You Belong With Me escrita por FreddieMcCurdy


Capítulo 50
Capítulo 50


Notas iniciais do capítulo

O problema é que meu computador pifou e, quando eu o ligo, aparece "Erro ao carregar o sistema operacional". Se tem alguém nerd geek o suficiente para me ajudar, só falar via MP. Eu tô enlouquecendo.
Enfim, desculpem-me a demora. O capítulo ainda não esclarece todas as dúcidas mas logo, logo vocês entenderão. Eu tinha um documento com todos os capítulos divididos em partes, faltava só escrevê-los - por exemplo, Sam bate a cabeça na parede e morre [muda capítulo] Sam acorda dos mortos e come o cérebro de Marconny [muda capítulo] - e esse arquivo está no meu computador. Ou seja, eu tive que improvisar nesse aqui, mas tá mais ou menos como ele deveria estar.
E, por último, eu vou viajar esse fim de semana, então não vou ter tempo de escrever. MAS (rufar de tambores) eu estou de fériasssssssssssssssssssssss e vou acordar cedinho só pra tentar acabar essa fic antes do Natal, meu feriado favorito depois da Páscoa. Vou trabalhar à mil nessa fic pra deixá-la perfeita. Bem, isso é tudo que eu queria falar. Boa leitura!! E eu quero dedicar esse capítulo a Grace Kelly e ao seu nenénzinho lindo de três meses *-* ELA JÁ TRANSOU E TÁ LENDO ESSA FIC FEITA POR UMA LEIGA VIRGEM BV, tchau



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Eu abraçava meus joelhos como se minha mãe estivesse lá para reclamar que eu sou melada demais às vezes. Como se Carly estivesse lá para afagar meus cabelos e dizer que tudo vai ficar bem. Como se Freddie estivesse lá para me dar um beijo na nuca e dizer que ele gostaria de fazer algo para me ver sorrindo. Mas nada poderia me fazer sorrir. Só ele e sua careta de ficar vesgo e colar a língua no nariz, o que está muito distante de minha realidade. Eu nunca mais voltaria àquele quarto.

Não sei como, mas eu apareci com uma calça de moletom e um blusão cinza fedendo à roupa guardada. Alguém deve ter me vestido enquanto eu dormia/delirava/alucinava por algumas horas, ou dias. Meu coração sempre para toda vez que eu penso na possibilidade de alguém ter abusado sexualmente de mim enquanto eu estava drogada e aí me vestido com o moletom e a calça, mas eu não posso dizer se isso ocorreu. Não faço ideia. E, também, não daria para eu saber. Eu fui sedada. A melhor coisa que posso fazer agora é acreditar que a pessoa só me vestiu e me deixou delirar com a droga, e acreditar que eu não vou descobrir, quando eu sair daqui, que peguei AIDS, ou uma dst, ou fiquei grávida. Quer dizer, se eu sair daqui.

Goran não se mexe. Ninguém desce aqui há umas três ou quatro horas, quando o japonês roubou um de meus pedaços de carne mal passada e jogou o prato com feijão por baixo da grade, mas eu não movi um músculo. Só estou encolhida, os olhos fechados, desejando que tudo acabasse como um sonho ridículo e que Freddie estivesse lá chacoalhando meu ombro e dizendo que tudo não passou de um pesadelo. É só isso que eu desejo. Freddie ao meu lado. Apenas ele pode fazer meu coração bater de novo.

O japonês volta à minha cela, percebendo que o prato de comida não fora tocado. Ele dá batidas na grade, assustando-me.

–Come – falou, seco. Eu ignorei seu gentil pedido.

Eu quero falar com seu chefe.

Tive que suportar sua risada desprezível e oriental.

–Você não está presa em prisão, vagabunda. Está raptada. E eu acho que não está em condições de exigir nada.

Mas eu estou exigindo – rosnei, prestes a dar um blefe. – Tem certeza que seu chefe não gostaria de falar comigo? Porque nós temos assuntos importantes a tratar.

–Se ele quisesse, teria lhe chamado – o japonês respondeu, levando em consideração o que eu tinha dito. Aproveitei essa deixa para ainda aumentar as chances.

