Everything I Would Do For You escrita por Julia Serra


Capítulo 3
*Capítulo 3*


Notas iniciais do capítulo

Boa noite galera :)
Esse é um capitulo especial, e eu dedico ele a Eloisa. Obrigada pelas reviws fofa +_+
Espero que gostem, e se gostarem já sabem, comentem e divulguem.
Xo.
-Jas



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                            Capitulo 3 

Eu estava acabando de me trocar quando meu pai foi no meu quarto.

– Querida eu preciso dar uma passadinha no escritório para pegar uns papeis. Voce e seu amigo ficaram bem? – Meu pai estava vestindo uma calça jeans e camiseta polo. Parecia que ele ia se encontrar com alguém no caminho.

– Claro

– Ótimo. Tem comida na geladeira e sua irmã esta estudando no quarto dela. – Eu sabia que o “estudando” dela queria dizer computador e telefone com a Gabriela, irmã do Peter e melhor amiga da Clarice desde os quatro anos. – Eu quero a casa arrumada e quando eu voltar o seu amigo já tem que ter ido embora.

– Sim senhor. – Ele abriu um sorriso e me abraçou

– Te amo filha. – Ele estava me segurando forte até demais. De uns dias para cá ele estava mais carinhoso. Na verdade eu acho que ele esta carente porque o aniversario da minha mãe esta chegando e bem... Ele não sabe aonde ela esta.

Eu vi o carro dele saindo da garagem e varias gotinhas de chuva começaram a cair. Quase que instantaneamente o Adam chegou. Ele usava um casaco com capuz preto todo molhado, o que o deixava ainda mais assustador, e uma mochila da Oakley. A mochila parecia pesada. O que será que tinha ali dentro?

– Oi. – Ele disse esperando do lado de fora da casa, na varanda. Eu estava disposta a começar de novo, tirar essa má impressão que eu tenho dele. Afinal, eu nem dei a ele uma chance.

– Oi. Pode entrar. – Falei com a maior doçura possível – Então... Teve dificuldade para chegar até aqui?

– Na verdade não. – Ele abriu um sorriso e logo o contraiu. – O seu pai esta aqui?

– Na- não. – Respondi meio gaguejando. -Ele foi ao escritório, mais pera. Por que a pergunta? – Eu estava tentando ser gentil mais ele era muito estranho... Por que diabos ele estava perguntando do meu pai?

– Nada. – Ele fez uma breve pausa para olhar ao redor da minha sala de estar. – Então vamos começar?

Eu estava feliz por agente finalmente fazer alguma coisa que não envolvesse perguntas esquisitas. Mais algo me dizia que esse pequeno momento de paz não duraria o bastante.

– Eu trouxe umas moedas de umas viagens que eu fiz... Eu pensei que seria legal usa-las. Na verdade não fui eu, minha mãe me mandou trazer. – Eu podia sentir os seus olhos sobre mim. – Ela esta realmente feliz por eu ter feito uma amiga.

– Ela já conheceu a Natalie não é mesmo? Sua namorada. – Eu faria questão de lembra-lo sempre que possível.

– É, conheceu. – Ele respondeu totalmente sem jeito. – Mais não sei se eu e a Natalie vamos durar. – Ele parou de mexer nas moedas e se virou para olhar pra mim. – Eu a peguei dando o numero do telefone para um jogador qualquer de futebol. – Ele não tirava os olhos, literalmente, de cima de mim. Ele parecia tentar decifrar minha expressão. – Por que você não esta surpresa?

– Ah. – Eu não sabia por onde começar. – Adam, a Natalie nunca ficou com o mesmo menino por mais de três meses. Sabe ela é minha amiga e eu a amo, mais é o jeito dela. Ela não gosta de se apegar as coisas.

– É. Percebi. – Ele estava se aproximando lentamente e estrategicamente. Então eu mudei de assunto

– Vamos usar suas moedas?

– Claro. Você tem alguma coisa antiga da família Rhodes, talvez dos seus ancestrais? – Que pergunta mais estranha. Acho que ele percebeu isso porque logo complementou. – Eu acho que seria legal usar coisas velhas no trabalho. Faria agente parecer mais inteligentes?

– Espero que sim. – Não pude deixar de rir. Então concordei e fui andando em direção a velho porão da minha casa.

