Saint Seiya Memórias: História Oculta Do Santuário escrita por Katrinnae Aesgarius


Capítulo 29
INTERLÚDIO :: Van Qüine


Notas iniciais do capítulo

Há alguns capítulos uma nova personagem entrou na história, e mais uma vez ela se faz presente. Atentem porque a ligação desses dois vai longe.



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A manhã avançou rápido, e as chuvas nos últimos dias não pareciam ajudar, pelo contrário. Embora houvesse pesadas nuvens anunciando novas chuvas para a tarde ou mesmo início de noite, estava abafado, sem qualquer vento, tornando os treinos ainda mais cansativos que o habitual.

Qüine mesmo sentia esse peso do calor após tantos anos nas montanhas de Jamir, quase sempre frio e o calor era a brisa da noite no Santuário. A sua água já havia secado, mas àquela altura já exigia mais que água, mas um banho!

Num poço que havia nas redondezas do Santuário, bebeu quase dois litros de água numa mesma tacada, tomando o balde para molhar a cabeça curvando-se para frente após remover a blusa. Não havia ninguém nas proximidades, pareciam mais concentrados no anfiteatro onde uma roda de aspirantes assistiam dois lutarem sob a supervisão de algum cavaleiro, uma vez que paravam para ouvir sua instrução. Embora Kiki fosse seu mestre, havia outro grande instrutor nas páginas amarelas de um diário.

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Enquanto na clareira, local de frequente encontro de seus pais, também havia sido um espaço onde sua mãe treinava. Era espaçoso e sempre vazio, o que não apresentaria perigo para treinar suas habilidades contra grandes pedras que havia ali, além da parede da montanha.

Folheando as páginas, buscava interpretar a ‘mecânica’ dos golpes da qual sua mãe, Selene, assistia de Kanon e Saga, o que permitiu descrever a técnica da concentração do cosmo para explosões que lançaram aquela garota longe naquela noite e concentrar as rajadas.

“Concentre-se num único ponto, e poderá criar desde fios de luz a uma rajada de seu cosmo. A potência está no quanto do cosmo é concentrado e de quando e como desencadeá-la”, estava escrito nas páginas.

Qüine passara aquela manhã testando os diferentes golpes, e riu ao pensar quantas aulas de Física havia adormecido, na escola, e o quanto elas agora faziam falta. Contudo admirou-se em perceber o quão simples tudo parecia para ele.

Foi capaz de escrever na parede da montanha usando o ‘fio de cosmo’, assim como concentrar uma rajada abrindo uma grande cratera, assim como também concentrar seu cosmo e fazer disso uma ‘granada’ explodindo à sua vontade. Mas nada pareceu encantá-lo mais que a capacidade de abrir uma fenda dimensional e parecer contemplar o próprio universo que era dito existir dentro dele. Nas páginas era descrito como ‘Outra Dimensão’, uma técnica que pertenceu ao seu pai.

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Desceu de volta ao Santuário pelo calor e pela fome. Já estava na transição para a tarde, mas o que menos queria era encontrar aquela garota a quem Kiki o fez pedir desculpas como se fosse uma criança — e para ela depois dizer que não precisava.

Vestiu novamente sua blusa e soltava os cabelos molhados quando sentiu algo cair sobre sua cabeça, vendo uma maçã parcialmente comida e olhar para o alto.

A árvore estava carregada, oferecendo uma boa sombra... Por que não? Sem qualquer esforço, teleportou-se para o galho mais firme e tomando a mais vermelha que havia ali, limpando na blusa e saboreando-a com vontade. E aquela não era a única. Acomodou-se no galho e ficou a assistir o treinamento no anfiteatro, distraído o bastante para perceber quem se aproximava, e que passaria de maneira anônima se não fosse o tom debochado que tantas vezes ouviu ser dirigindo a ele.

 “Olha só quem está aqui... E ainda por cima sem a máscara”, ouviu de um homem de corpo esguio e cabelos castanhos cacheados e curtos. Pelas características da indumentária que usava, já a tinha visto sendo restaurada em Jamir. Era a armadura de Lacerta (Lagarto). Era um Cavaleiro de Prata.