–Ele me deu um tempo para pensar. Agora, se não me liberar, vou ser obrigada a contar isso à ele quando nós nos virmos.

O japonês loiro oxigenado pensou e pensou, olhando para mim. Depois, deu meia volta e subiu as escadas novamente. Ótimo, ele vai me liberar. Ele tem que me liberar.

Ficar aqui sozinha também teve suas vantagens. Eu tinha um plano e nada iria fazer com que ele falhasse. Depois de quase dez minutos que o japonês tinha subido as escadas, ele volta com uma chave na mão direita e com cara de quem sabe que está fazendo algo de errado. Não sei o porquê, mas eu sinto que eu devo temê-lo mais que o homem de olhos cinzentos e sobrancelhas grossas. Esse loiro parece mais mortal, vingativo, obediente. Um cachorrinho de Marconny. Eu não faço ideia do trabalho de Marconny, de como ele ganha dinheiro, mas algo me dizia que Claire e os brutamontes estavam envolvidos nisso.

Dessa vez, prestei bastante atenção, para o caso de eu conseguir fugir e chamar ajuda. O corredor, o hall e algumas mulheres com roupas vulgares sentadas à escada da esquerda. O gigante me levou facilmente até a sala de Marconny, que gritou um chique “entre”.

Aquele sentimento frio e deprimente me dominou quando vi aquele rosto escuro e sombrio encarando-me. Hoje, Marconny estava sentado em sua cadeira com o gato gordo em seu colo, as grossas sobrancelhas erguidas. Smith, logicamente em pé à sua direita, tremendo. Bicha.

Eu me curvei, como uma reverência irônica, mas Marconny continuou calado. Aquele clima estranho havia se instaurado no ambiente como se os dois canalhas tivessem acabado de encerrar uma discussão bem feia, mas isso não tirou o foco da minha missão. Ele continuou a me assistir, sem dizer nada. Era a hora.

–Eu convoquei essa... reunião – comecei – para que você esclareça algumas dúvidas de minha parte.

Marconny revirou os olhos, prestes a fazer com que me tirassem dali rapidamente, mas eu o olhei como se fosse dizer algo muito importante, e ele esperou. Suspirei, meio aliviada, meio nervosa.

–Eu quero que você esclareça algumas dúvidas, tudo bem? Podemos ter uma conversa séria e rápida, senhor?

Continuou a me fitar em silêncio. Aquilo deveria ter sido um sim, portanto, continuei. Precisava tirar o máximo de informações que podia.

–Onde nós estamos? – Marconny me respondeu com uma risada. – Certo, então... Por que eu fui raptada?

Ele riu de novo, se levantando e chegando cada vez mais perto de mim. A cada passo daquela víbora se aproximando, meu coração quase pulava para fora, com as mãos para trás, algemadas. Marconny passou o nariz por minha bochecha e esfregou a minha testa com o polegar como se estivesse tirando pequenas gotas de suor do local, calmamente.

–É tão ingênua assim, srta. Puckett? Acha mesmo que eu vou te dar um mapa com um pontinho vermelho indicando "Você está aqui"? – ralhou.

–Em troca de respostas, senhor, eu posso recompensá-lo. Eu posso dar-lhe algo que o senhor deseja muito. É só escolher e eu faço. Eu prometo.

Ele me encara, agora seu polegar passando pelas bordas de meu lábio inferior. Seu toque frio e nojento me dava quase vontade de vomitar, mas ele não pareceu perceber. Mas, de repente, ele se virou para trás e andou até o trono, se apoiando na madeira. Ainda de costas para mim, disse, com seu sotaque britânico imperdoável:

–Eu sou um homem de palavra, srta. Puckett. – deu uma pausa para a respiração. – Posso não parecer, mas cumpro e forço todos a cumprir aquilo que foi prometido. O combinado não é caro.

–Compreendo. Dê-me as informações que preciso.

