Chuva De Novembro escrita por mybdns


Capítulo 14
Capítulo 14




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Duas semanas se passaram desde o incidente no shopping. Nem Emmett, muito menos Rosalie davam o braço à torcer. Sentiam saudades um do outro, sem dúvidas. Mais nenhum deles queria pedir perdão. Eram muito orgulhosos para isso. O mal estar de Rose insistia em dominá-la.

– Rose? Você está bem, meu amor? – perguntou Esme, percebendo que Rose estava vomitando no banheiro.

– Sim, eu estou. – disse, dando descarga. – esse maldito mal estar não me deixa em paz, mais que droga! Sabe, mãe, eu engordei três quilos nas últimas semanas. Pode isso? Eu estou colocando tudo o que eu como para fora e eu anda engordo! Que inferno.

– Dá pra você se acalmar? Nas suas condições, isso é normal, minha querida.

– Que condições, mãe? Do que você está falando?

– Rose, eu sei perfeitamente o que está se passando com você minha filha. Eu passei por isso duas vezes... três, na verdade.

– Não te entendo.

– Rosalie, você está grávida, meu bem.

– Não pode ser...

– Sim, pode. Sua menstruação está atrasada?

– Que dia é hoje?

– Dia vinte e cinco.

Rose fez silêncio e abaixou a cabeça.

– Não pode ser.. eu e Emmett sempre cuidamos para isso não acontecer...

– Às vezes, meu bem as coisas acontecem por um propósito, você não acha?

– Mais...

– Rose, você foi muito dura com Emmett. Você terminou com ele por desconfiança. Nem sabia se ele te traia...

– Eu sei. Eu me arrependo.

– Eu também me arrependo de muitas coisas que eu fiz na minha vida. Agora elas não têm mais concerto. Mais você pode sim concertar seu erro. Ligue para Emmett. Mande-o vir até aqui para vocês conversarem.

– Mais e se eu não estiver grávida?

– Não seja por isso. Se pai não é médico? Eu ligarei para ele. Agora, pense um pouco nesta criança que está ai dentro de você.

Esme saiu para ligara para Carlisle. Rose se deitou no sofá e ficou olhando para o teto por um bom tempo.

– Alô?

– Rosalie, minha filha?

– Não Carisle, sou eu Esme.

– Ah! Aconteceu alguma coisa com Rosalie? Ela está bem?

– Sim ela está. Ela só quer que você venha até aqui para confirmar uma suspeita minha.

– Que suspeita, Esme?

– Carlisle, eu acho que nós vamos ser avós.

– Você tem certeza disso?

– Certeza eu não tenho. Mais ela está com todos os sintomas que eu tive.

– Eu estou indo para Forks. E Emmett, já sabe?

– Ela está pensando se vai ligar para ele. Não diga nada a ele. Deixa que ela resolve.

– Tudo bem, obrigado por avisar. Tchau vovó.

– Tchau, vovô. – Esme desligou sorrindo. Seu sorriso logo foi embora quando se lembrou do que havia feito com Carlisle, que sempre foi muito bom com ela. Sentia remorso, mas o que havia sido feito não podia se desfazer.

– Mãe?

– O que foi, Rose?

– Será que o Emmett vai me perdoar?

– Ele te ama.

– Como você tem tanta certeza?

– O jeito que ele te olha. Aquele brilho em seu olhar quando ele te vê, minha filha. Ele te ama. Não deixe o amor acabar dessa maneira. Eu sei que ele está sofrendo com isso, igual a você. Pegue este telefone e ligue para ele. – disse entregando-lhe o celular.

– Eu não sei...

– Pegue logo este celular, menina. Você vai ficar trancada aqui nesta casa, neste fim de mundo o resto da sua vida? Vai tirar o direito de o SEU filho ter um pai? Rosalie, pelo amor de Deus, pegue este maldito telefone e ligue agora para Emmett.

Rose pegou o celular de Esme e discou para Emmett.

– Alô?

– Emmett?

– Sim, quem está falando?

– ...

Rosalie desligou.

– O que foi?

– Eu quero esperar o papai chegar para confirmar.

– Como você quiser...

Duas horas depois, Carlisle chegou à confortável mansão que morou com sua família há anos. Lembrou-se de como as crianças gostavam daquele lugar. Longe da cidade, rodeado por árvores e natureza. Podia sentir o cheiro da comida que Esme preparava aos domingos, com muito carinho. Ela era uma boa pessoa naquela época. As crianças amavam a sua lasanha, que ela dizia ser receita de sua avó. Fechou os olhos e viu Rosalie, Edward, Alice e Jacob correndo pelo quintal e ele, Esme, os pais de Alice e Billy conversando sobre qualquer assunto. Lembrou-se também que Scott estava enterrado naquele lugar. Scott foi o primeiro cachorro das crianças e elas sofreram demais quando ele partiu. Voltou à realidade. Nada daquilo voltaria. Aquela casa havia se tornado parte do passado, do melhor passado que alguém pudera ter.

– Oi Carlisle.

– Oi Esme. Onde está Rosalie?

– No quarto dela.

– O mesmo?

– Sim, o mesmo.

Carlisle subiu as escadas e bateu na porta.

– Entre, papai.

– Oi meu bem, como você está?

– Bem. Melhor agora que você chegou.

– Bem, vamos lá para baixo, na sala de exames.

– Tudo bem.

Os dois foram até a sala de exames, que Carlisle havia construído dentro da própria casa para cuidar da família. Ele ligou o aparelho de ultrassom e examinou Rosalie. Antes, colheu uma amostra do sangue da filha para comprovar a gravidez. Voltou em quase duas horas, trazendo a noticia.

