A Filha De Hades escrita por Morpheus


Capítulo 31
Cemitério - Ultimo capitulo


Notas iniciais do capítulo

OOOOOWN... The last :'(
Me desculpem qualquer erro, please.

Ah, e Gabriella Jackson: obrigada pela recomendação,linda ♥ s2 vc.



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Nico praticamente me carregou para fora da caverna. Ver a luz do sol me trouxe um alivio tão grande. Que eu não sei explicar.

Quando saímos, não andamos nem dez metros e eu desabei no chão. Percy se aproximou de mim e ajoelhou-se ao meu lado, juntamente com Nico.

– Arya... por favor. Não chore – pedia Percy.

– Você está exigindo demais... – resmunguei.

Nico sacudiu a cabeça e me forçou a levantar.

– Vamos mana, logo tudo ficará bem... não se preocupe.

O abracei. Era bom ter ele de volta pra mim.

Meu ombro doeu e começou a sangrar descontroladamente, sujando meu irmão com o liquido vermelho, meu estomago revirava, devo ter levado um chute forte demais. Senti o gosto metálico na boca. Minha visão começou a embaçar.

– Ai meus deuses! – exclamou Annabeth – Percy, me ajude aqui, Arya está tendo uma hemorragia!

Eu não escutava mais nada, tudo ficou embaçado e em câmera lenta. Senti o chão de terra contra minhas costas... Nico mexia a boca freneticamente, provavelmente estava gritando.

Cabelos louros tomaram conta da minha visão nada boa. Senti uma dor insuportável no estomago e apaguei.

X

Abri os olhos de vagar. Minha cabeça começou a doer por causa da claridade, meu estomago revirava, dava saltos mortais e duplos carpados e no fim saia dando cambalhotas. Senti algumas pontadas no ombro em que eu havia me machucado.

Fiquei desesperada quando não consegui me mover. Internamente eu estava berrando e gritando furiosa! Mas por fora eu não me mexia.

Ok, acalme-se Arya... respire fundo...

Ta, isso não adiantou merda alguma! Eu estava morta? Deuses, não. Isso não parecia o Mundo Inferior.

– Arya? – chamou uma voz suave.

Finalmente consegui mover minha cabeça e ver quem me chamara.

– Eros... – arquejei.

Ele sorriu docemente e se sentou ao meu lado.

– Como se sente? – perguntou.

– Eu... – franzi o cenho – estou morta?

Ele riu. Uma risada gostosa. Consegui sentar, o que foi estranho.

– Não. Não. Esse é seu subconsciente. Precisava vê-la, essa foi a forma mais fácil. Daqui alguns minutos você acordará... – ele desviou o olhar de mim.

– Hum... ah, sim, eu estou bem! Da melhor forma possível... – lembrei-me do que havia acontecido.

Tentei chorar. Sem sucesso. O que fazia-me sentir mais culpada!

Eros me puxou para ele e aninhou-me em seu peito, passando a mãos levemente em meus cabelos desgrenhados.

– Sinto muito pelo que aconteceu... – falou – vai ficar tudo bem...

– Já ouvi muito isso – murmurei – ainda estou esperando tudo ficar bem...

Senti meus olhos pesarem. O deus ainda fazia cafuné em mim. Respirei fundo e em poucos segundos dormi, ou... acordei!?

Novamente meus olhos arderam fortemente em contato com a luz. Minha cabeça latejou, assim como o resto do corpo. Fitei o teto que eu conhecia muito bem, era o teto que ela vira pela primeira vez que esteve no Acampamento.

A história se repetia, o começo e o fim se colidiam.

Fiquei parada, sei que conseguia me mover, mas não o fiz. Apenas olhei para o teto, respirando o ar fresco com um leve cheiro de morangos.

– Ela acordou!!! – alguém gritou.

Logo minha visão foi inundada por diversos olhos me olhando curiosamente. Reconheci três deles: Nico, Percy e Annabeth!

– Ela precisa de espaço, seus idiotas! – uma garota berrou.

Sobraram apenas os três, me olhando. Nico abriu um sorriso de dar inveja ao “Jeff The Killer”.

