A Ladra De Raios - Brittana escrita por Ju Peixe


Capítulo 13
Capítulo 13


Notas iniciais do capítulo

Boa tarde! Obrigada pelos comentários!



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Assim que terminamos o almoço, localizamos o hotel. Decidimos esperar até de noite para entrarmos com o nosso plano em ação, pois provavelmente seria um pouco mais fácil de não sermos percebidos.

Como tínhamos mais um bom tempo para gastar, nós resolvemos nos divertir um pouco. Passeamos por Vegas, conhecemos vários lugares legais e por fim terminamos atirados na grama de um parque não muito longe do hotel. Deitei a cabeça no colo de Finn e San encostou o rosto na minha barriga, brincando com uma mecha do próprio cabelo. Ficamos cerca de uma hora assistindo o pôr-do-sol e depois fomos em direção ao hotel.

Assim que entramos, nossos olhos brilharam. Era o lugar mais lindo que eu já havia visto. Tinha vários jogos, brinquedos, luzes neons... Era perfeito. Um funcionário do local veio nos receber com um sorriso largo no rosto.

- Boa noite! Aqui está a chave de sua cobertura! E aqui estão os cartões sem limites do Hotel Lótus que são aceitos em todos os jogos! Divirtam-se! – ele disse nos entregando três cartões.

- Deve haver algum engano... – San começou.

- Não há nenhum engano, Srta. Lopez! A estada de vocês já foi paga, agora apenas aproveitem a suíte e o cassino do hotel! – o rapaz respondeu.

Bem, que mal há? Pensei, enquanto pegávamos os cartões. Não havia nada de mais em ficarmos algumas horas no hotel, afinal tínhamos tempo ainda. Subimos no elevador panorâmico até a cobertura do hotel. Era perfeita. Tinha três camas de casal, um closet cheio de roupas, uma banheira de hidromassagem... Parecia o paraíso. Finn foi tomar banho e eu me atirei na cama com Santana ao meu lado. Era tudo tão bom...

San deitou por cima de mim e atacou meu pescoço, me enchendo de beijos. Mordi seu queixo e ficamos namorando até Finn sair do banho com roupas limpas e novas.

- Vejam! Servem direitinho em mim! – o sátiro comentou alegre.

Depois de tomarmos banho e colocarmos roupas limpas, achamos um frigobar no quarto cheio de comida. Nos deliciamos com os doces e sanduíches que estavam lá dentro. Depois de tudo, decidimos descer para conhecer os jogos. Ainda tínhamos muito tempo para... Para... Ah, sei lá! Não importa.

Andei na montanha-russa (sim, montanha-russa!), joguei pôquer... Era tudo maravilhoso. No fim, encontrei um rapaz que ficou jogando comigo. Estávamos no meio de um jogo de ação, quando ouvi uma voz ecoando na minha cabeça.

Saia do Hotel, Brittany. Era o que dizia. Virei-me para o rapaz, cujo nome era Andrew e disse que precisava ir embora. Comecei a me lembrar de que ainda precisava da pérola e então fui procurar Finn e San.

Santana estava em um jogo 3D de arquitetura, construindo novos prédios. Eu não via graça nenhuma no jogo, mas ela parecia maravilhada com os gráficos e ferramentas.

- San, precisamos ir. Tipo, agora. – falei segurando sua cintura e a puxando do jogo.

- Ei! Britt, o que... Não, eu não terminei! – ela protestou tentando desesperadamente se soltar dos meus braços.

- San! Pérolas, mundo-inferior, Olimpo! Isso te lembra de alguma coisa? – perguntei segurando seus ombros.

Seus olhos pareceram confusos por um segundo, mas então ela voltou a si. Assentiu para mim e entrelaçou a mão na minha, indo procurar Finn. O sátiro estava sentado em um jogo de roleta, rodeado por algumas mulheres. Avistei a pérola na roleta, e rapidamente a peguei enquanto San puxava Finn pelo braço, arrastando-o para fora do hotel.

- Mas meninas... – ele protestou chateado.

- Missão, Finn. Missão. Concentre-se, menino-bode. – respondi.

Ele voltou a si também e corremos para fora do hotel. Um funcionário gritava atrás de nós, dizendo algo sobre os cartões platinos do hotel, mas nós o ignoramos. Ainda tinha o meu cartão em mãos e Santana o tomou de mim, chamando um taxi. Ela resmungou o endereço e o taxista nos fitou sério.

