Chuva De Novembro escrita por mybdns


Capítulo 15
Capítulo 15




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- Ele não responde. O que será que aconteceu? – perguntou Rose, aflita.

- Talvez o celular esteja sem sinal. – Carlisle tentou acalmá-la.

- Era para ele ter chegado já. São quase onze e meia.

- Calma filha. Talvez o ônibus tenha atrasado.

- Estou com um pressentimento ruim.

- Deixe de besteiras menina. – brigou Esme, porém a mulher também estava com um pressentimento ruim.

- Seu celular, filha. Está tocando. – alertou Carlisle.

- Deve ser o Emmett. Alô?

- Oi Rose é a Bree. O Em já chegou ai?

- Não. Estou muito preocupada.

- Nós também. Ele não atende o celular.

- Qualquer novidade eu te ligo.

- Tudo bem, nós também vamos fazer isso. Tchau.

- Tchau.

- Sente-se um pouco. Ele já vai chegar. Você deu o endereço, não deu?

- Sim.

- Então.

Rose sentou-se como a mãe pediu. Ligou a televisão no último jornal do dia.

- Uma última informação. – disse a apresentadora. – um ônibus capotou esta noite na estrada que liga Seattle a Forks. As informações que chegaram até nós foram que devido ao mau tempo e a pista molhada, o motorista perdeu o controle do veículo e ele capotou diversas vezes na pista. O ônibus vinha de Seattle e infelizmente ninguém sobreviveu.

- Não. Não – disse Rose. – pelo amor de Deus, Emmett.

- Calma Rose, eles ainda vão falar os nomes dos mortos. Quem sabe Emmett não pegou outro ônibus?

- Viu? Eu estava com um pressentimento ruim. Emmett morreu, pai.

- Calma, princesa. Olha lá, eles vão dizer os nomes agora. – disse, tentando confortar a filha, que estava desesperada.

- As vítimas são: Alana Hudson, Robert Huberman, Patrick Rock, Sophie Fitzgerald, um bebê de onze meses, Barbara Fitzgerald... e Emmett McCarty.

- NÃO! DIZ QUE ISSO NÃO É VERDADE POR DEUS. EU ESTOU TENDO UM PESADELO NÃO É PAPAI?- gritou Rosalie, caindo de joelhos no chão inconsolável.

- Calma, meu amor eu sinto muito. – disse Carlisle, que também estava chorando. Esme sentou-se na cadeira, sem saber o que fazer. A campainha tocou.

- Posso ajudar? – disse Esme.

- Senhora Hale?

- Sou eu.

- Rosalie Hale?

- Não, sou mãe dela. Ela não está em condições agora, por favor, policial.

- Eu só vim entregar-lhe os pertences de Emmett. O legista encontrou este endereço no bolso dele. Aqui. – disse entregando um saco plástico com a aliança, a rosa, o cartão e uma corrente com pingente de cruz, que ele nunca tirava do pescoço.

- Obrigada e tenha uma boa noite.

- Eu sinto pela sua perda. Acho que vocês não terão uma boa noite, eu sinto muito.

- Obrigada mesmo assim. Até.

Rose ainda chorava muito. Não podia acreditar. Bree havia ligado, já haviam recebido a notícia.

- Oi Sr. Hale.

- Oi Bree, eu sinto muito.

- Meu irmão morreu. E agora? Minha mãe está paralisada. Ela fica só com a foto do Em no colo.

- Nós estamos indo para Seattle agora. Nos falaos lá. Eu até passaria o celular para Rose, mas ela está inconsolável.

- O...co... corpo dele já está vindo pra cá para o funeral. O Jake já está arrumando tudo.

- Qualquer coisa que precisarem, não deixe de nos avisar, por favor. Fale para Jacob conversar com Edward, pra ajudar no funeral.

- Nós agradecemos muito, Sr. Hale. Até mais. – disse a menina, com voz trêmula.

- Até mais, meu bem. 

- Esme, vamos?

- Claro Carlisle. Vamos, Rosalie querida. Por favor. – disse Esme, ajudando  filha se levantar.

- Eu te ajudo.

- Obrigado pai.