Qüine nem daria atenção se não percebesse se tratar da tal garota daquela manhã. Ficou a olhar de lado, mordendo a segunda maçã quando ficou com a mesma à boca ao ouvir a chamarem de ‘Aberração’, e aquilo despertou antigas lembranças.

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 “Olhem, é o órfão que nem os pais o quiseram... Aberração!”, e as risadas se seguiam daquelas crianças. Nas primeiras vezes corria para dentro de casa, isolando-se em seu quarto para junto de seus brinquedos. Quando sua mãe adotiva perguntava, nada dizia.

Escondeu aquelas provocações até o dia que ouviu do jardim as crianças na rua o xingando seu pequeno e este correr para dentro de casa, mais uma vez. Não houve perguntas, apenas um forte abraço e as lágrimas ganhando o rosto daquela mulher buscando consolá-lo.

Qüine soubera ser adotado antes dos seis anos. Era bem diferente dos pais adotivos — pele alva e cabelos loiros, típicos 'arianos' como muitas vezes ouviu — enquanto ele tinha os cabelos escuros púrpura e olhos claros num verde esmeralda. Sobre seus pais reais, nem mesmos seus pais adotivos sabiam dizer, mas prometendo ajudá-lo encontrar quando ele assim quisesse, e naquela época, com o amor recebido por eles, não mais tocou no assunto.

Contudo, ser chamado de 'aberração' ou 'o adotado' sempre soavam de modo pejorativo, além de marginalizá-lo na vizinhança, sobretudo de uma mulher, uma vizinha. Esta era quem mais o perseguia.

Certa vez a ouviu chamá-lo de 'aberração' como outras crianças e que não o chamaria para a festa de seus filhos, sendo a única criança de toda a vizinhança não presente naquela tarde. No outro dia, por dois anos seguidos até, ouvia todos comentarem, e mais uma vez o depreciarem por ser diferente de seus pais.

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“Onde pensa que está indo, Aberração?”, ouviu de uma garota morena, enquanto uma segunda garota comentava sobre dela ‘fugir para o alojamento e ficar deitadinha’ enquanto trabalhavam pelas suas armaduras.

Qüine, que estava com as pernas mais voltadas para o lado do anfiteatro, mudou sua direção e ficando a observar o que acontecia, escondido entre as copas das árvores e invisível ao trio sobre Antares.

O Cavaleiro de Prata investiu primeiro, puxando-a pelo braço, tal como aquela mulher, sua vizinha, fez quando estava a brincar com um de seus filhos, o único quem não implicava com ele. Puxou-o pelo braço de maneira brusca, tal como aquele Prata. A expressão de Qüine mudava a cada instante enquanto observava aquilo, com a imagem mesclando entre aquele momento e o passado.

“Ainda que seja aprendiz do senhor Kiki, deveria estar no Anfiteatro, treinando como qualquer outro aspirante, e não rodando a esmo por aí”, dizia o cavaleiro de Prata sob o olhar de quem Qüine deduzia serem suas aprendizes.

Lançou um rápido olhar para o anfiteatro onde pareciam bater palmas ao mestre que continuava explicar qualquer coisa e depois para aquela tríade, principalmente quando ouviu a garota rosnar enquanto tentava se desvencilhar dele.

“Que babaca!”, resmungou Qüine mentalmente olhando à sua volta. Não havia qualquer soldado ou mesmo outro Cavaleiro, Prateado ou Dourado, nas proximidades. Poderia invocar aquele do anfiteatro, mas a discussão ali se tornava cada vez mais tensa. A última coisa que ele próprio queria era arrumar qualquer confusão sendo ele um novato e que nem mesmo ele aparecia nos treinamentos públicos. Como desafiar um Cavaleiro de Prata?