Marconny pareceu considerar por um instante nosso acordo, mas finalmente cedeu. Ele se sentou na cadeira como se estivesse pronto para contar uma história de quarenta mil páginas, mas eu não me importei. Cada palavra, cada faísca que saísse daquela bocarra de dragão seria preciosa demais para ser jogada fora. Eu me encostei, atentamente, à parede nas minhas costas.

–Como quiser, garota. Seu companheiro, Mark Goran, me roubou. Nós dois, jovens, perto de nossos vinte anos. Ele conseguiu pegar grande parte dos meus lucros no passado quando eu ainda trabalhava honestamente e não ganhava nem um décimo do que ganho hoje. Argh, trabalho suado e falho. Me arrepio até em pensar nessa época. – fez uma careta, depois sorriu. – Mas, se ele achou que ia ficar barato, se enganou. Eu o persegui pelos continentes inteiros. Eu o procurei até mesmo na Europa por dez anos, e não achei esse desgraçado. Ah, mas quando achei... Foram cinco tiros naquela sua mulherzinha, sendo um deles no meio de seu coração. Claro, não fui eu quem a matei. Eu não posso ser o culpado por tirar a vida das pessoas. Eu ordeno, eles matam.

–Sim. Você é quem as comanda.

Marconny me lançou um olhar repreensivo, como se não quisesse que eu o interrompesse mais, e eu assenti. Continuou sua emocionante história.

–Foi até divertido. Mark desceu as escadas daquela casa caindo aos pedaços em Los Angeles, a cidade dos anjos, e começou a chorar. Chorava tanto, mas tanto, que eu até pensei na possibilidade de seus olhos caírem das órbitas, tudo isso filmado por um de meus homens. Mas os idiotas só mataram a mulher e vieram embora. Duas horas depois e Marktinha escapado. Agora, quase vinte anos de procura e eu o achei, com a ajuda de meu velho amigo George, – ele lançou um sorriso para o verme em pé ao seu lado – bem aqui em Seattle! Essa droguinha!

“Quando George me contou que Mark estava em Seattle, eu não perdi tempo em pegá-lo. George me falou do roubo calouro que ele tinha feito nesse banco aí, o que me fez rir alto. Os juros que eu cobraria nenhum banco poderia cobrir. Peguei-o, tranquei-o e agora ele fica lá gritando enquanto Brian dá a ele para beber detergente com alguns pingos de soda cáustica, e eu gostava de assisti-lo tossir sangue durante a noite. Mas meu camarada me deu a brilhante ideia de castigar quem tinha participado do roubo também, e eu aprovei isso. Todos. Todos estão aqui, também. Se são parceiros de Goran, são meus inimigos. E, acredite, ninguém gostaria de ser meu inimigo.”

Ele bebeu um pouco de água que uma mulher velha e enrugada lhe serviu, jogando o copo em cima bandeja assim que terminou. A mulher fugiu de volta para o lugar de onde tinha vindo.

–E olha só o que ele me contou! – os dois se olharam mais uma vez felizes, como se estivessem me contando a estratégia que usaram para ganhar na loteria, o que me irritou profundamente. Smith deu uma risadinha nojenta, um pouco mais relaxado. – A história de pegar os parentes sempre foi minha ideia. Mas aí esse sabidinho me contou sobre o pirralho de Mark que eu nem sabia que existia! Eu não faço ideia de como George sabia desse moleque, mas veio de brinde. Agora, acompanhe comigo: eu tenho as armas do crime, vocês; o organizador dele, Goran; e aqueles que ambos mais amam. Isso pode me deixar entretido por um bom tempo, ainda mais com essa nova carta que o Dr. Boris pode ou não ter na manga.

–Que carta?

–Não é da sua conta – gritou, me fazendo dar um pulo para trás. Eu me calei, tentando pensar em mais alguma coisa. Basicamente, eu já sabia de tudo aquilo, nada me surpreendeu.

Mas aquela mesma irritação me assombrou novamente. Aquilo que me perseguiu nos pesadelos.

–De quem era aquele grito que... – as palavras não saíram da boca. Esse cara já tinha me assustado antes, com o hálito penetrante cortando minha pele e me impedindo de respirar, mas aquilo foi ainda mais cruel.

