Because, I Love You. escrita por


Capítulo 22
Um melhor amigo.


Notas iniciais do capítulo

demorei pacas, mas fiquei sem neeeet :/ e acho que é muuito compreensível isso, IUHSIUASHDIUSADHISUH bem, vou postar muuuuuito para vocês, porque nesse tempo que fiquei sem net escrevi muito e espero que gostem, linnnnnnnnnnnndas *-*
beijos.



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Jogar vídeo game era um péssimo programa para um sábado a tarde como aquele. Augusto estava encostado no sofá com cara de poucos amigos enquanto eu batia o seu Record – mais uma vez.

- Precisamos fazer alguma coisa! – ele puxou o controle da minha mão e pausando o jogo.

- Estamos fazendo alguma coisa, estamos jogando vídeo game. – sorri vitorioso.

- Não Tony, alguma coisa fora de casa, ficar aqui está muito... – ele suspirou irritado. – chato.

- Eu gosto de te bater no vídeo game o tempo todo. – eu ri e me levantei do chão.

- Vamos fazer um piquenique, sei lá, qualquer coisa. – eu me virei o encarando.

- Que viadagem Augusto, é melhor ir comer em qualquer padaria. – eu dei a volta no sofá e saí dali indo direto para a cozinha, ele me seguiu.

- Não Tony, podemos convidar mais pessoas... – me virei pra ele.

- Tipo quem? A Maria? – eu ri da minha piada de mal gosto.

- Porque não? – o olhei incrédulo.

Era obvio o motivo, Maria não servia para esse tipo de coisa, ela odiava qualquer programa que envolvesse meio ambiente no meio.

- Porque ela odeia esse tipo de coisa. – suspirei.

- Ótimo, então chama a Ana. – ele sorriu amavelmente.

- Chama você. – sai da cozinha e fui pro meu quarto irritado.

Que grande merda né? Porque não podíamos fazer esse negocio de piquenique só nós dois? Podíamos conversar sobre garotas, eu podia contar tudo que eu passei, podíamos estar sozinhos... Não com qualquer garota.

E eu nem sabia porque ele estava tão interessado na Ana assim, ela era só mais uma garota comum com belos olhos e uma boca bem chamativa, fora isso, uma garota comum como qualquer outra... Não é?

Tirei minha roupa e fui tomar um banho bem demorado para colocar meus pensamentos em ordem, eu devia falar com a Ana o mais rápido possível, dizer à ela que não aceitasse nenhum convite do meu irmão, para poupar momentos chatos, eu até podia inventar que minha mãe implicaria, quando na verdade ela ficaria é bem grata  pelo seu querido filho finalmente estar preso em um rabo de saia e no Brasil, seria a maravilha pra ela e pra mim a pior coisa do mundo.

Desliguei o chuveiro e encostei a cabeça na parede, foi quando ouvi risos vindo do meu quarto, encarei a porta por entre o BOX e não podia acreditar que ele tinha mesmo feito isso, que ele tinha... Enrolei uma toalha na cintura e sai do banheiro, vi a Ana sentada de costas para mim e sozinha, olhei para o lado e logo ela se virou pra me olhar.

- Você era muito fofinho. – ela levantou o álbum de fotos da minha família e me encarou.

Eu iria responder com uma mal criação, mas meu irmão entrou no quarto antes que eu tivesse tempo.

- Com certeza, ele era. – Augusto me encarou.

- Já eu tenho que discordar. – Maria parou na porta do meu quarto com seu mesmo short jeans rasgado e sua blusa de um ombro caído, ela seria sempre a Maria.

Ana fechou a cara e me encarou por alguns segundos.

- Será que vocês podiam me dar licença para eu me trocar? – perguntei indo para o closet, logo ouvi passos e então a porta sendo fechada, agradeci mentalmente por isso.

Virei para o guarda-roupa para escolar uma calça quando senti um par de braços enlaçar a minha cintura e alisar minha barriga, arrepiei, foi instantâneo, em seguida a mão subiu alisando meu abdomem e beijou meu pescoço, arrepiei de novo.

- Eu não vou te dar licença. – ouvi a voz da Maria no meu ouvido completamente rouca.

- Maria... – suspirei baixo quando sua mão soltou minha toalha.

- O que? – ela perguntou baixo o suficiente e me virou para ela.

Ela já estava de calcinha e sutiã, suas roupas já estavam no chão e faziam um caminho até o closet, não conseguia negar os meus instintos masculinos, eles eram mais fortes que eu.

Puxei sua cintura pra mim e a levei de voltar pro banheiro, eles que esperassem lá embaixo, eu tinha assuntos pendentes primeiro.

(...)

Maria entrou no banho e eu só me vesti descendo para a sala, ouvi risadas vindo da cozinha e me direcionei até lá.

Augusto estava brincando com um copo de suco e apoiado na bancada com o rosto a centímetros do de Ana, ela ria e estava corada e eu percebi o clima de romance que se estabelecia ali, um clima que não podia pertencer a ele!

- Hurum. – pigarreei. Ana se virou abruptamente e Augusto apenas moveu o rosto para me encarar e sorriu em seguida, um sorriso como: Eu venci, ela é minha!

- Demoraram. – Ana disse me encarando.

- É. – eu a encarei também e fui até a geladeira, pude sentir seu olhar nas minhas costas, mas não ousei me virar para dar o gostinho a ela, meu rosto estava de fato muito vermelho, e eu tinha que admitir, odiava o fato dela estar com ele, e pior, de estar gostando de estar com ele.

