Trapaças: Na Conquista E No Amor escrita por Camila J Pereira


Capítulo 27
Semana de Amor


Notas iniciais do capítulo

Edward e Bella planejam reclusão de uma semana para amarem-se...
Vamos a semana!



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Edward

Esta era a minha segunda ligação. A primeira tinha feito para Victória. Pedi para que não me procurasse durante os próximos dias. A garota me arrancou parte da história. Argh! Ela era impossível, mas fiz o possível para manter a maior discrição. Bom, Victória pelo menos não me atrapalharia enquanto Bella estivesse aqui. Tinha que resolver com Jasper.

- É isso mesmo, Jasper, não vou trabalhar essa semana. - Repetia pela terceira vez para que acreditasse. - Por favor, aguenta as pontas aí por mim. - Não queria entrar em detalhes. Seria muita sorte conseguir isso tendo Jasper como amigo.

- O que é que tá acontecendo, Edward? Você esta estranho demais. Nem me contou ainda como foi com o seu superplano. - Não disse?

- Foi mais do que o esperado. - Comecei, querendo já terminar.

- O que isso quer dizer? - Desconfiou de algo.

- Saiu um pouco do meu controle. - Fiz uma careta lembrando-me do rosto triste de Bella e sentindo um pouco da culpa cair sobre meus ombros novamente.

- Sabia que isso poderia acontecer. Eu te avisei. - Resmungou como sempre.

- Bella pegou os dois transando no apartamento do otário.

- O quê?! - Surpreendeu-se.

- É isso mesmo. Não foi o planejado, uma transa, e nem mesmo que Bella os flagrasse, mas aconteceu. – Ouvi um assobio longo de surpresa do outro lado da linha. - Jasper não me leve a mal, mas tenho que desligar. - Tentei sair de fininho dessa conversa.

- Edward, mas você tem que me contar... - Insistiu.

- Contarei depois. Até mais, cara. - Desliguei sem esperar que terminasse. Se eu não fizesse isso ele insistiria até que tudo fosse revelado. Não poderia contar nada ainda, não sabia se Bella gostaria que o nosso relacionamento fosse divulgado ainda.

Bella... Onde estaria agora? Estava demorando demais. Será que desistiu de tudo? Não deveria ter deixado que fosse sozinha. Tinha que ter ido e garantido o seu retorno. Estava tamborilando os dedos no telefone ponderando se ligava ou não para ela. Se ligasse talvez parecesse desesperado e grudento. Normalmente não era assim, mas deveria admitir que tinha me tornado com ela. Ansioso o tempo todo e de vez enquando inseguro.

Ela me transformou me tornou fraco diante dela. Se soubesse o poder que exerce sobre mim, como pode me manipular facilmente se quiser. Bella não sabia desse seu poder e mesmo assim me afetava muito.  E talvez eu tivesse me tornado também um tolo, porque eu gostava dessa situação, ainda assim queria ser seu refém, seu escravo totalmente dócil e obediente. Eu a amava inteiramente e estava desesperado sim para tê-la em definitivo. Sabia que ainda não estava certo, mas caminhava para isso.

- Onde ela estará? - Perguntei e a campainha soou. Com certeza era ela. Tinha deixado claro na portaria que era permitida a entrada dela a qualquer momento.

Corri para atender a porta sem me importar de parecer desesperado, estava desesperado mesmo. Bella estava na porta, com uma roupa diferente da que saiu daqui. Em seu ombro uma sacola que parecia cheia. Livrei-a do peso e a guiei para dentro segurando sua mão. Depois de colocar a sacola em qualquer lugar, prendi-a em um beijo que logo pareceu abrasador sem esperar convite algum.

- Saudade? - Tentou falar enquanto a beijava incansavelmente.

- Muita, muita. - Consegui falar, minhas palavras saíram em um sussurro.

Ergui seu corpo, suas pernas prenderam-se em minha cintura. Sem delongas, levei-a até o meu quarto onde pretendia fazê-la minha novamente e não pela última vez. Amamos-nos até novamente a exaustão.

