You Belong With Me escrita por FreddieMcCurdy


Capítulo 48
Capítulo 48


Notas iniciais do capítulo

Tá, o lance é o seguinte: esse é o pior capítulo da fic, ok? Ele é gigante, cansativo e confuso, e talvez isso o influencie a ler com preguiça, mas é o que temos para o momento. Eu tô tentando finalizá-lo há TRÊS DIAS, e só hoje consegui colocar as palavras no papel (ou na tela). Mas, mesmo assim, espero que não odeiem tanto quanto eu odiei.



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O meu nariz me deu uma aflição como se algum bicho nojento estivesse pousado sobre ele, mas a mão esquerda estranhamente não conseguiu chegar até lá. O que tem nos meus pulsos?! Rapidamente, eu abri os olhos e encarei uma visão turva e embaçada de minhas pernas, o pescoço ardendo e a costela latejando.

Ela se mexeu!”

Aquela voz me fez olhar para frente, sentido o pescoço doer novamente. Ah, que ótima hora para se ter torcicolo. Eu tive que esperar uns seis ou sete segundos para seguir o som com os olhos e distinguir a bela e cabeluda figura sentada no outro canto da sala, as mãos para trás e um sorriso enorme no rosto.

–Sam, você acordou! – Harry disse, os olhos brilhando.

–Ninguém te perguntou nada! – meu olho correr para o ponto à esquerda de Harry, e vi Freddie, também sentado e de mãos atadas, como nós dois. Seu sorriso era ainda maior que o de Harry. – Sam, você acordou!

A sala escura não era tão grande. Paredes altas, a tinta seca escorrida, sem móveis ou qualquer tipo de janela, só poucos tijolinhos de vidro que deixavam a claridade entrar. Eu puxei de novo minhas mãos para frente, mas tudo o que consegui foi machucar ainda mais meus pulsos. Parece que tentei muito mexer minhas mãos durante o pouco tempo que dormi.

–O... que está acontecendo? Isso são algemas?! – perguntei, e Freddie de repente olhou para baixo, desfazendo seu sorriso. Aquilo me nocauteou.

–Não faço ideia, Sammy. – Harry disse e Freddie grunhiu no canto, reclamando do apelido. – Eu realmente queria saber, mas não sei. Uns loucos só jogaram vocês dois aqui há umas duas horas. – ergueu as sobrancelhas. – Pra minha sorte, seu namoradinho não pregou os olhos, só reclamou.

–Harry, você... Você não ia embora naquele dia?

–Eram os meus planos. – ele ficou triste. – Eu queria. Mas não tive coragem, não tive coragem de te deixar.

Automaticamente, olhei para Freddie, que ainda tinha a cabeça direcionada ao chão. O que ele poderia entender daquela frase?! Vai parecer que nós tínhamos alguma coisa!

–Quando eu finalmente tomei coragem para fazer as malas, eles me pegaram. Só começaram a bater desesperadamente em minha barriga até eu desmaiar, e eu acordei aqui hoje de manhã. Não faço ideia de onde nós estamos ou o porquê de estarmos.

–Sequestro. – a voz de Freddie ecoou por meus ouvidos, mais assustadora do que eu poderia imaginar. – Sempre passa esse tipo de coisa na tevê. No mínimo, eles te viram com o Harry enquanto vocês se beijavam loucamente e depois te viram comigo, e aí pegaram a mocinha e os dois amantes otários. – sua voz não poderia estar mais assustadora, e seus olhos, mais misteriosos. Eu não poderia não reconhecer esta expressão. Ele estava com raiva, muita raiva.

–Freddie... – suspirei, pensando no que falar. Ele pareceu não ter me ouvido, continuando.

–Não existe outra alternativa, a minha mãe vai ter que pagar os sequestradores. Assim que ela chegar, eu peço por um telefone e ela nos tira daqui o mais rápido possível. A gente tem que pensar com calma – ele parecia mais estar pensando alto do que falando comigo. – É fácil, é só pedir um telefone.

