Passos para o Abismo escrita por DebsMarfil


Capítulo 5
Capítulo 5


Notas iniciais do capítulo

queria avisar q eu já tenho varios caps. prontinhos.. entaum vou postar todos os dias, tah?!


bjinhuuus



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Tudo correu perfeitamente bem durante esses dois meses. Meus pais, assim como Amy havia dito, tiveram que me emancipar para que eu pudesse ir em turnê com a banda. O que foi simplesmente ótimo. Afinal, eu já poderia dirigir e fazer qualquer tatuagem ou piercing que eu quisesse, quando quisesse. E durante os ensaios, o guitarrista de dreads se mostrava cada vez mais surpreso com minha voz, que o mesmo dizia ser igual a de Amy. Eu estava tão feliz, estava tudo tão perfeito.

Hoje é o grande dia! É hoje que irei finalmente entrar em turnê com a “MINHA” banda! Estou tão contente e ao mesmo tempo tão confusa. Será que os fãs gostarão da minha voz assim como gostam da voz da Amy? Essa era uma pergunta que não parava de se repetir na minha cabeça. Mas, como os rapazes disseram, a semelhança era enorme e eles quase não notariam a diferença.

Amanhã cedo, eu estaria em Los Angeles, para o primeiro show. Eu estava tão ansiosa. Estava tudo pronto, nós só faríamos uns ensaios e no dia seguinte seria o show. Amy me ajudou nos cinco primeiros shows. Ela nos acompanhou, me deu dicas de roupas e de makes, apesar de trem pessoas para me maquiar. Eu acabei conhecendo um outro homem, esse de nome Allan. Ele era bem legal, era professor
de canto. Josh disse que eu devia ter algumas aulas pra aprender a usar e não desgastar a voz. Eu não tive escolha se não, aceitar.

Agora sim. Chegou a hora. Eu estava pronta pra subir naquele palco e mostrar pra toda Los Angeles que eu podia cantar e encantar a tudo e a todos. E estava ainda mais confiante sabendo que Amy estaria nos bastidores. Não sei por que, mas ela me passava uma sensação de tranquilidade.

Foi quando ouvi o som das batidas da bateria, pausadamente, só pra atiçar o público. Depois vinham alguns rifes de guitarra e então me mandaram entrar.

O repertório seria o seguinte: Haunted, Going Under, Taking over me, Everybody’s fool, Thoughtless, Farther away, My immortal, Bring me to life, Tourniquet, Imaginary e Whisper. Quando comecei a cantar percebi que a platéia havia se calado e estavam todos atentamente me olhando confusos. Eu então comecei a tremer, estava tão nervosa. E se eles não gostassem? E se fossem embora? Continuei cantando e quando chegou no refrão vi todos aqueles que antes estavam calados, gritarem e pularem e cantarem junto. Foi mágico aquele momento. Depois da primeira música me apresentei à eles e perguntei como estavam se sentindo e para minha surpresa todos gritaram animados. Foi então que me familiarizei com a platéia e cantei me sentindo a própria Amy Lee, em um de seus shows. No fim todos pediram mais uma, mas Josh achou que era melhor não. Então sai do palco e Amy estava lá me esperando. Quando cheguei perto ela me deu um abraço muito forte, me senti até um pouco sufocada, mas nada que superasse a sensação que tive naquela noite.

Os dias foram passando e em cada show ocorria o mesmo. Primeiro a platéia ficava muda e depois pareciam um bando de doidos gritando. Era até engraçado. Logo me acostumei e logo estávamos partindo dos Estados Unidos e indo para a Europa. Alguns dias antes de partirmos, quando estávamos de “folga” (Josh nos deu uns três dias para passearmos pelos EUA), eu pensei em passar em uma loja de cd’s e ver se tinha alguma novidade por lá. Em uma das TVs da loja passava um clipe bem legal de uma banda que eu até então não conhecia. Chamava-se Tokio Hotel, um nome bem diferente, mas não tanto quanto o vocalista da banda. Quando vi o clipe pela primeira vez fiquei meio em dúvida, pois não sabia se o vocalista era um homem ou uma mulher, já que ele usava muita maquiagem, tinha o cabelo bem comprido e as unhas grandes e pintadas de preto com uma francesinha branca por cima. Decidi então tirar minhas dúvidas.

- Err... Com licença. Eu tenho umas dúvidas, você conhece a banda do clipe ali? - perguntei meio envergonhada para um dos vendedores daquela enorme loja.

- Você não conhece? - disse ele um pouco espantado.

- Eu deveria? - perguntei novamente um pouco confusa.



- Não sei. - respondeu ele e me deu um maravilhoso sorriso antes de continuar. - Eles são uma banda alemã chamada Tokio Hotel. São novos aqui nos EUA, mas nem tanto na Europa. Você quer ouvir o cd? - ele me perguntou bem simpático.

- Quero sim! - respondi bem agradecida por tal explicação.

- Tem uns ali na prateleira. - disse ele apontando para uma prateleira que tinha uma placa com o nome da banda e que estava quase vazia, o me deixou um pouco assustada.

- Tá, obrigada. - respondi sorrindo e indo em direção à prateleira.

Peguei um cd e fui ouvir. Pelo menos os trinta segundos iniciais de cada música era bem interessante, então decidi comprar o cd para poder conhecer melhor o som da tal banda. Quando cheguei ao hotel tive uma surpresa enorme. A frente do hotel estava lotada de pessoas com cartazes e pôsteres do Evanescence, mas não era a foto de Amy ali, e sim a minha. Eu me senti então uma super estrela, até que novamente fui acordada de meus pensamentos por um pequeno grupo que me reconheceu e veio correndo e gritando meu nome em minha direção. Eu não sabia o que fazer, estava morrendo de medo de ser esmagada por aquelas dezenas de pessoas bem ali na minha frente. Foi quando dois “armários” vestindo umas roupas todas pretas e com uma camiseta escrito “STAFF”, me tiraram dali em segurança. Lembrando agora até parece engraçado, mas na hora foi assustador.

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Notas finais do capítulo

reviews flores??



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