Acordei sentindo uma dor no abdome. Era estanho, meus olhos ainda estavam fechados e meu corpo ainda completamente relaxado pelo sexo prazeroso.  Bella estava deitada em meu peito e fazia um pequeno cafuné em meus cabelos o que adorei. Estava adorando estas demonstrações carinhosas que ela estava tendo. Então algo constrangedor aconteceu, meu estômago roncou e constatei que a dor no abdome era fome.

O corpo de Bella estremeceu completamente em cima de mim. O som da sua risada era agradável demais para meus ouvidos. E ri também, por contentamento, mas ela não sabia disso, achava que estava rindo do que ela riu.

- Está com fome. - Bella cruzou as mãos na altura do meu peito e repousou o queixo ali. Seu sorriso era largo e encantador quando enfim abri meus olhos.

- Bom... Já não poderia negar.

- Não mesmo. – Toda vez que ela sorria como naquele momento meu coração se enchia de ternura. - O que quer comer? Posso preparar para você. Já cozinhou tanto para mim que me sinto em dívida.

- Nunca se sinta em dívida comigo. Tudo que faço por você é por prazer... Por amor. - Toquei em seu rosto delicado com as pontas dos dedos.

- Também farei com prazer. O que quer? - Repetiu.

- Se está determinada... Poderia preparar sanduíches pra gente? Tem queijo e presunto na geladeira.

- Tudo bem. Vou preparar os sanduíches. - Antes que ela levantasse agarrei-a mais uma vez e lhe dei um beijo.

Bella vestiu uma blusa minha e foi para a cozinha. Quando voltou, além dos sanduíches e refresco trouxe o seu celular. Sentei para ajudar a pôr a bandeja sobre a cama. Bella sentou do outro lado.

- Ouvi tocar. - Ela mostrou-me o aparelho e mexeu um pouco nele. - Meu pai. Vou ligar para ele. - Ela discou o número e esperou. - Pai?...Eu expliquei tudo no bilhete pai – Fiquei apreensivo por ela. - Uma amiga... Annabelle. - Revirei os olhos com essa. - Ela é de Seattle também, mas estamos em... Em... Em... - Bella gaguejava e piscava os olhos sem conseguir pronunciar um nome.

- Spokane. – Sussurrei um chute. Ela me olhou agradecida.

- Em Spokane. - Repetiu debilmente. - Vou demorar aqui, talvez uma semana... Não acha que preciso de uma folga, de sossego depois de tudo o que aconteceu? - Sua voz ficou firme agora. - Sim, pai não se preocupe, manterei contato... Manda um beijo para a mamãe. Boa noite, pai. - Ao desligar ela suspirou.

- Algum problema? - Perguntei.

- Meu pai só ficou cismado com a minha súbita saída, mas está tudo bem agora. - Ela sorriu e retribui com amor.

- Só vai ficar tudo bem mesmo quando comermos. - Ela gargalhou e então atacamos os sanduíches.

Mais tarde ao vasculhar seu celular, ela descobriu que tinha várias ligações de Jacob Black e então decidiu desligá-lo, o que achei ótimo. Não queria que aquele cara continuasse a ligar para ela, a cercá-la como estava. Desejei que essa etapa fosse curta, em que o nosso relacionamento fosse secreto.

Amávamos-nos sempre que possível. Trancados ali isso era possível sempre. Algumas vezes éramos interrompidos por ligações de Jasper para falar da empresa e tentar saber o que estava acontecendo. Dos meus pais perguntando como estava e porque tinha sumido. Do Emmet, preocupado com a irmã, mas eu não podia falar que ela estava ali comigo. A pior das ligações era de Alice, que reclamava, reclamava e reclamava.

Minha pequena irmã era uma metralhadora de reclamações. Entre todas as coisas estava preocupada pelo sumiço de Bella e que ligava para o celular dela e esta não atendia. Fiquei apreensivo quando soube por ela que Jacob a procurou algumas vezes para saber notícias de Bella. Alice queria saber o que tinha acontecido entre os dois e desconfiava de que eu tinha alguma coisa haver. Em nenhuma das ligações podia falar muita coisa, seria comprometedor para mim e mantinha-me calado o que era a morte para ela.

