FLASHBACK ON

Ronan ficou observando a partida de Verônica e Aron, e comentou para um dos seus melhores amigos, Klein:

— Agora somos só eu e você.

— Não. Só você. Único beneficiado nesta missão. Só vou dar suporte, pois confio na sua magia.

— Se eu tivesse uma...

— Mas tem... A Resonance.

— Isso não é uma magia, magia, magia. Nem tem como descobrir qual o elemento dela, por isso não considero uma magia.

Klein sorriu e pensou:

"É isso o que você pensa. Quando descobrir toda a verdade, vai ser o melhor mago. Até mais forte do que eu."

FLASHBACK OFF

Uma alma com um sentimento frio.

Hiddy.

Estava chegando no castelo. Enorme e todo escuro, com certeza habitado por magos malignos.

Ele respirou fundo e entrou, pois sabia que sofreria por ter fracassado.

Hiddy abre a porta principal, que é do tamanho da parede.

Cabisbaixo, se ajoelhou diante seu mago mestre. O mandante do atentado contra Verônica. Sobre o tapete vermelho que ligava a porta enorme principal e o trono com um mago de capa preta e máscara de ferro, semelhante ao que estava usando quando foi até Ronan e os outros; disse:

— Me desculpe... Eu fracassei.

— Não precisa dizer mais nada.

— Eu sinto muito mesmo, chefia.

A chefia se levantou. Hiddy continuou ajoelhado diante a si, com sentimento de culpa e fracasso.

— Na primeira vez, perdoei. Na segunda vez, tentei corrigir. Agora, vou acabar com tudo. Prepare-se para o julgamento das três luas.

Hiddy entendeu o recado. Entendeu que morreria e tentou pedir por misericórdia:

— Pare! Por favor!! Eu posso corrigir meu erro.

— Calado.

Ele fechou a boca e engoliu o choro. Sim, estava chorando de medo.

De pé, a chefia colocou a mão sobre a cabeça de Hiddy. Depois a outra:

— Culpado.

Hiddy, de ajoelhado vai para deitado, morto. A chefia volta para o seu trono, tranquilamente.

Dois magos entram, como se soubessem que seriam úteis.

— Bem na hora.

— O que houve desta vez mestre? - perguntou a garota.

— Pelo visto mais um foi morto, irmã. - comentou o outro.

O mestre, chamado por todos de chefia, por questão de segurança; lembrou os dois irmãos que estavam ali:

— Sabem da regra principal da nossa facção: erros podem ser consideráveis quebra de conduta, que nos levam a punições mais severas. Como a morte.

Os irmãos se ajoelharam diante a ele.

— Tenho uma nova missão a vocês. Se errarem, serão julgados.

— E qual é, chefia?

— Há dois magos buscando por algo no Cemitério dos Dragões Ancestrais. Quero que os impeçam.

— Podemos usar mais algum mago da nossa facção?

— Não. Um deles não tem elemento e o do outro, é ar. Tranquilamente vocês conseguem. Não imagino como Hiddy fracassou. E não espero o mesmo de vocês. Seria uma pena destruir dois magos de elemento Sangue. Agora, vão! Sinto que eles estão perto do objetivo.

Os irmãos, de elemento Sangue, partiram para missão.

Enquanto Klein e Ronan, já tinham avistado a montanha que ficava no centro do Cemitério dos Dragões Ancestrais. Mas para chegar no destino, necessitavam ultrapassar a densa floresta que estava entre eles.

— Densa demais essa floresta. Temos que tomar cuidado.

Klein, sempre quieto e sossegado, comentou com Ronan - coçando sua cabeça:

— Relaxa. Não há nenhum mago ali, ou algum ser vivo que nos atrapalhe.

— Seu elemento é muito eficaz nisso, Klein.

Ele sorriu e concordou com o elogio:

— Eu sei.

Ronan riu, seguindo adiante junto com Klein:

— Convencido.

— Devemos sempre ser confiantes. Confiança elimina as tensões da nossa magia, deixando ela muito mais forte.

Ronan sorriu e disse, antes de tropeçar num galho e cair em um buraco profundo no chão:

— Vou seguir seu conselho!

Klein olhou para o fundo, seriamente, e gritou:

— Você está bem??!!...

O eco fez Ronan escutar, e fez também sua resposta chegar até Klein:

— Sim!!... Estou boiando! Parece ser um poço!!!...

Klein ia falar alguma coisa, mas sentiu a presença de dois magos em um raio de 100km. E em um segundo depois, 75 km. Comentou para si mesmo, fazendo com que o eco ajudasse Ronan a escutar.

