Gustav escolhe uma casa no meio do mato mais leva junto uma televisão, se ele tivesse escolhido a cobertura de um prédio no meio de Nova Iorque teria dado no mesmo.

A casa, pelo menos, estava limpa. Subi as escadas.

Cheguei num andar escuro, com um corredor mais escuro ainda. Na parede havia quadros. Que coisas esquisitas!

Reparei que havia outra escada, resolvi subir também.

No fim da segunda escada havia uma porta. Deveria ser um sótão, ou coisa assim.

Bom, era quase isso. Havia milhares de caixas, um piano, uma penteadeira da época da minha avó e outras coisas antigas. Só depois reparei que no canto, junto da janela, havia uma cama. Perfeito! Era ali mesmo que eu iria dormir.

Larguei minhas coisas em cima da cama e desci as escadas. Tom e Georg já estavam jogando vídeo game. Inúteis.

-Finalmente férias – Gustav exclama sorrindo, me oferecendo um copo de suco.

Aceitei o suco. Era morango.

Tom, apesar de que gostasse muito de morango preferiu uma garrafa de cerveja, assim como Georg.

Fui para a varanda. Ao redor da casa só havia mato, mato e mais mato. Havia uma pequena floresta ao lado da casa. Resolvi dar uma volta por ela, afinal, seria impossível me perder nela. O dia ainda estava claro. Apesar de estar nublado, não ameaçava chover.

Passei com cautela por entre as primeiras arvores. Sem querer pisei num graveto, que se quebro, fazendo um leve estralo e me dando um baita susto.

Andei por mais ou menos 5 minutos, ou até mais, e cheguei a o que pensei ser o centro da “floresta”.

Havia um grande circulo de areia quase todo coberto por folhas secas, que devia medir uns 10 metros de largura. No centro do circulo havia um balanço. Um não, dois.

Cheguei mais perto do brinquedo, tomei mais um gole do meu suco e me sentei. Fiz um pouco de força para ver se as cordas agüentariam o meu peso. Não pelo fato de eu ser gordo, porque eu não sou! E sim pelo fato dele parecer ser bem antigo.

Permaneci no local por longos trinta minutos. Estava começando a anoitecer. Era melhor eu voltar. E se tivesse cobras ali? Levantei-me calmamente, andando com cuidado. Eu não queria pisar em outra graveto e levar mais um susto.

Andei com calma, apreciando as arvores (?). Essa “floresta” estava me lembrando a floresta do filme “Crepúsculo”. Só que com menos folhas secas no chão. A volta para casa estava parecendo mais longa que a ida à tal lugar. Será que eu havia me perdido?

Impossível.

Caminha mais um pouco, observando tudo a minha volta. Eu poderia passar as férias inteiras ali deitado no meio das árvores lendo. Mais só porque as férias duram apensa uma semana. 

Em um momento de distração vejo a imagem distante de uma garota me olhar. Ela estava de pé, encostada em uma árvore.

Quando voltei meus olhos ao local onde ela esteve recentemente não a encontro. Como alguém consegue mover-se tão rapidamente e sem fazer barulho? E a quanto tempo ela estava me observando?

Reparei que o céu já estava mais escuro, resolvi apressar o passo.

Depois que descobri que não estava sozinho fiquei mais assustado. E eu ainda não havia chego na casa.