David: Absolutamente não.

Tom: David...

David: Está fora de questão, você não vai correr esse risco.

Tom: Não vai ser arriscado...

David: Não é uma hipótese Tom, não é uma possibilidade.

Tom: David eu não estou pedindo sua permissão. È o único jeito de acabar com isso logo, esse processo pode durar meses.

David: Olha, eu entendo que você está nervoso mais não vai acontecer tá. Se der errado não sabemos o que pode acontecer.

 Tom: Eu vou dar um jeito nisso com ou sem a sua ajuda.

Gorge: Tom! Se acalma. O David tem razão, é perigoso...

Tom: Não to nem ai. Eu vou resolver isso. Esse idiota não vai me afastar do meu irmão, e ele vai pagar bem caro por tentar.

David: Pois muito bem, você assume os riscos, se você acabar perdendo a cabeça a culpa vai ser toda sua. Eu vou ver o que posso fazer mais fique avisado que não vai ser fácil e nem tão rápido. Além de produtor e guitarrista você também quer ser agente da CIA agora.

Andando rápido e mal humorado David saiu do apartamento deixando Tom na companhia do melhor amigo.

Gorge: Você é louco.

Tom: Eu sei mais não vou agüentar muito tempo disso.

Gorge: O Bill não vai gostar nada.

Tom: A idéia inicial é que ele não saiba.

Gorge: Eu imaginei.

-x-

Duas semanas depois Tom saiu de seu apartamento com o rosto coberto por um lenço e óculos escuros, estava ladeado por dois enormes seguranças que tentavam abrir caminho pela enorme quantidade de fotógrafos que estavam acampados na porta do prédio há duas semanas tentando capturar qualquer imagem do gêmeo mais velho já que Bill não tinha sequer ido até a sacada do apartamento para o qual se mudara. Com muito custo Tom conseguiu chegar ao carro que esperava por ele, uma vez protegido pelos vidros fumê tirou o lenço e o óculos e respirou fundo, estava com medo ainda que não admitisse a ninguém, mais tinha que resolver essa situação logo, não agüentava mais ficar longe do irmão e a ligação procurada e um tanto rude de Andreas na noite anterior o deixou ainda mais perturbado.

Andreas: Ele está muito abatido e pálido, não quer sair de casa de jeito nenhum, Aline disse que ele tem bebido bastante também.

Tom: Eu estou fazendo o que posso, acha que não sinto a falta dele?

Andreas: Então se aprece, você sabe como ele é, não quero que ele volte a beber como antes, foi bem difícil convencer ele a ir pra clinica da ultima vez.

Tom: Clinica?

Andreas: Ele não te contou, é bem típico dele, acho que ele não quer que eu te conte também mais saiba que nem todos os boatos sobre ele eram mentira. Faça alguma coisa logo antes que isso piore ainda mais.

Tom não ficou chocado, era apenas mais uma das coisas que não sabia sobre o irmão, era mais um motivo, o mais importante de todos, pra por um fim nesse pesadelo.

Depois de 15 minutos Tom parou em frente a uma casa em um bairro humilde de Berlim, a tinta da porta estava descascada e a campinha tinha um som estranho e irritante, certamente precisava ser trocada. Quem atendeu a porta foi um homem de meia idade com a aparência desleixada.

Jörg: Não pensei que realmente fosse aparecer.

Tom: Você não me conhece.