Reprise Sa Chanson... escrita por Very Happy


Capítulo 26
Cap. 27: Falando demais


Notas iniciais do capítulo

Oie! Desculpe a demora ^^ Mas, como eu disse, semana de provas e ainda tive de viajar
Enfim, ai está meus amores.
=D



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– AH MEU DEUS! Eu não sabia que haviam lançado a nova coleção daMelissa! - Sophie gritou, espremendo o rosto contra mais um vitrine de mais um loja de mais um shopping.

Contive um riso, enquanto ela corria para dentro da mesma, radiante. Logo depois do almoço, ela havia me arrastado... dois shoppings, onde havia comprado várias coisas, sempre com a desculpa de que "era para o casamento ou para depois ou para antes dele."

– Mel, olha isso! - ela brotou na minha frente, com um salto bege em mãos. - Vai ficar lindo com aquele vestido que eu comprei!

– Claro, Soph... - Ela havia insistido para chama-la assim -... Mas - vacilei - você não acha que já comprou... coisa demais?

– O que? Essa coisinhas? Mel, eu não me encaixo naquela história de "viva um dia de cada vez". Estou mais para... "viva cada dia como se fosse o último."

Sorri para ela e logo ela voltou para o interior da loja. Sentei-me em uma das poltronas, e esperei que ela terminasse de escolher. Repentinamente, ela apareceu radiante em minha frente, com mais duas sacolas em mãos.

– Vamos? Vou pagar um sorvete para nós. - ela deu uma piscadela.

– Ok. - falei, erguendo-me e seguindo com ela até a praça de alimentação.

Fomos em uma das lanchonetes, onde fizemos nossos pedidos e nos sentamos, um monte de sacolas ao nosso redor. Sophie era uma pessoa extremamente extrovertida. E eu não sabia até que ponto aquilo era bom...

– Então - começou, de repente. -... há quanto tempo você e Jon estão juntos?

Arregalei os olhos e procurei organizar meus pensamentos: a quanto tempo eu o conhecia mesmo? Seria suficiente dizer que namoramos a uma mês? Ela iria cair nessa?

– Um mês - chutei.

– Awn! - exclamou. - Que meigo! Agora, uma dica: o Jon é meio cabeça quente e as vezes é bem idiota. Por isso, paciência em primeiro lugar. - riu.

Procurei rir também, agradecendo mentalmente por minha mentira ter dado certo. Logo, resolvi mudar o rumo da conversa:

– Bem, e você e o...?

– Ah, o Teo? Bem,... há uns dois ou três anos.

– E já vão se casar?

– Bom, acho que o amor não pode esperar... Afinal, se um dia ele se esgotar, um tempinho que seja terá valido a pena.

Sorri com os pensamentos da garota.

– Isso... é até legal de se pensar.

– É, eu procuro sempre ver o lado positivo das coisas. Sempre.

– E quanto aos problemas?

– Bom, eu acho, que se a gente tem problemas, eles são mandados na medida certa. De modo que dê para gente aguentar. E, mesmo que sejam um pouco mais complicados, a gente tem que erguer a cabeça e enfrenta-lo de frente. Afinal, as armas nos já possuímos...

–... só precisamos saber usa-las. - completei seu pensamente.

– Isso! - disse, sorridente. - Gosta de frases desse gênero também?

– Sim. É um passatempo para mim.

– Que maravilhoso! - exclamou, ao mesmo tempo que a nossa senha era chamada. - Oh, é a nossa! Vem!

Ergui-me da cadeira e de dirigi ao balcão. Peguei meu potinho e Soph o dela. Quando estávamos voltando, senti-a me cutucar. Me virei para ela, e ela ergueu as sobrancelhas, enquanto se sentava.

– O que? - perguntei, enquanto me acomodava na cadeira.

– Você não viu? - sussurrou, com um sorriso malicioso. - Tem uns garotos ali atrás nos... como é que se diz? Comendo a gente com os olhos!

Arregalei meus olhos e corei violentamente. Sophie gargalhou, enquanto dava uma colherada no sorvete e desviava para eu poder olha-los. Entretanto, eu abaixei a cabeça, fitando meu potinho, e disse:

– Eu não vou olhar.

– Ah, vamos, Melanie! Eu vou me casar brevemente e estou surtando por isso; enquanto você, uma solteira na vida, não está nem aí?

– Exatamente. Você vai se casar e eu estou com Jon.

As palavras saíram tão rápido de minha boca que nem eu mesma consegui acreditar que havia dito aquilo. Sophie revirou os olhos e completou:

–Mel, o nome disso é paquera. Eu não vou ficar com eles! Euamoo Teo.

Voltei-me para ela e por fim suspirei, olhando milimetricamente para eles.

