Curando Leah escrita por Oraculo


Capítulo 2
Capítulo 2 - Ela o amava




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Muito obrigada a todos que comentaram. Eu não pensei que logo de cara receberia tantos comentários! Por isso resolvi postar logo o segundo capítulo!


Amo vocês!!!


 


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Capítulo 2 – Ela o amava.


 


JPOV


 


“Ja…cob?” perguntou Leah, e se estremeceu um pouco. Não estava seguro se ela estava acordada ou se ainda estava em coma, assim apenas toquei sua bochecha.


 


“Oi Leah.” Sussurrei “Oi. Você tem visita… sabe, além de mim. Todos em La Push estão preocupados com você.”


 


Os médicos disseram que não havia dano mental visível, mas Leah ainda estava em coma. Não sabiam quando ela acordaria. Carlisle insistia em cuidar dela, mas isso somente nos deixava um pouco ansiosos. Imaginava o que diria quando ela acordasse e visse que um vampiro estava tratando dela... se acordasse.


 


“Quil e Embry” disse sentindo-me infantil. “E Sam te trouxe flores... espero que não se importe que as tenha jogado fora, você queria que eu fizesse, verdade?” escutei Embry caminhar impaciente.


 


“Seth veio, mas o fiz ir para a escola... você quer que ele termine a escola, né?” Leah sorriu em seu sonho.


 


“Bella e os Cullen vieram.” Admiti. “Também trouxeram flores, mas este quarto estava precisando de ar fresco, então as joguei fora também. E fediam a sanguessugas.”


 


“Tanto faz, todo mundo está muito preocupado com você” terminei. ”Vou deixar que Quil e Embry entrem, okay?” apertei sua mão fria. Sua temperatura continuava a baixar, Carlisle não sabia explicar o por que.


 


Leah não respondeu, mas sussurrou meu nome de novo. “Jaaaacob.” E sai de seu lado para abrir a porta.


 


“É melhor não ter trazido flores.” Adverti, deixando que Quil e Embry entrassem, mas não os deixei vê-la ainda.


 


“Oops.” Disse Embry com um sorriso enquanto jogava no corredor o buquê de flores.


 


“Vamos vê-la.” Disse Quil. Dei passagem enquanto eles respiravam fundo, apavorados.


 


“Oh meu Deus.” Sussurrou Embry.


 


Quil ficou paralisado, deu meia volta e saiu do quarto. Balancei a cabeça enquanto com minha mão desenhava as marcas no braço de Leah.


 


“Igual a Sue.” Disse em voz baixa. Sue tinha dado uma olhada em Leah e havia corrido para fora do quarto. Desde então não tinha voltado e já fazia quatro dias.


 


“Parece tão... vulnerável.” Sussurrou Embry, tocando o pulso dela. “como… quebrável, me entende?”


 


“Sim. Eu sei.”


 


“Leah sempre pareceu tão... forte, sabe? Quem pensaria que seria ela quem desmoronaria.” A voz de Embry falhou. “sabe, a que desmoronaria e trataria de acabar com tudo?” de repente me enfureci com ele, com todos. Jamais tinham se preocupado com ela e agora todos agiam como se fossem melhores amigos!


 


“Vocês jamais se preocuparam com ela!” disse a Embry.


 


“D-d-do que está falando, Jake?” ele engasgou, tentando conter as lágrimas.


 


“Vocês. A manada. Nenhum de vocês se preocupou com ela, até que ela colocou a maldita faca nos pulsos!”


 


“Que demônios significa isso? Só porque não estamos com ela cada minuto do dia não significa que não nos importamos!” Embry exclamou.


 


“Quer saber? Sai daqui, Embry!” gritei.


 


”Talvez eu vá mesmo!” Embry saiu como um vendaval. Leah ficou um pouco tensa, e de repente começou a escorrer lágrimas de seus olhos fechados.


 


 “Jacob, não, não!” gritou. Olhei o relógio; eram três e dez, Seth havia saído da escola a dez minutos. Estaria aqui a qualquer momento.


 


E como tinha acabado de pensar, Seth entrou correndo pela porta e veio ajoelhar-se junto de sua irmã. “Oi, Lee.” Disse sem fôlego. “Senti sua falta hoje. Todos perguntam por você.” Passou os dedos pelo rosto dela, acariciando suas bochechas frias.


 


“Não tem dever de casa ou algo do tipo, garoto?” lhe perguntei. Seth me olhou num misto de dor e choque. Baixei a cabeça. “Sabe que é o que ela iria querer, não iria querer nos ver dando voltas ao seu redor.”


 


“Você fala dela como se ela estivesse morta.”


 


“Seth.” Disse suavemente. “Pode ser que ela não acorde.”