Nossa eu não vinha nesse lugar a muito tempo. Ele cheirava a naftalina e poeira, mais eu sabia que se tivesse alguma coisa sobre a historia dos Rhoeds estaria ali. Adam me ajudou a pegar algumas caixas pesadas de trás de um armário velho armário que estava encostado na parede. Na caixa tinham fotografias do meu tataravô Dimitri Rhodes, cartões postais do que parecia ser um clube secreto, pois diziam coisas como “Me encontre no lugar de sempre”, “ Leve o que você encontrou”, “ Estamos te esperando”... Ok, aquilo foi estranho, mais irrelevante pra mim também. Mais parece que não para o Adam.

– Juliet, se importa se eu levar um desses cartões comigo? Minha mãe é fascinada em historias antiga. É claro se seu pai não se importar!

– Não, claro, tudo bem. – Então ele os colocou no bolso.

Ele estava me assustando novamente e aquele olhar de predador, havia voltado. Subi as escadas quase que correndo para ter certeza que minha irmã estava em casa e eu não estava sozinha com um estranho assustador. Abri a porta do quarto dela e levei um susto ao ver que ela não estava lá mais sua janela estava aberta. Era obvio demais. Ela havia fugido para ir a alguma festa qualquer. Não sei nem por que fiquei surpresa. Ela sempre faz isso quando o papai sai. Sempre. Agora eu estava literalmente preocupada. Fui correndo para o meu quarto procurar meu celular. Eu não tinha muito tempo e o aparelho havia sumido. Esbarrei no meu abajur o deixando cair o que fez certo barulho. Finalmente o encontrei embaixo da cama, mais quando me levantei o Adam estava parado, parecendo uma múmia na minha porta com sua mochila ainda nas costas.

– Então esse é o seu quarto. – Ele veio andando em pequenos passos. Ele estava observando meu quarto e só parou quando chegou à minha escrivaninha. Ele pegou uma foto e voltou a falar. - Achei que sua irmã estaria em casa.

– Eu também. – Tentei dar uma risadinha. – Acho que vou ligar para ela, ver para onde ela foi. – Procurei rapidamente o numero da Ticia no meu telefone. Mais o Adam foi mais rápido, ele retirou o celular da minha mão e o colocou na escrivaninha.

– Não faça isso. Não ligue pra ninguém. – Ele estava se aproximada mais rápido dessa vez. Ele parecia ter um objetivo e algo me dizia que ele não ia parar até alcança-lo. – Juliet eu venho sonhando com isso há anos.

Ele não falou mais nada, somente avançou. Foi com tudo até minha boca e me abraçou contra a porta. Eu tentei para-lo mais só percebi agora que ele tinha músculos. Ele era mais forte do que eu imaginei.

Então eu ouvi um barulho vindo lá de baixo. Alguém estava subindo as escadas correndo e foi até meu quarto. Eu não sabia quem era mais estava tão feliz por alguém ter chegado. De repente alguém puxou o Adam e deu um soco na cara dele. Eu não sabia quem era mais estava vestindo uma jaqueta marrom e calças jeans e estava encharcado. Eu estava assustada demais para fazer alguma coisa, na verdade assustada era pouco. Senti as lagrimas correrem pelo meu rosto. Eu estava tremendo. Aquilo nunca havia acontecido comigo antes e tudo que eu queria era ajudar o alguém-misterioso.

Adam levantou e empurrou o alguém-misterioso em cima da minha cama. Antes que eu pudesse fazer alguma coisa Adam veio correndo na minha direção e me jogou no chão. Eu sabia que não havia me machucado, mais não conseguia fazer outra coisa além de ficar no chão chorando e vendo o Adam ir embora. O alguém-misterioso veio e me abraçou por trás. Era um abraço bom, reconfortante. Nele eu me senti segura. Quando eu me virei vi quem era o alguém-misterioso. Era o Peter.

– PE. – Eu tentei falar entre soluços mais não conseguia terminar te pronunciar seu nome.

– Shiu! – Ele só falou isso me abraçando e me puxando para o seu colo. Então eu desabei no choro. Chorei feita criança quando o peixe morre. Chorei de soluçar. Chorei de medo e também de alivio. Eu o abraçava mais forte a cada lagrima que escorria no meu rosto. Então quando eu finalmente parei de chorar ele se afastou um pouco para olhar para mim.

