Forças de Alguém escrita por silensce


Capítulo 4
Capítulo 4 - Aparições novamente.


Notas iniciais do capítulo

Clarice havia se tornado uma pessoa mais diferente depois que Vector passou a cuidá-la. Pela primeira vez, ela parecia ter esperanças de levar uma vida realmente feliz e inocente. Mas Vector havia se apresentado - sem querer - para mais uma pessoa, e sua missão estava começando ficar mais perigosa.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/33604/chapter/4

 Vector havia voltado para a diretoria, e estava ao lado de Clarice quando a menina voltou a acordar, abrir os olhos, e levantar rumo ao refeitório. Não havia mais ninguém almoçando, obviamente, eram mais de duas horas da tarde. A vice-diretora permitiu que Clarice ficasse em repouso para o resto do dia. Vector acampanhou-a em silêncio, mas quando entraram no refeitório, obrigou-a a pegar um prato de comida que havia sobrado e comer alguma coisa.

 Os dois sentaram-se em algumas mesas, Clarice deu algumas garfadas, e os dois começaram a conversar.

 -Você não vai comer? - perguntu a menina.

 -Acho que eu não tenho fome, mesmo assim, não posso pegar nada realmente sólido além de você e de... De Cristopher!

 A menina olhou para Vector incrédulo, visivelmente assustada, o garoto já até sabia qual seria a pergunta de Clarice, e antecipou-se.

 -Sim. Eu salvei o menino ontem - disse Vector - E ele passa bem agora. O problema é que ele não disse para ninguém que foi você que...

 O jovem não conseguiu continuar, pois Clarice parecia realmente constrangida, e ameaçou chorar novamente. Vector levantou-se e sentou ao lado dela.

 -Olha, foi sem querer - disse carinhosamente, enquando a adolescente engolia a última garfada - Vamos para o seu dormitório, você precisa descansar.

 Eles levantaram-se, foram caminhando até o quinto andar, e entraram finalmente no dormitório das meninas do internato. Estavam agora num amplo quarto, particularmente enorme, com vários beliches jogados aqui e ali. Clarice precipitou-se para uma cama próxima, peculiarmente rosa (como tudo que havia ao redor dela) e deitou-se em baixo dos edredons.

 -Eu não vou conseguir dormir - disse, olhando para o teto (ou, no caso, a cama acima). Vector não respondeu, ficou olhando para ela - Conte-me um pouco mais sobre você - pediu a garota, e Vector começou sua história.

 Contou tudo, como era sua vida, seu comportamento na escola, as taças que ele havia ganhado nas Olimpíadas, a experiência com Ludovy e sua primeira impressão em relação a Clarice.

 -Me dá um abraço? - perguntou a menina, e Vector não acreditou.

 A garota jogou os edredons para fora, e levantou da cama, ainda olhando, chorosa, para o menino. Ele estendeu os braços, ela também, e os dois se abraçaram, de uma forma estranha, confesso, mas se abraçavam. Clarice começou a chorar bastante, e Vector manteve-se firme.

 -Vai ficar tudo bem, Clarice, Amanhã é um novo dia!

 Clarice desprendeu-se de Vector, voltou a deitar na cama, fechou os olhos e pareceu começar a dormir. Pronto, Vector tinha a tarde inteira de folga. Quando pareceu-lhe que Clarice havia caído no quarto sono, saiu do dormitório, a caminhou sozinho pelos corredores da mansão. Caminhar sozinho não era uma coisa boa, muito menos interessante. Até que recostou-se numa janela, e ficou observando a paisagem, como havia feito naquela madrugada.

 -Boa dia - disse uma vozinha ao lado do menino, e ao virar-se, encontrou ali, parado de pé, o jovem Cristopher.

 -Bom Dia, Cristopher! - exclamou - Dormiu bem?

 -Ahan - falou - A enfermeira disse que se não fosse por você eu não estaria vivo!