O pior foi ouvir o que deveria soar uma cantada no que dizia respeito sobre a máscara a ser usado pelas mulheres, tal qual sua mãe usava. E que mais soava como vergonha para homens medíocres, como aquele Cavaleiro, que de orgulho como elas demonstravam. Ouvi-lo dizer que ‘uma Amazona que tenha o rosto revelado, tem que amar ou matar aquele que a viu sem máscara’ era mesmo nauseante o bastante para fazê-lo jogar metade da maçã que comia fora. Porém, nada foi mais gratificante que ver Antares reagir, como a garota que conheceu naquela noite.

 “Como ousa? Como um imbecil desses se torna cavaleiro!?”, perguntava-se ouvindo aquilo. Era a mesma reação que ele teve com aquela mulher quando o puxou e jogando-o na calçada e a chamando de bruxa, e antes que avançasse sobre ele, levantou-se rápido o bastante para chutá-la e correr, escondendo-se no jardim por toda aquela tarde em prantos por ser chamado de abominação.

 “Está achando que é alguma coisa aqui, sua Abominação? O senhor Kiki não está aqui para te proteger debaixo das asas dele”, ouviu de uma quarta que não tinha notado até então. 

Voltou-se para Antares e a viu acuada, assim como ele no passado ao ouvir aquilo.  O pior ainda foi referenciar aos olhos dela como uma ‘aberração’, por conta do tom vermelho. Perceber o quanto ela estava acuada e envergonhada, fazendo-a reagir, acarretando numa violência covarde o bastante para fazer Qüine tomar uma decisão que nem mesmo ele esperava tomar.

— Mas olhem isso... Se estão com tanta vontade assim de ‘treinar’, podem treinar comigo! — disse ele em alto e bom som, chamando a atenção para si. Baixou a copa da árvore que o escondia, com um largo sorriso cínico estampado no rosto. — Acredito que estejam tão entediados quanto eu, então pensei... por que não um aquecimento?

As três meninas se entreolharam, alternando de Antares para o Cavaleiro de Prata que ganhou a frente delas para melhor ver quem interferia naquele assunto. Não trajava nem mesmo as roupas básicas de treino, sem contar que nunca o tinha visto por ali. Revirou os olhos em total desdém, já dando às costas.

— Saia daqui aprendiz. — respondeu o cavaleiro com total indiferença. — Esse assunto não te diz respeito.

— Ah, não!? — retrucou Qüine que se colocou de pé e saltando para junto do grupo com uma velocidade muito abaixo da que conseguiria se fizesse esforço. — Olha cara, na boa... Eu acho que ele me diz respeito sim...

Ouviu-se o Cavaleiro de Prata rir alto com aquela ousadia, sendo acompanhado pelas garotas que mantinham as mãos na cintura ou os braços cruzados encarando Qüine, com uma delas segurando Antares pelo cabelo, a mesma que implicou com seus olhos há poucos instantes. A esta, Qüine demorou os olhos por alguns instantes antes de se voltar para o arrogante prateado.

— Eu sou um Cavaleiro de Prata, enquanto você é um mero aspirante que deveria aprender a respeitar seus superiores! — dizia apontando para Qüine.

— Superiores, é? — Qüine piscou, olhando de um lado e de outro e se voltando para o Cavaleiro de Lagarto dando os ombros. — Legal cara, mas... cadê eles? — e sorriu de maneira provocativa e falando num tom ácido e sarcástico. — Não está falando de você, né?

As garotas se entreolharam surpresas com aquela resposta. Afinal, era óbvio que havia alguém ali de hierarquia superior àquele garoto. Qualquer aquele que era sagrado Cavaleiro, mesmo um Bronze, estava acima de um aspirante, de um soldado.

Quem aquele garoto achava que é para falar assim com um Cavaleiro de Prata?

— O que foi que você disse? — indagou o Prateado descrente.

— Pff! Olha, Antares, parece que tinha razão... — dizia Qüine olhando Antares por cima dos ombros cruzando um braço na altura do peito para dar apoio ao outro que levou ao rosto, batendo com o indicado nos lábios. — Além de um imbecil, é surdo!