–Uma velha amiga. Uma amiga que também cruzou meu caminho e que eu não estava tão preocupado assim em reencontrar. A achei por causa do roubo no banco. - sinto meu coração gélido. Era Katherine.

–Eu quero que você diga onde ela está. - estremeci, olhando para baixo e com ódio na voz. No entanto, já sabia a resposta. Marconny sorriu, orgulhoso.

–Morta.

As luzes piscaram e o chão estremeceu. Não sei se foi exatamente nessa ordem.

–Ela foi esperta. Eles a colocaram numa maca de hospital e colocavam uma faca de dois centímetros por sua perna, tirando em seguida. Pelo que eu soube, na décima vez que eles colocaram e tiraram a faca de sua perna, ela os empurrou e conseguiu perfurar o próprio coração. Foi até bom. Eu já sabia que essa ruiva era esperta demais para durar mais que um dia sendo torturada.

A minha garganta fechou como se ele tivesse enfiado um pau de vassoura dentro de minha boca. De repente, aquela sala parecia pequena demais para nós dois. ar começou a ficar rarefeito, senti um frio percorrer minha espinha e o vômito subindo. O cérebro me mandava cair no chão e começar a berrar, mas eu não fiz nada disso. Continuei a olhar para Marconny, as sobrancelhas arqueadas para cima e uma amostra dos dentes brancos enquanto ele formava seu sorriso.

Katherine. Eles pegaram a Katherine e agora ela está morta.

Não se preocupe, isso não acontecerá com você - Marconny riu, provavelmente reparando na minha cara de choque. - Ela era desobediente, arrogante e determinada, diferente da minha pequena srta. Puckett, não é mesmo, George?

Smith olhou para baixo com seu sorriso repugnante.

–Você... Você não podia...

–Sua amiga ruiva já era, e daí? - Marconny berrou. - Agora... Agora eu já te disse tudo o que você tem que saber.

–Não foi o suficiente.

–Não perguntei. Você vai me recompensar, querida. Suas palavras foram: "Eu posso dar-lhe algo que o senhor deseja muito. É só escolher e eu faço. Eu prometo."

Marconny se aproximava cada vez mais, tocando novamente minha bochecha. Ele passou por trás de mim e voltou a encarar meus olhos, passando para o corpo e suspirando. Parecia pensativo, mas, como eu já sabia, era difícil ler qualquer tipo de emoção nele senão raiva. Aquela dissimulada serpente humana conseguia mudar de humor de repente e sem explicação.

–E-eu trabalho como sua empregada. Como aquela mulher que te serviu a água - comecei - e você libera meus amigos.

Ele riu, debochado.

–Não, não, não, docinho. Você sabe o que eu quero.

Por um momento, pude ver o que ia acontecer e prendi a respiração. Marconny colocou nossos corpos, e senti seu nariz tocando em meu pescoço enquanto as mãos desciam minhas costas. Elas tocaram e apertaram minha bunda e ele se distanciou de mim, suavemente.

–Você é muito boa mesmo, hein. - passou a língua pelo lábio superior, como se estivesse prestes à dar o bote.

Como resposta, cuspi no chão. Ele até achou engraçado, mas isso não me preocupou. Sabia que ser a escravinha dele não seria suficiente. Porém, se ele acha que vao me tocar ou algo do tipo está muito enganado. Eu já tinha pensado em algo que poderia ser válido. Algo bom o suficiente para ele ao menos pensar no assunto.

–Não sei exatamente o que você tem em mente e não sei exatamente no que você "trabalha", mas eu quero entrar. Eu quero trabalhar pra você, não importa como.

–Poderia ser sua diversão particular. - Smith sussurrou, olhando para baixo.

–Cale-se - o nojento respondeu, sem parar de me encarar. Seu chapéu conseguia esconder um pouco de seus olhos de ressaca, arregalados e sombrios, mas mesmo assim conseguia ouvir o som assustador do meu coração disparado.

Era estranho o medo e a submissão que Smith tinha por Marconny. Eu nunca o vira desse jeito antes, só na presença dele. Isso deve ter uma razão. Ou Smith simplesmente sabe o quão cruel e poderoso essa pessoa é.

