Emma despertava de uma longa noite de farra e diversão com os seus amigos, o sol clareava todo o seu quarto olhou a bagunça que se encontrava pelo chão do seu quarto revirando os olhos por que sabia que sua mãe reclamaria mais tarde. Tomou um rápido banho e foi se vestir infelizmente ainda era quinta e teria trabalho na delegacia juntamente com o seu pai David Nolan, que era o xerife da cidade. 

Colocou uma calça jeans, blusa regata branca, colocou sua habitual jaqueta vermelha e botas sem salto. Desceu as escadas encontrando seus pais na cozinha conversando sobre algum assunto que não me interessava nem um pouco, despejou o cereal em uma tigela e colocou leite e começou a comer. 

-Emma, temos que conversar. 

-Sério mãe? - perguntei engolindo o cereal - Não pode ser depois? 

-Recebemos reclamações, você e seus amigos fizeram baderna ontem em frente ao supermercado. - meu pai comentou deixando o jornal de lado - Sério Emma? Mais uma vez? 

-Estávamos apenas conversando, que saco!!

-Pois reveja seus modos, moça - minha mãe me repreendeu - Ficará sem carro por duas semanas. 

-Ótimo. - digo me levantando - Encontro com o senhor na delegacia, pai. 

Saí sem ao menos esperar eles falarem alguma coisa, o clima estava frio e nublado como em todos os dias. Eu odiava ser a filha do xerife pelo motivo que sempre me ferrava porque os outro sempre ia fazer alguma fofoca para meu pai, por isso que sou rebelde as vezes. Caminhei pelas ruas sentido a brisa fria bater contra o meu rosto, atravessei a rua e fui em direção ao Granny's precisava tomar algo quente, empurrei a porta quando não acreditei no que via. Aquilo era algum tipo de visão ou algo do tipo? Regina estava em uma das mesas acompanhada de um rapaz alto e bem vestido, por sinal. 

Dei os primeiros passos em direção ao balcão onde encontrei minha parceira de ''crime'', Ruby servia café para um dos clientes quando me viu e se aproximou. 

-Surpresa? - Ruby perguntou despejando o líquido quente em minha xícara 

-Não. - menti olhando para a porta 

-Sei... 

Tomei o meu café o mais rápido possível quando o restaurante foi ficando cheio, olhei por cima do ombro e lá estava ela sorrindo para o rapaz que segurava a sua mão revirei os olhos e deixei o dinheiro sobre a mesa. 

-SWAN!!! - Jefferson gritou atraindo a atenção de todos inclusíve de Regina que me olhou bastante surpresa - Swan! 

-O que foi, Jefferson? - perguntei em tom baixo evitando olhá-la 

-Seu pai apreendeu o meu carro. - choramingou - Eu quero de volta. 

-Peça á ele. 

-Qual é Emmazinha, você é sub xerife - ele comentou sorrindo todo malandro - Eu preciso do meu carro, você sabe disso. 

-Vou ver o que posso fazer. - digo retribuindo o sorriso 

-Eu te amo sabia? - ele indagou olhando para Ruby 

-Sem chances, idiota - Ruby respondeu se inclinado em minha direção e me roubou um beijo 

-Preciso ir para a delegacia - falei piscando para Ruby e cumprimentei Jefferson - Até mais tarde. 

Quando estava saindo percebi que Regina me olhava com um certo espanto no olhar, segui o meu caminho até a delegacia o mais rápido possível e quando cheguei vi que a prefeita estava lá conversando com o meu pai. 

-Bom dia, Sra. prefeita. 

-Bom dia. - ela disse seca - Faça que tudo dê certo. 

-Pode deixar. - meu pai acompanhou ela até a porta. 

[...]

Já tinha entardecido e eu ainda estava presa naquela delegacia fazendo relatórios, mas eu não consiga me concentrar fechei os meus olhos com força afim de empurrar para longe qualquer pensamento sobre Regina. Logo agora que eu tinha me acostumado com a ausência dela, quando tudo estava ''normal'' em minha vida, ela volta. 

Abri os meus olhos quando escutei barulho de saltos se aproximando, me endireitei na cadeira e pra minha surpresa era Regina, dessa vez sozinha. Os anos tinha feito muito bem á ela, seu corpo estava perfeito, bem chamativo por sinal. Ela ainda não tinha me visto foi direto falar com o meu pai que estava no escritório dele resolvendo alguns casos de furtos. 

Alguns minutos se passaram quando finalmente ela saiu toda sorridente mas o seu sorriso não durou muito assim que me viu, desviei o meu olhar para a tela do computador quando ela se aproximou aos poucos.

-Emma?! 

-Pois não? - perguntei indiferente sem tirar os olhos da tela

-Podemos conversar? - ela perguntou baixo 

-Quer prestar queixa ou algo do tipo? - olhei para ela cruzando os braços 

-Eu sei que as coisas não terminaram bem entre a gente - ela comentou nervosa - Mas... 

-Não quero falar sobre isso. - a interrompi bruscamente - Não quero falar sobre o passado. 

-Mas eu quero. - rebateu alterando um pouco o tom de voz - Por que não respondeu as minhas cartas? 

-Porque você foi embora e nem teve coragem de me dizer adeus. - respondi tentando não chorar - Eu fiquei mal, Regina. 

-Eu sei que deveria ter me despedido, mas eu não queria dizer adeus para você.

-Claro.. - sorri irônica - Eu realmente não quero falar sobre isso, na verdade eu não quero te ver. 

Após Regina sair fui correndo para o banheiro onde chorei, me sentei no chão escondendo o rosto entre os meus joelhos, soluçava baixo para que ninguém escutasse. Meu coração doía de uma forma, depois de anos tentando me convencer de que ela era passado e de que eu não amava de que tudo o que aconteceu com a gente foi coisa do momento, mas a verdade era que eu depois de todos esse tempo ainda amava Regina Millis.