- Cheguei! – Maria entrou na cozinha e sentou na bancada me puxando pra ela e me dando um selinho em seguida, pude ver Ana sorrindo de lado, ela encarou Augusto.

- Com licença. – ela falou saindo dali em seguida, encarei Maria e sai atrás dela.

- Ana? – a chamei enquanto ela mexia em algumas coisas na bolsa.

- Saia de perto de mim. – ela disse com o cabelo no rosto.

- Ana. – me sentei ao seu lado e puxei seu rosto, pude ver algumas pequenas lágrimas caindo de seus olhos.

- Eu achei que você tinha me convidado para esse piquenique para conversarmos... Para... Ficarmos juntos... – ela sussurrou o final da frase.

- Mas eu nem ia te chamar. – sussurrei. – foi idéia do Augusto...

Então a mão dela estalou no meu rosto.

- Idiota! – ela disse alto e se levantou dali andando rápido.

- O que você fez? – Augusto perguntou?

- Eu? – perguntei me levantando e o encarando.

- Caralho Antony! – ele saiu correndo atrás dela porta a fora e vi a Maria saindo da cozinha.

- Você nem queria ira pra esse piquenique mesmo, vem comigo? – ela saiu me puxando pra fora de casa...

POV Ana.

Tentava encontrar o buraco da fechadura do meu carro, mas era em vão, não conseguia, enquanto isso as lágrimas iam caindo cada vez com mais força.

Como eu era estúpida, idiota! Onde foi que eu estava com a cabeça quando eu pensei que ele simplesmente ia pedir para ficar comigo aquele dia... Quem eu estava achando que Antony era?

Quem?

- Peço perdão por qualquer que seja a ofensa que meu irmão tenha feito a você! – me virei automaticamente, Augusto estava parado à alguns metros de mim.

- Tudo bem... – ele se aproximou de mim.

- Como o Antony é estúpido. – ele disse limpando uma de minhas lágrimas. – ele te fez chorar.

- Está tudo certo. – desviei de seu carinho, ele sorriu constrangido.

Não havia qualquer semelhança com Augusto e Antony, ambos eram tão iguais e tão diferentes ao mesmo tempo, parecia até uma ironia eu me apaixonar pelo gêmeo errado.

- Sério Ana, eu realmente queria que você fosse comigo a esse piquenique... – ele sorriu de lado. – eu me interessei por você no mesmo instante que te vi... E pode soar meio atirado demais, mas você é a garota mais linda que eu já vi. E eu já vi muitas garotas bonitas, inclusive namorei com muitas delas. – corei envergonhada e abaixei o rosto.

- Essa é mesmo uma boa cantada. – afirmei.

- Isso é um sim? – ele perguntou levantando meu rosto.

- Sim, mas hoje não. – ele sorriu abertamente e assentiu.

- Quando você quiser menina bonita. – corei de novo e me virei para abrir a porta do carro, só que Augusto foi mais rápido, ele a abriu antes e me encarou.

Os olhos dele, mostravam mais coisas que o do Antony que escondia uma vida, chegava a ser irônico.

- Obrigada. – falei.

- Disponha, eu já disse. – eu entrei e ele fechou a porta e acenou quando eu acelerei com o carro.

Não demorou muito e logo eu estava quase em casa quando meu celular tocou, era o Matheus, abri um sorriso enorme e atendi.

- Pensei que nem lembrava mais de mim... – ouvi um riso constrangido do outro lado.

- Pare de bobagem, obvio que eu me lembro de você. – sorri boba.

- Então onde podemos nos encontrar? – ele era direto.

- Na lanchonete aonde nos encontramos a primeira vez. – eu disse fazendo o retorno.

- Estarei lá, e te esperarei ansiosamente.

- Eu sei. – ri do meu convencimento e desliguei o celular; conversar com o Matheus era tudo que eu precisava agora.

Quando estacionei já encontrei Matheus parado em seu Porshe preto, ele se afastou pra me abraçar e entramos na lanchonete... Conversamos sobre tudo, ele contou que estava interessado em uma outra garota e pediu desculpas e disse que gostaria de continuar me vendo porque ele me adorava, eu sorri aliviada porque também adoraria continuar vendo-o.

- Então quer dizer que você gosta do menino estranho do cinema? – ele perguntou rindo.

- Matheus! – fiz careta.

- Qual é Ana?! – ele riu. – ele não combina com você! – ele disse convencido.

- E como você sabe quem combina comigo? – perguntei cruzando meus braços.

- Porque você é menininha demais pra ele, meiga demais... Você é o tipo de garota que namoraria como caras que nem eu e não como caras que nem ele. – o encarei por alguns segundos.

Pensando pelo lado certo, ele tinha razão.

- Você tem razão, eu combinaria muito mais com Augusto. – eu afirmei.

- Quem é Augusto? – ele perguntou confuso e jogou a cabeça para trás.

- É o irmão do Antony. – fiz bico. – ele se parece mais comigo do que Antony. – Matheus me encarou.

- Ana, você está namoradeira demais. – ele disse em tom sério e depois de alguns segundos começamos os dois a rir, ele pediu outra rodada de tequila e eu desisti de voltar para casa hoje.

Ter um melhor amigo era muito, mas muito mais divertido. 


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