A Breve Segunda Vida De Bree Tanner - Novo Começo escrita por Zoey


Capítulo 8
Capítulo 8 - Fred conhece os Cullen


Notas iniciais do capítulo

Espero que gostem!



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Suas palavras fizeram um efeito imediato em mim, e logo me vi preocupada com meu amigo. Eu queria ajudá-lo, não podia deixá-lo sozinho nesse mundo, não podia abandoná-lo. Fred me protegera por muito tempo, e era a minha vez de fazer algo por ele.

-Fred, tenho uma proposta para você.

(...)

-Que tipo de proposta? – perguntou, curioso.

-Ouça, sei que está um pouco perdido, e que sabe muito pouco sobre o mundo dos vampiros... eu também tenho esses problemas. Os Cullen me acolheram, e vão me ajudar. Eles podem te ajudar também!

-Você quer que eu volte com você?

-Ora, Fred, não vai ser tão ruim assim. Eles são bons, me ajudaram e tenho certeza que vão fazer o mesmo com você. Se não quiser morar com eles depois, eu entendo, mas pelo menos venha comigo conhecê-los. Você pode ganhar uma família, ou alguns conselhos sobre o mundo afora.

-Bree... não sei se é uma boa ideia. Eu nunca pensei em me juntar àquele clã, e com uma humana lá vai ser praticamente impossível.

Droga. Eu havia me esquecido desse ponto.

-Você pode tentar se controlar, não pode? A humana, Isabella, me salvou! Apesar do sangue dela ser bem atraente, sou muito grata à ela. Farei tudo que puder para não matá-la. Você pode ao menos tentar, não é?

O vampiro suspirou.

-E se eu não conseguir me controlar?

-Os Cullen pararão você.

-Eles nem conseguirão chegar perto de mim, Bree. Você conhece o meu dom.

-Fred, você sempre foi muito controlado. Pelo menos tente! Quando chegarmos, provavelmente Bella não estará lá, apenas o cheiro dela. Sinta-o e veja como se sente... se for demais, converse um pouco com os Cullen, pegue alguns conselhos, e depois vá. Mas, por favor, tente – implorei.

Eu não podia deixar meu amigo, que me protegera várias vezes, ir embora sem ter nenhuma noção do mundo. Fred podia ser poderoso, e muito cauteloso. Porém, havia vários outros vampiros que também eram assim, e que poderiam matá-lo facilmente.

Passaram-se alguns segundos, nos quais Fred pensava. Ele parecia realmente considerar a possiblidade, o que me deu algumas esperanças. Enquanto o esperava, observei o parque, o céu estrelado e as montanhas. As estrelas, particularmente, estavam lindas.

Minha observação foi interrompida por uma voz distante, a alguns quilômetros de nós.

-Ei, garota? Encontrou sua bolsa?

Se eu fosse uma humana, com certeza não teria conseguido ouvir o humano me chamando, e nem conseguiria enxergá-lo. Mas, com minhas habilidades vampíricas, pude perceber tudo isso rapidamente. O cheiro do guarda começava a se aproximar com o vento, o que me apavorou.

-Droga, onde se meteu aquela menina?

O humano não podia me ver ainda, e contei com isso para me virar para Fred e dizer:

-Fred, temos trinta e dois segundos até o cheiro do guarda chegar até nós. Eu não quero matá-lo, por isso vou sair daqui o mais rápido possível. Você vem comigo?

Fred olhou de relance para o guarda, e depois para mim.

-Sim, vou com você. Só não garanto que ficarei com eles, porque a possibilidade é pequena.

-Pelo menos pegará alguns conselhos, não é?

-Sim. Vinte e oito segundos, vamos?

Nos levantamos do galho da árvore, e saltamos sob as grades do parque até aterrissarmos, em segurança, do lado de fora. Assim que meus pés tocaram o chão comecei a correr, pois o cheiro do humano ainda estava próximo. Fred me seguiu, correndo ao meu lado.

Tive a impressão de ver um garoto parado ao lado de uma árvore perto do parque, mas não dei importância. Se fosse em outra ocasião eu teria observado melhor, mas queria me afastar dali o quanto antes. Provavelmente, era apenas um humano fazendo uma trilha noturna.

