Entrei no banheiro. E vi. A cena que eu mais queria ver. E nunca admiti. Vi Jacob. Nu. Na minha frente. Senti um fogo subir em meu corpo. Eu o quero e é agora....

POV Jacob.

Renesmee entrou no banheiro e meu viu nu. Ela arregalou os olhos. Eu a quero agora. Não vou aguentar mais... Edward e Bella que me perdoem...

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POV. Renesmee

Eu corei. Amei ver aquela cena. Mas ao mesmo tempo, senti um medo. Eu o quero. Não sei o que fazer. As meninas estão no quarto. Não veriam nada. Mas poderiam saber se algo acontecesse.

– Jake... – minha voz saiu falha. – Me desculpe. Eu vim pegar meu cre-creme – gaguejei quando passei os olhos pelo seu corpo.

Ele não me deu tempo para mais nada. Saiu me beijando. Ele deu um jeito de fechar a porta, e a trancou. O beijo estava quente, e desesperado... Fomos para de baixo do chuveiro, ele ligou a água novamente.

O que as meninas devem estar pensando? Eu devo parar agora. Quando ia falar alguma coisa, ele desceu a mão para minha blusa, que com a água estava transparente, parecendo o meu sutiã. Ele desceu seu beijo para meu pescoço. Me deixando respirar um pouco ofegante.

– Ja-jake... –chamei. Ele parou e me olhou confuso. – As meninas.

– Achei que queria... – ele parou e pensou. – Esquece. Eu fiquei louco, perdi a cabeça. – se afastou.

– Tudo bem. – eu estava corada. – É... O creme! – lembrei e peguei o meu creme.

Sai correndo do banheiro. Todos ficaram me olhando. Olhei minhas roupas. Estavam molhadas. É claro. Fiquei mais vermelha ainda.

– Amiga o que houve? – perguntou Bianca.

– Nada não. – elas me encararam. – Gente, eu vou me trocar novamente. Vocês podem descer. Eu espero o Jacob. – falei enquanto corria para a bolsa de viagem que se encontrava no armário.

Entrei no “banheiro”, que mais era uma pequena lavanderia, e me troquei. (http://www.polyvore.com/cgi/set?id=84507749&.locale=pt-br). Coloquei uma blusinha e um short, já que aqui faz muito calor. Coloquei uma sapatilha baixinha, assim não fica muito chique. Procurei uma bolsinha descente, dentre as três que minha tia escolheu, e só vi bolsa de marca e chique. Optei então para a mais simples da Chanel. Era apenas para colocar o básico. Como gosto de usar algumas “bijuterias”, coloquei um brinquinho, esse eu pude escolher para colocar na mala, e um anel que ganhará de tia Alice no Brasil. Como maquiagem, passei apenas um brilho labial rosa claro, e passei um blush pêssego.

Fiquei esperando Jacob, que por sorte ou azar, estava demorando demais. Talvez, estivesse envergonhado, e nunca mais queira olhar na minha cara. Como eu fui burra... A gente quase teve nosso momento, e eu estrago, por conta de amigas. Estou mega envergonhada, e triste, comigo mesma.

– Pronta? – pergunta ele, me tirando dos pensamentos e insultos a mim mesma.

– Estou. – levanto, em um pulo, da cama, com um sorriso para disfarçar. – Demoro. – reclamei pegando a bolsa.

– Desculpe... – ele ia começar a explicar, mas logo que me olhou desistiu. – Está muito linda.

– São seus olhos... – respondi o natural. – E você, devo dizer, que sua namorada é uma garota de sorte. – tentei quebrar o gelo.

– Ela é. – ele respondeu. Mas sem sorriso. O que está havendo? Estraguei tudo.

Pegamos o elevador. E ficamos em silêncio. Aquilo estava me matando. Por que tanto silêncio? Ficamos apenas trocando olhares e sorrisos. Nada mais. Pelo menos, estávamos de mãos dadas. Isso é um bom sinal.

– E então... – comecei. – Essa roupa, você ou tia Alice que escolheu? – ele olhou para a roupa.

– Claro que sua tia. – zombou com um sorriso que logo se desfez.

– Você está bem? – perguntei desconfiada. Ele me olhou confuso. – Quer dizer, desde que aconteceu... – tentei achar as palavras. – aquilo, você parece... Tenso.

Ele riu abafadamente. Estávamos chegando ao nosso andar.

– Conversamos depois. – ele franziu o cenho.

Apenas assenti. Ele tem razão. Não discutiremos nossa vida íntima na frente dos outros. Mesmo que os outros são meus melhores amigos.

Chegamos ao restaurante. Procuramos eles, que estavam acenando loucamente, e freneticamente. Fomos em direção à mesa. Sentamos quietos. Pegamos o cardápio e analisamos.

– Acho que irei pedir peixe... – comentou Heloisa.

– Pode ser... Eu peço o mesmo. – concordei.

– Tanto faz... – disse Jake desconectado da vida. Chutei-o de leve, debaixo da mesa. Ele me encarou. – Quer dizer, o que vocês pedirem para mim está de ótimo tamanho.

– Então tá. – assentiu Patrícia, desconfiada.

Pedimos. Comemos. Tudo em silêncio. Algumas risadas. Mas Jacob permanecia quieto e atento a nossos movimentos. Quando terminamos, as meninas estavam conversando.