– Bem, Rose querida.

– Fala logo, Carlisle, por favor. – apressou Esme.

– Calma. Você está grávida, meu bem. Parabéns.

Rose sentiu uma forte emoção quando sua gravidez foi confirmada.

– Você está para entrar no terceiro mês, meu bem.

– Agora, Rose, faça o que deve ser feito. – disse Esme, entregando-lhe novamente seu celular.

– Com licença.

– Tudo bem.

Rose subiu para seu quarto. Parou na janela e viu a chuva caindo, devagar. Dscou o número de Emmett.

– Alô?

– Emmett?

– Sim, sou eu. Quem fala?

– Você não se lembra mais da minha voz?

– Eu... Rose?

– Sim, sou eu.

– Eu pensei que este momento nunca iria chegar.

– Eu também, mas nós precisamos conversar.

– Eu também acho.

– Nós precisamos conversar de verdade.

–Você está bem, Rose?

– Sim, eu estou.

– Olha, eu só queria te dizer que eu me importo muito com você. Você não tem noção da falta que você me faz, minha patricinha. Nada é bom quando você não está aqui. Eu sinto muito, Rose é sério.

– Eu que devo lhe pedir desculpas. Eu acho que fui muito dura com você.

– Você foi. E doeu muito.

– Você também faz falta. Eu te amo e...

– E o que, Rosalie?

– Você pode vir para Forks?

– Eu não sei...

– Por favor.

– Eu vou. Quando?

– Agora.

– Por quê?

– Precisamos acertar nossa vida. Além do mais..

– Além do mais o quê? Você está me deixando com medo.

– Você vai ser pai, Emmett.

– ...

– Emmett? Você está ai?

– Sim. Eu não sei o que te dizer... Eu vou ser pai? – MÃE, VOCÊ VAI SER AVÓ!- gritou.

– Tem como você vir de moto pra cá?

– Vixi, minha moto tá quebrada, mas eu pego o próximo ônibus, que sai daqui umas nove e pouco.

– Estou te esperando.

– Dorme bem amor, te amo.

Rose desligou e ficou aliviada por falar com Emmett. Agora tinha esperanças de tudo se ajeitar. Queria concertar aquela situação, pois amava Emmett. Nunca deixou de amá-lo.


Enquanto isso, Emmett estava em sua casa, em estado de choque.

– Emmett, você tem certeza disso? – perguntou Sue.

– Sim mãe, o Sr. Hale foi até Forks para fazer os exames. Eu vou ser pai. Eu nem acredito.

– Aha, eu vou ser titia. Que demais! – alegrou-se Bree.

– Eu preciso ir para Forks. Agora. Quero me acertar com a Rose e...

– E... O quê, cunhadinho? – perguntou Jacob.

– Eu quero pedir a Rose em casamento.

– Ai sim... Eu quero que vocês dois sejam felizes, cara. De todo o meu coração.

– Valeu, Jacob.

Nestas ultimas semanas, Jacob e Emmett ficaram mais próximos. Jake dava sinais de que havia mudado, e devia tudo isso à Bree.

– Meu filho... Faça o que tem que ser feito. Seja feliz. Faça Rosalie feliz.

– Eu vou fazer mãe. Eu preciso pegar as economias que eu estava guardando para a faculdade pra comprar a aliança.

– Se você acha que deve fazer isto, faça.

– Eu amo você, mamãe.

– Que Deus te acompanhe na viagem.

Tchau Bree.

– Tchau Em. Vá com Deus.

– Tchau Jacob.

– Até mais, cara. Boa sorte.

– Obrigado.

Emmett pegou sua pequena mala com poucas roupas e foi até a loja de joias, que já estava fechando.

– EI! ESPERA!

– Já estamos fechando, senhor.

– Por favor moça, eu preciso comprar uma aliança pra minha namorada.

– Tudo bem, entre.

Emmett escolheu uma bela aliança e pagou. Correu para a rodoviária. Comprou a passagem, seu ônibus saia às nove. Parou na floricultura para comprar uma rosa para Rosalie. Comprou também um cartão bonito. Finalmente, o ônibus estacionou. Sentou-se na penúltima poltrona do lado direito, na janela. Um homem barbudo sentou-se ao seu lado. O veículo saiu da rodoviária. Emmett fez uma oração para nada de ruim acontecer na viagem, ele estava cansado, mas não conseguia dormir. Olhava a chuva cair torrencialmente, pela janela embaçada. Tentou fechar os olhos e dormir, mas a cada minuto que dormia acordava quarenta. Pra completar, um bebê que estava atrás dele não parava de chorar. Pensou no olhar de Rose e acalmou seu coração, que ainda estava acelerado por conta da notícia que recebera algumas horas atrás. Encostou a cabeça na janela e numa curva brusca, escutou um estrondo. Todos estavam gritando, tudo balançava. A criança gritava, chamando a mãe, que não respondia. Emmett tentou se mexer, mas não conseguia. Agarrou a rosa na lama. Lembrar o rosto de Rosalie havia se tornado sua última opção. A aliança havia caído de seu bolso. O cartão se despedaçou. A criança havia parado de gritar. Tudo se silenciou. Sentiu o celular vibrar em seu bolso. Sabia que era Rosalie lhe escrevendo, porém ele estava preso nas ferragens, não podia se mexer. Ele nunca pensou que esta viagem o levaria para tão longe, então, Emmett fechou os olhos sem saber o que estava escrito...


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