Cada um com suas manias.

Corremos a toda velocidade por alguns minutos, e durante o percurso eu ia dizendo a personalidade de cada membro da família Cullen.

-Carlisle é o patriarca da família, muito sábio, gentil e cuidadoso. Com certeza ele te ajudará, assim como Esme. Ela é um amor, como uma mãe. Essas são as melhores pessoas que já conheci.

-Como o pai e a mãe da família? Interessante, nunca pensei que vampiros pudessem ser assim.

-Eu também não! É incrível!

Continuamos a conversar, e disse a ele para tomar cuidado com Jasper. Com tomar cuidado quero dizer não fazer movimentos bruscos ou dar qualquer indício de que vai atacar alguém, porque conhecendo Jasper, iria rolar uma briga feia se isso acontecesse.

-Jasper é meio paranoico... se ele sequer pensar que você vai atacar alguém, irá te atacar.

-Ele não vai nem conseguir me enxergar – zombou Fred.

-Uma luta amigável entre vocês dois até que seria divertido, sabe... – murmurei pensativa. – Ah, ver a cara frustrada do Jasper seria impagável!

O vampiro riu e concordou animado. Porém o clima descontraído acabou quando eu e ele ouvimos um ruído.

-O que foi isso? – perguntei, atenta. Fred também olhava ao redor, procurando a origem do som estranho.

-Não sei.

Naquele momento, meus olhos foram atraídos para o som de uma respiração. Ergui a cabeça, procurando com o olhar até avistar um garoto em cima de uma árvore.

Sério. Um garoto, no meio da floresta, durante a noite, em cima de uma árvore.

E sem camisa.

Ok, de garoto ele não tinha nada. Devia ter uns dezesseis anos ou mais, porque era bem alto. Por estar sem camisa, pude ver seu peitoral.

E que peitoral, pensei enquanto o observava.

Ele era muito bonito, de um jeito diferente. Tinha cabelos e olhos escuros, a pele morena e alguns traços que me lembravam alguém. Seus olhos me encararam, e novamente tive a impressão de conhecer aquele cara.

Impossível... nunca vi esse rosto antes! Mas os olhos com certeza são familiares!

Ficamos algum tempo apenas nos observando, quando subitamente fez menção de pular do galho.

-Ei! – gritei, tentando impedi-lo. Eu sabia que, se o humano pulasse daquela altura, iria morrer.

Meu grito foi em vão, pois no instante seguinte ele pulou. Pulou do galho em que estava até o chão, aterrissando pesadamente. Pude ouvir os ossos do joelho e do tornozelo trincando pela altura da queda, me perguntando o por quê de ele ter caído em pé e continuado daquele jeito.

Como ele ainda está de pé? Como ele ainda está vivo?

O moreno fez uma careta de dor por poucos segundos, e estranhamente consegui ouvir os ossos se regenerando. Em menos de um minuto, ele estava em perfeito estado e nos olhava cauteloso.

Com certeza, não era um humano normal. Só para comprovar isso, naquele momento um vento soprou o cheiro do garoto para mim, e tive que franzir o nariz. O cheiro era horrível!

Apesar de a situação ser totalmente estranha, me lembrei que devia convencê-lo de que eu e Fred éramos humanos, que estávamos por acaso fazendo trilha. Mesmo que aquele garoto tivesse um poder de cura incrível, e um cheiro realmente ruim, não deixava de ser um humano. E humanos não podem saber que vampiros existem.

-Oi? –chamei.

Porém, antes que eu pudesse sequer me aproximar dele – aparentemente não corria o risco de matá-lo, pois o odor não era nada atraente –, o jovem girou o corpo e saiu correndo, lançando um último olhar para mim. Segundos depois sumiu entre as árvores, e estranhamente não consegui ouvir seus passos mais.

-Você o conhece? – perguntou Fred, estranhando também.

-Não – dei de ombros, voltando para perto dele. – Falarei com Carlisle mais tarde, talvez ele saiba quem é.

