A Filha De Hades escrita por Morpheus


Capítulo 8
Capítulo 8


Notas iniciais do capítulo

Bom gentee, desculpem o atraso.... Problemas...
Pois bem, espero que gostem ook!?
Enjoy ;3



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Arya

Ela estava de costas.

- Diuly? - perguntei intrigada

- Ãn... - ela disse se virando - Arya? Então você é a filha de Hades?

Eu não conseguia acreditar, ela era uma se-mi-deu-sa, semideusa!

- É. Sou! - respondi o mais grossa possìvel.

Meu corpo fervia de raiva, ela não me contou nada, achei que fossemos melhores amigas, que contávamos tudo uma pra outra, obviamente, eu me enganei.

- Arya eu...

Ela veio se aproximando de mim, esticando a mão para tocar meu ombro, e eu a afastei dando um tapa leve.

- Como você pode? Eu quase morri de preocupação sem notícias suas! Você não me avisou nada... tudo bem que... mas... achei que eramos melhores amigas, que sabiamos TUDO uma da outra. Acho que me enganei!

- Você também não...

- Ah, não venha tirar o seu da reta! - odeio pessoas que se fazem de vítima!

O chalé de Hécate estva cercado por vários campistas curiosos que assistiam a conversa pouco civilizada, da minha parte, entre mim e a Diuly.

- Desculpe! - ela gritou

Pensei em gritar mais alto ainda, mas eu queria acabar logo com esse "debate".

- Quer saber? Esquece!

Antes que ela pudesse questionar, empurrei alguns campistas que nos cercavam e sai pisando duro do chalé. 

O vento soprava forte, ótimo, odeio calor. Meus cabelos estavam... esvoaçantes(?)

Senti mãos me segurarem no pelo ombro. De início pensei que fosse o Nico, mais depois, precebi que as mãos não eram geladas.

- Ei, ei... - disse o menino 

Me virei e encarei aqueles olhos perfeitos... Os braços definidos(mais nem tanto) por causa dos treinos incessantes do Acampamento. Connor!

Espera! O que... o que eu estava pensando?

Abri um sorrido bobo... droga! Será que eu estou gostando dele? Ele tem sido tão legal e atencioso comigo, eu...

- Está muito nervosa ein. - ele falou interrompendo meus pensamentos malucos. - O que houve?

- Sem querer ser rude... mas, eu prefiro não falar sobre isso.

- Ta legal.

Eu me empressionava com a capacidade dele de aceitar as coisas que eu dizia, ou melhor, não dizia.

Ele não tentava me forçar a falar, ele respeitava a minha "fala final". Gosto disso.

Ficamos em silêncio, encarando uma ao outro por alguns segundos. Até que Connor, abriu a boca para dizer alguma coisa, mas alguém o interrompeu.

-Arya!

Vi Lee correndo em nossa direção acenando, sorri e acenei de volta.

De canto de olho vi Connor revirar os olhos.

- O que foi Lee? - gritei

No mesmo instante ele apertou o passo e em alguns segundos já estava de frente pra mim ofegante. Ele meio que se agachou e colocou as mãos nos joelhos, enquanto uma bola verde, roxa e branca de vôlei se encontrava presa entre seu braço e o corpo.

- Ér... mais tarde a gente conversa. - falou Connor se afastando

Eu ia impedi-lo só que ele já tinha ido.

- Pois bem. - disse Lee com o fôlego já recuperado. - Quer ir jogar vôlei com a gente? Uma partida antes do jantar!

Ele falou apontando pro campo de vôlei onde alguns semideuses nos esperavam para o jogo.

- Eu não sou boa...

Eu REALMENTE sou péssima em vôlei, lembro da sexta série quando eu arrisquei jogar vôlei na escola e acertei a bola com tudo numa menina chamada... Amanda! Eu não me arrependo de te-la acertado, mas não foi premeditado, eu simplismente sou péssima nesse jogo.

- Não tem problema... eu te ensino.

- Tudo bem... - suspirei - Só me deixe avisar Nico onde eu estou se não ele surta!

- Deixa que eu mando o Chris ir avisar pra ele. - sorri torto - Chris! - ele gritou - Avise ao Nico que a Arya vai jogar vôlei com a gente!

Chris assentiu com o dedão. Lee me puxou pelo braço e corremos pro campo de vôlei.

Nico

Desde que Arya chegou, minha vida mudou completamente, pra melhor. Eu quase me esqueci de Bianca. QUASE. 

Eu me sinto mais feliz e seguro. Mesmo que ela tenha se tornado minha irmã a... o que? Três dias? Eu já a amo como nunca. Nós temos uma ligação muito forte. Já a conheço como a mim mesmo!