– Você está bem? – Ele tirou uma mecha de cabelo que estava caindo sob meus olhos e depois enxugou minha ultima lagrima com muito cuidado.

– Acho que sim. – Eu ainda estava soluçando mais dessa vez consegui terminar a frase. – Como eu vou dizer isso para a Natalie?

– Não se preocupe. Nos vamos dar um jeito. – Ele parou e olho o mais fundo possível nos meus olhos. – Juntos.

– Obrigada. Eu não sei o que teria acontecido se você não tivesse chegado a tempo. – Eu senti meu corpo estremecer.

– Juliet eu sempre vou estar aqui. Sempre estive e sempre estarei. – Ele falou isso com tanta certeza que me convenceu.

– Mais você não esteve nos últimos dias, você simplesmente sumiu, sem dar nenhuma noticia. – Tive que parar entre os soluços. - Você não faz ideia de como eu fiquei preocupada.

– Me desculpe. – Ele parecia honesto e ao mesmo tempo não sabia como achar as palavras. – Eu te prometo que eu nunca mais vou te deixar. Você esta presa em mim por toda a eternidade. – Ele abriu um meio sorriso mostrando aquela covinha linda. Era impossível não sorrir também.

– Peter... – Meu sorriso já havia se fechado. – O que esta acontecendo com você?

– Alguns problemas de família... Juliet eu preciso que você fique fora disso. – Ele parecia certo do que ia falar. – É para o seu bem.

– Seja lá o que for eu não tenho medo. Você pode contar comigo pra qualquer coisa.

– Juliet...

– Olha minha família também tem um passado e segredos que eu nem imagino quais são. – Eu soltei meus braços no contra o corpo dele. – Mais se algo me incomodasse eu iria falar com você. Eu confio em você, Peter. Por que você não faz o mesmo?

Ele recuou. Ficou de pé andando de um lado para o outro com as duas mãos na nunca. Ele demonstrava preocupação. Acho que ele estava ficando irritado.

– Antes de você querer resolver os problemas da minha família, veja se você realmente conhece a sua! – Ele foi andando em direção á porta e parou. Agora ele já parecia mais calmo, mais dava para ver que esse assunto estragava o seu humor. – Às vezes o passado da nossa família tem mais haver com agente do que nos mesmo pensamos.

Depois de falar isso ele foi embora. Atravessou minha porta com passos largos. Eu me levantei e fui correndo atrás dele. Ele já estava do lado de fora, na chuva. Mais isso não me impediu, fui de regata e shorts atrás dele. Com ou sem chuva eu precisava ir.

– PETER ESPERA! – Eu dei um grito por que ele estava longe demais de mim. Então ele parou. Não virou pra trás nem nada, só ficou lá parado em baixo da chuva. E eu também.

– Peter olha, eu estou aqui. Eu não vou a lugar nenhum. Se você não quiser me contar, pelo menos sai da chuva e me deixa fazer um chocolate quente para nós dois.

Ele foi virando lentamente e depois ficou parado me encarando, mesmo distante com pingos de agua escorrendo sob seus cabelos. Eu sabia que precisava dizer algo a mais para convencê-lo a ficar.

– Eu não vou deixar isso acabar com nossa amizade.

Então ele veio correndo em minha direção e me abraçou. Aquele famoso abraço forte e reconfortante. Eu sabia que eu e ele seriamos eternos. Tinha que ser.

– Nem eu. – Ele finalmente falou alguma coisa ainda abraçado a mim. – Eu te amo Juliet.

– Também te amo, Peter.


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Notas finais do capítulo

E então, o que acharam?
Sabe, eu fico imaginando essa cena na minha cabeça, a chuva caindo e os dois ali, se acertando, sem ligar para nada.
Voltando a realidade, vou cumprir o que eu prometi e dessa vez nao vou postar mais nenhum capitulo se em 3 dias eu nao tiver pelo menos uma recomendação e mais comentarios/reviws. Então, corram, comentem, digam o que eu preciso melhorar, o que voce estao gostando, o que voces esperam que aconteça.
Até breve pessoal.
Xo.
-Jas