Nos embrenhamos novamente entre as árvores, e logo já corríamos como cometas outra vez. Continuei explicando como era a família dos vampiros de olhos amarelos, tentando instruir Fred como agir perto deles. Quando finalmente chegamos à casa dos Cullen, comecei a ficar nervosa.

-Está pronto? – questionei meu amigo.

-Não, mas sempre posso ficar invisível – respondeu sorrindo, o que me acalmou ligeiramente. Se Fred estava tranquilo, eu podia ficar também.

Abri a porta devagar, anunciando que havíamos chegado. Provavelmente todos já ouviram antes, mas achei educado avisá-los.

-Carlisle, Esme? – chamei, um pouco hesitante.

O casal não demorou a aparecer, de mãos dadas. Eles pararam no meio da sala e nos aguardaram, enquanto eu e Fred entrávamos timidamente. Por um segundo, pensei ter visto uma expressão preocupada no rosto de Esme, mas ela logo a substituiu por uma alegre.

-Olá, querida! – sorriu Esme, ao mesmo tempo em que Carlisle nos cumprimentava. Ambos olhavam curiosos para Fred, que se remexeu inquieto. Ele continuava detestando chamar atenção.

Sorri para os dois, e depois gesticulei para o vampiro atrás de mim.

-Esse é Fred, meu amigo.

Carlisle se aproximou com um sorriso educado, e estendeu a mão:

-Olá, Fred. Eu sou Carlisle.

Fred olhou nervoso para a mão do patriarca Cullen, sem saber o que fazer. Entendi perfeitamente o que estava sentindo, pois eu sentira o mesmo até me acostumar.

-Está tudo bem – sorri para ele, tranquilizando-o. O rapaz assentiu e, um pouco hesitante, apertou a mão estendida.

-Sou Fred.

-Meu nome é Esme – disse a matriarca, ainda com um sorriso doce no rosto. Desta vez, Fred não hesitou tanto em cumprimentá-la. Esme tinha um dom natural para acalmar pessoas, ao que parecia. Ou, talvez, era apenas sua simpatia e doçura que encantavam. Seja o que for, meu amigo ficou um pouco mais calmo ao responder:

-Muito prazer.

-Ficamos felizes em conhecer o amigo da Bree... por favor, fique à vontade – ela o chamou, conduzindo-nos até a sala. Fred ainda titubeava e ficava bem próximo de mim, mas nos seguiu e se sentou no sofá.

Tudo estava indo bem, até Jasper entrar na sala. Ele imediatamente adotou uma postura defensiva, ao ver os olhos vermelho-vivo do vampiro gigante ao meu lado.

-Quem é ele? – perguntou, analisando Fred.

-É meu amigo, Fred – respondi apreensiva. Percebi que o modo como Jasper encarava estava deixando Fred tenso, e isso não era algo seguro de se fazer. A qualquer momento, ele poderia fazer todos na sala passarem mal.

-Os olhos dele estão vermelhos, é perigoso ficar por aqui. Alice viu que os humanos vão fazer trilha daqui a pouco.

Foi só falar seu nome, que a pequena vampira adentrou a sala, olhando curiosa para o novo convidado. Infelizmente, sua chegada apenas deixou os dois vampiros ainda mais tensos; Jasper pela necessidade de protegê-la e Fred por estar sendo observado.

-Alice... – murmurou Jasper, nervoso.

-Não comece, Jas. Não vai acontecer nada – Alice o cortou, para depois sorrir para Fred. – Oi, eu sou a Alice!

Fred demorou meio segundo para responder, e quando o fez, deu um educado sorriso.

-Olá, eu sou o Fred.

Alice se aproximou para depositar um beijo na bochecha do vampiro, no entanto Fred não estava acostumado com essa proximidade. Percebi o que aconteceria um segundo antes, e ainda me perguntei como Alice não vira que isso ia acontecer.

Fred, em um impulso automático, rosnou baixo para Alice quando ela chegou perto demais. Foi o que bastou para que Jasper, cujo qual já estava bem tenso, rosnasse alto e saltasse sobre ele. Não pude culpar Jasper, pois sabia que Alice era o que ele mais amava e não suportava quando outros representavam uma ameaça para ela.

