Seus Olhos escrita por MayMalfoy


Capítulo 18
Capitulo Dezessete


Notas iniciais do capítulo

Depois de quase 5 anos olha quem voltou hahaha
desculpeeeeeem eu não queria ter abandonado tudo, só que muitas coisas aconteceram e muito em mim mudou, esses dias lembrei dessa conta e do carinho que recebi de tanta gente e decidi que vou reorganizar tudo aqui, arrumar erros que precisam ser arrumados nessa e nas outras fics e continuar. Espero que ainda tenham pessoas que leiam isso aqui.
Boa leitura



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Deixei meu carro em marcha e sem um olhar para a criatura, dirigi-me diretamente a casa e subi as escadas. Caminhei roboticamente para a porta de Draco, enquanto ela me seguia. Então parei, dando-me conta que não sabia o que dizer. Era uma bagunça de emoções – muitas emoções. Fiquei quieta e surpreendi-me vagamente, ainda estava lutando para respirar. Mas Draco sabia que estava ali.

Estava tombado tranquilamente na cama com suas mãos cruzadas sobre o peito como se estivesse esperando-me. Tinha uns fones conectados no iphone, não tive que perguntar o que estava escutando. Apertou o botão de pausar no aparelho e seu brilhante sorriso virou-se em minha direção. Senti meu coração derreter-se.

— Oi! Mamãe disse que viria. Não pensei que você...

— Claro que tinha que te ver! Sua mãe não deveria dizer nada. —Gritou a modelo enquanto suas pernas bronzeadas passavam junto a mim e entravam no quarto.

Vi o sorriso de Draco congelar de um modo nada natural. Ela tinha roubado esse sorriso – meu sorriso!

Ele engasgou. — Pansy?

— Quem mais poderia ser? — Riu e pressionou seus lábios contra os dele. O quarto girou. Senti-me doente. Sustentei-me no marco da porta e gaguejei.

— Vou pegar um pouco de água.

— Poderia pegar algo para mim também? — A criatura ronronou.

Neguei com a cabeça e sai do quarto. Não tinha razão para estar incomodada. Não tinha nenhuma razão. Ele era só um garoto e este era só meu trabalho, não tinha sentimentos envolvidos. Nenhum. Antes, quando pensei que tinha. Estava equivocada. Fui uma estúpida. Estava tão equivocada.

Minha cabeça estava fixa em frente quando entrei na cozinha, sem ver quase nada. Teria continuado me movendo em meu estado zumbi, se não tivesse tropeçado com algo. Instintivamente, parei e olhei para baixo.

Piscando, meus olhos focaram-se em uma pequena figura que estava deitada no chão, franzindo a testa. Levei outro segundo para perceber que a tinha derrubado. Ofeguei.

— Desculpe Marly! Você está bem?

Ela assentiu enquanto a ajudava a levantar-se.

— Mione? Por que está aqui?

Dei a volta para ver Chris que caminhava para mim, desde o balcão, no qual estava construindo uma nave espacial de Lego. Gaguejei uma resposta.

— Eu... Eu estou deixando alguém.

Ele levantou as sobrancelhas. – Mamãe disse que tinha o dia de folga.

— Sim, eu sei. — Suspirei — Onde está sua mãe?

— Oh, ela voltará rapidamente. Está arrumando o cabelo. — Chris olhou para Marly e sussurrou para mim atrás de sua mão. — Isso quer dizer que está com seu terapeuta.

— Entendo.

Sorrindo, perguntou. — Então, quem você trouxe?

— Bom... — olhei para o chão, repentinamente encontrando dificuldades em formar as palavras. — Uh, a namorada de seu irmão.

A boca do menino caiu até o chão. Fechou os olhos e gemeu. — Nãão!

Joguei minhas mãos para o ar. Esse era o pequeno detalhe que todos sabiam menos eu? Murmurei, — Genial, simplesmente genial.

Peguei um copo do armário e comecei a enchê-lo com a água da torneira. Sentindo um puxão em meus jeans, olhei para baixo para ver Marly. Seus olhos estavam muito abertos com honestidade enquanto sua pequena voz proclamava. — Nós gostamos mais de você, Mione.

Sorri debilmente, acariciando sua cabeça. Engasguei-me. — Obrigada.

Respirando profundamente, subi de novo as escadas e tentei ficar calma. Esse era só um inconveniente, uma perfeita garota inconveniente. Cruzei a porta e olhei para cima, literalmente senti meu coração cair fora de meu corpo. A criatura estava deitada junto a ele na cama.

Estava traçando vagos círculos em seu braço com seu dedo e sussurrava a seu ouvido. Draco parecia congelado, mas isso não descartava o fato de que ele não estava fazendo nada a respeito!

Não podia me mover. Estava metida na cena como se tivesse sido testemunha de um horrível acidente de trânsito. Não podia olhar para o outro lado. Escutei sua voz perguntando. — Por que está usando isso aqui dentro? — Enquanto sua mão deslizava para seus óculos. Ele empurrou-a para longe e dirigiu-se a mim como se soubesse que eu estava ali. - Ela sabe?

A criatura pareceu surpresa e um pouco indignada ao ver-me. Ela olhou para nós, como se calculasse os parâmetros de nossa relação. Parei.

— Draco...

— Ela... sabe? — Ele demandou.

— Não. — Meus pés estavam frios e olhei para baixo para encontrar o copo de água que tinha deslizado de minhas mãos adormecidas.

— Saber o quê? — Ela perguntou, em um estado de choque

As palavras vieram facilmente. — Que ele está cego.

— O quê? — A criatura deu um grito pouco natural e afastou-se dele, enquanto agitava uma das mãos na frente de seu rosto. Ofegou quando se deu conta. — Que demônios Draco?! Por que não me disse? Quando aconteceu isso?

Ele falou monotonamente. — Dois, três meses atrás em uma competição. Não soubeste por que me chutaste quando você se foi.

Eu pisquei surpresa.

—– Isso foi só temporário! — A criatura levantou-se. — Não sei como sentir-me sobre isso Draco.

— Não sabia que viria, — ele disse sem emoção. — Afinal, você não veio ao funeral dele.

— Era um contrato de nove meses! — Começou a chorar injustificadas lágrimas. —Estava ocupada!

— Exato!

A criatura rogou. — Não seja assim Draco. Lembra da diversão que tivemos...

— Isso não compensa.

O rosto dela ficou tenso, até que explodiu em um grito. — Oh meus deus, estás cego, — e passou em minha frente.

Tentei não olhá-lo. Tentei não sentir que estava com dor. Mas, não pude parar. Sentei-me na cama junto a ele, olhando seu rosto e tentando averiguar o que estava passando dentro de sua cabeça. Disse lentamente, — Desculpe, — e estiquei uma das mãos para colocá-la sobre a dele. Não pude suprimir um suspiro quando empurrou sua mão para longe de mim.

Seu rosto era de pedra e sua voz fria quando disse. — Preciso ficar sozinho.


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Notas finais do capítulo

Bem, foi isso até outro dia