Pov Ever.

Acordei no escuro total de um lugar úmido e frio. Eu estava fraca demais para levantar, então gritei:

- Haven. – eu sabia que os meninos não estariam mais aqui e chamei seu nome.

- Olhe quem acordou. – disse alguém acendendo a luz forte e branca do quarto. – Sabe Ever, eu estava me perguntando se teria que jogar um balde de água fria em você para acorda – lá. – Era Drina.

- Drina? Onde estou. – eu reuni todas as minhas forças para ficar sentada na cama.

- Você está aonde deveria estar. – Ela estava diferente. Drina não estava vestindo suas habituais roupas de marca, desta vez ela vestia uma calça jeans preta e uma blusa vermelha. Seus cabelos estavam naturais e seu rosto sem maquiagem alguma. Ela parecia fraca.

- Sabe Ever, eu tive um trabalhão para conseguir fazer isso com você. Eu esperei, esperei. Eu usei todo o meu poder e fiquei fraca, como você pode ver. Eu queria pega – la antes, mas seus namorados não saiam da sua casa. Então, quando eu os vi saindo com malas eu vi a minha chance de te tirar de lá. Você vai morrer Ever, e eu tenho a chance de ver isso acontecer. – ela falava como uma assassina.

- Por que você está fazendo isso comigo? – eu perguntei com a voz trêmula.

- Por que o Damen é meu e sempre foi. Todas as vezes que você morria ele voltava para mim. Eu cansei de ser a segunda opção. Além disso, você magoou o meu irmão, e muito. Ele não quis sair de casa por anos e tudo por culpa sua. Está na hora de isso acabar. Eu vou ficar com Damen e Jude vai poder seguir com a sua vida naturalmente.

- Eu vou voltar. Você nunca vai vencer, você sabe. Damen não te ama e Jude vai acabar com você.

- Ever, minha querida eu sempre arrumei um jeito de acabar com você e eles nunca descobriram. Por que dessa vez seria diferente?

- Então foi você que me atropelou? – isso confirmava as minhas suspeitas.

- Fui eu, admito. Mas quando você não morreu, eu tive que pensar em outra forma de te tirar da jogada. Eu pesquisei em livros e achei esse veneno. Eu poderia ver você morrer aos poucos e quando chegasse a hora, eu estaria lá para assistir você definhar.

- Você é doente. – eu gritei.

- Sou? Não sou eu quem fica brincando com o coração dos outros. Sabe qual é a vantagem dessa vez Ever? Você jamais irá voltar de novo. – ela disse sorrindo.

- Como assim? – eu estava muito assustada, mas não queria mostrar para ela.

- Esse veneno que eu preparei é para a sua alma. Uma vez que você morrer com ele, nunca mais retornará. Divertido, não. Eu só tenho que esperar mais uma semana para ver você sumir.

- Eles me encontrarão. Me darão o antídoto e eu vou acabar com você. – eu prometi.

- Nem em sonho querida. Eles nunca encontrarão o antídoto e eu nos escondi tão bem que nem Deus nos acharia. Perca as esperanças Ever. Você já era. – ela disse e saiu do quarto.

Eu olhei em volta e não reconheci o lugar. Parecia que eu estava em algum tipo de porão, ou um calabouço. Eu tentei ficar de pé e olhar em volta. Fui até a porta e fiquei batendo e gritando por ajuda. Ouvi passos vindos de fora e me afastei. Era Drina. Ela abriu a porta e enfiou uma seringa no meu pescoço.

- Cala boca vadia. – ela disse e eu desmaiei.

Pov Haven.

Damen vai me matar. Eles foram embora e eu fiquei na biblioteca pesquisando sobre o antídoto e quando eu subi para trocar o soro da Ever, ela não estava mais lá. Meu Deus. Eu peguei o telefone com a mão tremendo e disquei seu número.

- Alô – Damen disse com a voz rouca.

- Oi Damen, aqui é a Haven. Nós temos um problema. A Ever sumiu.

- O quê? – eu podia sentir a raiva na sua voz.