O Deus Sem Nome e o Narciso De Prata escrita por Luiza


Capítulo 20
Finalmente em casa


Notas iniciais do capítulo

Últimoooooo! Finalmente :DD
Gentinha, to postando hoje porque vinte de setembro é feriado aqui no Rio Grande do Sul, então... UHUUL!
Espero que gostem, e comentem. Depois desse tem o primeiro cap. do próximo livro e uns avisos, okay?
~Lu



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Voltamos ao Acampamento bem a tempo do funeral, no qual vi as cinzas de meu irmão se misturarem às de sua mortalha dourada e voarem para longe. Meu pai estava lá. A mãe de Dylan estava lá. A namorada dele estava lá. Amigos, os mais chegados e os nem tanto, algumas pessoas que não haviam nem trocado mais de três palavras com ele, mas todos - todos mesmo - sabiam que ele era um cara legal, portanto, todos choraram. Eu chorei. Na verdade, eu não havia feito muito mais que não chorar desde nosso retorno. Acho que foi um pouco pesado para mim, sabe? Muita coisa misturada, com certeza pior que em minha primeira missão. Lentamente, as cicatrizes externas começavam a sarar, deixando como lembrança apenas pesadelos e sensações de horror puro, as dores fantasmas da tortura e do peso do céu sobre meus ombros fracos... A culpa que sentia quando percebia os olhares horrorizados de meus amigos. Fora isso, estava tudo bem.

Naquele dia, eu ainda não havia chorado. Acordei de bom humor, tomei café, decidi não seguir meu cronograma mais uma vez, estava tudo normal. Deitei-me de costas na ponte de madeira sobre o lago de canoagem, os pés cruzados e as mãos na barriga. O sol quente do verão acariciava meu rosto e minhas pernas e braços nus. Um corpo encobriu minha luz e eu abri um dos olhos para ver seu rosto recortado contra o brilho alaranjado do dia que já terminava.

— Está atrapalhando meu sol, Adams. — falei com um sorriso enquanto ele esticava-se ao meu lado, apoiando um dos cotovelos no chão e a cabeça na mão para me olhar de cima.

— Desculpe — respondeu-me ele —, mas eu não vi você o dia todo, não tive a chance de dar parabéns.

— Pelo quê?

Ele franziu o cenho, como se se perguntasse se eu estava falando sério.

— Ahn, eu não sei, pelo seu aniversario?

—Hoje é vinte e sete? — perguntei surpresa. Que tipo de pessoa esquece o próprio aniversario?

— Aham. — murmurou — Parabéns.

Ele chegou seu rosto para perto do meu e plantou um beijo em minha testa. Quando se afastou, olhou em meus olhos, o que me fez sentir uma coisa estranha percorrer minha espinha. Por algum motivo, meu "obrigada" saiu abafado e falho, como se me faltasse fôlego para respondê-lo. Tanner sorriu, soltou uma risadinha abafada e deitou sua cabeça na madeira como eu.

— Você ainda me deve uma consequência, sabe? — disse ele com um largo sorriso no rosto. Foi minha vez de me apoiar em meu 

cotovelo para observá-lo.

— O que quer dizer?

— Quando Perséfone nos convocou, estávamos no meio de uma partida de "Verdade ou Consequência", eu perguntei o que você preferia e você respondeu "consequência", portanto, me deve uma.

— Não devo nada! — contrapus — esse é um jogo estúpido, não vou me submeter a isso.

— Pode até ser estúpido mas você me deve.

Suspirei contrariada.

— Certo. O que quer?

Novamente, Tan ajeitou-se para olhar em meu olhos. Ficamos frente a frente, quase nenhum espaço entre nós. Meus pés formigaram de leve.

— Nada, por enquanto. — disse-me ele — Vou guardar meu "desejo" para quando precisar.

Sorri, e sustentei seu olhar por mais alguns segundos.

— Quer tomar banho no lago? — perguntei sem me afastar.

— Sr. D vai nos matar.

— Eu sei.

Acontece que, depois de tudo que havíamos passado, o Sr. D não passava de um velho bêbado. Acho que Tanner concordava comigo, 

pois disse:

— O último a entrar na água é um filhote de Górgona.

E, assim, saímos correndo para a beira da ponte, sem nada em nossas mentes a não ser a tranquilidade do verão a nossa frente e a expectativa de um ano melhor.

FIM DO LIVRO DOIS.


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Notas finais do capítulo

COMENTEEEEEEEEEEM! Yo necessito cuementários (sou muito espanhola...)
~Lu



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