Os três foram para o carro. A viagem parecia não ter fim. As duas horas pareciam se tornar quatro. Estavam chegando até a casa dos McCarty e Carlisle quebrou o silêncio.

- Rosalie minha filha. Eu sei que este momento é difícil, mas você precisa ser forte. Pense no filho que está carregando em seu ventre.

- Tudo bem. – ela só conseguiu dizer isto.

Eles entraram na casa. O ar estava carregado. A atmosfera estava pesada. Tudo estava silenciado. E isto era agonizante.

- Oh, Rosalie! O que faremos agora? – disse Sue, que estava deitada no sofá, abraçada a uma foto de Emmett.

- Eu não sei. Eu fui tão dura com ele. Eu me arrependo de tudo o que eu falei pra ele. Eu só queria abraçá-lo e pedir perdão. Nosso bebê nunca vai conhecer o pai. – Rose desabou.

- Calma querida. Por favor. – disse Carlisle, levantando a filha do chão.

- Eu não quero ficar calma, eu quero o Emmett aqui. Eu quero ele aqui, me dizendo que tudo isso não passou de um maldito pesadelo. Eu quero ouvir sua gargalhada. Eu quero ouvir a voz dele me chamando de pequena que tudo vai ficar bem. Eu o quero aqui comigo. 

- Eu sinto muito. – foi a única coisa que Carlisle disse.

Jacob chegou por volta das cinco da manhã. Todos os preparativos do funeral estavam arrumados. Ele iria ser enterrado às sete. Todos foram se arrumar, colocar suas roupas pretas e foram para a celebração. A igreja era bem bonita e iluminada. Seu caixão estava no altar, ao lado do reverendo. Havia uma foto de Emmett ao lado e embaixo, sua data de aniversário e morte:

★ 15/03/1990 -  ✝25/11/2012

- Ainda que eu caminhe os vales da morte, eu não temerei, pois o Senhor está comigo, sua vara e seu cajado me confortam. Preparas uma mesa perante a mim e aos meus inimigos. Unge minha cabeça com óleo, o meu cálice transborda. E habitarei, por todos os dias da minha vida, na casa do Senhor por toda a eternidade. Amém – disse o Reverendo Matthews.

- Amém.

- Meus irmãos, minhas irmãs. Nada que eu diga numa hora dessas será o bastante. Apenas a família, a namorada e os amigos próximos sabem o que estão sentindo. Mais Deus, meus amados sabe as coisas que faz. Se ele quis que Emmett, este jovem sorridente partisse, foi por um propósito. Emmett não está mais aqui entre nós, é verdade. Mas, eu tenho certeza de que ele está dentro do coração de cada um de vocês que está presente nesta celebração. Ele partiu, foi para junto do Nosso Senhor Deus e de seu pai, que morrera há muitos anos. Mais olhem como o Nosso Deus é bom: Emmett se foi, mas uma parte dele ficou. Ele transmitiu seu legado. Deixou um presente para sua família e para sua namorada, que está carregando em seu ventre o fruto do amor, um amor sincero que enfrentou algumas barreiras, mas que falou mais alto do que tudo . Por fim, meus irmão e irmãs, lerei uma pequena frase de 1 Coríntios13: Tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta. Amém?

- Amém. – disseram todos na Igreja.

- Pode subir aqui, minha querida. – disse o Reverendo Matthews.

- Obrigada, Reverendo. – Agradeceu Rose.

- Que Deus conforte seu coração e lhe dê forças para conseguir cuidar deste pequeno anjinho que está carregando.

- Amém.

- Pode se pronunciar.

- Bom... Como vocês sabem, eu sou Rosalie Hale e eu era namorada do Emmett. Na verdade, eu sou namorada do Emmett. E sabe nada do que eu falar agora vai mudar o que você estãos sentindo. O que eu estou sentindo. Eu fui realmente muito dura com o Emmett em alguns momentos. Ficamos separados e ele estava indo ao meu encontro para nós acertarmos as coisas. Mas, infelizmente, não deu tempo. Fiquei sabendo por sua mãe que ele iria me pedir em casamento. Ela ficou tão feliz quando soube que seria pai... E é deste Emmett que eu me lembrarei para sempre. O Emmett alegre, sorridente, brincalhão, apesar de tudo o que ele passava, ele nunca perdia o bom humor. Ele era o cara mais sensacional que eu conhecia. O mais bonito, o mais amoroso. Eu espero que todas estas qualidades sejam transmitidas ao nosso filho. Emmett era... Ele era... Sentirei muito a falta dele.  