Com a aproximação do final da semana algo em mim agitava-se. Bella a qualquer momento voltaria para a sua casa, para a sua rotina e ainda não tínhamos tido uma conversa franca sobre nós. Novamente a maldita insegurança me dominou e voltei a fumar quase constantemente, ela não gostava, mas também não falava nada até hoje...

- Jura que é outro? Quanto já fumou hoje? - Bella aproximou-se da soleira da porta que dava para a varanda. Estava na espreguiçadeira desde que ela tinha ido tomar banho. O seu perfume alcançou as minhas narinas e a fitei inteira. Ela estava com a camisola preta com detalhes em renda, a que eu mais gostava.

- Só alguns... - Fui vago enquanto tragava novamente. Um ar inquisitivo surgiu em seu rosto doce. Apaguei o cigarro no cinzeiro que apoiava em minha perna. Coloquei-o no chão e estendi a mão para ela. - Venha. - Ela segurou em minha mão e a puxei delicadamente até o meu colo.

- O que está acontecendo? Porque essa ruga? - Seu dedo tocou de leve o espaço entre meus olhos. 

- Eu te quero. - Soltei inesperadamente. Bella ficou surpresa, um sorriso tímido surgiu em seus lindos lábios.

- Você me tem, não? - Era como se fosse óbvio, certo. Não era.

- Não sei... Tenho-te agora, neste momento. E depois? Quando você for embora e voltar a pensar em todas as outras coisas... E então Bella, ainda a terei? - Podia sentir o ar tenso formando-se em torno de nós dois. Algo que tinha deixado de acontecer, mas que agora voltava com força total. Talvez devesse ter prolongado essa conversa, no entanto, sabia que esse pensamento iria me consumir.

Bella permaneceu calada por alguns segundos. Fitei seus olhos avelã tão expressivos tentando sondar seus pensamentos. Infelizmente o que vi neles não me agradou e tudo o que havia temido e mesmo assim previsto pareceu mais certo do que tudo.

- Por que... Não pensamos no assunto depois? Por que não deixamos simplesmente acontecer? - Estava hesitando, estava claro. - Vamos entrar, está frio aqui. - Ela ergueu seu corpo, porém mais rápido do que pude minhas mãos a seguraram pela cintura, fazendo com que sentasse novamente.

- Você está apenas insegura ou... Ou ainda pensa em voltar para o Black? - Meus dentes estavam cerrados ao pronunciar essas palavras. Meus dedos a apertaram com um pouco mais de firmeza em sua cintura. Bella estremeceu e não pude identificar o motivo exato. Ela soltou o ar ao mesmo tempo com um tipo histérico de riso.

- Que tipo de pergunta é essa? - Uma confusão passou em seu rosto.

- Uma que exige resposta sincera. - Meus maxilares estavam começando a doer com o esforço que fazia para me controlar. Queria saber a resposta e se fosse possível arrancaria dela.

- O que tinha nesse seu cigarro? Maconha? - Perguntou visivelmente irritada.

- O quê?! - Fiquei confuso por um instante. - Não seja boba.

- Não seja você! Estava tudo bem até agora. Saí do banho e me deparo com um Edward ranzinza e inconveniente. - Nunca a vi gesticular tanto. Uma de suas mãos estava em sua cabeça, os dedos por entre os cabelos.

- Inconveniente... Eu tinha que fazer essa pergunta em algum momento porque ela estava engasgada na minha garganta. - Seus dedos libertaram seus cabelos e seu braço baixou. Sua mão tocava agora meu peito. Segurei em seus braços. - Responde. - Vi seus olhos fechando e me senti impaciente. - Bella. - Exige.

- Não, não penso em voltar para o Jacob. - Falou enfim, mas para mim ainda não foi da maneira certa. Queria ver em seus olhos a verdade.

- Abra os olhos, por favor, e responda. - Ela suspirou e abriu os olhos. Houve um longo tempo em que ficamos apenas olhando em nossos olhos.