 -Que? - perguntou Vector, dando um pulo para trás, quase desmaiando.

 -Eu fiz o que você pediu. Eu contei tudo para a enfermeira, e as essas horas ela deve estar contando para a vice-diretora o que Clarice fez comigo. Agi certo, não agi?

 Vector quase desmaiou - literalmente - Não sabia qual problema era maior - confirmar para Cristopher que ele estava certo, ou fazer com que Clarice sofresse mais.

 -Você fez o certo, Cristopher. Mas eu ja volto - disse correndo, e saindo em disparada para a diretoria. Já havia decorado a maioria dos corredores. Ao chegar na porta do local em que ele desejava ultrapassar, nem bateu na porta (não ia adiandar mesmo), apenas entrou, como se não houvesse nenhuma porta.

 A grande mesa da vice-diretora estava cheia de papéis em todos os lugares, mas agora a Sra. estava sentada, olhando perplexa para a enfermeira, que conversava aos berros.

 -AQUELA MENINA É UM MARTÍRIO - dizia - COMO VOCÊ PERMITE QUE UMA MENINA DAQUELAS CONVIVA NESTA INSTITUIÇÃO? VOCÊ FICOU LOUCA ?

 -Lianda... - acalmava - A menina acabou de passar por um frágil problema, o pai dela não está mais aqui e...

 - E COMO ELA VAI PERMANESCER AQUI? MANDEM ELA PARA UM ORFANATO! E AS CONTAS, E...

 - O pai dela é herdeiro de uma enorme fortuna, e de qualquer forma, isso não é problema seu! sabe porque ela é assim? Por que todo mundo fica xingando-a e a menosprezando dessa sua forma. Por favor, volte aos seus afazeres!

 A enfeimeira saiu da sala completamente emburrada, e Vector não aguentou em si mesmo.

 -Fez o certo, vice-diretora! - gritou, depois tampando a boca com as mãos, pois a mulher havia olhado bem para ele - OPS - de novo, não...

 -Quem é você? - disse a mulher, inconformada - Como você entrou aqui? E o que é isso que você está vestindo? Um pijama listrado?

 Não era para isso ter acontecido, não era mesmo. Mas Vector era muito inteligente, e sabia exatamente o que fazer.

 -Eu sou um aluno novo. Meus pais pediram para vir aqui um dia para conferir se toda a papelada da matrícula já estava acertada. Mas, ao que parece, você pode demorar um pouco para encontrá-la. Acho que vim em má hora, estou indo...

 E foi saindo de fininho, mas a vice-diretora não o deixou.

 -Opa, opa, opa - comentou - Pode voltar - disse, pegando um pedaço de papel e uma caneta - Nome, senhor!

 -Ah... Vector Maxmillium - explicou.

 -Certo - disse ela, agora entregando o papel ao menino - Hoje a noite, quero ver você aqui na minha sala, pois ficara de detenção. Não quero ver alunos zanzando por aqui em pleno horário de aula.

 -Mas...

 -Sem mas nem menos. Agora volte para sua sala!

 Vector pegou o papel guardou no bolso e saiu da sala. estava infinitamente incorformado com a vice-diretora e com ele mesmo - oras, tinha que inventar de ir falar com a mulher. Estabelesceu uma nova regra para si mesmo: De agora em diante, nada de falar nem conversar com ninguém que já o tenha visto.

 Tinha que sair de noite e comletar aquela insuportável detenção. E se ela descobrisse que ele não era um aluno, e se ela quiser os expulsá-lo?

 "Mas só ela, Clarice e Cristopher pode me ver e me tocar" pensou, quando uma pequena lâmpada acendeu em sua mente, pois acabara de ter uma idéia.

 "A vice-diretora nunca vai conseguir me desfazer dessa misão" pensou, armando um plano "Não mesmo..."


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

ESPERO QUE TENHAM GOSTADO.
E NÃO ESQUEÇAM DA REVIEW, HEIN?