–Claro que, no fim, todos vocês vão partir dessa pra melhor. Mas... Você, doce Samantha... - ele suspirou, voltando a sentar em sua imitação de trono. Ergueu os dedos indicador e polegar e apoiou-os na boca. Me analisou da cabeça aos pés. - Pode ser, sim, minha diversão particular. É tão bonita. Você se parece muito com ela. Anne. Eu a conheci há muitos anos atrás.

–Isso tem algo a ver com o ódio a Goran, Sir Marconny? - arrisquei, mordendo de leve o lábio, nervosa.

–Um pouco, sim. Nada que seja da sua conta.

–Você a amou. - sorri. Até os cafajestes tem seus podres. É claro que ele a amou, por isso odeia Mark mais ainda. No mínimo, Anne escolheu Goran em vez de Marconny e tudo piorou com o desvio de dinheiro feito por Smith, que era o duas-caras da história. Então, era isso. - E você não teve a menor dó em matá-la.

– Eu o fiz para quebrar ele. Goran a amava. Ponto final. Chega dessa conversa. - levanta da cadeira, espreguiçando-se. - Enfim, você poderia ser útil para mim, já que conseguiu se safar de algemas e é muito esperta, linda, ameaçadora, forte e criminosa, além de já ter sido presa. Você quer saber como trabalho? Eu te contarei. Conduzo os sequestros de toda a América. Sou um chefe de quadrilha, e ganho dinheiro vendendo armas e informações pro resto de amadores que tentam fazer por si mesmos. Eu dirijo a melhor equipe criminosa de todos os tempos. - dizia, sorrindo.

–É isso! Eu entro pra esse... bagulho de gangues aí e você deixa meus amigoss irem embora! Freddie, Harry e... e Goran.

–O quê? Não! O que está pensando, garota?! - gritou, e eu tremi.

–Por favor! Não foi você mesmo quem disse que eu sou ameaçadora, forte e criminosa? Eu treino por alguns momentos e fico com você! Por favor!

Simplesmente não pensei, corri até ele e o segurei pela lapela do terno, puxando-o para mim como fazia com os nerds fracassados da escola. Em poucos segundos, já sentia os braços grossos me agarrando por trás, e me desvencilhei de Marconny sem mesmo piscar. Ele arrumou o terno no lugar e apertou com força minhas bochechas com uma mão só, me fazendo ficar com um bico.

–Eu me ofereço - falei, meio distorcidamente. - Me aceite. Eu vou com você até onde quiser se você deixar eles irem. Só deixa...

–Vá para o inferno, Anne.

Ponto de vista geral.

Os dois homens, um loiro e o outro moreno, levaram a garota se debatendo de volta à sua cela. Marconny voltou a sentar-se na cadeira, massageando a área entre os olhos com o indicador e o dedo do meio, de olhos fechados. George Smith suspirou ao canto, encostando-se à parede.

–Não se deixe levar, chefe. - ele tremeu. - Essa garota não vale nada.

–Não me diga o que fazer, verme. Se sinta grato por eu te aceitar como um assistente inútil - suspirou novamente. - Mas ela é valente. Ela tentou.

–Você não vai soltá-los, vai? Se soltar Goran, aí não vai ter como ter sua ving...

–Cala. A. Boca. Eu não preciso que ninguém me diga o óbvio, estrume. Suma da minha frente, preciso pensar. Uma garota como ela não poderia ser descartada só por isso. Preciso da sua coragem.

–Só estou pedindo para você não acreditar nela. Uma hora ou outra ela vai tentar dar o golpe. E - ele encarou o horizonte. - esse golpe vai doer pra caralh...

–Some, some, some! Não quero mais ver sua cara hoje! - fez um gesto com as mãos como se estivesse espantando uma mosca, e Smith saiu com passos apressados.

Logo, Marconny se viu sozinho novamente na sala. Talvez não suportasse mais Smith se soubesse que fora ele quem desviou dinheiro para a empresa de Goran há anos atrás. Mas, hoje, achava que ele é o aliado fiel, o único que poderia contar. Agora tinha que pensar sobre o caso Samantha Puckett.

