No dia seguinte, depois da aula, eu estava conversando com Sanne e Annekin na sala.

–Sério que o Gary cantou essa música??- perguntou Sanne.

–Sim, ele cantou e tocou violão.- respondi.

–Que fofo ele!!!- disse Annekin.

Denny apareceu na porta da sala e acenou.

–Ah... oi.- disse ele forçando um sorriso.

–Oi.-respondi friamente.

–Vish... acho que vamos indo né Sanne?- disse Annekin a puxando pelo braço. – Nos vemos lá no muro.

Depois que elas saíram eu peguei minhas coisas e dei as costas para ele. Mas Denny segurou meu braço.

–Me solta deu filho de 25 putas.-falei.

–Não. Ouvi dizer que ontem foi seu aniversário. Parabéns.

–Obrigada. Agora me solta.

Nesse momento ele me deu um abraço.

–Caralho! Vai se foder!- disse me soltando ele.

Quando vi Gary estava na porta nos olhando.

–Gary...-eu disse.

–Larga ela, seu filho da puta!- gritou ele correndo na direção do Denny e dando uma voadora (fail) nele.

Saí de perto e fiquei vendo Gary tentar bater no Denny, só que ele é muito forte, então acho que o Gary vai se foder.

Ele estava super cansado já, havia levado vários socos e sua boca estava sangrando. Já o Denny estava intacto.

–Gary... precisa de ajuda?- falei.

–Não, eu to bem.- ele respondeu ofegante.

–Acho que não tá não.-falou o Denny rindo.

–Ah caralho...- eu falei indo até eles dois.

Dei um chute bem naquele lugar no Denny, que caiu no chão se contorcendo. Depois dei um pulo e caí em pé bem em cima dele. Cara, eu sei lutar melhor que o Gary (sou foda hahahahahaha). Para encerrar com chave de ouro, peguei a perna dele e puxei até não poder mais.

–Pronto?- perguntei.

–Podemos ir agora?- perguntou tentando sorrir.

–Sim.- respondi e deixamos o Denny lá na sala.

Quando saímos da sala, fui para o banheiro pegar papel para limpar o sangue da boca dele. Enquanto eu limpava o rosto dele ele falou:

–Sabe... geralmente quando dois caras começam uma briga por causa de uma garota, ela fica falando: “parem! Parem já!”. Mas você não, você vai lá e dá uma surra no outro cara...

Eu ri um pouco e falei:

–Não sou igual à elas.- e dei um sorriso.

Ele sorriu.

–Você além de boa lutadora, também é uma boa enfermeira, sabia disso?

–Que nada... pronto, agora toma cuidado que tem um corte dentro da sua boca, acho que você não vai precisar levar ponto...

–O que? Um corte dentro da minha boca? Ah... não vou poder te beijar...- disse e fez uma cara triste.

–Não fica assim não...- falei e dei um beijo na bochecha dele.

–Legal é saber que a minha namorada é além de mais bonita, mais inteligente, mais simpática, ela também é mais forte que eu...

Eu ri e dei um abraço nele.

–Sabe que eu até gosto de ser chamada de namorada por você, meu namorado.