Agora o inferno corre solto, pensei ao ver Jasper saltando sobre Fred.

Aconteceu rápido demais. Em um segundo, um vampiro pulava sobre o outro com os dentes à mostra e rosnando, e no outro, Fred puxara Alice para trás dele e liberara seu poder para os que estavam na frente.

É, isso me incluiu.

Jasper recuou, o rosto distorcido de nojo, e todos na sala fizeram o mesmo. A onda de ânsia foi insuportável, e até eu – que já estava acostumada –, Carlisle e Esme – que estavam um pouco mais atrás – e Jasper – que supostamente era invencível contra recém-criados –, caímos todos de joelhos, tentando aguentar as náuseas.

-Fred – murmurei, quase incapaz de falar – por favor?   

O vampiro encarou todos na sala, parecendo se sentir culpado e orgulhoso ao mesmo tempo. Depois, olhou para mim apenas se sentindo culpado.

-Me desculpe, Bree.

Dito isso, a onda de náusea parou. Consegui me levar após um minuto, e percebi que Carlisle e Esme também se levantavam. Apenas Jasper continuava no chão, ainda parecia ser afetado pelo poder.

-Jasper, isso não são modos – repreendeu Esme de pé, um pouco tonta.

-Não, a culpa foi minha – disse Fred, chamando a atenção de todos. – Me desculpem por isso, foi automático. E você também Alice, me desculpe por ter rosnado para você.

Alice saiu detrás dele, sorrindo.

-Tudo bem, Fred, eu vi que isso ia acontecer.

-Você viu? – perguntei confusa. – Mas então, por que...?

-Eu estava muito curiosa sobre essa habilidade, pois apesar de ter visto isso, não consegui calcular a intensidade. Eu só não esperava que fosse tão forte, fiquei impressionada.

Fred deu de ombros, não parecendo ligar para o potencial incrível que tinha. Apenas parecia envergonhado pelo que fizera, e direcionou seu olhar para o casal.

-Me desculpem, eu realmente não tive a intenção. Desde que me transformaram em vampiro, fui criado para repelir qualquer tipo de aproximação assim.

-Está tudo bem, Fred, nós compreendemos. Bree também tinha um pouco de dificuldade no começo – respondeu-lhe Carlisle, tranquilo.

Assenti concordando, enquanto via Jasper finalmente se recuperar e sair do chão. Ficou óbvio que a intensidade com que Jasper recebera o golpe fora bem maior do que nós, por isso demorou para voltar ao normal. Sob o olhar repreendedor de Esme, ele murmurou um pedido de desculpas e se sentou em uma poltrona.

-Então, Fred. Pude perceber que você tem um dom incomum – comentou Carlisle ao se sentar no sofá novamente, e todos o imitamos.

Fred só assentiu, nervoso, fazendo o loiro rir ao ver sua expressão.

-Não precisa se preocupar, é normal. Temos muitos desses em nossa família. Jasper, por exemplo, pode controlar as emoções.

-Controlar as emoções?

-Sim. Se você estiver irritado ou ansioso, pode deixá-lo mais calmo. Jasper?

Acompanhei tudo atenta, pois estava muito curiosa sobre o poder de Jasper. Ainda não tivera oportunidade de vê-lo, parecia ser interessante.

Claro – respondeu o outro, sem muita boa vontade.

Na mesma hora, senti uma onda de calma irresistível passar por meu corpo. Como uma anestesia, que me fez relaxar todos os músculos do corpo. Suspirei, calma, e me encostei ao sofá. Fred deve ter sentido também, pois fez o mesmo que eu.

-Impressionante – admirou Fred, ao mesmo tempo que eu concordava com a cabeça.

-Obrigado – agradeceu o loiro, dando de ombros.

Após essa demonstração, Carlisle e Esme começaram a conversar com Fred, fazendo perguntas e respondendo as dele. De vez em quando, Jasper também se manifestava, e Alice fazia comentários, empolgada. Ela parecia estar fascinada pela habilidade do meu amigo, e não perdia a chance de perguntar sobre ela.

