– Mas que ótimo! Era só o que me faltava Kurt e Blaine estarem pulando no colchão cantando Las Ketchup de novo. - Burt revirou os olhos e colocou um travesseiro na cabeça, tentando evitar o som de molas que vinha do quarto dos garotos.

[...] 4 horas antes

Tinha Kurt sob meus braços, dormindo feito um anjo. Porém eu não conseguia tirar da memória as imagens que meu cérebro fazia, Kurt e Douglas? Really? Minha garganta estava seca há horas e meu estômago embrulhado, apenas de pensar em Douglas fazendo as coisas que eu sonhava em fazer com Kurt... Pensando nas coisas que eu penso em fazer com Kurt. CHEGA, ISSO É DEMAIS PRA MIM.

Coloquei Kurt sob o travesseiro lentamente e saí do quarto. Estava frio lá fora e se pudesse voltaria para pegar um casaco, mas não queria acordar o castanho. Desci as escadas lentamente e fui obrigado a procurar por algo líquido na geladeira, aonde uma garrafa de água serviu ligeiramente.

– B-blaine? Está frio aqui em baixo, amor.... - Kurt apareceu com os olhos cerrados, descendo a escada lentamente e cautelosamente. Seus braços circulavam o próprio corpo à procura de calor.

Deixei minha cabeça cair e ao ver meu namorado (já podia chamá-lo assim?) se preocupar comigo toda aquela preocupação besta sobre ele e e Douglas já havia ido embora. Kurt saiu da penumbra da noite e a luz da lua que entrava pela janela da cozinha iluminou seu peito nu. Me pergunto por que o castanho não se vestiu.

– E você está sem blusa. - Sorri.

– Você que me deixou assim. - Sorriu também, caminhando até mim e colocando os braços em volta do meu pescoço.

Minha boca sorrindo foi logo de encontro à dele, e minhas mãos ávidas procuravam por um ponto entre as costas e quadris de Kurt para que eu pudesse o puxar para mim o mais rápido possível. Nossos peitos se colaram na noite fria, e de repente, não estava mais tão fria assim.

– Deveríamos subir. Alguém pode nos pegar aqui em baixo assim... - Sussurrei, sem tirar a boca de Kurt da minha.

– Provavelmente.

Subimos as escadas sem descolar nossos corpos e bocas, e mesmo sem espaço entre nós, parecíamos estar a quilômetros de distância um do outro. O caminho até o quarto parecia longo demais e tudo o que eu mais queria fazer era ficar por ali mesmo, no corredor. Meu coração batia forte de um jeito que nunca havia batido antes, e logo a palavra sexo começou a ficar mais forte em minha memória.

Nossa maior dificuldade foi abrir a maçaneta. Nossas mãos estavam ocupadas demais, mas logo que entramos no quarto já joguei Kurt na cama, fazendo o castanho ficar com cara de assustado.

– M-me desculpe... Te machuquei? - Perguntei preocupado.

– Não, digo... Eu até que gostei... - Kurt disse sorrindo, e fez meu sorriso apenas aumentar mais ainda. Me certifiquei que a porta estava fechada (e chaveada) pra voltar à cama e continuar com nossos beijos.

Antes de qualquer movimento que eu possa ter feito, Kurt já havia me virado na cama e enchia meu pescoço com beijos quentes. Suas mãos deslizavam pelo meu peito nu e o castanho suspirava mais que o normal. Em um ato rápido, as mãos de Kurt estavam no cós da minha calça pedindo permissão para tirá-las. Com certeza estávamos quebrando as regras. Minhas mãos foram das costas à bunda de Kurt, e eu pudia sentir seu coração a mil colado ao meu. Segundos depois, inexplicavelmente, estávamos sem calça.

Dizem que o sexo é assim. Você faz coisas sem pensar e acaba entrando em um calor que não consegue satisfazer tão rápido. Um calor vai subindo pelo seu corpo e se concentrando em apenas um lugar, e bem nesse momento, você para de pensar. O volume na cueca boxer preta de Kurt contra o volume da minha cueca cinza era apenas o que importava. Durante os beijos nossas ereções se roçavam e isso tirava sorriso de ambos os lábios, já que o choque era instantâneo. Não sabíamos quanto tempo tínhamos que ficar naquilo para ir para a próxima base, mas se dependesse de mim, iríamos agora.

