Your Eyes escrita por Tris, Katherine Madalene, Anne Odair


Capítulo 4
A Pior Tortura


Notas iniciais do capítulo

OIIIIII,
aqui quem fala é Katherine Madalene!!!!
Eu sei eu sei... demorei para postar.... mas a culpa não é só minha!É culpa das provas!!!!
Espero que gostem!!!!
Bjinhos sangrentos



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Amy e Ian se encararam por alguns segundos.

Ele perdido no verde.

Ela presa no âmbar.

Talvez tivessem ficado assim o resto da noite, mas, por sorte, Evan se levantou:

–Amy, querida, que bom que chegou!

Aquilo a fez desviar dos olhos do primo.

Ian pisca, tentando retornar ao estado de normalidade. Ele levanta, abrindo seu sorriso mais falso que conseguiu, e estende a mão para Amy:

–Muito prazer. Sou Ian Kabra.

Amy percebe imediatamente o jogo que ele está propondo, então, reunindo toda a coragem que tinha, aperta a mão dele. Um formigamento percorre o corpo da linda mulher assim que as peles se tocam, deixando todo o seu corpo arrepiado.

–Sou Amy Cahill.

Ian faz um sinal para que eles se sentem.

Amy se acomoda na cadeira ao lado do noivo que, infelizmente, é diante da cadeira de Ian. Sem querer, ela roça a perna na dele. Ela afasta a perna imediatamente.

–Então, qual é a surpresa? – Amy pergunta ao noivo. Ela sorri, maliciosamente.

– Sei que você ama os quadros de Picasso então...

Amy abre seu melhor sorriso, tentando se mostrar empolgada, sabia que o noivo gastaria milhões para comprar um quadro daquele pintor para ela. Não que eles tivessem problemas com dinheiro, ao contrário, ambos eram bilionários, mas a ruiva se sentia culpada por saber que, com um único telefonema, ela conseguiria aquele quadro sem pagar nem um centavo.

Mas era melhor guardar em segredo os segredos de sua família.

–Não acredito! – Ela fala, aumentando a voz de propósito.

Evan e Ian começam a conversar sobre preços, como todas as outras pessoas naquele salão.

Amy beberica seu vinho, tentando controlar o coração, que parecia querer sair do peito.

Ian... Ian Kabra... Ian... Porque você ainda mexe assim comigo?

Algumas vezes ela se pegava o observando. Não tinha mudado muito: continuava com a mesma pose de rico, os olhos cor de âmbar a olhando e depois se desviando. O cabelo estava mais curto e ele tinha deixado a barba crescer um pouco, dando ao homem um ar de segurança.

Ele estava inacreditavelmente sexy com aquela barba bem cortada.

–Vou ao banheiro. – Ela sussurra para o noivo, que sacode a cabeça positivamente, mesmo se prestar atenção ao que ela disse. Para brincar ela sussurra outra coisa: - A vida está chata, acho que vou me jogar da ponte.

Evan sacode positivamente a cabeça, novamente sem prestar atenção. Ian ri, abrindo um sorriso sincero, segurando o riso.

Amy caminha até o banheiro.

Ian a segue com o olhar, sem se importar com as ações na bolsa de valores, assunto que o noivo de Amy adorava.

A ruiva entra no banheiro e encosta-se na pia.

Porque, de um segundo para outro, tudo muda?

Tudo estava tão bem... A busca pelas pistas estava até um pouco esquecida, mesmo que os pesadelos ainda assombrassem Amy todas as noites.

Não posso fugir para sempre, posso?

Reunindo forças, ela sai do banheiro e se encaminha para a mesa, onde Ian e Evan conversavam. Involuntariamente, Amy olhou para Ian e ele olhou para ela. Por esse milésimo de segundo que os olhares se grudaram, milhares de segredos foram transmitidos.

Segredos que Ian preferia não revelar. Como o fato de pensar todas as noites em como tudo podia ser diferente...

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Ian Kabra se sentia menor que um grão de areia.

Assim que Amy e o noivo chato saíram do restaurante, o senhor Kabra entrou em seu carro de luxo e partiu, em alta velocidade.

Precisava beber para esquecer tudo que tinha acontecido naquele dia. A imagem de Amy Cahill chegando, aquelas pernas grossas sendo mostradas, mas não de forma indecente pelo vestido azul. Ian lembrou como achou que estava tendo uma alucinação.

Anjos não aparecem assim, do nada!

Anjos não têm os mais lindo olhos verdes que ele já tinha visto na vida.

Quando ela entrou no restaurante, todo o medo, a raiva, todo o mal que Ian carregava nas costas tinha virado fumaça. Sentiu-se livre pela primeira vez em muito tempo.

