Because, I Love You. escrita por Bê
Notas iniciais do capítulo
Tony com ciuminho? ouuuuuuuuunt SHDAISUDHSAIUDHSDIUSHDIUSHDSIUDHSIUDAHSDIUH
POV Ana.
Acordei com um mal humor que há muito tempo eu não tinha, levantei, tomei banho, coloquei uma calça jeans normal com meu all star vermelho e uma blusinha de alcinha de renda branca, arrumei meu cabelo prendendo em um coque no alto da cabeça e um óculos de sol, peguei minha bolsa e sai. Não vi ninguém acordado, provavelmente mamãe brigaria comigo por eu não ter tomado café, mas eu não estava com disposição.
Dirigi até a ONG lentamente e quando cheguei lá o carro do Tony estava estacionado na frente, eu vi ele sentado no meio fio com a cabeça entre as pernas e quando eu parei o carro atrás do dele, ele levantou a cabeça automaticamente. Desci do carro e ele se levantou, andei calmamente até a entrada da ONG passando por ele direto.
– Ana... - ele disse me seguindo, entrei na minha sala e coloquei a minha bolsa em cima da mesa. - Ana... - ele me chamou de novo.
O.k, eu estava brava sim. Muito brava e eu não queria mais nada com o Tony.
– Ana, você pode me responder? - ele bateu as duas mãos na mesa e eu levantei os olhos para encara-lo.
– Você tem uma consulta com o psiquiatra hoje, Tony e eu não posso te acompanhar. - entreguei o papel pra ele e me sentei na minha cadeira.
– Você vai continuar me ignorando? - ele perguntou jogando o papel na minha mesa.
– Você quer que eu faça o que? - perguntei segurando o impulso de me levantar e gritar com ele.
– Conversar comigo, eu poderia te explicar tudo... Não é isso que você está pensando... - eu me levantei e bati na mesa.
– Nós não somos nada! Você não me deve explicação alguma! - ele me encarou e respirou fundo.
– Maria é uma amiga antiga e... - eu dei a volta na mesa e abri a porta.
– Sai da minha sala Antony! - eu mandei apontando a porta.
– Você está sendo infantil. - ele disse me encarando.
– E você mentiroso por não contar que sua namorava! - eu gritei e em seguida fechei meus olhos e respirei fundo.
– Nós não namoramos, mas eu sei que eu menti... - eu abri mais a porta.
– Sai da minha sala. - eu disse baixo. - por favor. - pedi.
Ouvi os passos pesados dele até a saída da porta, mas Tony não saiu, ele puxou a porta da minha mão e fechou a mesma, o encarei incrédula.
– Vamos comigo na consulta, por favor? - ele pediu.
– Não sou sua babá. - eu disse cruzando os braços.
– Eu sei que não é Ana, eu só estou pedindo, como minha assistente social. - ele sorriu de lado e eu peguei minha bolsa abrindo a porta de novo.
– Vamos no meu carro. - afirmei andando até a saída da ONG.
O caminho foi um silêncio incomodo, não que eu realmente achasse que o Tony estava incomodado com qualquer coisa relacionada a mim, afinal de contas, aquela garota era linda e com certeza eles eram namorados, só pelo jeito como ela me olhou e como ele se livrou de mim facilmente... Estava me sentindo usada, como um nada.
Droga, Ana!
– Poderíamos ir no Penhasco conversar... - interrompi ele.
– Não vou a lugar nenhum mais com você Antony. - murmurei segurando com força o volante.
– Eu e Maria somos amigos, talvez tivesse rolado algo mais naquele dia que você a viu a primeira vez, mas somos só amigos Ana.
– Não me importa, definitivamente. Eu não me importo. - afirmei baixo.
– Está na sua cara que você está magoada comigo. - Tony disse cheio de si.
Me virei pra ele irritada, irada.
– Você não sabe de nada! - gritei. - Nada Antony, eu nem sequer me importo, na verdade eu não me importo com nada que venha de você! Nada! - ele me encarou surpreso com a minha crise ridícula de: Eu não me importo. - só dê o fora do meu carro para que eu possa voltar a fazer o meu trabalho.