–Pelo amor de Deus, o que está acontecendo?! – me chacoalhei, já começando a ficar desesperada quando meus pulsos arderam ainda mais atrás das costas. – Isso são... algemas?! Que droga, o que está acontecendo?!

– Calma, Sam! – Harry gritou.

–Como eu posso ficar calma?! Eu estou sentada no chão gelado, as mãos algemadas e nós três juntos na mesma sala! Eu não faço id...

Foi quando o cérebro fez “plim” e eu finalmente percebi o que estava havendo ali. Eu respirei fundo tentando não ter um ataque psicótico, e corri atrás dos últimos momentos que me lembro. Eu saio correndo atrás de Freddie, ele desce pelas escadas feito um retardado e eu o perco de vista. E depois? Depois... eu vejo... a menina! A menina no meio da rua me encarando! É claro que aquilo não podia ser coisa boa! Mas ela falou algo. Ela falou que o nome dela era Claire e que ela era uma porta-voz de alguém... Oh, não.

Marconny. Ela trabalha pro Marconny, o mesmo cara que persegue Goran por anos e anos, sem nunca parar. O mesmo cara que matou a mãe de Harry pra mandar um recado. E isso é outro recado. Eles nos sequestrou pra dizer a Goran que nos achou. Goran é o próximo da lista. Certo, Harry é seu filho, mas por que eu? Por que o Freddie?

Eu montava as peças do quebra-cabeça imaginário quando uma porta foi subitamente aberta a quatro centímetros do meu corpo, e uma garota ficou lá, parada. Era a mesma garota de antes, cabelos escuros, camiseta branca e expressão séria. Seu olhar percorreu Freddie, Harry e finalmente parou no meu, quando esboçou um sorriso malicioso.

–Olá, Samantha. Que bom que acordou – ela diz, cruzando os braços, sua voz fina e arrogante. Aquilo automaticamente me fez encolher.

–Quem é você e o que você quer? – tá, minha voz não saiu tão ameaçadora quanto eu achava que sairia, o que tirou um riso sarcástico dela.

–Olha só como o mundo dá voltas, não é mesmo, loirinha? Num dia o caçador, no outro a presa. Mas, pensando bem, acho que eu sempre vou estar no topo dessa cadeia alimentar.

–Quem é você, garota? – repeti, os dois só observando, quietos. Ela limpou a garganta antes de começar.

–É estranho você não lembrar de mim, foi você quem estragou a minha vida... Deixa eu te dar uma dica. Claire, trezentos quilos, cela onze, 2010. Ainda não está lembrada?

Revirei a mente, tentando ligar o nome à pessoa, e eu tinha certeza que aqueles olhos repugnantes não me eram estranhos. Ela franziu a testa e voltou a rir.

–Agora a patricinha lembrou, né? Lembrou do dia em que você me deu uma surra naquela prisão para menores. Eu reinava aquele lugar, levei anos para construir uma hierarquia, e você ficou dois meses por lá e já roubou o trono. O meu trono! – gritou. – O meu lugar, Samantha! Você... Você me deu uma surra quando eu fui tentar pegar sua gororoba que eles chamavam de almoço. Você arruinou minha vida. Mas, como eu disse, o mundo dá voltas e voltas e voltas. Não tem como escapar. Olha só pra mim! – ela apontou para seu corpo, depois se agachou bem em minha frente. Minha espinha gelou.

–Não ouse chegar perto dela! – Freddie berrou do outro lado da minúscula sala, mas Claire ignorou.

–Saí daquela prisão ridícula e dei um jeito na minha vida. Todos diziam que, quando você é preso e é menor de idade, pode pensar no que está fazendo com a sua vida e cair no bom caminho, mas quem disse que eu queria mudar de caminho? Eu emagreci, eu amadureci. E fiquei mais forte, mais esperta. Nada pode me deter. E adivinha? O Marconny me achou. Sabe do que mais, sabe do que mais? – ela arregalou os olhos. - Ele deixou ficar com o seu último golpe! Ele me deixou vê-la dar seu último suspiro antes de eu esmagar seu coração!

