O Melhor De Mim escrita por Mrs Payne


Capítulo 6
Beijos e brigadeiro!


Notas iniciais do capítulo

Boa Leitura! :)



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Duas semanas depois

Estava no meu quarto ensaiando uma musica que eu tinha escutado mais cedo no trabalho. Eu tinha esquecido como é bom tocar violão. O Nick está mais empolgado do que nunca. Ele já aprendeu bastante nessas primeiras semanas. Posso dizer que ele está sendo o meu aluno mais dedicado, apesar dele ter sido o único até agora. Olhei pro lado e meu computador estava apitando. Tinha alguém querendo falar comigo por Skype.

- Oi mamãe. Como tá?

- Eu estou bem. E sua nova vida aí na Inglaterra?

Contei todas as novidades a minha mãe. Falei sobre como o inglês daqui era um pouco diferente. Falei também sobra a Cat e o Nick. Conversei tanto que nem vi o tempo passar. Me despedi da mamãe e fui tomar um banho. Depois desci e fui assistir a um filme.

Estava assistindo um filme bem legal, falava sobre um bebê que foi trocado na maternidade e que, depois de anos, estava à procura de sua família biológica. Eu estava vestindo meu pijama favorito e minhas queridas pantufas de vaquinha. Até que alguém interrompe meu momento ao tocar a campainha. Como sempre, era a Cat.

- Amiga, eu só vim aqui a essa hora, porque eu não quero deixar pra te dizer isso amanhã. – ela já estava acomodada no sofá.

- Fala logo criatura. – disse a balançando pelos ombros.

- Calma. Eu vim dizer que eu vou viajar de férias. – ela abriu um sorriso.

- Ah, mas isso não é novidade. – fiz cara de desânimo – Você já tinha me falado isso semana passada.

- Mas você ainda não perguntou pra onde eu vou. – ela me olhava – Vai, pergunta logo.

- Tá bom, tá bom. Pra onde você vai? – eu revirei os olhos.

- Em menos de 48 horas, eu estarei viajando para o BRASIL. Você ouviu direito? BRASIL. - Eu fiquei meio sem reação. O que a Cat ia fazer no Brasil? E por que tão longe?

- Como assim Brasil? Você tem parente lá, por acaso?

- É que meus pais estão por lá, em um passeio pela América do Sul. Daí o Nick deu a ideia pra mim passar as férias com eles, em outro país. Sabe como é, curtir as trilhas, as praias, as festas... – ela falava tudo muito rápido. Eu tinha que prestar bastante atenção pra entender.

- Tá bom, já entendi. E isso é muito legal. Também tenho vontade de conhecer o Brasil. – eu olhava pro nada, imaginando como seria o Brasil. – Você vai que dia?

- Depois de amanhã, antes do almoço.

- Cat, eu vou sentir tanto sua falta. – disse fazendo bico.

- Não fica assim, eu volto logo. – ela me abraçou – E você ainda tem o Nick, ela gosta muito de você.

- De mim? Quer dizer, a gente se conhece a poucas semanas. – disse sem jeito.

- Mas você ensina violão a ele, e ele não para de falar em você, e daquele bendito violão. – nós rimos – Deixa eu ver o que está passando na tv.  – a Cat pegou o controle remoto e já foi mudando.

- Ei, eu estava assistindo – puxei o controle de volta.

- Falou certo, estava. – ela puxou de novo.

- Mas o filme é muito bom. – peguei mais uma vez.

- Não, o desenho é melhor. – ela pegou o controle de novo.

- Desisto. – me afundei no sofá, e ela riu.

(...)

Os dias se passaram rapidamente, e logo chegou o dia da Cat ir. Eu quis me despedir dela por telefone, mas ela fez questão que eu fosse na casa dela. Odeio despedidas! Serão poucas semanas, mas eu sentirei falta daquela louquinha.

Acabei de almoçar, e fui no meu quarto pegar minha bolsa. Antes de sair peguei um casaco, pois estava ventando forte. A casa da Cat não era longe, mas eu precisava me apressar, pois já estava em cima da hora.

- Sentirei sua falta Cat! – disse a abraçando

- Também sentirei a sua. – ela retribuiu o abraço.

Estávamos na frente de sua casa, e o táxi já estava na porta.

- Tchau Nick. Até mais

- Tchau maninha, se cuida. Dê lembranças aos nossos pais! – ele se soltou do abraço.

Ajudamos a Catherine com as malas, e ela por fim entrou no carro. Acenamos, até que ela some, ao dobrar a esquina.

- Quer entrar? Está frio aqui fora. – o Nicholas se vira pra mim e me sugere.

- Tá certo – dou um sorriso de canto.

Entramos e eu sentei no sofá da sala. O Nick entrou na cozinha sem dizer nada. Eu fiquei assistindo algo que estava passando na TV. Depois ele saiu de lá com uma lata de refrigerante na mão, e uma lata de chocolate em pó na outra. Não entendi nada.

- Eu fui pegar refrigerante, e encontrei essa lata de chocolate dentro da geladeira. – quem guarda chocolate em pó na geladeira? – Eu pensei que poderíamos fazer alguma coisa com ela.

- Que tal brigadeiro? – respondi animada.

- Claro! Mas você que vai fazer – ele me deu a lata.

A gente ficou procurando as coisas necessárias, e o depois de jogarmos todos os ingredientes na panela, colocamos no fogo e sentamos à mesa. Ficamos conversando, jogando papo fora. O Nick tem um humor contagiante, ele é realmente maravilhoso.

- Você tá sentindo um cheiro estranho? – ele perguntou

- O BRIGADEIRO! – eu gritei. Meu Deus, como somos lerdos.

Eu corri e desliguei o fogo.

- Ainda dá pra comer? – ele me olhava.

- Acho que sim, só queimou um pouco. – eu ri.

- Eu gosto de brigadeiro queimado. – ele falou divertido, e eu balancei a cabeça negativamente.

Colocamos o brigadeiro num prato, pra esfriar.

- Agora é só esperar esfriar. – eu disse, colocando o prato na mesa. – Acho que a TV ficou ligada, vou desligar. – me dirigi a sala, e desliguei a TV.

Quando voltei, o Nick já estava devorando o brigadeiro. Guloso!

- Não Nicholas, ainda está quente. – fiz cara de brava.

- Eu não resisti. – ele riu.

- Você quer ficar com dor de barriga? Me devolve isso.

- Não! – ele levantou da cadeira e colocou a colher pra trás.

- Me devolve – ele colocou a colher no alto.

- Vem pegar. – parecíamos duas crianças.

Pulei pra pegar a colher, mas em vão. Sou uma baixinha mesmo. Nós riamos. Pulei de novo, e ficamos próximos de mais. De repente nossas expressões ficaram sérias. Nos olhamos nos olhos, de maneira intensa. Me perdi em meio aqueles olhos verdes.

- Nicholas – sussurrei.

- Lisa – ele me puxou em um beijo súbito.

Um beijo calmo, e com gosto de brigadeiro. O meu mundo estava se resumindo naquele momento. Era tudo tão mágico! A colher com o brigadeiro, que era o motivo de tudo aquilo, caiu no chão. No fundo nós dois queríamos aquilo. Eu estava beijando o irmão da minha melhor amiga. Meu Deus, o que eu fiz?


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Notas finais do capítulo

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