- Não penso em voltar para o Jacob. - Era verdade. Ela não pensava em voltar para ele. Meus dedos relaxaram em seus braços.

- Eu te amo. - Foi tudo o que pude dizer no momento. As sobrancelhas de Bella uniram-se rapidamente. Qualquer que tenha sido o pensamento concebido depois das minhas palavras, ela processaria depois ou agora em meus braços.

Levantei fazendo com que me acompanhasse. Tomei-a em meus braços e a levei para o quarto. Deitei-a na cama. Tinha que fazer com que sua insegurança fosse exterminada de uma vez. Só podia então mostrar o quanto era amada por mim.

Tirei a camiseta, ficando apenas com o moletom. Bella ficou de joelhos na cama, seu olhar já não continha irritação, nem insegurança. Era a minha Bella ali, segura do que queria. Seus olhos mostravam a sua determinação e o desejo que a atingia no momento, assim como a mim.

Ao se aproximar acariciou-me com as pontas de seus dedos. O toque foi leve em meu peito, mas a sensação foi abrasadora. Ela continuou e a medida que fazia isso deixava um rastro de fogo em meu corpo do peito à baixo do umbigo. Quando seus dedos tocaram ali, estremeci de desejo.

Bella agarrou a barra da calça e aproximou-se ainda mais. Depositou um beijo delicado em meus lábios, mas não deixou que eu o aprofundasse, antes disso beijou meu rosto, meu queixo e fez um caminho com beijos delicados e doces até a minha orelha. De lá, desceu até meu pescoço. Era eu não, que deveria mostrar que a amava? No entanto, esses beijos... Ela me ama também e então porque protelar?

Deixei que meus dedos entrassem entre seus cabelos macios enquanto beijava meus ombros. Ela não tinha pressa em suas carícias e eu estava gostando muito daquilo tudo. Estremeci novamente quando senti que agora ela usava a língua também e foi o que fez em meu peito. Travei os dentes para não gemer alto.

Já tínhamos nos amado aquele dia, tinha sido gostoso e demorado. No final me senti leve como sempre me sentia depois de tê-la em meus braços. Mas descobri que com ela nunca estava satisfeito, era como uma droga para mim. Fechei os olhos quando ela alcançou meu umbigo e desceu de vagar um pouco mais a baixo.

Seus dedos abaixaram o meu moletom e eu a ajudei a retirá-lo. Bella tocou em meu sexo, abri os olhos para ver a cena. Aquilo me excitou ainda mais. Ela me beijou por cima da cueca, uma corrente elétrica passou forte por todo o meu corpo, disparando o meu coração por último. Ela fez o mesmo que fez com o moletom e em segundos estava completamente nu a sua disposição.

Estava ereto e pulsando. Bella o segurou firme, meu gemido saiu como um chiado. A coisa toda piorou ou melhorou quando ela começou a me masturbar. Ela olhava para mim e para o meu pênis com... Gula. Era a expressão mais provocativa que tinha visto.

Bella aproximou o rosto e percebi a sua intenção. Interrompi seu movimento segurando seus cabelos. Ela olhou para mim com determinação e malícia, um sorriso que revelava suas intenções nos lábios. Ela passou a ponta da língua na base do meu pênis. Senti os cantos dos meus lábios erguerem-se involuntários em uma atitude de controle. Ela vez novamente e então relaxei a mão.

Então ela lambeu toda a extensão do meu pênis e o beijava. Bella novamente usou as mãos para em seguida abocanhá-lo completamente. Afastei-a mais uma vez. Ela fez uma cara engraçada de quem não estava entendendo nada.

- Tira a roupa. - Pedi. Ela sorriu e provocativamente suspendeu a camisola por sobre a cabeça e se livrou dela. Em seguida foi a sua minuscula calcinha.

De frente para mim agora podia ver seus mamilos que se revelavam e mostravam a sua excitação. Fitei seu rosto corado e ansioso. Toquei-o com amor e depois em seus seios, primeiro em um e depois no outro.

- Faz agora. - Saiu como se estivesse implorando. Bella abaixou-se e continuou de onde tinha parado.

