Murmúrio escrita por bundadopatch


Capítulo 46
Presentes




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Acordei com o barulho da respiração ofegante de Patch, seu corpo estava quente e pesado sobre o meu.
- O que houve? - perguntei, mal conseguindo abrir meus olhos.
- Nada. - Ele estava com a voz baixa. - Durma, anjo.
Não foi preciso ele repetir e minhas pálpebras já estavam pesando.
Um baque surdo me acordou novamente. Patch havia deixado algo cair no chão.
- Desculpe, anjo. - Ele disse, recolhendo as bolsas.
- Bom dia. - Ignorei a situação, sorrindo e esticando meus braços para me expreguiçar.
Levantei e o observei de cima a baixo. Ele estava usando calça jeans de lavagem clara, uma polo e um belo par de Nikes. Seu cabelo estava molhado, tão lindo.
- Vou tomar banho. - Falei, ajoelhando-me para pegar meus utensílios na bolsa. - Não demoro.
- Já separei tudo. - Ele falou, me entregando um vestido púrpura e sapatilhas confortáveis. 
- Ah,sim. - Falei. - Obrigada, deixa só eu pegar…
- Já está tudo aqui. - Ele falou com um sorriso diabólico. - Calcinha e sutiã.
Eu corei.
- Deixe a porta aberta. - Ele acrescentou.
- O que? - perguntei.
Ele não respondeu, apenas apontou para a porta e eu continuei parada.
- Ah, qual é, anjo… - Ele riu. - Com vergonha de mim?
Mal tive a chance de responder, Patch já estava nu.
- Melhor assim? - ele perguntou.
- Muito. - Eu arfei, tentando me lembrar de como se respirava.
Patch estava divertido, porém diferente. Ele estava evitando meu olhar desde cedo.
Eu o observei durante todo o café, enquanto ele sorria a cada prova nova de doce, quando ele limpava os cantos da boca sujos de glace e até mesmo as vezes em que ele queimava a língua.
- Eu nunca pensei que fosse gostar tanto de comer. - Ele disse, enfiando uma fatia de torta de maçã na boca.
- É muito bom. - respondi, distraída. - Não entendo como já posso sentir tanta fome.
Ele sorriu, parecendo satisfeito 
- Tem que se cuidar, anjo. - Ele sorriu, passando o dedo pelo meu queixo e logo depois levando aos lábios. - Doce como sempre.
- Não vai me contar o que houve? - perguntei.
- Eu vou ser pai. - Ele largou a colher e soltou um riso exagerado.
- Sabe o que quero dizer. - resmunguei. - Aliás, o que vamos fazer hoje?
- Voltar. - Ele parecia sério.
- Voltar? - As palavras engasgaram em minha garganta. - Mas e o Rixon?
- Ele é a menor das nossas preocupações. - Seus olhos estavam tão escuros quanto a meia - noite.
- Não me esconda mais nada… - Minha voz estava sumindo.
Patch não respondeu, apenas enfiou as mãos na bolsa e retirou um par de sapatinhos de bebê.
De início não entendi. Um presente do papai? Sorri, mas meu sorriso desapareceu logo que virei a sola.
Estava escrito ” BOA SORTE MAMÃE, VOCÊ VAI PRECISAR”
- O que significa isso? - Joguei os sapatos em cima da mesa.
- Deixaram no quarto. - Patch estava de olhos fechados, respirando pela boca.


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