Assim que entrei no chalé, me joguei na cama e comecei a pensar na minha vida, e no quanto Arya era cabeça dura e me deixava preocupado e angustiado com suas atitudes.

Quase me desliguei do mundo, mais batidas fortes na porta me "ligaram" novamente.

Ajeitei meu cabelo e abri a porta.

- Chris?

- Ham... oi Nico. Desculpa qualquer coisa é que eu só vim avisar que a Arya vai jogar vôlei comigo e com os meninos.

- Ah, ok.

- Falou.

Assim que ele se virou eu fechei a porta com força.

Que merda, porque a Arya tem que ficar junto dos meninos? Porque ela não fica com as meninas, como uma adolescente normal? (obs: nunca vou falar isso pra ela. Gosto de viver.)

Vou esperar dez minutos e depois eu vou lá buscar a Arya pra ela se arrumar para o jantar.

Deitei na cama, e acabei pegando no sono. 

Tive um sonho... estranho:

Eu não me via, parecia que eu estava voando por cima do Acampamento. Vi Arya na praia sentada conversando com um homem que eu não reconheci, eu estava muito longe, só sei que é a Arya... bem... porque eu sei. E ela estava com a minha camiseta? É estava. Bem mais isso não vem ao caso no momento. 

Assim que o homem foi embora, ela se levantou e correu para o pinheiro da Thalia e sentou ao lado do Peleu... ficou acariciando ele até que um menino começou a subir a colina em direção ao Acampamento, no mesmo instante Arya se levantou, correu até o menino e o abraçou fortemente; e o menino a girou no ar.

Foi só isso, mais eu não me senti bem vendo aquilo, não era ciúmes da minha irmã mas... não sei explicar.

Acordei exausto, rodeio o olhar pelo quarto e Arya ainda não tinha chegado. Não faço ideia de quanto tempo eu dormi, mas sei que não foi por pouco tempo. E o fato da minha irmã ainda não ter voltado me preocupava.

Assim que abri a porta do chalé, dei de cara com ela, que quase caiu para trás.

Ela bufou e entrou no chalé, toda suada.

- Jogou muito? - perguntei

- Nem te conto.

Sorri e ela entrou no baheiro para tomar banho.

Me sentei na cama e esperei ela sair. 

Ela saiu com uma calça jeans, um all star(novidade) e uma camiseta dos Beatles.

- Vai logo mano. O jantar é daqui a pouco.

- Tá, ja estou indo apressadinha.

Ela me deu um tapa na nuca, e me empurrou pro banheiro jogando a toalha no meu rosto.

Tirei minha roupa e joguei no chão, entrei de baixo do chuveiro e devo ter ficado uns... dez? Ou será vinte minutos?

- Nico!!! - gritou Arya enquanto batia na porta - Nicooo!!! Derreteu ai dentro?

- Já to saindo mana.

- Anda logo Nico!

- Calma, eu tenho que vestir roupa. Ou você quer que eu vá jantar pelado?

- Pensando melhor... eu espero você o tempo que for necessário. - ela respondeu rindo

Peguei uma roupa e conferi se a camisa era minha mesmo, as vezes eu confundia algumas camisas que a Arya tinha com algumas minhas. Sorri com esse pensamento meu.

- Pronto. - falei abrindo a porta do banheiro e ouvindo a música que ela havia colocado

- Finalmente. Ta pior que noiva no dia do casamento.

- Ha, engraçadinha. Vamos.

- É pra já.

Ela foi correndo até a nossa cômoda, e desligou o som. Veio até mim e enrolou seu braço no meu.

Sorri e fomos andando ,quase contando os passos, até o refeitório.

X

Sempre que entramos no refeitório, todos param pra nos olhar, e dessa vez não foi diferente.

Jogamos parte da nossa comida a Hades. Bem pelo menos eu, já Arya jogou para o nosso pai e um outro deus que eu não consegui ouvir o nome.

Nos sentamos na nossa mesa, e Arya começou a comer.

- Arya?

- Sim?

- Pra qual outro deus você ofereceu a comida?

- Mas... - ela arqueou a sobrancelha - Pra que você quer saber disso?

- Nada. Curiosidade.

- Ah, tá.

- Então...? Não vai me dizer.

- Nico! - ela sorriu - Eu ofereci a Eros.

- Eros? O deus do amor? - perguntei intrigado

- É Nico, conhece outro deus chamado Eros?

- Porque você fez oferenda a ele?

Meus deuses, minha irmã queria ajuda com amor?

- Nico, Nico... não tem nada a ver com amor. - isso me assustou, ela fez o que? Leu meus pensamentos?  - Você sabe que eu odeio amor e ... romance. - ela falou fazendo uma careta que me fez sorrir - É que ele me deu uma... informação.

