Grand Chase - Heros Never Die escrita por Bakemonokins


Capítulo 2
♛ Cαpítulo II : A Caminho da Torre Sombria


Notas iniciais do capítulo

Essa semana que passou foi complicado arranjar tempo pra escrever, por isso demorei a postar mesmo sendo um capítulo simples, as coisas começam a desenvolver.



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Partiram assim que o sol nasceu. A manhã era tranqüila naquele dia, a noite anterior foi fria e por isso o orvalho estava sobre a grama e folhas da maioria das árvores. O caminho que levava à antiga Torre Sombria passava pela Floresta do Desafio, que apesar do nome grandioso, era comumente confundida com um bosque qualquer quando vista de fora.

– Vocês poderiam fazer o favor de andarem mais rápido? – Era a primeira missão do grupo e Elesis já estava a todo vapor, acordou de bom humor e até brincou com Arme dizendo que o único desafio da floresta seria aturá-la por tanto tempo. Tudo bem, talvez isso não tenha sido brincadeira e ela não estivesse realmente de bom humor, mas a verdade era que já haviam percorrido quase metade da floresta antes do meio dia.

A floresta não demonstrava muita resistência em ser ultrapassada, os monstros que encontraram pelo caminho até ali foram poucos e fracos demais para impedir a passagem das três guerreiras um tanto experientes. Gosmas e cogumelos corriam à presença das estranhas forasteiras, se escondiam em moitas e arbustos, e os que não o faziam e tentavam atacar eram facilmente repelidos pelas flechas de Lire e as bolas de fogo de Arme, enquanto Elesis vinha mais à frente encarregando-se de impedir que as pequenas criaturas se aproximassem demais.

– Bola de fogo! Bola de fogo! Bola de fogo! Bola de fogo! Bola de fogo! Bola de fogo! Bola de fogo... – Era fácil descobrir a localização do grupo, tanto pelos gritos agudos da pequena maga quanto pelos pequenos incêndios que deixava por onde passavam, alguns ataques acertavam seus alvos, mas a maioria era lançada ao nada e sem nenhum objetivo.

– Dá pra você parar com essa merda, pirralha exibida? – A paciência que Elesis já não tinha, se esgotou quando um dos ataques da maga passou tão perto dela que sentiu o calor em seu rosto corado pelas chamas.

– E você pode parar de reclamar de tudo? Estou tentando ajudar! – A essa altura as duas já estavam paradas uma de frente para a outra, prestes a dar início a uma nova e longa discussão que teria fim quando nenhuma das duas tivesse mais o que falar para a outra, e assim a jornada seria silenciosa, pelo menos até que achassem outro motivo para discutir.

Mesmo com tão pouco tempo de convívio, Lire já havia se acostumado e entendido que essa era à hora perfeita para uma pausa, para descansar e se alimentar, e era o que fazia encostada no tronco de um pinheiro, dividindo um pedaço de pão com alguns pássaros que pousavam ao seu redor.

– Idiota.

– Boboca.

– Retardada.

– Vermelha.

– Ente... – A visão da espadachim estava desfocada, não mais encarava Arme e sim o que estava atrás dela. Uma imensa árvore que até alguns segundos atrás permanecia imóvel e parecia fazer parte daquela paisagem, agora se movia livremente, seus braços e suas pernas eram grandes troncos sólidos e sua altura passava dos oito metros. Elesis percebeu que a folha de um desses troncos estava pegando fogo, o que deve ter despertado aquela enorme criatura, que gemeu. Um som grave semelhante ao de um corno de guerra.

– Ente? Que tipo de xingamento é es... – Arme foi interrompida ao receber um empurrão e cair de bunda no chão, estava furiosa e pronta para se erguer e revidar o golpe em uma Elesis que não estava mais ali, o ataque serviu para impedir que a maga fosse acertada, mas só depois de alguns segundos ela entendeu o que estava realmente acontecendo.

A espadachim foi atingida em cheio na barriga por um dos galhos da criatura e se segurava nele para não cair, o braço girou até que as costas dela se encontrassem com o tronco de uma outra árvore, o impacto foi tão forte que a fez cuspir sangue e se não fosse pelas pesadas armaduras que vestia, provavelmente teria metade do corpo esmagado. Sua visão estava embaçada pela fumaça, mal pôde ver que o Ente já se preparava para um próximo ataque, agora contra sua cabeça, a única coisa que conseguiu enxergar foi um vulto verde passar em uma velocidade absurda bem ao seu lado.

Lire estava com o arco carregado quando passou por entre as pernas da árvore gigante, correu em vertical, no mesmo tronco em que Elesis estava agora caída sobre as raízes ainda tonta pelo golpe recebido. Tomou impulso quando atingiu a altura necessária e saltou em um mortal para trás ficando por alguns segundos de cabeça para baixo, frente a frente com o Ente que tentou acertá-la, mas tarde demais. Uma rajada de flechas caiu sobre ele, uma delas direto no olho onde o dano foi maior, pelo menos o suficiente para impedir o ataque que estava prestes a executar.

O ataque recebido deixou a árvore ensandecida, movimentava-se de um lado para o outro guinchando de dor e em uma dessas acertou a elfa, antes que pudesse pousar. Lire rolava pela grama esquivando-se das pisadas que eram desferidas pelo Ente na tentativa de esmagá-la, mas quando tentou saltar para mais longe se viu presa por grossas raízes que envolveram seu corpo, porém dessa vez foi a vez de Elesis se pôr entre os dois bloqueando o pé da árvore com a espada, e é de se imaginar que a força utilizada para bloquear um ataque desse porte era sobre-humana.

– Vocês duas, saiam do caminho agooora! – Arme saltitava um pouco mais atrás, corria em círculos, tropeçava, levantava, gritava e apontava para um céu agora vermelho sangue. Grandes pedras flamejantes lambiam os galhos, troncos e folhas das árvores que se transformavam em cinzas quase que instantaneamente, mesmo a alguns metros de distância o calor provocado por elas era insuportável e tanto Elesis quanto Lire já suavam. A sensação era de que tudo em um raio de cem quilômetros seria destruído, de que a vida nessa área seria dizimada em segundos e que não importava o quanto corressem não seria o bastante para estar a salvo, essa era a sensação de se estar cercado por uma verdadeira chuva de meteoros.

– Corte Profundo! - Elesis usou as forças restantes para repelir o pé da árvore gigante e fazê-la se desequilibrar para trás, virou as costas para ela e com dois ataques rápidos cortou as raízes que vetavam os movimentos da elfa. Carregando-a sobre um dos ombros afastou-se dali o quanto foi possível. Em uma breve olhada para trás viu o Ente ser atingido em cheio por duas bolas de fogo com tanta força que chegaram a atravessá-lo.

Estilhaços voavam para todos os lados, o ataque com certeza era útil e avassalador, talvez o problema fosse esse. Não só o Ente, mas metade da floresta parecia ter sido devastada e completamente destruída, talvez o lugar começasse a ser chamado agora de Meia Floresta do Desafio. Agora sem as árvores imensas no caminho era possível enxergar o céu alaranjado, a tonalidade comum que tomava quando o sol estava prestes a se pôr, mas o que chamou atenção das garotas foi outra coisa, um pequeno castelo, coberto por raízes e musgos que envolviam seus portões quebrados e suas janelas abandonadas.

– Parece que conseguimos, essa é a Torre Sombria – anunciou Elesis.



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Notas finais do capítulo

Descrever as ações da Arme não tem preço...



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