai mudar meu mundo

Nada vai mudar meu mundo

Nada vai mudar meu mundo

Nada vai mudar meu mundo

Imagens de luzes quebradas que dançam na minha frente como milhões de olhos

Eles me chamam para ir através do universo.

Pensamentos se movem como um vento incansavel dentro de uma caixa de correio

Elas tropeçam cegamente enquanto fazem seu caminho pelo universo..."

Narrador's POV

O garoto moreno se olhou no espelho, os olhos azuis brilharam na luz fraca da veneziana, vermelhos nos cantos, duas olheiras fundas, a boca, cortada no canto e seca, tinha chorado quase a noite toda, pensando na doença de seu pai, se remoendo no que aquilo significava, quando dormira brevemente, já eram três da manhã, se apoiou na pia de mármore, se aproximando do vidro frio, olhando no fundo dos próprios olhos, o hálito formando pequenas névoas sob a superfície do espelho, tentava tranquilizar a própria imagem, sentiu uma forte pontada no coração, de repente, ofegou, agarrando-se no mármore da pia, colocando uma mão sobre o peito.

- Kurt! - a voz estridente de Carole o fez ter um sobressalto. Ele sentiu os olhos lacrimejando com a ideia de enfrentar o possível diagnóstico fora daquele banheiro de hospital, parte dele queria ficar naquele cômodo úmido e silencioso para sempre. - Seu pai quer que você esteja lá quando ele receber os resultados. - a mulher disse, a bochecha quase tocando a madeira da porta, Kurt respirou fundo e saiu, os olhos reclamando pela invasão repentina de luz.

- Vai ficar tudo bem. - o tranquilizou, tocando seu ombro, na verdade, aquelas palavras eram mais para si mesma, talvez, se ela repetisse muito, acalmasse seu coração. - Quer que eu ligue para Blaine? 

- Não, não precisa, eu vou ficar bem, ele deve estar tendo aula no Glee agora. - soltou, tossindo levemente, todos os sons do hospital ecoavam em seus ouvidos junto com as próprias batidas de seu coração, estava tonto, a visão estava turva, ele era conduzido pela mulher, que liberava seu nervosismo falando sem parar sobre voluntariado, jardinagem e a alimentação de Burt. Eles adentraram na sala do médico e o cheiro de metal e medicamentos fez o estômago de Kirt revirar, ele detestava hospitais, desde menino, começara quando sua mãe morrera.

- Pensei que nunca mais fosse sair do banheiro. - Burt brincou, rindo levemente, "Eu também" pensou Kurt, tentando sorrir levemente, mas pareceu mais uma careta, se posicionou ao lado do pai, apoiando um cotovelo na outra mão, que cruzava seu abdômen. O médico entrou com algumas folhas de raio-X e as colocou sobre o quadro iluminado, os olhos escuros de pássaro lembravam Kurt de Pavarotti.

- Sinto muito, Sr.Hummel, mas as notícias não são das melhores. Vê aqui? Toda essa área escura é por onde o câncer se espalhou, você vai ter que se operar rápido, antes que se torne irreversível. - falou o homem de cabelos grisalhos, discorrendo pelo papel dos exames com a ponta da caneta e a colocando na boca depois, mordendo levemente e dando um passo atrás, encarando os resultados. Kurt agarrou o ombro do pai, temeroso.

- Quando você pode agendar? - Burt apertou a mão do filho e puxou Carole para mais perto pela cintura, Finn tinha ido para Massachussets ver uma faculdade onde ele poderia ir, e por isso não pudera estar ali, mas pedira para a mãe deixá-lo informado e agora ela pensava em como daria uma notícia dessas por telefone.

- Acho que nessa Segunda-Feira... - ouviram-se barulhos no corredor, uma interna loira colocou a cabeça dentro da sala.

- Dr. Prescott, código preto. - a garota sussurrou, os olhos castanhos arregalados, fazendo o médico encará-la por trás dos óculos grossos.