– Ai meus deuses, Arya! – exclamou – Você não consegue se manter longe de riscos de morte? – bronqueou.

Sorri fraco. Mas não o respondi.

– Que bom que está viva... – falou Annie sorrindo.

– Sua louca! – disse Percy – Achei que íamos te perder... pela segunda vez!

Pigarreei, limpando a garganta.

– Não será tão fácil assim se livrar de mim...

– Tem noção do que eu passei, esperando você acordar? – resmungou Nico – Você ficou inconsciente por três dias!

Arregalei os olhos.

– Três?

– Sim! E ainda teve uma hemorragia interna e quase perdeu o ombro! – exclamou Percy recebendo uma cotovelada de sua namorada.

– Percy! – ralhou – Isso é coisa que se diga!? Enfim, Arya, estamos muito felizes por você estar viva!

Ela pegou na minha mão levemente e saiu andando.

Percy me abraçou desajeitado.

– Não faça mais isso... –disse.

– Vou tentar – sorri.

Ele saiu. E Nico se sentou ao meu lado.

– Irmã, estou muito feliz por você ter voltado pra mim – ri – não queria te dar más noticias, mas, acho que você tem o direito de saber – fiz uma careta – Bem, o corpo do Jeremy será enterrado amanha.

Quase cuspi os órgãos.

– Enterrado? – ele assentiu – Como pegaram o corpo? O que aconteceu? E a mãe dele..?

– A nevoa fez parte do trabalho. Dissemos a mãe dele que ele se envolveu em brigas de gangue. E ela acha que a culpa é sua.

Que desculpa esfarrapada! – pensei.

– Hum... e a mãe dele acreditou nisso tudo?

– Ela é uma mulher muito correta e religiosa, pelo seu jeito ela sempre achou que... bem, que você era envolvida nessas coisas – deu de ombros – e de quebra, ainda levou o “filhinho” dela.

Ri. A cada risada que eu dava, um sentimento horrível de culpa me pegava.

– O enterro é amanha? – ele assentiu – E Diuly?

– Isso é com a mãe dela.

X

Finalmente eu estava fora daquela cama.

Estava andando pelo acampamento, ah... nunca pensei que sentiria tanta falta de um lugar assim. Nunca pensei que minha vida teria algo assim, um lugar que eu poderia chamar de lar.

Entrei no meu chalé, e Nico estava lá.

Deitei no colo dele, e ficamos conversando por longas horas. Percy me visitou algumas vezes, junto de Annabeth.

Sinto que ela tem algo contra mim, alguma desavença, ou talvez ciúmes do Percy. Sinceramente eu não faço ideia. Mas, ela me visitou mesmo assim.

A noite foi caindo, Nico insistiu para que eu não fosse ao jantar, disse que eu tinha que descansar e que ele traria comida para mim no chalé.

Mas eu precisava desse jantar, não sei porque, mas eu precisava.

Tomei um banho rápido, coloquei coturnos, jeans e camiseta de banda (novidade). Nico me ofereceu o braço. Saímos juntos, na direção do refeitório.

Foi só colocarmos os pés lá, que todos os olhares foram direcionados para nós. Murmúrios espalharam-se por todos. Vi alguns rostos novos, novatos. Há-há, isso ia ser divertido.

Ouvi uma das meninas da mesa de Afrodite dizer algo sobre Nico e perguntar se éramos namorados! Mas gente... é melhor ela manter distancia do meu irmão.

Nos sentamos na nossa mesa, e eu comecei a comer como nunca.

Pensamentos começaram a se acumular e minha mente, Jeremy, Diuly, Lee e ... Eros.

– Deuses! Porque faz isso comigo, Eros? – pensei em voz alta.

– O que? – perguntou Nico.

Eu não havia contado a ele nada sobre Eros, absolutamente nada!

– Ham... nada. Não sei o que estou dizendo – sorri.

Ele deu de ombros e voltou a comer. Ainda bem que ele não entendeu o que eu disse, isso seria constrangedor.

Depois da cantoria na fogueira, de eu conhecer os novos campistas, eu e meu irmão nos recolhemos. Resolvi dormir mais cedo, minha coluna ainda doía muito.