Deu um último suspiro enquanto lembrava do passado.

"Albert colocou o milkshake de morango de volta à mesa rosa, colocando as contas da Orange em sua frente. Apalpou o lado esquerdo do terno, procurando por sua caneta azul, que normalmente ficava presa do lado de dentro, mas dessa vez ela não estava lá. Devia ter esquecido no escritório.

O dia em Brighton, Inglaterra, estava ensolarado. Era uma primavera quente. Albert deu um sorriso quando viu as ondas do mar irem de encontro às pedras da praia logo à sua frente. Não havia nuvens no céu, e isso ele tinha percebido antes de entrar na loja, já que a parte de fora - onde ele se sentara - era coberta por um toldo grande e azul. Bem ao alto, havia luzes neon formando um alegre JOHANNA'S COFFEE. O bar era de uma mulher que gostava de usar o cabelo para cima e tinha uma enorme mancha de nascença vermelha cobrindo todo o seu nariz e parte de sua bochecha direita. Mas nem por isso ela era feia. Johanna fora a mulher mais durona e sexy de toda a cidade de Brighton no fim dos anos 80.

Ele ergueu o olhar quando sentiu alguém andando em sua direção. A mulher loira e de estatura baixa, linda, sentou-se à sua frente. Albert mal esperou para fitar seus lindos olhos azul-esverdeados, ou verde-azulados, que os encarava, felizes.

–Anne - disse, em voz baixa. Ela sorriu, pegando em sua mão.

–Olá, Marconny.

Ele odiava quando Anne o chamava pelo sobrenome. Lembrava-se de seu pai, com seus olhos saltados e o fedor de bebida. Anne estendeu sua mão em cima da mesa, sendo segurada por ele no segundo seguinte.

Mas, diferentemente dos outros dias, Anne não a apertou. Suspirou, pesarosa. O coração de Albert já começou a bater mais rápido, percebendo que havia algo de errado. Se fosse esperto, teria percebido isso no momento que ela se aproximou. As bochechas não estavam ruborizadas. O cabelo, em vez de enrolado, estava liso e seco. Nada de acessórios na cabeça ou nos dedos. Ela parecia acabada, como se tivesse chorado durante a noite inteira.

–Aconteceu alguma coisa? - ele perguntou, o sotaque britânico mais intenso.

–Eu não posso mais.

...

–Adeus, Marconny - sussurrou. Seus lábios se colaram de novo, enquanto eles olhavam o pôr do sol e se dispunham abraçados em cima da grama. Mal ele sabia que aquela seria a última vez.

...

–Eu amo outra pessoa. - abaixou o olhar, encarando o chão da lanchonete.

...

–Quem é ela? - Albert perguntou, encarando a garota loira que entrava na sala de aula. George Smith deu risada, pegando o lápis do chão.

–Anne Cox Styles."

Marconny abriu os olhos, voltando à sala principal daquela mansão perto de Seattle. Ele jogou o chapéu preto no chão, passando a mão de novo nos olhos.


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Notas finais do capítulo

Próximo capítulo: Carly e seu não-tão-macho-assim David. Eu ia até fazer um flashback melhor no fim, mas eu tava com preguiça e não ficou tão bom. Digamos que vocês só tem que entender que ele é um louco que tem alucinações e ela preferiu o Goran ao invés dele, basicamente.
Eu vou tentar escrever a Carls hoje ou amanhã e vou ver se dá pra programar pra postar no domingo. Vocês escolhem : de manhã, à tarde ou à noite? Me falem nos reviews. E o que acharam do mini "pega" da Sam e do Marconny? Eu posso fazer um rolinho com os dois ou melhor não? Pessoalmente, eu ia ODIAR, mas se vocês quiserem............. Beijos e fiquem com Deus!

se alguém souber de um homem que escreve fics de iCarly com momentos hot me falem nos reviews pq eu quero ver as coisas de um ponto de vista masculino obrigada de nada *tava brincando quando eu disse que era bv, tchau



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