Todos na Igreja se levantaram e bateram palmas. Depois, todos seguiram para o cemitério. Até os velhinhos do lar San Diego estavam presentes. Enterraram Emmett. Foi a pior sensação que Rosalie sentiu na vida. O amor de sua vida estava agora enterrado, a sete palmos. Nunca mais o veria. Apenas no pensamento.

Rosalie suava frio, estava inquieta, mexia-se de um lado para o outro. Sentia o coração acelerado e a angústia a consumia. Abriu os olhos e viu que estava em seu quarto, em Forks. Ouviu um barulho vindo do andar de baixo. Sentou-se na cama e viu que eram onze horas. Desceu com muita calma e viu a mãe, lendo uma revista.

- Mãe?

- Oi filha, conseguiu descansar?

- Não.

- Por quê?

- Sei lá. Cadê o Emmett ele já chegou?

- Emmett? Seu pai foi buscá-lo na rodoviária. Esqueceu?

Rosalie suspirou aliviada e agradeceu à Deus que todo aquilo não passara de um pesadelo terrível.

- Você está pálida. Está se sentindo bem?

- Na verdade, não. Eu tive um pesadelo muito ruim.

- Quer me contar?

- Eu sonhei que o Emmett tinha morrido num acidente de ônibus.

- Credo, Rosalie.

- O acidente aconteceu, não aconteceu?

- Sim. Mas não foi o ônibus que o Emmett estava, meu bem. Foi outro, vindo de Seattle, o das sete e meia.

- Graças à Deus.

- Que sonho horrível.

- Foi tão real, mamãe. Eu fui até a parte do enterro.

- Pelo amor de Deus, pare de falar. Isso está me deixando nervosa. Você está com fome?

- Morrendo de fome.

- Não diga essa palavra mais.

- Desculpa. – Rosalie sorriu e acompanhou a mãe até a cozinha. Ela havia feito frango grelhado e uma salada grega. Coisa bem leve, já que Rosalie não podia exagerar. Já estavam lavando os pratos quando escutaram o barulho do carro de Carlisle na garagem.

- Eles chegaram! – comemorou Rose, que foi correndo abrir a porta. Emmett estava lá, parado com um enorme sorriso no rosto. Ela o abraçou o mais forte que pôde. Não iria deixá-lo, nunca mais.

- Eu senti tanta saudade de você, minha Rosalie.

- Eu também. Eu sinto tanto, eu fui uma idiota insegura. Eu tive medo de te perder. Graças à Deus você está aqui com a gente. – disse passando a mão na barriga.

- Eu não acredito que eu serei pai. Eu estou bobo ainda.

- Gente, eu não queria estragar este momento, mas está frio pra gente ficar com essa porta aberta. Vamos entrar. – disse Esme.

- Ah claro. Entre, Emmett. E ai, pai?

- Oi princesa.

- Pode se sentar. Você já jantou? Claro que não. Vou fazer um prato pra você. – disse Rose, indo até a cozinha.

- Sabe, posso tomar um banho primeiro?

- Claro. Vou te mostrar onde é o banheiro. – disse, pegando em sua mão. Naquele momento prometeu a si mesma que nunca mais iria soltá-la. 


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Notas finais do capítulo

Oi gente, tudo bem? Espero que sim. Olha, quando eu decidi escrever esta história, eu já estava com o final na cabeça e nele incluía muito drama, porque eu realmente tinha a intenção de matar o Emmett. Mais, cara eu fiquei com tanta dó, com tanto peso na consciência que eu decidi deixá-lo vivo. Eu sei que vocês ficaram chateadas por causa da suposta morte dele, mas decidi dar um presente a vocês, porque vocês são as leitoras mais lindas do mundo. Espero que vocês gostem deste capítulo. Obrigada pelos reviews. Beijos ;*



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