A garota foi pulando em direção à porta, as mãos no peito como se tivesse acabado de ganhar na loteria. Como assim “último golpe”? “Esmagar meu coração”? Ela estava... louca?!

–O q-quê? – minhas pernas tremeram. – M-Mas...

–Acabou, Samantha. Você se meteu onde não foi chamada, agora acabou. Mas não se preocupe, eu já volto para nós termos uma refeição decente, só entre amigas. Eu pedi para ele deixar você e seus amigos morrerem de fome, mas Marconny acha que não vale a pena dissecar de fome quando há um jeito mais torturante de morrer.– e bateu a porta, fazendo meu coração pular para fora de meu peito.

A garganta queimava, eu senti meu nariz começar a ficar vermelho de repente. Os meus olhos ardiam tanto que não sabia se eu ia conseguir aguentar. Eu podia até sentir o líquido rançoso saindo de meu nariz, as lágrimas descendo sem parar de meus olhos. Já estava chorando.

Não, não! Eu não posso chorar! Num súbito, comecei a me chacoalhar tanto naquelas algemas que provavelmente Harry estava achando que eu estava tendo uma convulsão psicótica, pois meus dentes rangiam e eu tinha quase certeza de que estava gritando lá. Não adiantou ele me pedir para parar, que isso não ia adiantar nada, que eu ia acabar me machucando, a única coisa que eu queria fazer era me livrar daquelas malditas algemas e sair correndo sem olhar para trás. Mas o que me fez parar de me chacoalhar e finalmente olhar em volta foi a voz estressada de Freddie.

–Pelo amor de Deus, Sam! – ele gritou, e eu o encarei, sem segurar as lágrimas de desespero. – Pare! A gente tem que pensar em alguma coisa.

–Pensar, Benson?! Pensar?! Ela acabou de falar que a gente vai morrer! A gente vai.. – e depois dessa palavra, eu comecei a embolar uma na outra, o que resultou em algo parecido com “blshhxerdsérvia”, o choro completamente aparente. Eu suspirei antes de parar de mexer os braços. – Não dá. Eles não estão de brincadeira.

–E como é que você sabe, Samantha? Sequestr...

–Eles não são sequestradores merda nenhuma, mano! Eles vão... Eles vão acabar com a gente! – Freddie me encarou, com raiva, mas logo tentou manter a calma enquanto revirava os olhos.

–Gritar não vai adiant...

–HEY! ABRAM ESSA PORTA! – berrei. – ABRAM ESSA JOÇA!

Ninguém respondeu do outro lado. Soltei um grunhido de insatisfação, Freddie me mostrando aquela careta ridícula de “eu te avisei, garota”. Mas não foi o suficiente para me deter. Comecei a rodear a algema com o pulso, bem devagarzinho, concentrando em bacon e presunto e algodão doce e um paraíso com pôneis e unicórnios toda vez que sentia os cortes, que eu havia provocado de tanto me remexer, raspando no ferro. Meus braços faziam movimentos leves, sempre tentando evitar o contato das algemas com o pulso.

–O que está fazendo? – Harry perguntou, vidrado em minha concentração.

–Shh.

–Sam...

–Shh. A gente vai sair daqui. Eu não sei... – tá, lá vai outra mentira. – Eu não sei o que a gente está fazendo aqui, ou quem é ela, ou quem são eles, ou esse tal de Marconny que não dá valor à vida humana, mas, pode ter certeza, a gente vai sair daqui.

E os dois se calaram, o que me fez prosseguir com o processo. Girar, puxar, respirar. Repito o ciclo três vezes, até finalmente sentir meu dedão fora das algemas. E, com um movimento rápido e doloroso, eu arranco meus dedos e a mão direita daquele buraco apertado e metálico.