– Gente, eu e Jacob iremos até a recepção, pedir o quarto. Continuem aqui. Volto para pegar as crianças daqui a pouco. – brinquei, levantando e sendo acompanhada por Jacob.

A recepção era perto do restaurante, então nem tive a oportunidade de poder conversar com ele.

– Sim? – falou um jovem rapaz. Devia ter uns vinte anos, por ai.

– Eu gostaria de pedir meu quarto separado. Como foi exigido, quando reservamos o hotel. – Ele assentiu.

Acabou que a gente conseguiu um quarto ao lado do deles. Subimos juntamente a meus amigos, eu e Jacob pegamos as coisas, e ele levou-as para o nosso quarto. Me deixando um minuto para falar com elas.

– Você tem certeza que quer ficar lá, sozinha, com ele? – perguntou Zeidan.

– Sim... Não se preocupem. Estou bem.

– E o que houve no banheiro enquanto ele tomava banho? Porque vocês agora estão estranhos. – desconfiou Paty.

– Não houve nada. Coisa nossa. Iremos conversar esta noite. – pisquei dando apenas a informação necessária.

– Tudo bem. Amanhã, faremos o que? – perguntou Helo com ansiedade.

– Não sei... Acho que irei visitar aquela minha avó. Quanto antes melhor.

– Tudo bem. A gente pode conhecer a cidade então. – deduziu Heloisa.

Sai do quarto com um sorriso falso. Levando apenas a minha mala, e a nécessaire. Estava nervosa demais. Ele estava mal comigo? Ou ele apenas se tocou que eu sou uma criança, e não quer mais cuidar de mim?

Pensava enquanto andava pelo corredor pequeno do hotel. Chegando a porta, respirei fundo, toquei na maçaneta. Estava prestes a desistir. Mas abri logo de uma vez, sem pensar.

Encontrei Jacob trocando de roupa. Estava sem camisa. De samba – canção. Corri para seus braços, fechando a porta que bateu tão alto. Que ele deu um pulo mínimo para trás. O abracei fortemente, que me estranhou. Uma lágrima escorreu de meu rosto. Notei que estava triste por não ter tido aquele amor que eu tanto queria.

– Jake... – murmurei me afastando e limpando uma lágrima. – O que houve? – falei mais alto.

– O que houve? – ele repetiu sem entender. – Não entendi Renesmee.

– Por que me chamou de “Renesmee”? – perguntei indignada. – Desde quando me chama de “Renesmee”? – falei meu nome com desgosto.

Sentei-me na cama. Nunca tive um namorado. Mas acho que isso era uma DR.

– Desculpe... – ele se sentou ao meu lado. – Eu acho que... Eu fiquei com mais vontade de te ter do que antes. – ele parou e pensou. – Só que me senti tirando sua... – ele procurou a palavra, eu apenas assenti entendendo.

– Eu entendo... Mas não está tirando nada de mim. Sério. Eu queria. Mas, não naquele momento. Não lá. Com minhas amigas. – expliquei.

– Renesmee, o motivo dessa viagem era você ficar com suas amigas. E não perder sua virgindade.

– Na verdade, eu vim pra cá, tanto para ficar com elas, quanto para ficar a sós com você e conhecer minha avó. E você nunca, ouviu, nunca, deve me chamar de Renesmee. Pra você, é Nessie.

– Desculpe Nessie... – ele deu um sorriso abafado, deve ter sido algo que ele pensara. – Se o seu pai ler minha mente quando voltarmos... Estaremos perdidos.

– Ele sabia que ia acontecer. Leu em meus pensamentos... E sabe que eu estou com os hormônios a mil.

– Mas preferia que eu tivesse mais responsabilidade.

– Jake... – comecei, porém desisti.

O beijei. Desesperadamente. Eu estava segura e era agora. Essa era minha hora. Fomos deitando na cama. Ele tirou minha blusa, me deixando apenas de sutiã. Parou para admirar. Olhou em meus olhos. Sorriu perversamente. Corei. Mordi os lábios inferiores. Virei a cabeça. Ele beijou meu pescoço. Me fez arrepiar. Ele fez com que eu virasse para ver seu rosto moreno perfeito. E puxou meu pescoço para ficarmos mais próximos. Alguém bateu na porta. Mas nem eu nem Jacob ligamos. Estávamos tão “concentrados” no que estava acontecendo, e por isso nem notamos.

– Amiga? – chamou Heloisa com um voz única.

Pulei, sentando na cama, e afastando Jacob.

– Oh meu Deus! – exclamou Bianca. Arregalei os olhos. – Estamos atrapalhando? – é claro que tá. Mas não posso falar isso para elas.

– Nem estão. – respondi rápido. Notei que minha voz saiu falha.

– O que estava acontecendo aqui? – perguntou Gustavo. Notei que ele estava rindo.

– Eu estava trocando de roupa, tropecei e Jake caiu em cima de mim. – menti.

– Ata. – zombou Zeidan.

– Não preciso que acreditem. Mas o que fazem aqui? – perguntei mudando de assunto.

– Íamos perguntar que horas iriamos tomar café. E achávamos que vocês estavam na DR e não tendo momentos íntimos.

– Não estávamos tendo momentos íntimos. – eu e Jacob falamos juntos.

– Aham. – virou os olhos Bianca. – Mas então, que horas o café?

– As nove vocês me chamem.

– Tudo bem então. – concordaram indo para a porta...