No começo, Fred estava tenso e desconfortável, mas depois, com a gentileza de Carlisle e o dom de Jasper, ele passou a responder tudo e se envolver na conversa. Após uma hora, Fred estava totalmente à vontade, e quando Emmett e Rosalie chegaram ele não teve problema nenhum com os dois.

Emmett também gostou de vê-lo lá, pareceu empolgado com o dom e o porte de Fred. Combinou uma luta com ele, que aceitou de bom grado. Jasper também quis uma luta, para testarem as habilidades. Quando os três estavam comentando e combinando a luta, eu, Rosalie e Alice reviramos os olhos ao mesmo tempo. Homens são sempre homens, não importa a idade ou o corpo.

 Já estava de tarde quando os Cullen decidiram encerrar a conversa, para que Fred pudesse assimilar tudo o que disseram a ele. Não era pouca coisa, afinal explicaram como era o mundo dos vampiros e tudo o que disseram para mim. Meu amigo precisava de um tempo para processar tudo, mesmo sendo um vampiro.

Eles ofereceram um quarto a Fred, que aceitou temporariamente. Não tinha decidido se ficaria, mas eu o convenci a permanecer por algum tempo, para pelo menos ter uma noção maior do mundo.

Depois, Carlisle sugeriu para que fôssemos caçar.

Eu não precisava, mas os olhos de Fred estavam negros. Jasper se ofereceu para nos acompanhar, pois queria estar por perto caso algo acontecesse e para instruí-lo. Como Fred iria caçar no estilo vegetariano, alguém precisava ensiná-lo, e eu ainda não conseguia fazer isso muito bem. Além de que ele precisava saber onde eram as fronteiras quileute, e até onde era seguro caçar longe de humanos.

A primeira caçada de Fred foi parecida com a minha, a diferença era que ele não obedecia às ordens de Jasper. Caçou quantos cervos quis e foi atrás de animais carnívoros, até onde era permitido. Abateu dois ursos, e não ligou para as reclamações do loiro Cullen. Afinal, ele não corria o risco de morrer. Se Jasper o atacasse, nem conseguiria vê-lo.

Quem me dera ter alguma habilidade assim... eu não teria que ficar morrendo de medo do Jasper, pensei bufando.

Quando Fred terminou de se alimentar, fomos ver os limites das fronteiras. Jasper ficou falando até onde era seguro, e nos deixou sozinhos por alguns minutos para ir caçar. Ele também estava precisando, e disse para nós o esperarmos ali.

Enquanto esperávamos, eu e Fred decidimos fazer uma brincadeira. Tentar lutar, mas sem arrancar membros nem nada do gênero. Apenas uma luta saudável, para comparar as forças. Claro que eu sabia que perderia, mesmo Fred prometendo que pegaria leve. Ele era bem maior e tinha um talento excepcional, e eu era pequena e não sabia lutar. A diferença era gritante.

Então, começamos. Ao meu primeiro movimento, senti uma onda de repulsa tão forte que caí no chão. Gemi, e ele parou.

-Desculpe – pediu, estendendo a mão.

-Você prometeu que pegaria leve! – reclamei brincando, enquanto pegava na mão dele e me levantava. – Vamos de novo.

-Tem certeza?

-Sim, pode usar o máximo. Não vou entregar o jogo facilmente dessa vez.

E ele usou realmente o máximo de seu poder! Foi só eu dar um passo que senti novamente repulsa, e caí no chão. A repulsa dessa vez estava bem pior, tive de me controlar muito para não vomitar. Novamente fiz um ruído desagradável, que fez meu amigo parar e se aproximar outra vez para me ajudar, já murmurando desculpas. Porém, antes que ele pudesse me ajudar, surgiu detrás das árvores um lobo.

 Um enorme lobo cor de areia. 


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Notas finais do capítulo

Segunda foi meu aniversário... me deem comentários de presente, gente? Por favorzinho vai? Heheh, espero que tenham gostado, grande beijo!