–Meu Deus! – Freddie grita, maravilhado. Não perco tento em, finalmente, sair daquela posição e puxar a outra mão para tentar me livrar da outra algema. Os dedos agora estavam suados, não seria tão difícil assim.

Os dois me assistiam enquanto mandavam alguns incentivos baixos, tão desesperados quanto eu, mas ninguém esperava que a porta fosse brutalmente aberta e Claire entrasse no quarto com a rapidez de um prato cair no chão e se espatifar em mil pedacinhos. Eu só consegui ver sua mão com uma cesta quando me virei para a posição inicial e fingi ainda estar com as mãos atadas.

–Olha o rango – ela diz, jogando um pão bem na cara de Harry, que inutilmente tenta desviar. O pão voa para longe.

–Eu não vou conseguir pegar – ele responde, com medo.

–Te vira, compadre. – e joga outro pão para Freddie, que não desvia o olhar do meu por um segundo. Eu já sabia o que fazer. Claire se virou para mim, apertando o pão com raiva.

–Olha pra mim, vadia.

Freddie exclamou do outro lado da sala, o que prendeu a atenção de Claire tempo o suficiente para eu girar minhas pernas numa rasteira e ver sua cabeça batendo no chão, a cesta derramando o restante dos pães franceses. Eu fiz uma manobra rápida, dando-lhe uma chave de braço.

–Onde está a chave, Claire?! – gritei, suas unhas rasgando a pele de meu braço enquanto seu rosto ficava cada vez mais vermelho. – Onde está a droga da chave?!

Eu sabia que aquilo não ia ser válido, em poucos segundos ela conseguiu se desfazer da minha chave de braço, se esgueirando para longe de mim. Não deu tempo de pensar, só senti sua mão atravessando minha cara e o grito estridente de Freddie, aterrorizado. Claire segurou forte em meus cabelos e amassou meu nariz no chão, gritando.

–Você vai morrer! – berrou, me vendo continuar na tentativa de tirar suas mãos do meu rosto, quando arrancou a outra algema do cano atrás de mim com um puxão. – ALGUÉM VEM AQUI ME AJUDAR, CARALHO!

Nem deu tempo de piscar quando senti quatro mãos segurando meus braços, duas pessoas muito mais altas que eu já se posicionavam ao lado de Claire, que não me poupou outro tapa na cara. Eu juro que tentei me concentrar na dor, mas meu coração ficou ainda mais ferido quando vi Harry, em estado de choque, e Freddie com seu rosto vermelho. Seus gritos “Tire a mão dela! Bata em mim! Sam! Saia de perto dela!” não paravam de ecoar em minha cabeça, com ele chocando cada vez mais rápido seu corpo na parede dura, buscando se liberar. Mas de nada adiantou. Chequei o rosto enfurecido de Claire.

–Prendam-na direito dessa vez.

Os brutamontes me jogaram novamente no chão, agora colocando um par de algemas por mão. A cada vez que eu tentava me esquivar deles, mais eles apertavam meu braço e me mandavam ficar quieta, até que eu já estava completamente presa. Eles se levantaram e foram embora.

–Não perde por esperar, Puckett. Esse showzinho que você deu vai te custar caro, muito caro – e bateu novamente a porta.

E, estranhamente, eu não sentia os ferimentos. Eu não sentia dor. A única coisa que sentia era as lágrimas voltando a cair de meu rosto. Harry finalmente conseguiu dizer alguma coisa, perguntando se eu estava bem, mas não respondi. Eu não estava bem. Eu me meti nessa furada e ninguém poderá me tirar. Eu me menti onde não fora chamada, e agora coloquei a vida deles em perigo. Todos os dias passam aqueles filmes na televisão de “não quero botar em risco quem eu amo”, mas nenhum daqueles atores fajutos realmente me convencia. Tudo parecia clichê a meu ver, como se as pessoas estivessem fazendo drama, e apertava o botão de canal automaticamente, mudando para a TV Culinária.

