Because, I Love You. escrita por


Capítulo 15
Distantes.


Notas iniciais do capítulo

Tony com ciuminho? ouuuuuuuuunt SHDAISUDHSAIUDHSDIUSHDIUSHDSIUDHSIUDAHSDIUH



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POV Ana.

Acordei com um mal humor que há muito tempo eu não tinha, levantei, tomei banho, coloquei uma calça jeans normal com meu all star vermelho e uma blusinha de alcinha de renda branca, arrumei meu cabelo prendendo em um coque no alto da cabeça e um óculos de sol, peguei minha bolsa e sai. Não vi ninguém acordado, provavelmente mamãe brigaria comigo por eu não ter tomado café, mas eu não estava com disposição.

Dirigi até a ONG lentamente e quando cheguei lá o carro do Tony estava estacionado na frente, eu vi ele sentado no meio fio com a cabeça entre as pernas e quando eu parei o carro atrás do dele, ele levantou a cabeça automaticamente. Desci do carro e ele se levantou, andei calmamente até a entrada da ONG passando por ele direto.

– Ana... - ele disse me seguindo, entrei na minha sala e coloquei a minha bolsa em cima da mesa. - Ana... - ele me chamou de novo.

O.k, eu estava brava sim. Muito brava e eu não queria mais nada com o Tony.

– Ana, você pode me responder? - ele bateu as duas mãos na mesa e eu levantei os olhos para encara-lo.

– Você tem uma consulta com o psiquiatra hoje, Tony e eu não posso te acompanhar. - entreguei o papel pra ele e me sentei na minha cadeira.

– Você vai continuar me ignorando? - ele perguntou jogando o papel na minha mesa.

– Você quer que eu faça o que? - perguntei segurando o impulso de me levantar e gritar com ele.

– Conversar comigo, eu poderia te explicar tudo... Não é isso que você está pensando... - eu me levantei e bati na mesa.

– Nós não somos nada! Você não me deve explicação alguma! - ele me encarou e respirou fundo.

– Maria é uma amiga antiga e... - eu dei a volta na mesa e abri a porta.

– Sai da minha sala Antony! - eu mandei apontando a porta.

– Você está sendo infantil. - ele disse me encarando.

– E você mentiroso por não contar que sua namorava! - eu gritei e em seguida fechei meus olhos e respirei fundo.

– Nós não namoramos, mas eu sei que eu menti... - eu abri mais a porta.

– Sai da minha sala. - eu disse baixo. - por favor. - pedi.

Ouvi os passos pesados dele até a saída da porta, mas Tony não saiu, ele puxou a porta da minha mão e fechou a mesma, o encarei incrédula.

– Vamos comigo na consulta, por favor? - ele pediu.

– Não sou sua babá. - eu disse cruzando os braços.

– Eu sei que não é Ana, eu só estou pedindo, como minha assistente social. - ele sorriu de lado e eu peguei minha bolsa abrindo a porta de novo.

– Vamos no meu carro. - afirmei andando até a saída da ONG.

O caminho foi um silêncio incomodo, não que eu realmente achasse que o Tony estava incomodado com qualquer coisa relacionada a mim, afinal de contas, aquela garota era linda e com certeza eles eram namorados, só pelo jeito como ela me olhou e como ele se livrou de mim facilmente... Estava me sentindo usada, como um nada.

Droga, Ana!

– Poderíamos ir no Penhasco conversar... - interrompi ele.

– Não vou a lugar nenhum mais com você Antony. - murmurei segurando com força o volante.

– Eu e Maria somos amigos, talvez tivesse rolado algo mais naquele dia que você a viu a primeira vez, mas somos só amigos Ana.

– Não me importa, definitivamente. Eu não me importo. - afirmei baixo.

– Está na sua cara que você está magoada comigo. - Tony disse cheio de si.

Me virei pra ele irritada, irada.

– Você não sabe de nada! - gritei. - Nada Antony, eu nem sequer me importo, na verdade eu não me importo com nada que venha de você! Nada! - ele me encarou surpreso com a minha crise ridícula de: Eu não me importo. - só dê o fora do meu carro para que eu possa voltar a fazer o meu trabalho.

