Murmúrio escrita por bundadopatch


Capítulo 42
Compensando




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Patch estava sorrindo sozinho, sibilando palavras que eu não entendia. Eu acho que nunca o vi tão feliz.
Resolvi observá-lo. Ele estava com uma calça Levi’s preta de caimento perfeito em seu corpo, cintura baixa. Aprovada. Uma camisa preta simples de gola V. Aprovada. Botas pretas e pesadas. Aprovadas. Boné azul. Aprovado. Ele estava tão sexy que eu não conseguia me concentrar.
- Então.- Ele disse, limpando a garganta. - Os arcanjos me concederam uma escolha.
- Hm… - Falei, pedindo para que ele continuasse.
- Eu poderia me tornar humano. - Ele começou, levando a xícara aos lábios. - Isso é tão bom, eu sempre quis tomar café.
- Continue, Patch - Eu disse, soltando um riso de admiração . Ele parecia uma criança.
- Eu poderia me tornar humano, contanto… - Ele parou, suspirando. - Desde que eu não vivesse com você.
O ar ficou preso em minha garganta.
- O que? - perguntei, minha visão estava ficando turva.
- Ou eu voltaria para minha origem, ou… - Ele continuou com a voz baixa o suficiente para quase ser um sussurro.
- Ou… - Encorajei.
- Matariam você. - Sua voz era quase inaudível.
A sala começou a girar em torno de mim.
- Anjo? - Sua voz era preocupada. - Você está bem?
- Não… - as lágrimas ganharam vida na minha voz.
- Anjo… - Patch lamentava.
- Eu não posso ser feliz? - eu quase gritei. - Quero dizer… você veio atrás de mim para me contar tudo isso, teve o trabalho de me encontrar e arrumar um lugar perto de mim…
- Anjo… Eu reconheceria o som do teu coração de qualquer lugar. - Ele falou calmamente. - Espera… O que disse?
- Eu pensei que o único quarto disponível fosse o meu. - Eu falei. - E me desculpa por não ler o seu bilhete.
- Anjo? - Os olhos de Patch estavam arregalados. - Do que está falando?
- Você não está hospedado no mesmo lugar que eu? - perguntei, o medo tomando conta dos meus membros.
- Não. - Sua voz estava sumindo, novamente. - Eu fiquei maluco, quando fui procurar e não te achei. Então resolvi descer, fiquei feliz por você ter descoberto a passagem. Eu estou aqui há apenas alguns minutos, eu estava parado na frente do hotel quando te liguei.
- Droga - Ralhei. - Você veio de carro?
- Moto. - Ele sussurrou. - Anjo… O que está havendo?
O sangue tinha sumido da minha cabeça, meu corpo tremia. Vão me matar.
- Eu ouvi Joey elogiando o Jeep. - Comecei. - Depois eu recebi um bilhete…
Patch fechou os olhos novamente e deu um murro na mesa.
- Vamos. - Ele já estava de pé.
Deixou alguns dólares em cima da mesa e piscou para a garçonete antes de me pegar pelo braço e me levar rua a fora.
O medo ainda me consumindo.
- Vai ficar tudo bem. - Ele disse, enquanto me passava um capacete.
Eu espero.


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