Ponto de Vista Sam

Malditas sete palavras. Por que Freddie faz isso comigo? A que ponto chegamos? Um furacão comparado a minha cabeça, está mais calmo. Esperei por uma vida pra ouvir essas palavras, mas tudo é tão novo e tão vago. Nesse momento eu gostaria de poder gritar, ter uma conversa séria com Deus e pedir pra que Ele me ajude no caminho que eu devo seguir. Eu poderia simplesmente ignorar Freddie, fingir que tudo isso que ele acabou de falar não vale de nada, mas por quê me enganar? Por favor! Esse jogo já está chato.

─ Eu juro que eu adoraria não acreditar no que você me disse... – corto o silêncio e a distância ainda existentes entre nós

─ Então isso significa que acredita em mim?

─ Para a alegria geral da nação sim.

─ Pelo amor de Deus, Sam, até na hora em que eu me declaro pra você, tem que ser sádica?

─ Pelo amor de Deus digo eu, Freddie. Cale a porra da sua boca ocupando ela com a minha, ou terei que fazer isso a força?

─ Não será preciso...

Ponto de Vista Freddie

E eu a beijei. Sim, mundo, eu acabei de perder o meu atestado de otário. Não há sensação melhor do que deixar todo meu orgulho de lado e me entregar. Por ela vale qualquer risco, qualquer coisa.

─ Eu também te amo, nerd.

E sim, eu sou a pessoa mais feliz desse mundo, porque ela sente o mesmo por mim.

(PDV off)

Almofadas foram jogadas ao chão, assim como as roupas do casal, que já haviam se perdido pela casa. A essas alturas, a cama pareceu ser algo bem mais confortável e justo para os dois. A madrugada veio. Isso não significou que era preciso parar.

─ Acho que depois dos últimos acontecimentos, será que ainda é preciso fazer um pedido de namoro formal? – Freddie perguntou, fazendo carinhos em Sam

─ Você ainda pergunta?! Mas é claro!

─ Então... – ele ajoelhou-se na cama, ficando a frente de Sam – Você aceita ser a minha namorada de novo? Pra sempre?

─ Pra sempre. – ela o respondeu, com uma lágrima escorrendo sobre seu olho esquerdo

(No dia seguinte)

Carly esperava os dois amigos, mas até o presente momento, nenhum sinal dos dois. Várias mensagens na caixa postal, sms’s, ligações perdidas... Talvez no fundo soubesse o motivo do sumiço, como não? Mas ainda sim, queria ter certeza de que seus devaneios estavam mais certos do que uma linha reta. Passaram dez, quinze minutos... Até que ouviu-se um bipe vindo do celular.

“Hey Carlotinha, sou eu, Sam... Sei que, provavelmente, está uma pilha de nervos, querendo me degolar junto com o Freddie. Não te culpo, dei um vacilo do tamanho de um bonde contigo, né?! Não te peço que me perdoe, porque acho que já é abuso, mas espero que entenda minha ausência. Ou melhor, a de nós dois. A única coisa que eu te digo é que passamos a noite maravilhosamente bem, e não temos a MENOR pretensão de sair da cama, pelo menos não hoje ;)

Amamos você. Um beijo,

Sam e Freddie”