– Ok Ana Schultz! - ele saiu do carro e bateu a porta com força, encostei a cabeça no banco e deixei uma lágrima rolar.
Eu não podia negar, estava nutrindo um forte sentimento por Tony e ele me enganou, isso me deixou fula. Não aceitava que ninguém me enganasse, por mais singelo que fosse a mentira, Antony fez isso. Eu limpei as lágrimas e acelerei o carro, acabei derrubando alguém.
Coloquei a mão sobre a boca e desliguei o carro, saltei pra fora dele, era um garoto com cabelos lisos, olhos verdes e rosto branquinho cheio de sardas, as compras dele caíram no chão e ele colocou a mão na cabeça.
– Me desculpe. - eu disse me ajoelhando na sua frente. - meu Deus, me desculpe. - eu disse o ajudando a se sentar.
– Tudo bem, estou acostumado a ser atropelado por lindas garotas. - ele sorriu e eu corei de leve.
– Eu sinto muitíssimo vamos?! - peguei suas compras. - eu te levo no hospital.
– Não precisa. - ele riu. - nem machucou. - ele disse se levantando.
– Eu sou uma estabanada. - eu disse sorrindo de lado.
– E muito bonita. - ele elogiou.
Corei de novo.
– Sou Ana. - estendi a mão.
– Sou Matheus. - ele apertou minha mão.
Eu fui entregar as compras pra ele, acabei tropeçando no meu próprio pé e fomos os dois para o chão novamente.
Matheus começou a rir, uma risada contagiante, me levantei do chão mais vermelha que um pimentão e sentei no meio fio.
– Você é realmente uma gracinha. - ele riu e se sentou de novo.
– Eu sou um desastre. - fiz bico.
– Linda. - ele elogiou de novo e se levantou pegando suas coisas.
– Vem, eu te pago uma água, você precisa respirar está muito vermelha. - ele riu baixo e eu corri no carro pegando minha bolsa e a chave do carro.
– Chato. - eu disse empurrando ele de leve, atravessamos a rua e paramos em um bar.
Perdi completamente a noção da hora conversando com o Matheus, ele era completamente engraçado e interessante, suas histórias nunca tinham fim e ele sempre passou por cada uma. O tempo realmente passava voando perto das pessoas que eram legais.
Tão legais que eu me esqueci do Tony.
– O Tony! - eu disse batendo a mão na testa. Matheus cerrou as sobrancelhas e me encarou.
– Quem é Tony? - ele perguntou um pouco desapontado.
– O garoto problema. - eu sorri, ele me encarou ainda mais confuso. - sou assistente social. - me apresentei.
– Na sua idade? - Matheus sorriu, me senti orgulhosa.
– É. Sou praticamente uma beldade da natureza. - ele riu, acho que um riso malicioso.
– Com certeza. - fiz bico e me levantei do banco.
– Me ligue. - bati em seu braço de leve.
Ele não ligaria, eu tinha certeza.
– Pode apostar. - ele sorriu convencido, dei um beijo na sua bochecha e sai da padaria atravessando a rua correndo.
Tony estava sentado no meio fio com uma careta de desgosto enorme, ele me encarou por alguns segundos e logo em seguida se levantou.
– Eu me atrasei. - murmurei ofegante, abrindo o carro.
– Não me diga?! - ele perguntou ironicamente. - a conversa com o garoto estava tão interessante que até do teu trabalho você esqueceu. - fiz careta.
– Me poupe. - pedi irritada, abri o carro e ele entrou no lado do passageiro.
– Me leva pra ONG. - ele disse.
– Para onde mais eu te levaria? - perguntei confusa, ele soltou uma risada debochada e eu não tinha ideia do que estava passando pela cabeça desse garoto pervertido.
A única coisa que eu conseguia pensar era como o Matheus era lindo. Praticamente um príncipe que não iria me ligar, mas um príncipe.
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