- Como assim? PRETO? - parecia assustado, Carole e Burt se entreolharam, o médico pediu licença e saiu, Kurt sentiu um bolo se formar em sua garganta, estava com um mau pressentimento, quase sufocante. Saiu de perto do pai, gesticulando para que o esperasse e andou até perto da porta, a mão tremendo sobre a maçaneta antes de abri-la, o médico conversava em voz baixa no corredor, três internos temerosos o encaravam, o homem virou-se para Kurt e gesticulou para que os três jovens se movessem.

- O que aconteceu? - as palavras saíram sufocadas, quase como um sussurro, içadas por entre uma rede de nós.

- Por favor, senhor, volte para dentro. - o médico pediu educadamente.

- Não... Me diga, código preto é para arma de fogo, né? O que aconteceu? - ele se lembrava disso de alguma revista, era uma informação antiga, algo que ele nem sequer se lembrava direito e viera á sua cabeça segundos atrás. O médico olhou em volta, apreensivo, enterrando as mãos suadas nos bolsos do jaleco e tirando de lá um lenço de pano que passou na testa minuciosamente antes de guardá-lo novamente, ele não gostava nada desses procedimentos de emergência que estava sendo obrigado a fazer.

- Estão movendo unidades para o lado Oeste de Lima, parece ser um tiroteio com reféns em uma escola. - soltou de uma vez, os olhos escuros nebulosos.

- QUAL escola? - o mais novo estava á beira de um ataque de pânico.

- William McKinley High, todos os alunos do lado leste da escola estão presos lá dentro. 

Glee Club ficava no lado leste. Foi a última coisa que Kurt pensou antes que tudo ficasse escuro.

Quinn's POV

Senti dedos acariciando meu rosto e sorri involuntariamente, lábios macios tocaram a minha bochecha, meu nariz e logo depois meu pescoço, passei as mãos espalmadas pelo corpo semi-nu acima do meu, sentindo uma mordidinha no lóbulo da minha orelha e  uma respiração quente no meu pescoço que me deu arrepios, abri os olhos preguiçosamente, encontrando o sorriso radiante da morena.

- Até que enfim, achei que não fosse mais acordar, Bela Adormecida. - disse, a voz levemente mais rouca, a sala estava quente, e escura, a noite aparecia, estrelada na janela atrás de Santana. - Pensei em andarmos um pouco hoje, New Haven é bem bonita nessa época do ano e você meio que apagou nesse sofá depois da pizza.

- É que parece tão confortável com você aqui... - disse, manhosa, fazendo-a rir, me peguei admirando seu sorriso, os olhos cor de chocolate brilhando, duas covinhas nas bochechas coradas... - Senti sua falta. - falei, por fim, acariciando sua bochecha com o dedo indicador até o queixo, sorrindo bobamente.

- Também senti a sua, cariño. - ela disse, seu corpo se arrastando pelo meu e me dando um selinho. - Mesmo tendo que voltar logo, estou feliz de estar aqui.

- Parece que virou uma coisa de cinco vezes. - observei, rindo.

- de SEIS vezes, esqueceu a no tapete dessa sala. - um sorriso malicioso nasceu em seu rosto.

- Ah, é mesmo, peraí, a gente não... - ela me beijou vorazmente, as mãos escapando para dentro da minha blusa, apertando meus seios, senti meu corpo esquentar, quando nos separamos, ela olhou em meus olhos e lambeu os lábios, eu seguia seus movimentos com os olhos, sua bochecha encostou na minha, ela mordeu o lóbulo da minha orelha e sussurrou da forma mais sexy existente:

- Sério? Acho que eu sonhei com isso então. - falou, beijando meu pescoço.

- Bem que a gente poderia realizar esse sonho então... - falei, acariciando seus seios, ela puxou minha blusa e beijou meu abdômen, sugando e mordiscando meus seios, girou de uma vez e caímos as duas no tapete.

É, parece que o paraíso existe, e se chama Santana Lopez...


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