Angel escrita por Dayane Alves de Oliveira
Pararam na frente da casa de Raphael e ela o abraçou mais uma vez. Já tinha parado de chover á algum tempo, mas tudo ainda estava com o aspecto parado, lento. Se beijaram, e para anima-lo um pouco Angélica ficou dando leves beijos no pescoço dele.
Mas a vó viu tudo pela janela de casa, e saiu correndo para a rua:
-Entra em casa agora Angélica!!! –Gritou ela.
Angélica se assustou, mas respondeu firmemente:
-Não! Vou ficar aqui.
-Você não vai ficar coisa nenhuma! Pra casa agora!
-Não! Quero ficar com meu namorado.
-O SEU O QUE???
-O que a senhora ouviu. –Ela pegou a mão de Raphael. –Nós estamos namorando.
-Eu não acredito nisso!
-Mas é verdade. –Disse Raphael –Nós estamos juntos e a senhora não pode impedir.
-Olha como fala comigo moleque! Como ousa ficar com a minha neta? Seu criminoso.
-Ele não é nada disso! –Gritou Angélica.
-E você? Não tem vergonha? Era pra você estar aqui virando uma pessoa melhor, e não se jogando no primeiro marginal que aparece. –Disse a vó para Angélica.
Ela ficou ofendida mas disse:
-Eu o amo.
Todos que tinham seguido a vó e observavam a briga, a vó e o próprio Raphael ficaram calados ao ouvir isso, completamente surpresos. Quando Angélica ia se virar para dizer olhando nos olhos de Raphael, quando a vó lhe deu um tapa no rosto.
-Não!! –Gritou Raphael segurando Angélica que perdeu o equilíbrio.
-Solta minha neta! –Disse a vó também dando tapas em Raphael –Solta! Vem Angélica! –Disse puxando a neta.
-Não! Me solta! Raphael!!! –Gritava Angélica tentando se soltar, enquanto era arrastada pra casa, como um condenado no corredor da morte.
Dentro de casa, a vó continuou seu decreto:
-VOCÊ NÃO VAI FALAR COM ELE! NÃO VAI VER ELE! NÃO VAI LIGAR PRA ELE! NÃO VAI NEM SEQUER PENSAR NELE!!!!
-Isso não é justo! –Gritou Angélica ao ser atirada na cama.
-Eu sei o que é melhor!
-Só se for pra você!
-Cala a boca! Eu já falei o que tinha que falar. Agora pense no que você fez! Amanhã eu espero uma bela declaração d desculpas!
-Espera sentada! –Angélica gritou enquanto a vó trancou a porta.
Angélica chorou desesperadamente enquanto rasgava os travesseiro com as unhas. Se deitou na cama, apertou os olhos com as mãos e sentiu gosto de sangue na boca, e reparou que havia mordido o lábios com tanta força que havia cortado. Foi até a penteadeira para olhar, mas apenas ficou encarando seu próprio reflexo.
Quando Natália entrou no quarto batendo palmas sarcasticamente:
-É! Você realmente conseguiu o que queria! –Disse ela.
-Não enche Natália.
-Mas é sério. Agora sim ela te manda de volta.
-O que? –Disse ela se virando para Natália.
-Ela não vai aguentar isso. Não duvido nada que amanhã de manhã tenha uma passagem de volta pra sua tão adorada cidade.
-Mas eu não quero ir! Agora não!
-Devia ter pensado nisso antes de assumir o namoro.
Angélica sentiu o mundo girar e se sentou na cama para recuperar o oxigênio.
-Não é irônico que o motivo pra você ficar, seja o mesmo que pra sair? –Disse Natália sorridente.
-Cala a boca Natália. –Disse ela com tanta raiva e amargura na voz, que fez Natália se calar.
Não quer ver anúncios?
Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!
Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!