Murmúrio escrita por bundadopatch


Capítulo 43
Incêndio




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- Entendeu tudo? - Patch me perguntou, enquanto me ajudava a saltar da moto.
Confirmei com a cabeça.
Ele havia me dito um plano. Iriamos subir e pegar minhas coisas o mais rápido possível e dirigir para o mais longe dali.
- Joey… - Falei, enquanto passava pela recepção.
O garoto estava com os olhos arregalados.
- Nora… - Ele me segurou pelo braço. Patch o fuzilava com os olhos. - Aconteceu uma coisa.
Ah meu Deus.
- Um homem. - Ele continuou. - Chegou aqui, dizendo ser seu irmão. Ele pediu que eu deixasse suas coisas aqui embaixo. - Ele apontou para a mala que estava no canto. - Ele se registrou e subiu com uma caixa.
- Ele ainda está aqui? - Patch perguntou, surpreendendo-me com a sua voz seca e fria.
- Eu não sei. - Joey respondeu sem tirar os olhos de mim. - Os policiais estão verificando.
- Policiais? - perguntei.
- Sim… - Ele respondeu. Sua voz parecia cansada e preocupada. - Eu sei que posso perder meu emprego, mas eu queria me certificar de que você estava bem.
- Joey… - Eu disse, sorrindo. Eu queria acalmá-lo. - O que está acontecendo?
- O quarto em que você estava. - Ele começou, mas parou comprimindo os lábios. - Teve… um… incêndio.
Patch ficou rígido.
- Ele se registrou com qual nome? - Patch perguntou.
Joey caminhou até um livro, azul. Ele acompanhava as linhas com o dedo.
- Ele se registrou em nome de ” Patch Cipriano” - Ele respondeu.
- Merda - Patch ralhou do meu lado. Suas mãos circundando minha cintura e me puxando para mais perto. - Obrigada Joey, eu tenho certeza que você não vai perder seu emprego. Você pode dar um minutinho pra mim e pra minha namorada? - Patch fez questão de sinalizar a última palavra . Ele estava com ciúmes? Tentei segurar minha risada.
- Ah, sim. Claro. - Joey deu um sorriso sem graça, parecia desapontado.
- Você acha que foi o Rixon? - Patch sussurou em meu ouvido.
- Eu não sei… - respondi. - Está implicando com Joey? 
Eu soltei uma gargalhada.
- Se soubesse como eu gosto desse som. - Ele sorriu. - Mas respondendo a sua pergunta, ninguém manda ele querer o que é meu.
- Ah, Patch… - eu disse. - Para.
- O que foi? - Ele arregalou os olhos.
- Nada. - Falei, pegando seu boné e colocando em mim. Sempre quis fazer isso.
- Joey? - Patch chamou.
- Sim? - Ele apareceu novamente.
- Podemos dar uma olhada no quarto? - Patch perguntou.
- Claro - Joey também não gostava de Patch - Mas não mudem nada de lugar, nem toquem em nada…
- Não vamos. - Patch respondeu com a voz dura.
Eu olhei para Joey e ele me entregou a chave.
As paredes estavam negras, a cama parecia apenas uma montanha de fuligem. Mas por incrível que pareça o banheiro estava intacto. Eu quase desmaiei quando olhei no espelho.
” Não tão fácil” 
Estava escrito com o que parecia ser batom.
- Patch! - Gritei e ele logo estava atrás de mim encarando o espelho.
- Precisamos sair daqui. - Ele me puxou pelo braço, voltando para a recepção.
- Joey eu sinto muito… - Falei. Era verdade, eu não queria que ele perdesse o emprego por minha causa.
- Ele sabe que sentimos, meu anjo.- Patch cuspiu ao meu lado. - Por isso que vou ajudá-lo.
Ele retirou dinheiro do bolso. Muito dinheiro.
- O que… - Joey começou, estava com a boca escancarada.
- Dois mil dólares. - Patch respondeu com indiferença. - Use o necessário para reformar o quarto e o resto você pode ficar.
- Não posso aceitar. - Joey olhou pra mim.
- Você pode e você vai. - Patch disse, sério. Por que ele estava sendo tão rude? - Vou te esperar no carro.
Concordei com a cabeça, virando-me para o garoto para a minha frente.
- Joey, eu sinto tanto… - Falei novamente.
- Não é sua culpa. - Ele disse.
- Você foi muito atencioso comigo… - Eu continuei. - Só queria lhe agradecer.
Eu o surpreendi, com um abraço.
- Eu espero que você volte. - Ele disse enquanto eu caminhava em direção ao carro.
” Eu também, Joey, Eu também. ” Pensei, mas apenas lhe dei um sorriso e acenei com a cabeça.


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