Agora é real. Acabei de levar uma surra por tentar fugir e as duas pessoas mais importantes desse mundo estão aqui, na mesma sala que eu, prontas para ter o mesmo destino. Claire não mentiu quando disse que, mais cedo ou mais tarde, a minha hora chegará. A nossa hora. A questão é: por que este tal de Marconny nos pegou? Por que a mim, e a eles dois? Não faz o menor sentido. O que eu sei é que ele caçava Goran. Ele estava atrás de Goran. Por que eu? Porque eu trabalhava com ele? Porque eu participei do roubo que ele organizou? Tá, essa é a alternativa mais válida no momento. Marconny ficou sabendo do roubo comandado por Goran e raptou todos que estavam envolvidos.

Mas, sendo assim, e Paul? E Dean? E... Katherine? E como ele ficou sabendo? Como ele descobriu? Se ele raptou todos do roubo, o que Freddie e Harry têm a ver com isso?

Os barulhos ao meu redor foram sumindo aos poucos. Eu tinha chegado naquele estado de transe, meio dormindo meio acordada, quando chequei o ambiente que nós estávamos mais uma vez. Agora, era silencioso. Harry tinha a cabeça baixa, a respiração constante. Até mesmo uns barulhinhos de seu ronco. Já era de noite.

Freddie se mexeu quando me viu tentar puxar as mãos das algemas, mas essas eram mais apertadas que as outras, eu não ia conseguir livrar-me delas. Ele ergueu a cabeça, checou meu rosto, depois voltou a abaixá-la.

–Tá acordado? – eu pergunto, a voz falhada. Freddie não responde. Suspiro. – Freddie?

–Você está bem? Eles te machucaram muito? – diz, seco, como se estivesse realmente perguntando por perguntar. Chacoalho a cabeça.

–Não, eu tô legal. Olha, Freddie...

–Que bom que está bem. – me interrompe, dessa vez um pouco menos ríspido. Mais uma vez, tenho a leve sensação de ele estar mais pensando alto do que realmente conversando comigo. – Eu não ia conseguir aguentar vê-la machucada e saber que eu estava aqui, bem na sua frente, e não fiz nada.

–Você não poderia fazer nada nem que quises...

–Eu tive que assistir a eles... batendo em você, Sam. – agora, olha em meus olhos. - Sabe a dor que eu senti? Não, você não sabe, porque você não se sente em relação a mim do mesmo jeito que eu me sinto em relação à você.

–Freddie...

–Chega, tá? – grita. Harry dá um leve suspiro, mas continua a dormir em seu canto. Pela mínima luz que a lua trazia, eu conseguia ver toda a dor que seus olhos mostravam, automaticamente sentindo aquela pontada do lado esquerdo do meu peito. Pude até perceber seus olhos marejando. – Eu não quero... Eu não quero... sei lá, não quero conversar com você porque, se eu fizer isso, eu vou lembrar da nossa última conversa. E provavelmente, a dor que eu senti quando você me disse que... – sua cara tomou a expressão de nojo, agora. – me disse que o beijou, mesmo estando comigo, vai me deixar com raiva. E eu não quero raiva agora.

–Freddie, por favor, me deixa explicar.

–Então explique, Sam. Porque eu duvido que algo vá me convencer de que vocês dois não sentem atração um pelo outro.

Me calei. É claro que nós sentimos atração um pelo outro, mas não foi por isso que o beijei!

–Freddie, Harry me disse que me amava! Ele estava indo embora! Eu não podia deixá-lo ir assim! Eu... eu achei que esse beijo seria de despedida! E eu confiava o bastante em você pra acreditar que você entenderia isso!

–Entenderia? Entender, eu entendo, Sam, mas não ache que pode tentar me fazer acreditar que esse beijinho foi de pena do coitado porque você não é assim. – ele franze a testa. – Você não o beijaria só porque ele estava indo embora. Escutou o que ele disse aqui? Ele disse que ficou em Seattle até hoje, sendo que estava previsto para ele ir embora no mesmo dia. Você realmente achou que Harry ficou porque queria se despedir? Esse idiota achou que poderia ter alguma chance com você porque você mostrou isso. Ele não entendeu esse beijinho como algo que diz “olha, eu tô com outro trouxa, você nunca vai ter chance comigo”.