O Cavaleiro de Prata não acreditou no que ouviu, e já espumava pela boca ao ouvir tamanha provocação vindo de um estranho aspirante.

— Quem você pensa que é para falar conosco desse jeito? — interrompeu uma das Amazonas dando um passo à frente e fechando os punhos.

— Xiu aí! Caladinha você e suas coelhinhas, se não quiserem que sobre para vocês também. — disse indiferente, com o indicador sobre os lábios e depois movendo os dedos como se as mandasse se aquietar.

— COMO SE ATREVE!? — todas se indignaram.

Qüine revirou os olhos, descruzando os braços e espreguiçando, dobrando os braços acima da cabeça com um ar entediado enquanto se voltava rapidamente para Antares, percebendo que a loira puxava pelos cabelos com mais força.

— Ih! A estupidez desse cara parece contagiosa, ou são burras assim mesmo? — questionou Qüine pulando de uma para a outra.

A provocação e desrespeito daquele aspirante já estava além do aceitável para o Cavaleiro de Prata que não mais se conteve e avançou contra Qüine, juntamente com duas das garotas que o acompanhava. A terceira largou Antares empurrando-a contra a parede de qualquer jeito e correu para ajudar os demais.

Lagarto foi o primeiro a tentar golpear Qüine que sorriu esperando por aquilo. Esperando atingi-lo, apenas atingiu o vácuo com a esquiva espetacular de Qüine que mal pareceu se mover. As Amazonas tentaram apanhá-lo pelo rastro, mas fracassaram igualmente.

— Nossa! Da maneira que vomitavam há pouco, não me parecem tão grandes merdas... — provocou Qüine novamente, sem um pingo de seriedade em sua voz.

— MALDITO! — gritou o cavaleiro que ascendeu seu cosmo de maneira violenta e lançando um golpe na direção do suposto aspirante. — Vejamos se é tão esperto quanto posa, moleque!

As meninas seguiram, seu mestre, na esperança de que ao menos, um deles, pudesse pegá-lo. Os olhos de Qüine correu para cada um deles, os cabelos escuros caindo sobre sua face sem esconder seu sorriso largo. Havia tomado uma decisão naquele momento. Não iria se esquivar dos golpes daquele quarteto.

Aguardou o último momento de encontro dos ataques e ascendeu seu cosmo que circundou seu corpo num violento espiral. Aquilo não apenas repeliu cada o golpe de seus agressores como os devolveu na mesma intensidade, fazendo com que voassem, chocando-se contra as paredes e contra o chão logo em seguida. Todos caindo desacordados.

Os cabelos de Qüine que esvoaçaram, novamente deitaram-se, e ele apenas soprou a mecha que caiu sobre seus olhos enquanto observava cada um.

— Que coisa chata! Nem chamaria isso de aquecimento. Hunf! — disse batendo as mãos para remover uma poeira que não havia e soltou um suspiro entediado. — Enfim, problema resolvido! Agora pode seguir seu caminho, Antares, e na próxima... — dizia satisfeito e se voltando para Antares quando teve uma surpresa.

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Kiki estava em um pequeno templo, descansando entre a restauração das armaduras quando ouviu grito de Qüine. Revirou os olhos já esperando algum problema provocado por ele quando sentiu um abalo no cosmo, reconhecendo ser de Antares. Correu para a entrada de Áries e vendo seu ‘irmão’ trazer Antares desmaiada nos braços, mas não apenas isso. A imagem diante dele era assustadora.

— Qüine? Minha nossa! O que foi que aconteceu com Antares? — dizia Kiki limpando o rosto dela, tomando seu pulso e percebendo o quão quente ela estava. — Ela não deveria estar... lá... em... cima...? Como diabos ela passou por Áries sem que eu percebesse... COMO!?

Primeiro Kiki praguejou, se exaltou, mas logo a voz do ariano ia desaparecendo a medida em que terminava sua pergunta. Ver a jovem Amazona desacordada, banhada em sangue, nos braços do rapaz preocupou ao lemuriano imensamente.

