A Loira Indomável escrita por Klaus Mikaelson, Lady Salvatore


Capítulo 3
Capítulo 3 " O Diabo não é tão feio como se pinta"


Notas iniciais do capítulo

Lady >>>> Olá pessoal!
Aqui é a Lady Mikaelson, ou só Dai pra quem já me conhece.
Bom, o Klaus Mikaelson me chamou pra participar desse novo projeto e cá estou eu!
Esse é o primeiro capítulo em que ajudo, então espero que gostem e continuem acompanhando.
Vamos ver o que a ida ao cinema reserva pra nossa Loira Indomável?
Klaus >>> Bom, é isso! Boa Leitura e Obrigado por ler e acompanhar a fic :)



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“A natureza é tão divina que se diverte com tais contrastes, e aos mais nojentos ou mais aflitos acena com uma flor. E talvez saia assim a flor mais bela; o meu jardineiro afirma que as violetas, para terem um cheiro superior, hão mister de estrume de porco. Não examinei, mas deve ser verdade.”


Caroline estava sentada próxima a janela do quarto, observando o Sol se pôr e com os pensamentos muito longe. Num de seus devaneios, se viu de volta à escola, e a imagem do tal novo aluno preencheu sua mente. Ainda não conseguia entender o motivo da insistência de Klaus em levá-la ao cinema, afinal, eles mal se conheciam.

“Bater nele com os livros foi muito pouco! Deveria ter chutado os países baixos”, pensa ela, determinada a não permitir qualquer tipo de aproximação do rapaz. Afinal, ele deveria ser só mais um a brincar com seus sentimentos se ela permitisse alguma coisa.

Saiu de seus devaneios por conta dos gritos vindos do andar de baixo. Sophie estava discutindo com o pai outra vez.

Caroline se permitiu observar o pôr-do-sol por mais alguns segundos antes de fechar as cortinas e dirigir-se à sala. Ainda estava na metade da escada quando ouviu nitidamente a voz da irmã:

– Papai, por favor... Desconsidere essa regra idiota. Se eu depender da Care, vou morrer solteira e em uma casa com 40 gatos!

– Não seja tão dramática Sophie! – diz Bill, sem erguer os olhos de seu jornal – Termine seus estudos, forme-se na faculdade e então poderá namorar o quanto quiser. Ou então, espere até sua irmã arrumar um namorado.

– Mas pai... Ninguém consegue se aproximar dela! Caroline é terrível, bate em qualquer um que ouse sorrir para ela.

– Eu também amo você, irmãzinha! – diz Caroline, parando ao pé da escada de braços cruzados.

– É feio ouvir a conversa alheia. – diz Sophie, emburrada – Além do mais, você não morreria se tratasse as pessoas um pouquinho melhor, sabia?

– Eu declaro meu amor por você e ainda sou taxada de mal-educada?

– Eu conheço você, Caroline Forbes! A ironia corre em suas veias. – diz a caçula, brava.

– E depois eu é que sou a mal-educada? – diz Caroline, olhando para o pai.

– Você quebrou o nariz do Matt!Sem contar os outros casos que eu levaria semanas para listar!

– Você quebrou o nariz do Matt Donovan? – pergunta Bill, surpreso, enfim tirando os olhos do jornal e encarando as filhas.

– Ele me atraiu com uma conversinha idiota sobre precisar de ajuda num trabalho de história e depois tentou me beijar! – diz Caroline, exaltada, tentando se justificar – Eu só tentei me defender.

– Ele até que é bem bonitinho. – diz Sophie, pensativa, com o dedo no queixo.

– Então fica com ele pra você, oras! – responde a mais velha.

– Eu só poderia fazer isso se você estivesse namorando, esqueceu? Por sua causa eu não posso fazer nada! – diz a caçula, fazendo um biquinho – Pai, isso não é justo! Por que não me liberta logo dessa regra estúpida? Caroline nunca vai desencalhar.

– Se foque em seus estudos Sophie. – o Sr. Forbes responde, voltando a atenção para o jornal.

– Mas pai!

– Sem “mas” mocinha! Suas últimas notas não foram muito boas, e você só tem de se preocupar com os estudos. Imagine se tivesse namorado...

– Teria notas baixas, mas ao menos seria mais feliz. – resmunga Sophie, dando as costas ao pai e dirigindo-se ao próprio quarto.

Caroline observou a irmã subir as escadas, e quando a garota estava fora de seu campo de visão, jogou-se no sofá ao lado do pai, tentando puxar conversa.

– Pai... Vou ao cinema com um amigo esta noite.

– Um amigo? E quem é ele, eu conheço?

– É um colega da escola, estudamos na mesma turma. Ele queria companhia para assistir um filme e me convidou.

– Sei... Vou fazer de conta que acredito nisso. – diz Bill, olhando para e filha e sorrindo em seguida – É bom ver você retomando sua vida, meu bem. Desde a morte de sua mãe que você se nega a sair para se divertir.

– Eu sei... Mas não tinha ânimo pra essas coisas. – responde ela, com um sorriso fraco.

– Não sei como você e sua irmã podem ser tão diferentes.

– Nem eu! Sophie só se preocupa com coisas fúteis e esquece do que realmente importa.

– Não seja tão má com ela, Caroline. Sophie é apenas um pouco deslumbrada. – responde ele, voltando a ler.

– Bem, vou me arrumar. Até mais pai. – diz ela, erguendo-se do sofá e dirigindo-se ao quarto.

A garota tomou um banho quente e relaxante, vestiu um jeans escuro e uma blusa branca, calçou os tênis All Star e, as 7:30 em ponto, voltou a sentar-se no sofá ao lado do pai, que agora roncava.