Vê-la nua fazendo sexo oral em mim, era o auge da excitação. Sentia-me cada vez mais duro e o prazer aumentava a cada lambida e sucção. Quando o desejo chegou próximo do limite. A ergui e virei-a de costas. Toquei em suas costas com a pontas dos dedos, seu corpo estava todo arrepiado. Toquei do mesmo jeito suas nádegas. Depois usei toda a minha palma para senti-la e enfim já estava massageando-a com força. Com a outra mão, tocava-a em seus seios. Encostei-me mais nela, sua bunda em meu pênis. A mão que estava atrás foi para sua vagina. Ela afastou as pernas e então introduzi um dedo nela.

Enquanto dava-lhe prazer com minha mão, beijava-lhe a orelha e a nuca. Senti sua impaciência quando começou a mover-se para ajudar a si dar prazer. Retirei as minhas mãos dela e fiz com que abaixasse, pondo as mãos na cama. Bella ficou de quatro em minha frente. Penetrei-a de uma vez. Ela estava pronta para mim.

Comecei de vagar, as estocadas longas e demoradas. Não queria gozar tão rápido. Mas tê-la assim, nesta posição, me descontrolava. Tudo piorou quando começou a rebolar em mim. Estava segurando-a pela cintura para facilitar os movimentos. Debrucei-me um pouco sobre ela e toquei em seus seios mais uma vez alternando para seu clítoris. Bella começou a rebolar mais rápido e seus gemidos misturavam-se com os meus.

Estávamos suados e parecia que aquilo aumentava ainda mais a libido. Então, as estocadas ficaram mais rápidas e curtas, mas mantive a profundidade. Segurava-a apenas pela cintura agora, ela chegou primeiro e senti seu corpo amolecer, tive que segurá-la mais firme enquanto continuava. Segundos depois sentia espasmos pelo meu corpo e eu próprio ficava mole por cima dela.

Depois disso, era mais uma noite que dormíamos abraçados. Nossos corpos entrelaçados e suados, relaxados pelo gozo prazeroso. Nossos cheiros misturados. Era tranquilo passar a noite com ela, sentiria saudades. Será que ela sentiria a minha falta também?

No dia seguinte enquanto estava esperando Bella terminar o banho para tomarmos o café que ela tinha preparado a campainha tocou. Achei estranho, talvez fosse algum vizinho que estaria precisando de algo. Dispensaria-o rapidamente e voltaria para o meu amor. Meu coração parou por uma fração de segundo quando meu olhar caiu sobre aqueles olhos enfezados e os lábios cerrados em uma linha reta. Teria problemas.

- O que faz aqui? - Perguntei segurando ainda a porta sem querer abrir para ela.

- Oi pra você também. - Seus lábios mal abriam enquanto falava.

- Deveria estar trabalhando. - Lembrei a ela.

- Engraçado irmãozinho, você também. - Ela sorriu maliciosamente. Alice estava com a sua personalidade assassina. Nada bom. - Não vai me convidar para entrar? - Ela cruzou os braços na altura do peito.

- Eu acho melhor... - Hesitei e fui cortado.

- Sai lodo da porta, Edward. - Alice entrou porta a dentro determinada. Caminhei alguns passou até  o meio da sala onde ela estava. Ela me observou dos pés a cabeça. Não fechei a porta, queria que ela fosse embora antes que descobrisse que Bella estava aqui ou que falasse algo que fizesse com que Bella cismasse. - O quê? Não vai mais trabalhar?

- Eu... Dei-me folga. - Mordi o lábio.

- Eu sei. Uma folga a semana inteira... Jasper está preocupado, aliás, eu também...

- Não falou nada aos nossos pais, falou? - Previ a confusão.

- Não, claro que não. - Negou. - Mas eles sentiram sua falta esta semana. O que deu em você?

- Fadiga. - Respondi mecanicamente. Alice ergueu uma sobrancelha e mordeu o lábio.

- Não parece fadigado. - Ela falou observadora.