Agora que ela não estava mais ali, a liberdade se fora, deixando uma alma pesada para ser carregada.

Ian parou diante da boate de costume e foi logo se encaminhando para o bar. Lá, pediu uma garrafa de vodka e ainda teve que aturar o olhar de reprovação da garçonete.

O moreno abriu a garrafa e a virou de uma vez só, afastando a garrafa só quando sentiu que precisava respirar.

O efeito foi imediato: o sangue de Ian esquentou e ele se sentiu feliz de novo, mesmo sabendo que aquela ideia de felicidade era equivocada. Era uma falsa felicidade, pois a única pessoa que podia lhe dar a paz, a liberdade e a felicidade não estava ali. E o que pesava mais para Ian é que ele sabia que a culpa era inteiramente sua: ela estava lá sempre que precisou, salvando-o do abismo no Everest... Salvando-o do abismo que era a sua vida...

Talvez todos seriam mais felizes se Amy tivesse escolhido o soro e não a mim...

Mais um gole de vodka.

A Amy seria mais feliz...

Outro gole da bebida...

Eu não devia estar nesse mundo mesmo...

A garrafa já estava vazia!

Ian foi cambaleando até a pista de dança. Tudo parecia desfocado. O álcool no sangue do belo homem impedia que ele enxergasse com clareza.

As pessoas giravam ao seu redor, e entre elas surgia uma luz... Um anjo... Uma linda mulher ruiva... E, de repente, ela sumia, deixava Ian perdido, sem rumo.

Estou ficando louco!

Ele saiu da boate e acenou freneticamente para um táxi que passava. O veiculo parou e Ian entrou. Meio falou meio gaguejou o endereço de sua casa e o taxista partiu.

Ian morava em um belíssimo apartamento, com vista para toda a cidade. Quando sua irmã resolveu mudar de vida, ele saiu da mansão onde seu pai morava e comprou aquele apartamento.

Ian entrou em casa, cambaleando, e se dirigiu à garrafa de uísque que guardava na sala, derramando seu conteúdo em um copo. Nem se importou em colocar gelo, queria algo forte o suficiente para tira-lo da loucura.

A bebida só piorou as emoções que sentia. Viu, de repente, o apartamento derrubando sobre sua cabeça, o esmagando.

Como em uma caverna.

Depois a risada de Amy soou forte. Mas não era aquele riso que ele tanto amava, era outra coisa... Não era mais Amy rindo, era Isabel, a mulher que um dia Ian já chamara de mãe.

O homem, que estava totalmente bêbado, jogou com toda a sua força a garrafa de uísque na enorme janela de vidro da sala, que resistiu ao impacto por ser blindada.

A mesinha de centro levou um potente chute, que a virou.

Ian arrancou a televisão de 42 polegadas e jogou no chão. Ela trincou e depois foi pisoteada.

Toda vez que Ian via a imagem de Amy, jogava algo nela, queria mata-la. Não era a Amy que ele sempre amara, era uma Amy que se transformava em Isabel e voltava a ser Amy, que se transformava em Isabel de novo...

–---------------------------------------- XXX -------------------------------------

As lágrimas inundavam os olhos de Ian.

Era quase três da manhã e o moreno se encontrava sentado no chão da sala. Ele agarrava os cacos de vidro da mesinha de centro, rasgando as próprias mãos.

O apartamento estava quase totalmente destruído. O sofá estava rasgando, os móveis quebrados, os livros jogados por todos os cantos... O silêncio pairava, aumentando as alucinações de Ian, mas ele nem as via mais. As lágrimas não permitiam.

Isabel ainda ria e se transformava em Amy.

Natalie ainda o chamava de fracassado.

Dan ainda dizia como ele era burro.

Ian não ouvia as vozes, afogado na própria dor, apenas deixava o sangue das mãos correr, sem sentir dor alguma além da do coração.

Por que... Por que... Por que Amy voltou... Por que... Ela me deixou assim... Durante todos esses anos eu me enganei... Enganei-me... Ainda a amo...

Os pensamentos eram a maior tortura que alguém poderia criar...

Chega! Ian gritou para si mesmo, ordenando que seu corpo se levantasse.

O pobre homem precisava pôr para fora os sentimentos.

Andou até o belíssimo piano da cauda, totalmente branco, e sentou diante dele...




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Notas finais do capítulo

E ai?
Gostaram? Odiaram?
Espero que tenha sido a primeira opção.
A gnt se encontra daqui a dois capitulos... bjinhos sangrentos para vcs...
Ps.: Desculpa Anne, sei que vc não leu, mas a fic estava parada ´por muito tempo... Bom voce leu a metade...
Ps2: Tenho outra fic Amyan: MEMÓRIA PERDIDA. Passem lá depois, ok?