— Essa velocidade... É incrível...

— Falou alguma coisa???!!!... O eco tá muito forte!!!...

— Tente subir!!!... Rápido...

Não demorou muito para que Klein estivesse frente a frente com os famosos Irmãos de Sangue.

— Então você é Klein? - perguntou um deles, Desky.

— E pelo visto, o outro sem elemento está dentro do antigo Poço da Morte. Hemily.

Klein ignorou que Ronan estava lá no fundo do poço, literalmente. Criou postura de um mago diante ao perigo em dose dupla e retrucou:

— Eu sei que vocês são os Irmãos de Sangue. Na verdade, acreditava que vocês eram uma lenda.

O silêncio tomou conta até Ronan todo molhado sair daquele poço.

— O que está acontecendo aqui?

Hemily olhou para o seu irmão e gargalhou, em relação à aparência de fraqueza que Ronan tinha:

— Não acredito que ESSA é a missão da gente.

Klein sorriu e apontou o dedo na mira da cara de Hemily. Ela engoliu os risos e fez uma cara de seriedade, pronta para ouvir o que Klein tinha para falar:

— Se eu fosse você não riria do Ronan.

— E desde quando eu devo respeitar os mais fracos??!!

Ronan começou a bufar de raiva e saiu em disparado para tentar bater em Hemily, mas Desky entrou na frente, praticamente se tele transportou. Ele defendeu sua irmã com um chute no rosto, bem do lado, contra Ronan. O sem elemento, com a força do impacto, caiu com tudo no chão e foi deslizando até perto do poço. Por tampouco cai lá novamente.

Hemily ficou observando a fraqueza de Ronan e acrescentou para ser coerente:

— É disso que estou falando.

Ronan se levantou, limpando o sangue de um dente quebrado. Pôs-se postura e virou para Hemily e Desky:

— É... Resistência a ataques físicos não é meu forte. E nem mesmo ataques físicos eu me dou bem.

Klein ficou sério, olhando de canto para Ronan. Ele sabia de algo que Ronan não sabia, nem desconfiava.

— Ronan.

— O que foi, Klein?


O amigo de Ronan, pegou sua katana de punho dourado e se preparou para lutar:

— Se afaste. Não quero que um mago tão poderoso seja machucado.

Ronan, de fato, não entendia porque sempre foi elogiado por Klein.
Depois de pedir para que ele se afastasse, Klein apontou a katana para Desky:

— Primeiro você.


Hemily e Desky tinham medo da tranqüilidade de Klein, mas não de Ronan. Por isso, para tornar o clima mais competitivo, com sua super velocidade, Desky pegou Ronan e o prendeu na árvore, com várias katana presas na roupa dele, encravada com a árvore.

— Ronan é libertado se você ganhar da minha irmã, vencer a magia dela.

Klein deu um sorrisinho que sempre dera, um leve e um tanto quanto falso:

— Sinto que meu amigo não vai ficar ali na árvore por muito tempo.

Hemily estalou os dedos e foi pra cima de Klein, que abaixa e dá uma rasteira nela e depois chuta seu abdômen, a arremessando contra uma árvore do lado a que estava Ronan. Ela caiu, mas se levantou novamente.

Desky, tenta ajudar:

— HEMILY!! VAI!! USE MAGIA!!

Assim ela fez:

— Samurai de Sangue!

Como o próprio nome da magia diz, um samurai com duas katana - uma em cada mão - feito de sangue, surge. Mas não fica por tanto tempo, pois Klein o parte ao meio com sua katana.

O olhar chocante dele entra em contato com o dela:

— Seja mais que isso. - diz Klein, se curvando e chutando ela. Sua cabeça bate contra árvore, e ela desmaia.

Desky vai socorrê-la e Klein tira Ronan da árvore, mas é atingido por Desky:

— Toma esse soco.

Que acertou bem o rosto de Klein. Ele tentou resistir, mas a força foi tanta que também desmaiou.

Ronan percebeu que teria de dar conta de Desky.

— Agora o sem elemento.

— Não me rotule, Desky.

— Como sabe meu nome? Não te disse.

— Não? Ah, nem sei. Só sei seu nome. E não vou deixar por a mão no meu amigo de novo. Vou proteger ele até meu último pingar de sangue.

— Então se considere morto.

Ronan estendeu a mão para Hemily, que estava caída ao seu lado.

Desky achou estranho e perguntou:

— O que vai fazer?

Ronan se manifesta:

— Resonance!