Kurt tinha uma perna em cada lado do meu quadril e me beijava de um jeito que pensei que o castanho jamais pudesse fazer. Naquele beijo tinha desejo, paixão e erotismo. Kurt de repente não era mais aquele babypenguin que eu havia conhecido. Mordi o lábio de Kurt levemente assim que ele foi se afastando, recuperando ar para falar alguma coisa.

– C-caso não tenha percebido... E-eu quero transar com você agora... - Falou procurando ar entre as palavras, ficando vermelho.

– É, eu percebi. - Sorri e roubei um beijo daqueles lábios. Nossas ereções roçavam como se pudessem entrar uma na outra, e doíam de tanto prazer. A cueca de Kurt era escura, mas eu já previa um pré-gozo; não muito diferente da minha.

Estava frio antes? Agora estava calor. Nos livramos dos cobertores da cama e nossos corpos continuavam suados. O vidro da janela estava embaçado, mostrando que o ar estava muito mais quente aqui do que lá fora.

– V-vou no banheiro pegar umas coisas. - Disse Kurt vermelho e correndo para o banheiro, aonde se escondeu por alguns minutos.

Enquanto isso, certifiquei-me de fechar as cortinas e colocar uma música de fundo. Enquanto colocava meu ipod no modo aleatório ouvi a porta se abrir atrás de mim, assim que me virei vi Kurt e seu sorriso sem graça, e apenas isso. Kurt havia se livrado da cueca lá dentro e ver aquela imagem apenas fez meu coração bater mais forte. Caminhei (ou praticamente corri) até meu namorado e o peguei pra mim. Nunca estive tão certo do que queria pra mim.

Show you off, tonight I wanna show you off

What you got, a bilion could've never bought

Pude sentir o rosto de Kurt queimando de prazer e timidez, então o levei para a cama rapidamente. Me deitei e deixei Kurt vir por cima de mim, controlando a velocidade com que as coisas iam. A primeira coisa que o castanho fez foi tirar minha cueca e olhar pra mim com luxúria assim que viu meu membro ereto quase saltar pra fora. Agora, deitado em mim, nossos membros se roçavam como se fossem se enroscar pra sempre.

We gonna party like it's 3012 tonight

I wanna show you all the finer things in life

So just forget about the world, be young tonight

I'm coming for ya, I'm coming for ya

Ambos inexperientes estavam prestes a fazer algo que iria mudar ambas as vidas daqui pra frente. Kurt enlaçou as pernas na minha cintura e sentou na altura do meu quadril, me olhando apaixonadamente nos olhos.

– Como você quer fazer? - Perguntou inseguro.

– Do jeito que for melhor pra você. - Falei como em um sussurro.

Kurt voltou a me beijar apaixonadamente por alguns segundos e logo levantou da cama, indo até o criado-mudo e pegando uma camisinha, e um tubinho de alguma coisa.

– Eu já venho me preparando pra isso faz tempo... - Disse corando. - Na verdade, eu guardo isso aqui desde quando começamos a namorar.

Abri meu maior sorriso e fui até ele.

Cause all I need is a beauty and a beat

Who can make my life complete

Voltamos à cama e Kurt decidiu se deitar de bruços. Fui até ele, beijando suas costas e seus ombros (deixando algumas marcas, já que quando o assunto era Kurt Hummel, eu não conseguia me conter).

Kurt fechou os olhos, com medo do que viria.

– Shhh... Vai ser tudo perfeito, ok? - Sussurrei em seu ouvido, abrindo um sorriso naquele lindo rosto.

It's all about you, whe the music makes you move

Baby do it like you do

Cause you're

Coloquei a camisinha e passei o líquido gelado em mim. Não é como se fosse inexperiente nisso, já que havia visto alguns vídeos e filmes, e lido alguns artigos, mas agora era ao vivo, eu e Kurt, e eu não podia errar!

Kurt inclinou o quadril um pouco pra cima, então fui no meio de suas pernas e abracei suas costas. Lentamente fui inserindo meu pênis na entrada de Kurt, ainda não forçando o suficiente para doer.

– Geez, isso está me matando... Por favor... - Kurt suplicou e fez meu coração bater mais forte, e todo meu sangue ir apenas para um lugar. Minha ereção explodia de vontade de Kurt.