 


Seth explodiu. “Como pode dizer uma coisa dessas? Claro que ela acordará!” começou a chorar. “Certo, Leah? Você não vai nos deixar, né?” deitou a cabeça na barriga dela, molhando-a com suas lágrimas. “Acorda, Leah.” Soluçou. “por favor, acorda.”


 


Não tinha nada para falar, apenas esfreguei as costas de Seth, lhe dando apoio. “Tudo vai ficar bem, garoto, tudo vai ficar bem.” Menti.


 


“S-s-seth” Leah meio que murmurou, apertando os punhos.


 


“Disse meu nome.” Ele disse, sua voz cheia de espanto.


 


“Seth.” Ela disse novamente.


 


“Estou aqui, Leah, estou aqui.” Lhe disse.


 


“M-m-mamãe.” Sussurrou Leah, tremendo na muito pequena cama/maca.


 


As lágrimas de Seth vieram com força. “Mamãe virá logo.” Sussurrou, mas sua voz falhou.


 


Sue tinha visto Leah jazendo sobre a cama e se desmanchou em lágrimas saindo correndo pela porta. Não sabíamos noticias dela desde então. Billy nos disse que ela estava bem. Haviam chamado-a, mas ela se recusava a visitar a filha.


 


Bella esteve aqui duas vezes, uma com os Cullen e outra sozinha. Charlie tinha vindo também, assim como meu pai. Emily sempre vinha à noite e Sam durante o dia. Diziam que assim funcionava melhor, mas eu sabia que eles não queriam que eu ficasse sozinho com ela.


 


Não conseguia lembrar da última noite que dormi. Seth continuava chorando.


 


“Vamos Seth, levanta.” Disse tirando-o de cima dela. “Você tem trabalho da escola.”


 


“Okay.” Ele murmurou. “Leah, vou fazer minha tarefa, como você gostaria que eu fizesse.” Disse, olhando para o rosto imóvel de sua irmã. Sentou-se no chão e pegou seu caderno.


 


Logo depois Carlisle entrou no quarto. “Olá Jacob, Seth.” Disse e então começou a checar todas as porcarias que estavam conectadas à Leah, todos os monitores e seus sinais vitais. Suspirou. “Sua temperatura baixou outra vez.”


 


“Oh.” Disse Seth, piscando excessivamente para não chorar.


 


Fechei meus olhos por um pouco mais de dois segundos, mas os abri de novo. “O que isso significa?”


 


“Ainda não estou certo.” Admitiu Carlisle. “Mas isso não pode ser bom.” Escreveu umas notas em sua prancheta e tirou os curativos de seus pulsos. Seth levou as mãos à cabeça, e eu desviei o olhar, temendo ficar com essa imagem na cabeça. Leah se queixou.


 


Forcei um sorriso. “Vou buscar algo para comer.” Disse a ninguém em particular e sai do lugar. Caminhei pelo corredor olhando para frente. Passei por Embry ignorando-o, ele me olhou.


 


Quando cheguei à cafeteria, peguei a primeira coisa comestível que vi e a devorei. Então sentei em uma mesa, balancei a cabeça negativamente. Leah era muito valente e firme, Leah nunca se machucaria. Fechei meus olhos, mas só a via gritando e gritando, para que a deixássemos morrer. Que queria morrer.


 


Não sei quanto tempo fiquei ali, apenas sentado, mas foi o suficiente para que quando voltei ao quarto de Leah, Emily já estava lá, passando uma escova pelo cabelo desgrenhado de Leah. Havia lágrimas brotando de seus olhos. Seth tinha ido embora, provavelmente para encontrar sua mãe. Emily não me notou.


 


 “Sinto muito, sinto muito, sinto muito.” Emily soluçou. “Sinto muito, Leah, sinto muito.” Deitou a cabeça na barriga de Leah. “Sinto muito, Sam sente muito. Não devia…” sua voz falhou. “Eu não devia. Não era justo. Te amo, prima.”


 


“Emily.” Disse em voz baixa um tempo depois. “Ela sabe que não foi culpa sua.”


 


Ela me olhou, sua maquiagem escorrendo pelas bochechas. “Ela o amava.” Se engasgou. “E ele a amava também, e eu…” soluçou. “eu os separei!”


 


“Não foi você. Você não queria.”


 


“Não é justo, Jacob. E... e se foi por isso que ela fez o que fez?”


 


“Então foi seu erro estúpido.”


 


“Você não vê? Eu sou a razão por ela estar assim!” Emily soluçou. “Se eu... se eu… não sei! Mas eu não devia! Não é justo com ela!”


 


“O que você não devia ter feito?” perguntei.


 


“Me apaixonar por ele!” Emily gritou e saiu correndo pela porta.


 


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N/T: E assim termina mais um capítulo. Estão gostando? Comentários são sempre bem vindos! Amo vocês!



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