–O problema é dele! Eu não posso fazer nada se o Harry se iludiu! – sentia meu sangue correr cada vez mais rapidamente em minhas veias, enquanto Freddie finalmente voltava com suas sobrancelhas ao estado normal, mais calmo. – Freddie, eu amo você. Você, não ele! Você é o homem da minha vida! Se eu pudesse voltar no tempo, eu nunca teria beijado Harry! Me perdoa, por favor! Eu preciso do seu perdão! Você... você é o homem da minha vida, mano. Eu amo, eu amo você com todas as minhas forças. Eu não posso viver sem você. E eu não dou a mínima pra esses machucados, pro que aquela vagabunda fez comigo essa tarde. Eu vou dar um jeito, eu vou dar um jeito de sair daqui, eu vou te tirar daqui. E, se nós não estivéssemos a uns dez metros de distância, eu seguraria forte em seu rosto e beijaria seus lábios como se eles fossem a única coisa que importasse nesse mundo. Você me completa, tá legal? Só de ver seu rosto, sua pele, seu corpo... Eu quero me agarrar em você e nunca mais te soltar. Eu quero sentir seus braços quentes me rodeando como se eu fosse uma criança de três anos que acabou de levar seu primeiro tombo de bicicleta. Eu quero você, só você.

Não havia mais nenhum resquício de raiva em qualquer parte de seu corpo. Freddie mordeu o lábio, abaixou a cabeça e, pouco a pouco, seu famoso sorriso de lado foi se tomando vida em seu rosto e, consequentemente, no meu. Ele fala ainda sem olhar em meus olhos.

–Não é justo, você não devia me comprar com palavras.

–Tarde demais, já fiz meu discurso – brinquei.

–E por que eu devia acreditar nisso aí que você disse? – ele ri.

–Porque... eu te amo, porque você me ama. Porque você pertence a mim e eu pertenço a você. Isso é o suficiente?

Freddie chacoalha a cabeça, e eu finalmente sorrio aliviada. Ele pensa um pouco.

–Era exatamente isso que eu queria ouvir. – olha dentro de meus olhos, determinado. - A gente vai sair daqui, Sam. Eu não sei o porquê de nós estarmos aqui, ou como vamos conseguir, mas a gente vai sair. Eu prometo.

Assenti, dizendo que sim com a cabeça. Não sei o que pensar desse garoto perfeito que eu tenho sorte de ter ao lado, mas sei que fiquei surpresa quando percebi que a barriga de Harry não se mexia mais pra cima e para baixo. Ele já não estava mais dormindo há um tempo.


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Notas finais do capítulo

."-LEMBRANDO QUE: O Marconny citado acima não tem nenhuma relação com o Marconny criado pela Kim em Soul Rebel. Eu me inspirei nele, porém as únicas coisas similares aos dois são os nomes iguais e estar envolvido com o crime de alguma forma. Não copiei. Esse é o meu Marconny."
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Me desculpem os erros, não queria que eles existisse. TCHANS! Trouxe meu Harry de volta :) Sinto muito pela violência mas, não vou mentir, ela vai existir na maior parte da fic daqui pra frente, mas o foco é sempre a Sam e seu dilema. Odiaram? Eu achei top a parte que o Harry ouve a Sam se declarando pro Freddie, huehue, coitado dele....
EU SEI QUE TÁ CONFUSO. O próximo vai estar menor (e mais curto e menos cansativo). Bem... Harry de volta, Freddie de bem com a Sam, Claire vagabunda, acho que é só isso que importa. O próximo tem mais ação e, vou logo avisando, uma pessoa pode ou não morrer. YAY! Posto, provavelmente, sexta/sábado.



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