Ok, ela estava certa. Eles não paravam de nos encarar. Eram três no total, até bonitinhos. Corei ao notar isso e voltei-me para meu sorvete.

– Então, com qual você ficaria?

Voltei para ela, espantada.

– Brincadeira! - ergueu as mãos e logo sorriu com ternura. - É bom ver que o Jon arranjou alguém fiel.

Aquilo me doeu fundo. Brinquei com a colher do sorvete, passando-a no mesmo. De repente, Sophie se levantou e disse.

– Ok, você já está parecendo um pimentãozinho! Vamos.

Ergui-me rapidamente, com meu potinho em mãos e mais rapidamente ajudei-a com as sacolas, saindo dali o mais rapidamente possível.

– Hey, vem cá! - me chamou. - Tenho um segredo para te contar.

Aproximei-me da mesma e repentinamente ela enfiou um anel no meu dedo anelar da mão direita, virando-se para os garotos (que ainda nos encaravam) e gritou, puxando minha mão e erguendo a sua direita:

– AMBAS ESTAMOS NOIVAS! E, ALIAS, SOMOS BASTAAANTE AREIA PARA O CAMINHÃOZINHO DE VOCÊS, NÃO ACHAM QUERIDOS?

Várias pessoas que estavam ao redor começaram a rir, e eles logo ficaram constrangidos. Mas não tanto quanto eu.

– Sophie... - sussurrei nervosa, fitando-a.

– O que? Eu não tô mentindo! - ela disse, pegando suas sacolas. - TCHAU, RAPAZES!

Puxei-a dali, enquanto ainda era possível ouvir as risadas das pessoas e a própria risada dela.

~*~

– Chegamos! - Sophie anunciou, quando chegamos em casa, as 18:00 em ponto.

Entrei com as várias sacolas, e, tal como ela, joguei-me no sofá.

– Ai, ai! - exclamou, suspirando. - Cansei.

– Idem... - falei, erguendo-me do sofá. - Acho que vou tomar banho.

– Certo. Depois, desça para o jantar.

– Ok.

Segui vagarosamente para meu novo quarto. Aquelas escadas nunca pareceram tão longas. Mas era um cansaço diferente, chegava a ser bom. Andar com Sophie me ajudou a distrair um pouco. Ela era realmente incrível e bem decidida para um pessoa a idade dela.

Adentrei o local e fechei a porta. Quando me virei, dei de cara com Jon...

... Sem camisa...

... Com os cabelos molhados...

... O corpo todo molhado!...

... E com uma única toalha ao redor da cintura...

Fiquei estática durante um tempo. E não me culpem! A visão a minha frente hipnotizava qualquer uma.

Quando retornei a dura realidade, percebi que ele me encarava, com cara de confuso. Corei violentamente e voltei-me para porta, encarando o chão.

– Eh... Devia ter batido... - comecei, meio que gaguejando. - Desculpa...

Ele ficou um tempo em silêncio e logo pude ouvir uma risada baixa. Tive vontade de virar e encara-lo, mas estava envergonhada demais para isso. Logo, simplesmente perguntei:

– O que foi?

– Nada. - ele disse. - É só que você fez uma cara engraçada quando chegou.

Revirei os olhos e apressei-me a concluir:

– Tá. Mas agora, sai daqui - abanei a mão. - antes que eu grite!

– Esse quarto é meu, Melanie.

– É-É, pode até ser, mas eu teria um quarto só meu se você não tivesse dito que eu era sua namorada.

– E o que você queria que eu dissesse?

– Sei lá! - falei, virando-me de repente, e me deparando de novo com ele seminu. Voltei-me novamente para a porta, mordendo o lábio inferior. - Essas suas oscilações de humor estão me matando...

– Como quer que eu te trate então?

– Como antes...

Ele riu baixo, mas ainda pude ouvi-lo.

– Isso eu não posso...

– Então estabilize seu humor.

Ele ficou um tempo em silêncio e logo pude ouvi-lo suspirar.

– Se é o que você quer... - começou. - Pode se virar.

Virei-me vagarosamente e vi que ele já estava vestido, e calçava um par de tênis.

– Onde vai? - perguntei.

– Estabilizar meu humor. Não foi o que você pediu?

– O que quer dizer com isso?

Ele levantou-se e se aproximou de mim.

– Eu vou tentar me recuperar de tudo isso, Melanie. Só não sei se isso irá agradar você.

Fitei seus olhos castanhos e depois desviei o olhar e apertei os olhos.

– Eu queria conseguir te entender...

– Poupe-me. - ele disse, de repente frio de novo. - Não sei a que horas eu volto.

Dito isso ele passou por mim e pude ouvi-lo bater a porta.

Abri meus olhos e suspirei profundamente.

–... Mas eu simplesmente não consigo. - completei meu pensamento interrompido.

Não agora.


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