- Vão ter que pagar adiantado, é muito longe.  – o homem respondeu.

- Aceita cartões de cassinos? – San perguntou, estendendo o cartão.

O homem passou o cartão e uma série de cifrões apareceu na tela. Ele arregalou os olhos e voltou a nos encarar.

- Se chegar bem rápido, pode ficar com o troco. – Santana disse.

Acho que ela se arrependeu amargamente de suas palavras. Mal conseguia me concentrar no caminho, pois acho que o homem não dirigiu abaixo de 120 km/h. San agarrou a minha mão durante o caminho inteiro, enquanto Finn fechou os olhos com força e baliu baixinho.

- Que dia é hoje? – perguntei para o taxista.

- 13 de outubro. – ele respondeu.

Fitei os dois, apavorada. Hoje era o último dia do prazo dado por Hades. E eu ainda nem tinha achado o raio de Zeus, que ele me acusava de tê-lo roubado. Ou seja, eu estava prestes a causar uma guerra entre os deuses e ainda ia perder a minha mãe. Meu dia não poderia melhorar.

Assim que chegamos ao nosso destino, saltamos do carro. Santana nos guiou para o que parecia ser um estúdio ou algo do tipo. Nele estava escrito M.A.C., em um letreiro bem grande. Santana seguiu os meus olhos e traduziu para mim.

- Morto Ao Chegar.

Entramos no local e vi uma fila de gente. Finn baliu baixinho e nos guiou para uma balsa. Ele jogou dois dracmas de ouro para um homem em uma balsa e nós entramos.

Passear pelo submundo era no mínimo estranho. Finn ficou encolhido ao meu lado e me abraçou escondendo a cabeça no meu ombro. Santana por outro lado parecia maravilhada. Vi alguns corpos flutuando logo abaixo de nós, assim como itens mundanos. O lixo do homem, como San havia me dito uma vez.

O balseiro nos deixou na entrada de um castelo. Corremos para dentro e fomos recebidos por um homem de pele, cabelos e olhos escuros. Lembrava Santana de certa forma, mas ela era mais clara e delicada. E não era filha de Hades, claro.

- Brittany Susan Pierce! Que prazer em finalmente conhece-la! Sua mãe tem sido uma companhia extremamente agradável para mim nesses últimos dias. – o Deus disse, jogando uma pequena caixa no chão com força.

Por extinto, abri o escudo e protegi meus amigos. Mas assim que levantei os olhos novamente, vi minha mãe parada na minha frente. Atirei o escudo no chão e corri até ela, abraçando-a.

- Linda cena de reencontro, peixinha. Mas se não for incomodo, meu raio estaria... – Hades começou.

- Não o tenho. Não fui eu quem o roubei. – respondi.

Uma mulher morena extremamente bonita entrou no recinto. Per... Per... Perséfone! A esposa de Hades. O deus me olhou irritado, mas o ignorei. San e Finn vieram até nós, nos abraçando também. Hades caminhou até meu escudo, juntando-o do chão.

- Não o tem? Não é o que me parece... – ele disse, puxando um raio do escudo.

Arregalei meus olhos. O tempo todo ele esteve... Comigo? Mas como? Não era possível! Eu sequer sabia da existência dos deuses há um mês, como poderia ter roubado um deles?

Hades pousou a arma no chão e veio até nós. Santana me envolveu pela cintura e se posicionou ao meu lado, tentando me proteger.

- Eu acho que ladrões e mentirosos devem ter o que merecem... – o deus falou apontando uma espada para mim.

Fechei os olhos e apertei meus braços ao redor de Santana, escondendo meu rosto na curva de seu pescoço. Mas nada aconteceu. Quando abri os olhos, Perséfone segurava o raio de Zeus enquanto o marido jazia no chão.

- Eu sempre quis fazer isso! Devo uma a vocês! – a mulher falou alegremente, me entregando o raio – E vejo que vocês têm apenas três pérolas, mas são quatro. Bem, aqui está. Agora vão, é quase meia-noite. Boa sorte, semi-deuses.


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Notas finais do capítulo

E aí, gostaram? Nem me dei conta, mas acho que estamos quase na reta final do livro um. Se vocês quiserem, eu posso fazer a continuação dos livros.



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