Minhas mãos percorreram do peito de Kurt até seu membro, aonde comecei a massageá-lo lentamente, apenas para tirar a atenção de Kurt da dor que poderia acontecer. Conforme eu masturbava Kurt com mais força, mais eu tentava entrar na entrada apertada do castanho.

– Shh, eu sei que está doendo... Eu sei que parece insuportável, mas logo vai passar e você vai começar a gostar, ok?

Kurt gemia com o rosto contra o travesseiro.

Body rock, girl, I can feel your body rock

Take a bow, you're on the hottest ticket now

We gonna party like it's 3012 tonight

I wanna show you all the finer things in life

So just forget about the world, be young tonight

I'm coming for ya, I'm coming for ya

Já havia entrado todo em Kurt, e tanto eu como ele não podíamos mais nos conter de tesão. Minha mão passava por seu pênis de um jeito que nem eu sei explicar, e então comecei a ousar entrar e sair. Kurt soltava uns gemidos estranhos que eu não conseguia distinguir se eram de dor, ou prazer, mas continuei.

Aquele sentimento de ter Kurt em mim, de poder ser o primeiro (e último) a senti-lo era mágico, especial. Eu estava indo devagar até Kurt sussurrar as palavras mais quentes e sexys que já ouvi saírem de sua boca. "Maaaais... por favor..." Sorri e comecei a aumentar a força das estocadas em Kurt, também o masturbava mais rápido. A cama se mexia no mesmo ritmo que nós e batia contra a parede assim que eu entrava em Kurt. Torcíamos para que o som da música abafasse nossos gemidos, mas foi em vão. Minha boca ficava semiaberta e vez ou outra saía algum som indecifrável. Eu queria gritar, gritar para todo o mundo que eu estava fazendo amor com Kurt e que eu queria fazer sempre aquilo.

O movimento começou a ficar mais forte e pude ver Kurt abrir um sorriso de canto de boca. Alguns segundos depois seus olhos fechavam com força, e pude sentir em minhas mãos seu líquido quente escorrer. Aquilo me deu uma sensação estranha, e toda a vontade que eu tinha antes havia dobrado. Aumentei a força tudo que pude, e em segundos depois meu corpo desabou em Kurt.

Suspiramos fundo.

O quarto estava com cheiro de sexo.

Sexo não, amor.

O quarto estava com cheiro do meu amor com Kurt.

Cause all I need is a beauty and a beat

Who can make my life complete

It's all about you, when the music makes you move

Baby do it like you do

Cause you're

Saí de Kurt um pouco depois, tirando a camisinha e jogando num cesto de lixo perto da cama. Subi até ele e fomos trocando beijos até nossos olhos não aguentarem mais, e acabamos dormindo.

[...] 10 horas depois

Depois de um banho quente, deixei Kurt dormindo na cama e desci para tomar meu café. Ainda sobravam uns panetones do natal e algumas frutas da ceia. Finn e Rachel chegariam daqui a pouco para outro almoço em família, dessa vez com os tios e tias de Kurt. Carole cantarolava na cozinha e Burt havia ído para a oficina cedo.

A porta se abriu e nela entrou Rachel, Mercedes, Finn e Puck, conversando alegremente.

– B-o-m-d-i-a-a-a. - Cantarolou Rachel assim que me viu, depositando um beijo na minha bochecha. Mercedes fez o mesmo. Puck e Finn sequer me viram ali e foram até a sala jogar o mais novo jogo de playstation que Puck havia comprado para o natal. Era algo sobre roubar o trenó do papai noel e matar cidadãos indefesos...

– Bom dia. - Falei com a boca cheia de panetone.

– Tem algo diferente em você... - Rachel me encarou. - Você... cortou o cabelo?

Meu coração parou de bater naquele momento e meus olhos se perderam. Poderia engasgar com a comida e nunca mais sair dali. Mercedes e Rachel ficaram me encarando tentando descobrir o que havia mudado em mim (talvez minha virgindade havia ido embora, apenas isso).

– Desisto. - Falou Rachel pegando uma fruta da mesa.

– Blaine, porque você me deixou soz- - Kurt descia as escadas vestindo um roupão preto, deixando bem claro que embaixo dele não vestia nada.

– KURT. - Rachel e Mercedes falaram juntas. Viraram e me encararam. - BLAINE. - Encararam Kurt novamente. - KURT!

Bati minha cabeça contra a mesa, e Kurt mordia os lábios de vergonha.