– Ok Ana Schultz! - ele saiu do carro e bateu a porta com força, encostei a cabeça no banco e deixei uma lágrima rolar.

Eu não podia negar, estava nutrindo um forte sentimento por Tony e ele me enganou, isso me deixou fula. Não aceitava que ninguém me enganasse, por mais singelo que fosse a mentira, Antony fez isso. Eu limpei as lágrimas e acelerei o carro, acabei derrubando alguém.

Coloquei a mão sobre a boca e desliguei o carro, saltei pra fora dele, era um garoto com cabelos lisos, olhos verdes e rosto branquinho cheio de sardas, as compras dele caíram no chão e ele colocou a mão na cabeça.

– Me desculpe. - eu disse me ajoelhando na sua frente. - meu Deus, me desculpe. - eu disse o ajudando a se sentar.

– Tudo bem, estou acostumado a ser atropelado por lindas garotas. - ele sorriu e eu corei de leve.

– Eu sinto muitíssimo vamos?! - peguei suas compras. - eu te levo no hospital.

– Não precisa. - ele riu. - nem machucou. - ele disse se levantando.

– Eu sou uma estabanada. - eu disse sorrindo de lado.

– E muito bonita. - ele elogiou.

Corei de novo.

– Sou Ana. - estendi a mão.

– Sou Matheus. - ele apertou minha mão.

Eu fui entregar as compras pra ele, acabei tropeçando no meu próprio pé e fomos os dois para o chão novamente.
Matheus começou a rir, uma risada contagiante, me levantei do chão mais vermelha que um pimentão e sentei no meio fio.

– Você é realmente uma gracinha. - ele riu e se sentou de novo.

– Eu sou um desastre. - fiz bico.

– Linda. - ele elogiou de novo e se levantou pegando suas coisas.

– Vem, eu te pago uma água, você precisa respirar está muito vermelha. - ele riu baixo e eu corri no carro pegando minha bolsa e a chave do carro.

– Chato. - eu disse empurrando ele de leve, atravessamos a rua e paramos em um bar.

Perdi completamente a noção da hora conversando com o Matheus, ele era completamente engraçado e interessante, suas histórias nunca tinham fim e ele sempre passou por cada uma. O tempo realmente passava voando perto das pessoas que eram legais.

Tão legais que eu me esqueci do Tony.

– O Tony! - eu disse batendo a mão na testa. Matheus cerrou as sobrancelhas e me encarou.

– Quem é Tony? - ele perguntou um pouco desapontado.

– O garoto problema. - eu sorri, ele me encarou ainda mais confuso. - sou assistente social. - me apresentei.

– Na sua idade? - Matheus sorriu, me senti orgulhosa.

– É. Sou praticamente uma beldade da natureza. - ele riu, acho que um riso malicioso.

– Com certeza. - fiz bico e me levantei do banco.

– Me ligue. - bati em seu braço de leve.

Ele não ligaria, eu tinha certeza.

– Pode apostar. - ele sorriu convencido, dei um beijo na sua bochecha e sai da padaria atravessando a rua correndo.

Tony estava sentado no meio fio com uma careta de desgosto enorme, ele me encarou por alguns segundos e logo em seguida se levantou.

– Eu me atrasei. - murmurei ofegante, abrindo o carro.

– Não me diga?! - ele perguntou ironicamente. - a conversa com o garoto estava tão interessante que até do teu trabalho você esqueceu. - fiz careta.

– Me poupe. - pedi irritada, abri o carro e ele entrou no lado do passageiro.

– Me leva pra ONG. - ele disse.

– Para onde mais eu te levaria? - perguntei confusa, ele soltou uma risada debochada e eu não tinha ideia do que estava passando pela cabeça desse garoto pervertido.

A única coisa que eu conseguia pensar era como o Matheus era lindo. Praticamente um príncipe que não iria me ligar, mas um príncipe.


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Notas finais do capítulo

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