- Estou melhorando, claro. - Minha irmã soltou um riso revelando que não estava acreditando em uma palavra que eu dizia.

- Ok, senhor preguiçoso. Já entendi que com você a coisa não é grave. Mas, por outro lado... - Ela se jogou no sofá parecendo desolada. -... Estou muito preocupada com Bella.    

- Está... Por quê? - Pus as mãos na cintura e tentei relaxar meu corpo tenso.

- Você não sabe?! - Alice me encarou mais atenta e perplexa. - Não anda atrás dela vinte e quatro horas? Deveria saber.

- Do quê? - Tentei parecer autêntico em minhas reações.

- Bella sumiu. - Soltou. - Desde o noivado da Rose e Emmet. Como não sabe disso? Ah, claro! Você virou monge e está recluso em seu apartamento exercitando a sua grande preguiça. - Foi sarcástica. Dei uma risada forçada para ela. Alice não se abalou e continuou: - Acho que aconteceu alguma coisa entre ela e Jacob na noite do noivado. Ele anda me procurando para saber dela, está abatido e parece até mais magro. De um lado, Jacob desesperado e do outro uma Bella desaparecida. Reneé me disse que ela viajou. Estou irritada porque ela não falou nada pra mim. Nenhuma das garotas sabe o que aconteceu.

Jacob abatido? Espero que ela não tenha ouvido isso e não amoleça o coração. Só me faltava essa Jacob se fazer de arrependido e tentar conquistar Bella novamente. Não, não iria permitir. Se ele... Se ele ao menos tentasse, iria se arrepender. Em Bella ele não toca nem mais um dedo.

- Edward! Não fez nada para separá-los, não é? - Alice mantinha os cotovelos apoiados sobre os joelhos, dos dedos cruzados sob o queixo. Seu olhar era de quem procurava a verdade.

- Como?! - Voltei à realidade.

- Você aprontou alguma? - Alice apontava o dedo em hirte para mim.

- É claro que não! - A mentira saiu rápido entre meus lábios o ar indignado foi na medida certa. - Esqueceu que eu estava no noivado e permaneci lá até depois dela ir embora? O que eu faria para separá-los? - Ela me olhou desconfiada. - Não vou perder o meu tempo com você.

- Edward... - Alice iria continuar com sua lengalenga e estava determinado a fazê-la calar antes que soltasse algo comprometedor para Bella ouvir e ao gesticular sua mão tocou em um tecido que estava no sofá. Ela pegou a peça íntima com a ponta do dedo indicador por uma alça. Seu olhar era de pura analise. - O que é isso? - Cruzei agora os braços na altura do peito.

- É sério que vou ter que te explicar? - Zombei.

- Eu sei o que é isso, quero saber o que um sutiã vermelho está fazendo aqui em seu sofá? - Tive que rir com essa. Espera um pouco, a minha irmã caçula estava achando que era quem?

- Por que você não volta para seu trabalho? - Foi mais como uma ameaça.

- Edward! - Ela levantou zangada ainda com a lingerie em mãos. - Não acredito que enquanto a minha amiga está por aí sofrendo, você está aqui transando com uma sirigaita. Fadiga é o nome que você dá pra isso? Pra mim é sem vergonhice! Não vou mais ajudá-lo com Bella. Você não merece e espero sinceramente que não esteja envolvido com essa briga dos dois. - Jogou a peça no sofá com raiva. - Estou envergonhada, estou envergonhada. - Alice me lançava o olhar da vergonha, não tive coragem de dizer nada, estava petrificado com a cena. Ela saiu parecendo bastante chateada batendo a porta com força. Espero que esse estado de espírito dela não dure muito. Alice neste estado era insuportável.

Sentei no sofá soltando todo o ar que estava preso. Passei as mãos pelos cabelos. Bom, foi melhor do que poderia ter sido. Escutei o som de uma risada gostosa atrás de mim e quando virei na direção que o som vinha, senti braços enlaçando o meu pescoço e beijos delicados foram depositados em meu rosto. Isso sim era o paraíso. Ela tinha escutado a conversa com a minha irmã, mas o quanto dela ela ouviu?


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