O Fantasma escrita por L N Oliveira, Mandy Sants


Capítulo 1
Mystic Falls.


Notas iniciais do capítulo

Espero que gostem!!



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 Olhei para a janela do carro irritada, a paisagem começava a ficar monótona com aqueles montes de pinheiros, verdes de mais. Eu estava indo para uma pequena cidadezinha chamada, Mystic Falls encontrada no sul da Virginia. Minha mãe Renée e meu irmão caçula Stefan. Seria um recomeço, já que a mais de dois anos meu pai Charlie morreu em um acidente. Seria bom, para eles começar do zero, mas no meu caso, não queria me mudar.

  Suspirei exasperada, afinal eu não podia mudar o fato de eles estarem tão obstinados a se mudarem para esse fim de mundo, mas em uma votação justa a maioria vence dois contra um, e eles ganharam. Minha mãe me encarou durante um bom tempo antes de arriscar dizer algo para mim, seus olhos infantis e afetuosos esboçavam preocupação, mas podia perceber que ela queria dar a impressão de descontraída. Ela abriu um sorriso ainda que inseguro para mim.

   – Não está animada Bella? – questionou ela hesitante.

   – Em uma escala de zero a dez? – perguntei com um tom um tanto irônico.

   Stefan bufou no banco de trás, resmungando algo sobre eu ter sido abduzida por um E.T, o encarei com uma sobrancelha erguida e ele revirou os olhos.

    No meio do caminho, vi uma casa antiga perdida em uma imensidão de arvores, de diversos tipos. Sua estrutura era antiga, fazendo o estilo de uma casa vitoriana do século XVII, tinha duas pilastras frontais envolvidas por uma pequena vegetação que cobria quase toda a parte das paredes, uma enorme porta de madeira antiga da cor marrom chocolate, com batedores em formas de leões, ela era incrivelmente grande no mínimo deveria ter uns dois andares, As janelas eram grandes, e trancadas. Toda a casa era bela porem parecia ter sido abandona a mais de anos. No meio de toda beleza, escondido atrás de uma cortina meio espessa de samambaias encontrei o que poderia ser talvez o rosto de algum curioso. Ele usava uma mascara cujo não conseguia enxergar a forma de seu rosto, mas a cor de seus olhos lampejou por entre o vidro da janela. Eram azuis.

     E então ele sumiu, deixando apenas uma pequena brisa balançando a cortina de samambaias. Atordoada, me virei para frente intrigada, o que poderia ter sido aquilo?

      – Olhem lá está nossa casa! – apontou Renée a uma pequena casa a mais ou menos um quilometro de distancia, era idêntica a nossa antiga casa no Arizona, mas havia algo a mais nela, algo estranhamente desconfortável.

     Minha mãe estacionou na frente da casa, e em poucos segundos estávamos tirando nossas bagagens da porta malas do carro. O sol já se punha quando finalmente conseguimos retirar tudo. Renée se virou para mim e para Stefan com um suspiro alegre.

     – Eu irei arrumar as coisas amanhã, acho melhor irem descansar. O dia hoje foi longo. – ela disse, sua ultima frase voltada para mim. Desviei meus olhos encarando o piso de mármore branco gasto pelo tempo. Tudo nessa cidade parecia velho de mais, talvez esse fosse meu desconforto.

    – Os nossos quartos ficam lá em cima. – explicou Stefan animado. – Corrida para ver quem chega primeiro? – seus olhos verdes reluzindo com animação. Não resisti à idéia.

     – No cinco. – eu disse sorrindo – Um, dois, três, quatro... Cinco! – eu disse disparando em direção a escada, mas eu era péssima em corrida, e acabei tropeçando mais em meus próprios pés do que correr.

     Cambaleei em direção da porta de seu quarto ele me esperava na porta esfregando as unhas em sua blusa azul marinho velha.

    – Muito lenta. – ele disse sorrindo. Revirei meus olhos dando de ombros.

    – Boa noite Stefan. – eu disse passando por ele, insegura do meu equilíbrio. Antes que eu pudesse alcançar a maçaneta da porta do meu quarto, ele segurou meu pulso.

    – Você está bem? – questionou ele, sua testa de repente se enrugando por conta da preocupação. Forcei um sorriso animado, mas falhei.

    – Eu vou ficar. – suspirei baixinho. Ele sorriu de leve e me abraçou com força.

   – Eu sei baixinha. – ele sussurrou em meu ouvido – boa noite pra você também.

   Ele me soltou e eu entrei em meu quarto, de todas as pessoas da minha família eu fui à única que não superou totalmente a perda de Charlie, mas isso fazia bem o meu genro, nunca me adaptei bem nos lugares, sempre estava fora de sintonia com os outros ao meu redor, e eu sabia que aqui não seria tão diferente.

    Andei ate a janela abrindo-a o máximo que podia me escorei nela apenas observando o luar. Meus olhos pousando novamente naquela antiga casa, tão bela, mas abandonada. Como de reflexo, me lembrei dos olhos azuis da pessoa que espionava pela janela os outros carros.

  

  Naquela noite não consegui dormir direito, talvez fosse à ansiedade de um novo dia, um dia em que eu teria que me adaptar. Levantei-me rapidamente já arrumada para escola, Stefan já estava lá embaixo tomando seu café. Peguei apenas uma maçã e minha mochila, enquanto marchava em direção de Renée.

  – Bom dia minha flor. – ela disse animada de mais.

   Eu sorri de leve, pegando as chaves do carro que ela comprara justamente para mim.

   – Eu te encontro lá. – respondeu Stefan a pergunta que estava prestes a fazer. Dei de ombros caminhando em direção ao meu carro. A maioria do trajeto foi fácil, a pior parte estava por vir.

   Estacionei o carro em uma vaga estreita que sobrando, a pequena escola era rústica de mais, as paredes tinham um tom vermelho meio alaranjado, as janelas eram um tanto pequenas, havia uma grande escada que levava ao corredor principal, onde havia alunos me encarando. Abaixei meu rosto constrangido com tamanha atenção que estava chamando.

    Em meio a algumas fotos do mural – onde eu procurava o meu horário. – encontrei a foto de um estranho meio familiar, o rapaz tinha os mesmos olhos azuis, que havia visto ontem. Eu observava detalhadamente a foto, ele tinha os cabelos pretos e lisos, a pele branca igualmente bela, e um sorriso encantador, apesar de irônico e sarcástico.

     – Olá! – disse alguém atrás de mim, me fazendo dar um salto para trás. Eram duas garotas, uma do mesmo tamanho que eu, tinha cabelos pretos e esvoaçantes, com pequenos traços parecendo uma fada, e a outra tinha um porte atlético invejável, os olhos incrivelmente belos, os cabelos longos e lisos. Ela me olhou de cima a baixo antes de continuar. – Você deve ser a aluna nova. Meu nome é Elena Gilbert.


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Notas finais do capítulo

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