A Vida De Nathália Klein escrita por Lua


Capítulo 5
Lembrança


Notas iniciais do capítulo

Mais um para vocês



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Minha mãe deixou Carol e Ranieri em suas casas, ela e minha tia foram para o salão onde seria meu aniversário.

Fiquei nas mãos de minhas primas malucas; eu confiava nelas, não totalmente, mas confiava.

– Já está acabando?- perguntei para Clarisse que me maquiava.

– Se você parasse de reclamar acabaria mais rápido. - respondeu Martina, que estava penteando meus cabelos.

– Estamos quase acabando não se preocupe Natty, você ira chorar sem lágrimas de alegria. Pois não quero ninguém de maquiagem borrada.

Estávamos todas nós em meu quarto, mas eu era a única que estava se arrumando. Martina iria arrumar Stacey e Stacey a ela.

Eu e Martina iríamos arrumar Clarisse.

– Pronto! – Disse Clarisse. – Pode ver nossa obra prima.

Abri meus olhos e me olhei no espelho, nem parecia eu, estava parecendo às atrizes de cinema na premiação do Oscar.

– Como conseguiu fazer tudo isso? – Perguntei a elas.

Meu cabelo estava lindo com a coroa ajudando a prender os cachos feitos pela Martina. Meu cabelo ficou uns cinco centímetros, mais curtos, gostei mesmo estando ainda longos.

– Tudo bem, agora vocês saem que eu vou ajudá-la a colocar o vestido. Vão se arrumar. – Disse Clarisse abrindo a porta para suas irmãs.

– Como conseguiram fazer tudo isso? É sério, pelo menos não vamos precisar pagar. – comecei a rir.

– Cursos, aulas técnicas, e você foi a nossa cobaia!- disse ela rindo.

– Muito engraçado, agradeço por isso. - agradeci.

Ela pegou o vestido longo e me ajudou a colocá-lo não dissemos nenhuma palavra uma à outra, também a ajudei a colocar o seu, não que fosse difícil, mas tinha muitas tirinhas para um pequeno vestido.

Ela foi ao quarto aonde iriam dormir saber como suas irmãs estavam indo. Eu peguei as bijuterias e coloquei.

Não coloquei muitas, só o brinco, minha mãe me pediu para não colocar nenhum colar.

Às vezes eu ficava tão intertidas com a Carol e com minhas primas, que me esquecia do meu celular, mas sempre colocava para carregar. Até que ele começou a tocar. Não gostava de colocar musicas nos toques de celular, preferia as notas irritantes que vinham neles.

O peguei debaixo do meu travesseiro, era a Ranieri, (dei meu numero para ela).

– Fala. – disse para ela.

– Oi, posso ir ai em sua casa, já estou com uma roupa, e também quero ver a sua, e como eu sei, que suas primas maquiam muito bem.

– Claro que pode. Não precisa nem pedir- parei para pensar- ta precisa perguntar só.

Em alguns minutos ela chegou com o sapato na mão. Estava de chinelo que tinha um coelhinho; fiquei encarando seus chinelos até que ela ficou brava.

– Qual é? Nunca viu alguém com chinelo de coelhinhos não?- me perguntou entrando em casa.

– Sim, mas, as pessoas que eu vejo usando têm entre Três a Cinco anos de idade.

Fomos para o meu quarto, ela ficou fuçando nas minhas coisas, mas não liguei. Fui ao quarto das meninas, Martina já tinha acabado de se arrumar, então eu a chamei para ir maquiar a Ranieri.

– Deveria ser maquiadora profissional. – disse Ranieri para ela.

– Não sou tão boa assim, é só pratica.

– Não adianta falar isso Rani, sempre falei isso para elas. – disse me sentando na cama.

Depois de tagarelarmos sobre a vida de Martina, e o que acontece na sua cidade que ficava duas horas da minha.

– Eu gosto de lá. Não existe ninguém que não goste da cidade onde nasceu. – disse terminando a conversa.

Fomos para sala, minha mãe ligou dizendo que tia Luiza iria nos buscar. Já era umas 18 horas, quando minha tia chegou.