Caroline observou os ponteiros correndo, indicando que Klaus estava vinte minutos atrasado. Quando estava para desistir da ideia idiota de ir ao cinema, pode ouvir a campainha tocar.

Encaminhou-se até a porta da frente e a abriu, revelando um rapaz com os cabelos ainda úmidos, jeans, camisa cinza e jaqueta preta, e com um largo sorriso estampado no rosto. Trazia na mão uma tulipa lilás, idêntica as que haviam no jardim dos Forbes.

“Ao menos ele está apresentável”, pensa ela.

– Boa noite Caroline. – diz Klaus, estendendo a flor para a garota.

– Você está atrasado. – a garota responde, de braços cruzados – E ainda teve a coragem de arrancar uma flor do meu jardim para me entregar?

– Bom... Ela é quase tão bonita quanto você. Achei que formariam um belo conjunto! – responde ele, sem deixar de sorrir – E além do mais, o que vale é a intenção, certo?

– O que importa aqui é que você é um ladrãozinho descarado! – diz Caroline, brava.

– Ei... Sem ofensas! Só estava tentando ser gentil com você, Srta. Perfeitinha. E já que não quer a flor... – defende-se ele, jogando a tulipa ao chão.

– Não faça isso! – diz ela, abaixando-se para apanhar a flor.

– Pensei que não a quisesse.

– E não quero! Mas ela não merece ser descartada porque um idiota a arrancou. – responde Caroline, colocando a flor em um vaso próximo à porta.

– O que acha de pararmos de discutir e ir logo ao cinema?

– Você se atrasou, sabia?

– Mas ainda podemos pegar a última sessão. – responde Klaus, simplesmente.

– Você tem sempre uma resposta pra tudo? – pergunta ela, de braços cruzados.

– Quase sempre! – murmura ele, aproximando-se um pouco dela e dando uma piscadinha – E então, vamos?

– Vamos logo, antes que eu me arrependa! – responde Caroline, apanhando sua bolsa sobre o sofá e indo em direção à rua.

– E que filme você quer assistir? – pergunta Klaus, andando ao lado dela.

– Escolha você, já que a ideia estúpida de vir ao cinema foi sua.

– Um romance?

– Não! – responde ela, rapidamente – Qualquer coisa, menos romance.

– Tudo bem! – diz ele, erguendo as mãos em sinal de rendição – Uma comédia, então.

O caminho até o cinema foi silencioso, já que Caroline não queria conversas, mesmo que o rapaz loiro ao seu lado tenha tentado inúmeras vezes iniciar um diálogo.

Ao chegarem à bilheteria, Klaus pediu duas entradas para o filme “Ted”, sobre um urso de pelúcia que ganha vida através de um pedido feito pelo garotinho John Bennett.

Com os bilhetes em mãos, o rapaz dirigiu-se até a lanchonete e pediu dois baldes grandes de pipoca e dois refrigerantes, e em seguida, encaminhou-se até a sala onde veriam o filme, sendo acompanhado por Caroline.

Ao final da sessão, a garota saiu da sala rapidamente, e Klaus teve de correr para alcançá-la já na calçada.

– Ei... Por que está fugindo? – pergunta ele, ao alcançá-la.

– Porque quero chegar logo em casa. Estou cansada e amanhã tenho aula. – responde ela


– O que achou do filme?

– Uma porcaria! – responde ela – Nunca mais vou olhar para o Pimpão da mesma maneira. Esse Ted é uma péssima criatura. Onde já se viu um urso de pelúcia drogado, mulherengo e que fale tanto palavrão?

– Era uma comédia, Caroline! Era pra ser divertido. – diz Klaus, com um sorriso – E quem é Pimpão?

– Não te interessa!

– Se não interessasse, eu não estaria perguntando. Vamos lá loirinha, conta logo!

– É meu urso de pelúcia, está bem? – responde ela, brava – Foi minha mãe que me deu.

– Ok, não precisa se exaltar.

– Vamos logo, preciso me livrar desse cheiro de pipoca amanteigada.

– Adoro pipoca. E você?

– Ela estava horrível! Fria e murcha.

– Não teria ficado fria se você não demorasse tanto pra comer. – diz Klaus.

– Eu não demorei! - responde ela, fazendo bico – E não tenho culpa de você parecer um ogro e devorar as pipocas antes de chegar à metade do filme.

– Bom, vamos mudar de assunto. – sugere ele – Fale-me de você!

– E por que eu faria isso? Eu mal te conheço.

– Mas assim vai poder conhecer.

– Você é muito irritante, sabia?

– Faz parte do meu charme, loirinha! – diz ele, piscando para ela.

– Odeio pessoas irritantes, odeio pipoca fria e odeio comédias repletas de palavrão! – diz Caroline, encarando-o brava.

– UAU! E bem... Do que você gosta? – pergunta Klaus, numa tentativa de mantê-la falando.

– Chocolate... E bons livros. – responde ela.

– Bom saber! – diz ele, parando em frente ao portão da residência dos Forbes.

– Vou entrar. Boa noite Klaus. – diz Caroline, abrindo o portão e encaminhando-se até a porta da frente.

– Podemos sair de novo? – pergunta ele.

– Não!

– E por que não? – ele insiste.

– Porque que não quero, oras! – responde ela, antes de fechar a porta.

– Boa noite Caroline! Nos vemos amanhã. – grita ele, dirigindo-se à própria casa em seguida.

Continua...


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Notas finais do capítulo

O que acharam? Comentários? Eu adorei a adaptação que a Daiana fez :) o/
Tadinha da Care não vai poder mais olhar pro Pipão sem lembra do ursinho Ted O.o Muito bom Dai, adorei! Ei quero que vocês também comentem :) Não se esqueçam, quanto mas comentários mais rápido o novo capitulo será postado o/