Sem perder tempo, ele a tomou dos braços de Qüine e começou a dar ordens aos servos para que preparassem um quarto, um banho e curativos. Entregou o corpo desfalecido da garota a duas criadas mais experientes, que se encarregaram de cuidar dela.

Qüine ficou ali parado, perdido, sem entender o que fazer, em como agir. Olhava para trás por onde veio e para a agitação em Áries. Ele a tomou nos braços ao perceber que seu corpo pendia para trás, prestes a desmaiar.

Ágil, ele a segurou, assustado, percebendo que ela ardia em febre e tinha grande dificuldade para respirar. Bateu suavemente em seu rosto pálido e banhado pelo suor. Até mesmos seus lábios estavam, descorados. Batia levemente em seu rosto buscando acordá-la.

O corpo dela se contorceu por um momento, dando a ele algum tempo para virar a cabeça dela para o lado, bem a tempo de vê-la vomitar sangue. Qüine se assustou ver aquilo, tomando-a nos braços sem nem pensar duas vezes e se deslocou o mais rápido que conseguia até o Templo de Áries. Nada foi explicado, mas ele percebeu que todos ali pareciam saber o que fazer a respeito, o que o tranquilizou um pouco.

Os servos da Casa de Áries pareciam conhecer aquela garota arredia tão bem a ponto de saberem cuidar dos problemas que ela trazia. Ainda assim, ele estava muito incomodado com aquilo. Como foi que não havia percebido aquele estado tão deplorável antes? Se tivesse percebido, teria derrubado aqueles quatro antes mesmo que eles abrissem a boca para falar e a teria trazido para Áries antes que tivesse chegado àquele ponto.

Qüine levou a mão à cabeça, avançando até onde estava Kiki, observando toda aquela cena, mas não teve tempo e nem ânimo para fazer brincadeiras. Ouvia o lemuriano expedindo ordens para prepararem um banho medicinal e apanharem as caixas de curativos e remédios para envenenamentos. Ele respirava ofegante, preocupado com aquilo, percebendo só depois a presença de Qüine ali e seu real estado.

— Qüine... — disse Kiki se voltando para ele que agiu como surpreendido por alguma travessura.

— E-Eu não tive nada haver com isso... Eu juro! — respondeu na defensiva esticando os braços, recuando alguns passos. — E-Eu... Eu queria apenas ajudá-la e... — dizia exasperado.

Kiki ficou a olhá-lo, avançando contra ele, tocando-o no ombro. Qüine estava tenso e tremia por todo o corpo. Chamava-o buscando sua atenção, sacudindo-o de leve. Só então o garoto se voltou para o lemuriano, os olhos ainda arregalados, sentindo a garganta seca e o coração bater forte em seu peito. Sentiu seu irmão abraçá-lo com força, sentindo seu medo anuviar.

O lemuriano estava longe de estar tranquilo, mas não podia se dar ao luxo de demonstrar isso.

— Qüine... QÜINE! Presta atenção, ok? — Kiki segurava o rosto de Qüine, buscando seus olhos. — Eu preciso que se acalme... Acalme-se, ok? — Qüine assentia, respirando pesado, mas buscando se controlar e Kiki percebia isso. — Ótimo! Agora quero que tire toda essa roupa... vá se banhar... colocar roupas limpas... Entendeu? Vá se banhar e depois conversamos, ok?

Qüine assentiu, vendo as mãos de Kiki descerem de seus ombros e ele ver o irmão sujo de sangue quando tomou Antares no colo, e somente então se deu conta de seu estado.

Não somente suas mãos estavam sujas de sangue como seus braços. As suas roupas então estavam ensopadas pelo sangue da garota, o que o deixou ainda mais assustado.

Nem mesmo percebeu que estava a chorar.


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Notas finais do capítulo

Nos próximos capítulos:
Novos personagens ganham destaque na trama e chega o dia em que Selene batalha por sua armadura, enquanto uma grande ameaça se aproxima silenciosamente no Santuário. E Atena finalmente chega à nova geração.



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