A noite foi a mais tranqüila possível. Dormi como uma pedra. Mas não acordei nada bem.

Depois do almoço, coloquei um sobretudo preto, uma camiseta cinza, jeans e all star para ir ao enterro. Que já devia ter acabado. Não queria encontrar a mãe do Jey. Ela tentaria me matar, e não seria nada legal, pessoas tentaram me matar todos os dias. Até eu mesma.

Sentei-me na colina até o sol ficar mais fraco, pedi a Nico que não fosse comigo ao cemitério. Eu precisava de um tempo sozinha.

Deviam ser quase quatro horas. Procurei uma sombra, e me joguei. Em poucos segundos, eu estava na entrada de Portland. Esperava não encontrar minha mãe.

O céu já começara a ficar nublado. Logo a chuva cairia. Já me acostumei com isso.

Andei em passos decididos até o pequeno centro da cidade. Algumas pessoas me olhavam torto, algumas até me cumprimentavam e diziam “quanto tempo”, nada de anormal.

Logo eu estava na entrada do cemitério. Pelo lado de fora, vi que não havia ninguém. Pra falar a verdade, estava fechado.

Escalei o muro, pulando por cima das pequenas grades.

Ah...o cemitério. Me sentia até bem dentro dele. Ok, isso é estranho, mas é a verdade.

Andei calmamente por entre as lapides. O vento fresco fazia cócegas no meu nariz.. folhas secas voavam por todas as partes entre as gramas semi-mortas. Posso jurar ter ouvido alguns gemidos. Mas não me importei.

Ao longe, vi um tumulo que ainda estava com diversas flores coloridas.

Me aproximei dele até ver o nome Jeremy Willians gravado nele.

Malditas lagrimas teimaram em descer, e acabaram por vencer. As lagrimas que escorriam pela minha bochecha pareciam acido.

– Eu sinto muito... – sussurrei para o nada.

Senti alguém se aproximar de mim. Olhei para trás, e vi um garoto um pouco alto, cabelos pretos lisos caindo sobre os olhos, jaqueta de couro, coturnos, jeans escuro e uma camiseta do Iron Maiden. Seus olhos eram de uma encantadora cor de âmbar.

– Quem é você? Parente do Jeremy? – perguntei.

– De certa forma...

Foi a única coisa que ele disse. Nós dois, eu e o desconhecido, ficamos olhando para o tumulo por mais de vinte minutos sem dizer uma palavra sequer.

Notei a grande quantidade de flores. Ri pelo nariz.

– A mãe dele não ligava muito pra ele. Ninguém da família gostava dele, diziam que ele era um bastardo que atrapalhou a promissora carreira da mãe – comentei – ele nunca ganhava presentes nem nada do tipo. Agora, olhe quantas flores!

– Não compreendo... se a vida dele era assim, porque... – o garoto gesticulou para as flores.

– A culpa é maior do que a gratidão...


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Notas finais do capítulo

Gente, gostaria de agradecer a todos que acompanharam essa fic, deixaram seus reviews, recomendações e tudo mais.
Espero que não tenha decepcionada vcs hora alguma :) e... bem, essa foi minha primeira fic da vida *-* e eu vou sempre me lembrar dela... e de todos vocês, que me incentivaram a continuar escrevendo. :')
Enfim, não sei se vai rolar a segunda temporada (vocês decidem), e, se sim, eu devo postar aqui, nessa mesma fic para que vcs fiquem informados e possam acompanhar(daqui um mês, talvez, se eu for continuar). Então, não tirem das "histórias que acompanho" ou dos favoritos, para se manterem informados.
Deixem seu review e recomendação. E espero que TODOS os meus leitores deixem um review ;-;
AH, e, quem será o garoto do cemitério?? Tandandandan... acho que a galerê ligada nos livros do tio Rick já desconfia u.u
Novamente, agradeço a todos vocês :3

Kisses of Death ♥

GEMMMMT, Não deu pra avisar corretamente pq a inteligência pura aqui marcou a história como concluída 'o', mas ta aqui: http://fanfiction.com.br/historia/422121/O_Anjo_Da_Morte_-_Destiny/ SEGUNDA TEMPORAAAADAAA! Bjs de luz HAUSH