- Que informação? - minha curiosidade ia me matar a qualquer momento

- Nada que eu deva te contar!

- Você está de brincadeira não é?

- Claro que não!

É, não adiante insistir, ela não vai me falar. 

Continuamos comendo em silêncio. Olhei para Arya algumas vezes, e vi que ela olhava pro Connor, e ele olhava pra ela.

- O que está acontecendo entre você e o Connor? - perguntei

Ela estava em transe, de novo, como ela sempre fazia. 

- Ãn? Nada. - ela disse sacudindo a cabeça

- Aham, sei.

- Nada, sério. Não viaja maninho!

Fingi que acreditei e continuei a comer.

Depois do jantar, eu fui pra fogueira e chamei Arya pra ir, mas ela não quis. Disse que tinha umas coisas pra resolver e saiu.

Eu sinceramente não ia ficar sem a Arya na fogueira, então eu fui atrás dela pra avisar uma coisinha básica pra eu não ter um ataque cardíaco.

- Arya! - gritei - Espera! 

Ela parou e me esperou.

- O que foi Nico?

- Aonde você vai?

- Para a praia.

- A noite Arya, a noite. Sempre que eu acordo durante a noite você não está no chalé.

- É... Nico. As coisas andam sendo muito conturbadas pra mim. E eu preciso refletir as vezes, e principalmente: eu não consigo dormir cedo. Sério.

- Tudo bem... mas... tome cuidado, por favor.

- Relaxa Niquinho, sua mana aqui sabe se cuidar.

Ela piscou e me deu um beijo bem forte na bochecha. Ah, ela é impossível!

Fui para o meu chalé, e decidi dormir um pouco. 

X

Acordei e olhei para o relógio, 00:30, Arya não estava no chalé, sai do chalé e fui andando na direção da praia, mais ouvi um grito vindo do bosque. Era a voz de Arya.

Corri o mais rápido que pude. Cheguei até onde a voz da Arya me chamava. Era bem no centro do bosque, bem pelo menos eu acho que era.

- Arya? - chamei

- Ai ai... foi mais fácil te enganar do que eu pensei. - era a voz de um homem

- Quem é...?

Eu não pude terminar a frase. Senti uma dor muito forte na cabeça, como se estivessem esmagando meu cérebro. Cai no chão rolando de dor. Não me aguentei e gritei.

Arya

Nico me chamou para ficar na fogueira mas eu não quis. Como sempre ele me passou um sermão pra eu tomar cuidado.

Ai, ele se preocupa muito comigo... e... digamos que eu goste. 

Me sentei na areia e fiquei olhando o reflexo na lua no mar, cena simplismente per-fei-ta. Fechei os olhos e senti a brisa que vem do mar tocar minha pele suavemente, fazendo leves cócegas por onde passava.

Percebi alguém se sentar ao meu lado, nem me dei ao trabalho de olhar. Eu sinceramente não me importava com quem quer que fosse.

- Arya... - disse Connor com a voz calma

- Connor! - falei abrindo os olhos e sorrindo

- Você sempre vem aqui não é?

- É... é muita coisa na cabeça. O cheiro de maresia, o vento, me aliviam um pouco. 

- Será que Poseidon gosta tanto assim de você?

- Espero que sim!

Ficamos num silêncio desconfortável, até que eu me lembrei que Connor ia me dizer uma coisa hoje mais cedo.

- Ham... Ér... Connor? 

- Sim?

- Você ia me dizer uma coisa hoje mais cedo, mas, foi interrompido, o que era?

- Ér...- ele respirou fundo- Arya eu não sei como dizer isso mas... eu acho que... sabe? Tipo...

- Ai, fala logo Connor! - não aguento enrolações

- Acho que... eu ... me ... Apaixonei!

- Ah... E porque foi tão dificil me contar isso? - sorri falsamente - Quem é a felizarda que roubou o coração do filho de Hermes? - irônico não?

- Bem... - ele estava muito nervoso, e a resposta estava me deixando preocupada.

- Vamos, fale logo! - falei o encarando

- Para de me encarar se não eu perco a coragem!

- Ta legal. - bufei e encarei a areia - Fala.

- Bom, desde quando...

- Poupe-me de histórias melosas e vamos logo ao assunto. Quem é? 

Acho que eu estava sendo um pouco má mas... eu simplismente não suporto coisas melosas de mais.

- Ah, você destrói todo o romantismo! - sorri - Arya eu me apaixonei por... você! - o você saiu quase como um sussuro

- Uow... - falei chocada

É, eu paralisei, eu não sabia o que dizer. 

