Angel escrita por Dayane Alves de Oliveira
-O QUE VOCÊ ESTÁ FAZENDO AQUI? –Gritou Angélica ao se recuperar do susto.
-Eu vim acabar com esse teatro!!!
-Como é?
-Você não pode se casar! Todos aqui estão loucos! –Disse se aproximando da filha.
-E o que você tem a ver com isso?
-Eu vim te ajudar. Duvido que você queira uma coisa dessas.
-Agora?? Agora você resolve me ajudar?? Você some durante anos, e aparece assim só pra ajudar??? –Dizia ela com amargura.
-Você está sendo muito injusta.
-EU estou sendo injusta???
-Eu só quero acertar as coisas pra você. Casamento não é a melhor opção na sua idade.
-Você não tem nada a ver com a minha vida!!! Por que você não faz como da ultima vez e simplesmente desaparece? Quando eu precisei de verdade você não estava aqui! Por que eu ia querer agora??
Todos olhavam assustados e curiosos a discussão entre pai e filha. Eles continuaram se atacando e se defendendo cada vez mais alterados. O Pai de Angélica parecia ter a mesma idade da filha.
Até que a Vó chegou e interrompeu a briga:
-O QUE VOCÊ FAZ AQUI ADRIANO???
-Helena...
-Você não respondeu.
-Vim acabar com isso. Minha filha não pode se casar. Ela tem apenas 17 anos, isso é loucura!
-Ela está gravida. Tem que reparar isso.
-Você não pode cometer o mesmo erro de 17 anos atrás!
Helena ficou calada, e Angélica que chorava nos braços de Raphael perguntou:
-Que erro? Do que vocês estão falando?
-Nada! –Disse Helena.
-Vocês tão achando que eu sou o que??? –Gritou Angélica.
-Conversamos depois.
A Vó começou a dispensar os convidados para casa. Angélica foi para a sala com Raphael, que tentava acalma-la.
Adriano se sentou do outro lado da sala. A família se reuniu quando o ultimo convidado foi embora.
-Então.. –Começou Adriano. - Ela não pode se casar, e ponto.
-Ela VAI se casar. –Falou Helena sempre firme.
-Você não pode fazer isso Helena! Sabe o que aconteceu da ultima vez.
-Você não tem esse direito!
-Ela é minha filha! Ela vai saber o que aconteceu e a sua culpa nessa história.
-Do que vocês estão falando? –Perguntou Angélica.
Todos ficaram em silêncio, depois a Vó disse:
-Raphael. Saia.
-Vou ficar.
-Isso é um assunto de família.
-Eu vou ser dessa família.
-Mas ainda não! Saia!
Angélica fez sinal para que ele saísse, e ele foi. Após ele fechar a porta, ela explodiu:
-Falem logo!!!
-Você não pode fazer a vontade dela Angélica!! -Disse o pai.
-Não escute o que ele tem a dizer! –Falou a vó.
-Ela tá te manipulando. Esse casamento pode acabar com o que você sente pelo Raphael, por mais que vocês terão um filho juntos.
-Do que você está falando? –Disse Angélica quase chorando novamente.
-Ela fez isso comigo e sua mãe.
-O que?
-Sua mãe também engravidou quando ainda namorávamos. E sua vó abrigou a gente a se casar...
-Mas... as datas não batem...
-Ela perdeu o bebê... isso destruiu a gente... não deixe que sua vó faça isso com você também.
-Por que vocês nunca me contaram?
-Não era importante... até agora.
-Eu não quero saber! Não sou vocês! Eu amo o Raphael de verdade!
-Você não sabe o que é amor, é jovem demais pra saber o que quer.
-Eu quero ele. –Olhou rapidamente para Natalia, e fez uma breve cena. –E quero o meu filho. –Pos a mão na barriga. –Não to nem ai pro que aconteceu no passado. O meu futuro é aqui!
-Você vai se arrepender Angélica. Também é jovem demais pra ser mãe. Não precisa cometer o mesmo erro que nós. Existem alternativas....
-O QUE?? Você acha mesmo que vou tirar o meu bebê??? Você é pior do que eu pensava! Quero que você vá embora! Vó!!! –Gritou ela, mas a vó nada fez. E Angélica continuou chorando. –Tá bom. Não vá.
Ela saiu andando pela porta e foi para a casa de Raphael.
-Ela vai voltar. –Disse a vó convencida.
-O Raphael vai ficar bem no sofá. –Disse Erica ao entrar com Angélica no quarto do filho.
-Obrigada. –Disse Angélica com um sorriso triste.
Erica lhe entregou um pijama de Amélia e saiu do quarto com Raphael.
Angélica se trocou e se deitou para dormir. Mas só conseguia pensar no que o pai havia dito. No que aconteceria se realmente se casasse com Raphael. Em como teria sido sua vida se o pai tivesse sido presente.
Como sentiu falta dele.., ah... como sentiu. Mas agora não tinha como voltar atrás. Ela não era mais a menininha que ele deixou. Agora ela não precisava mais dele, nem de ninguém. Pelo menos era o que achava.
Mesmo exausta, ela não conseguiu dormir. Ao se certificar que todos já dormiam na casa, ela desceu e foi ficar com Raphael.
Se deitou com ele no sofá:
-Não consigo dormir. –Disse no ouvido dele.
-Também não. –Falou se virando para ela. –Você está bem?
-Como eu deveria estar...
-Vai dar tudo certo. O seu pai não pareceu tão furioso, parece que ele queria mais... ajudar.
-Você não pode ter acreditado nele.
-E se ele tiver sendo sincero?
-Meu pai nunca fez uma coisa boa pra mim. Por que faria agora?
-Crise de consciência?
-Ele não tem consciência. É igual a minha mãe.
-Acho que não. Sua mãe nem veio...
-Ele não vai me ganhar tão fácil.
-Deixa de ser durona... –Disse ele beijando a ponta do nariz dela.
Ela deu um sorriso malicioso e disse:
-Eu não vim aqui pra conversar. –E se precipitou para beijar Raphael, mas bateram as testas e caíram no chão.
Raphael teve que tampar a boca dela com a mão para abafar a risada. Quando ela o afastou e disse que doeu.
-Machucou? –Disse ele, também contendo a risada.
-Não. Mas você é pesado. –Falou Angélica empurrando o namorado, e invertendo as posições, ficando por cima dele.
-E você é uma pluma? –Brincou ele.
-Claro. –Deram risada, e finalmente ela o beijou.
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