Alguns minutos depois, Olívia ouviu um longo e dilacerante ruído vindo da cabine do piloto. Sua primeira reação foi alcançar sua arma que estava escondida num suporte em sua perna direita. Rollins assustou-se com a reação da outra e a olhou, sobressaltada.

–O que há, Olívia?- Rollins arrancou os fones do ouvido.-Porque a arma?

–Não está ouvindo?- Olívia desatou seu cinto.- Tem algo acontecendo na cabine do piloto.

–Liv, você está paranoica, relaxa-Rollins recolocou os fones e voltou a se concentrar no seu livro. Olívia, no entanto, continuou sobressaltada, ela sabia que algo estava errado, ela sentia que estava acontecendo alguma coisa. Recolocou a arma em seu suporte e recostou-se na poltrona. Na cabine do piloto, o bandido havia assumido os controles. O piloto e o copiloto foram empilhados num canto. O homem estava disposto a levar a aeronave para o chão. Posicionou os controles e os desligou. O avião começou a balançar levemente e logo estava caindo em linha reta. Olívia, assim como todos os passageiros, começaram a ficar muito agitados. As máscaras de oxigênio caíram. Rollins, que estava muito mais tranquila antes, agora tremia e suava muito. Mal conseguia segurar-se na cadeira. Olívia levantou-se, precisava verificar o que estava acontecendo. Passou pela aeromoça que a tentava impedir de levantar-se,tentou insistentemente abrir a cabine do piloto, mas essa estava trancada por dentro. Reuniu todas as forças que possuía e arrombou a porta. O cenário que encontrou não era nada animador. Os pilotos estavam mortos, havia um homem morto sobre os controles, uma arma em suas mãos. Essa era a hora de escolher...Deixar o avião cair ou arriscar pilotar aquele grande pássaro de ferro?