- Então? - ele perguntou

- Então o que...?

- Não vai dizer nada?

- Ham... Le-gal!?

Ele riu. Ora, o que ele queria que eu falasse? Eu não sou romântica. 

- Como você me mata de vergonha...

- Eu? Eu não disse nada.

- Exato.

Não sei o que ele quis dizer com isso mas eu não estava com a mínima vontade de me esforçar pra entender.

E agora? (ultimamente na minha cabeça só tem perguntas) Ele diz que me ama, e fica por isso mesmo? Ótimo.

- Então é isso? - perguntei

- Como assim?

- Você diz que ta apaixonado por mim e pronto?

- Não. Obvio que não é só isso.

- Ah.

- É que eu tinha planejado toda uma fala, mas você a senhora anti-romantismo destroçou meu plano. 

- Bom... hora do plano B.

- É...

- Seja rápido, por favor, sem rodeios.

- Claro... bem... Você quem sabe assim... talvez... sei lá... você queira... namorar co-migo?

Era engraçado ver o Connor desconcertado daquele jeito... Então eu cai na gargalhada, eu nem consegui responder. E ele ficou ali, parado olhando meu ataque de risos.

- Certo Arya. - falei pra mim mesma - Respire... 

Respirei de vagar, tomando ar de novo. E me levantei. E Connor ficou sentado me olhando confuso.

- Ande logo Connor. Levante. - falei

- O que...? 

- Quer minha resposta, ou você vai ter um ataque?

- Fala. 

- Bem... primeiramente, eu queria ressaltar que foi muito engraçado te ver todo cheio de vergonha aqui... e... acho que sim.

- Sim...?

- Ah meus deuses você quer que eu desenhe?

Ele sorriu de canto e se aproximou de mim, envoltou seus braços na minha cintura e me beijou. Um beijo calmo mais cheio de amor. Me desliguei do mundo completamente, e por alguns segundos eu esqueci de todos os meus problemas... eu poderia ficar assim por horas, mas não. Não, não. Me separei dele de vagar e sorri, sentei na areia de novo e ele se sentou ao meu lado, coloquei a cabeça no ombro dele e ele passou o braço em volta de mim, e ficamos olhando o mar.

Tudo estava perfeito, mais como minha vida não é perfeita. (Sempre acontece alguma coisa, alguém morre ou eu quase morro, ou desmaio.) Senti um calafrio subir pela minha coluna e meu coração começou a doer, doer mesmo. Levantei tão rápido que quase derrubei Connor. Sai correndo para o meu chalé.

- O que aconteceu? - gritou Connor ainda no chão

- O Nico!

Algo estava acontecendo com o Nico.

Cheguei no nosso chalé e vi a porta escancarada. Minhas pernas travaram ao ver que o Nico não estava la dentro.

De repente eu grito de dor ecooa do bosque. Nico.

Corri o mais rápido que consegui. Fui a té o que parecia o centro do bosque, e parei. Vi Nico caido no chão com as mão na cabeça gritando de dor. Um homem dizia algo a ele, mas eu não consegui entender. Meu cérebro desligou. Cerrei os punhos. Estava sentindo uma vontade imensa de matar quem estivesse fazendo isso com ele. Meu sangue fervia. 

Mas antes que eu fizesse alguma coisa, algo ou alguém começa a puxar o Nico, e ele não conseguia se defender.

- Nico! - gritei

Ele ainda conseguiu olhar pra mim, com os olhos cheios de dor. Tentei chegar até ele e salva-lo mais alguém me acertou na testa.

Cai no chão atordoada. Senti o sangue escorrer no meu rosto. Passei a mão na testa e tentei ver o sangue na minha mão, mais minha vista estava embaçada. Uma lágrima percorreu meu rosto. Se misturando com o sangue.

Quando eu ia cair de cara no chão, senti braços se enrolarem na minha cintura, e alguém me pegou no colo, olhei pra cima, tentando ver o rosto da pessoa. Eu não consegui. Mas, eu sei que é o Connor.

Ele me colocou no chão, acho que no centro dos chalés, e eu vi cabelos loiros invadirem meu campo de visão. Annabeth.

Connor olhava pra mim e dizia coisas desesperadamente, mais eu não ouvia, só via os lábios dele e de Annabeth se moverem. 

- Me levem pro meu chalé. - me esforcei pra dizer. - Por... Por favor.


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Notas finais do capítulo

Bom, espero que tenham gostado, e me desculpem por erros e etc...
Devo postar o próximo no sabado ou no domingo... Não sei.
Deixem reviews pleaaase. Se não... eu fico sem vontade de escrever.
Recomendações E sugestões são muuuuito bem-vindas!!!
Beijiinhos ;**