Ranieri veio conosco, não se importou de ir um pouco apertada.

Carol preferiu ir com sua mãe, mas iria o mais rápido possível.

O salão era enorme, mesmo estando lotado de mesas decoradas. Queria que meu pai estivesse aqui, pelo menos meus dois irmãos. Ele se separou de minha mãe quando eu tinha Dois anos e meio, minha mãe me contou isso quando fiz Doze anos. Lembro- me bem quando ela disse para mim...

FLASH BLACK ON

Foi numa sexta-feira quando ela me chamou para conversarmos na sala.

– Nathália venha logo, isso é importante! – gritou ela já sentada na sala.

Quando cheguei lá, ela estava sentada em sua poltrona vinho muito confortável, onde somente ela poderia se sentar. Sentei-me no sofá de frente para ela.

– Fale mamãe.

– Querida, queria lhe contar sobre a separação minha e de seu pai.

Eu nunca gostei de ouvir a palavra “pai”, era ruim, ele me visitava no meu aniversário e tal, mas nunca o considerei como um de verdade.

– Tudo bem, pode falar.

– Quando nos separamos você tinha Dois anos e meio, ele disse que não queria mais ficar conosco, e depois de uma grande discutição... - ela não terminou de falar e olhou para a parede dando um longo suspiro.

– Bem, disse que tinha dois filhos de três meses. Quando você fez Três anos o divorcio foi declarado, eu fiquei com nossa casa.

– Quer dizer que eu tenho dois irmãos?

– lhe perguntei.

– Sim, me desculpe nunca ter te falado antes; mas ele não permitiu! Paul foi sempre assim. Quando discutimos ele disse que era muito difícil cuidar de duas famílias, se esqueceu desse detalhe... Então pedimos divórcio.

–Sabe os nomes deles? – perguntei me aproximando um pouco mais.

– Não. Ele vem te buscar amanhã para você conhecê-los.

FLASH BLACK OFF.

Não fiquei brava com minha mãe, e sim com meu pai. Quando conheci meus irmãos gêmeos, eles gostaram de mim, mas demorou um pouco para eu gostar deles. Susan é bem bonita assim como minha mãe. Ela tem cabelo loiro assim como meu irmão Ian. Minha irmã Lana, tinha o cabelo castanho como o meu, mas nunca o deixou tão longo até o meio de suas costas.

– Terra chamando Nathália! – disse Carol passando a mão na frente do meu rosto.

– Estava pensando nos meus irmãos. Lembra-se deles?

– Claro que sim! Ainda mais do Ian, mesmo sendo novinho é muito lindo! – disse Carol.

– Ei! Quer parar com isso eles tem Quatorze anos! – disse lhe dando um tapa no ombro.

Carol deu de ombros e foi ao banheiro retocar a maquiagem, minha mãe já tinha me mostrado o quarto onde meu outro vestido estava e que não era para ninguém estar lá.

– Não sabia que tinha irmãos, ainda mais gêmeos. – disse Ranieri.

– Meios irmãos, somente pela parte do meu pai, eles não moram por aqui. Estavam viajando para o Canadá.

Eu adorei a decoração feita pela Carmem Ecker. Além de o salão ser vermelho e dourado ela colocou o tecido de cetim preto em algumas partes do salão; as luzes coloridas e o globo espelhado no teto deixaram muito mais bonitos, mesmo as luzes acabando com minha vista.

Os primeiros a chegarem foram as lideres de torcida e suas amigas. Fiz questão de convida-las primeiro para quase todos querem ir, e me dei muito bem.

Giselly a capitã de lideres de torcida adorou a decoração, mas disse que nunca tinha visto falar nessa ótima decoradora.

– É sério Natty, se eu soubesse dela iria contrata-lá, lembra-se do meu níver? – acenei um sim- Então, estava lindo, mas eu tenho que dizer a sua esta perfeita! – disse me entregando um pacote enorme de presente.

– Bem, acho que não conseguirei levar todos os presentes, venham comigo coloca-los no lugar certo.

Levei as garotas em um canto do salão e pedi para colocarem os presentes ali encima da mesa média decorada de vermelho e preto.


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Notas finais do capítulo

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