O Deus Sem Nome e o Narciso De Prata escrita por Luiza


Capítulo 11
A 1ª tarefa: O Touro de pele de Aço


Notas iniciais do capítulo

Leitores e leitoras do meu coração! Saudades! Eu sei que demorei um pouquinho, mas aqui está o começo da missão. Eu sei que havia prometido uma boa ação, mas acho que escolhi a tarefa mais simples de todas, me desculpem se não ficou tão emocionante.
SAÍRAM OS RESULTADOS DA NOSSA VOTAÇÃO DE PERSONAGENS, E O RESULTADO JÁ ESTÁ DISPONÍVEL EM http://melrosing.tumblr.com/
Foi um empate triplo, um resutado que eu realmente não esperava, mas que gostei muito. A partir de AGORA, todos vocês poderão pedir fatos específcos sobre estes 3 personagens (Ex: um fato sobre o Fulano, primeiro amor, ou vida antes do Acampamento, etc...), edits (que são edições de fotos), fazer suas perguntas mais avulsas para eles, qualquer coisa. Lembrando que essa semana (dos dia 11 a 19/05) será dedicada inteiramente à esses personagens que, segundo vocês, deixam a história muito melhor!



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Antes mesmo que a cela se abrisse por inteiro eu já pressentia o que viria. E não era exatamente agradável de se pensar. A fera se deixou a mostra, e todos sentimos um calafrio percorrendo o corpo. Tratava-se de um enorme touro branco, bem maior do que se podia esperar. De suas narinas saíam chamas que refletiam em seus olhos, o deixando ainda mais assustador.

O Touro de Creta.

Dei uma olhada ara o lado, para Joonie e a observei por um momento. Ela apenas encarava nossa primeira tarefa e suspirava com grande determinação. Quando percebeu que eu a olhava, sorriu e assentiu com a cabeça. Estava pronta. Estávamos todos prontos.

Acho que somente naquele momento que percebi que não havia tido a chance de ver o que nenhum deles, a não ser Tanner, podia fazer, do que eram capazes, e estava feliz por poder ver agora, apesar de não ser bem um momento para se estar feliz.

–Armas- anunciei a eles e, como um exército, todos puxamos espadas, flechas, lanças e escudos de uma vez só, nos aprontando para a batalha. Respirei pesadamente e apertei a mão em torno do punho da espada, pois minhas mãos suavam descontroladamente.

–Alguém tem um plano?- indagou Daniel, e todos viraram as cabeças para mim, como se pensar em tudo fosse uma tarefa exclusivamente minha. Por sorte eu tinha, sim, pensado em algo.

–Certo, tudo bem. Dylan e Dan, vocês vão pela direita e posicionem as flechas, saberão o momento de atirar. Jake, talvez você consiga trazer alguns, ahn, amigos seus para confundir o touro.

Ele soltou uma risada descontraída.

–Sim, posso fazer isso, Capitão Leonards!- então bateu uma continência rápida.

–Joonie, quero que você faça o que for preciso para atrasar aquela coisa, me surpreenda. E, Tanner?- chamei, e ele arregalou os olhos, provavelmente porque eram as primeiras palavras que eu dirigia a ele em alguns dias- Preciso que me dê cobertura.

–Que tipo de cobertura?- perguntou ele, já pressentindo o que eu faria.

–Eu vou montar o touro, e quando ele morrer... Bem, ele vai virar poeira. Preciso que você

–Sim, eu entendi- interrompeu-me ele- Você tem certeza?

Suspirei mais uma vez.

–Não. Mas precisamos tentar, certo?
_______________

–Tudo bem- disse Jake- Quanto eu disser... AGORA!

Cada um correu para suas posições, o que deixou o touro gigante confuso e irritado, arrastando o pé no chão. Na noite quente e sem estrelas, a terra batida que compunha o chão da arena começou a sacudir e levantar com o vento que surgira do nada.

Bom, não completamente do nada, Joonie era a responsável, é claro.
Jake parecia que estava invocando espíritos, o que não era exatamente verdade... Ele estava invocando esqueletos, que saíam do chão e corriam de um lado para o outro como loucos num manicômio para tentar confundir a fera. Eu não saberia dizer se o objetivo estava sendo alcançado, ou se apenas o estávamos fazendo ficar mais zangado do que parecia.

Meus dois irmãos armavam uma quantidade incontável de flechas de uma só vez em seus arcos e esperavam o momento certo de atirar, e eu estava parada ao lado de Tanner, aguardando o momento mais oportuno para começar o ataque.

–Consegue acreditar nisso?- perguntou-me ele- Estamos em outra missão, e eu que achava que não poderia existir outra mais perigosa do que a nossa última.

Olhei de canto para ele, que dividia o olhar entre mim e nossos amigos. Eu poderia jurar que quase enxergava as engrenagens de seu cérebro trabalhando.

Ás vezes eu me perguntava por que me colocavam como líder com alguém como ele por perto.

Não, espera... Eu estou com raiva, não posso pensar assim.

–Acho que deveríamos nos acostumar a isso- respondi, desviando meus olhos dele ao mesmo tempo em que ele grudava os seus em mim.

Tenho certeza que não se passaram minutos até que ele voltasse a falar, mas o clima estava tão pesado ultimamente que pareceu uma eternidade.

–Você pode dizer agora.

–Dizer o quê, Adams?

–Que eu sou um idiota.

Olhei em sua direção novamente e tentei ao máximo não sorrir. Não tenho bem certeza de que consegui.

–Pensei que eu já tivesse dito isso.

–E já disse, mas eu acho que mereço que fale de novo.

–Tudo bem- nos olhamos nos olhos pela primeira vez, também nos últimos dias- Você é, sem dúvidas nem hesitações, o maior

–TOURO!- gritaram os outros em uníssono enquanto Eristeu se desfazia em gargalhadas nas arquibancadas.

Eu provavelmente teria sido pisoteada, e atingida no rosto pelos chifres sujos de sangue seco do touro se Tanner não tivesse se jogado para o lado e me carregado junto com ele para longe da fera. Caímos no chão, e eu soltei um grunhido de dor, levando a mão ao ombro.

Esqueça disso agora, Rose!, aconselhei á mim mesma. Depois você dá bola para a dor

–Idiota- completei a frase não terminada para Tan e ele riu. Era incrível como conseguíamos fazer piadas nesse tipo de situação.

–Um idiota que acabou de salvar a sua vida!- argumentou ele e eu assenti.

–Sim, obrigada por isso- foi tudo o que falei antes de arrumar o florete na mão novamente e entrar em posição de combate.

O touro branco veio em minha direção novamente, em uma velocidade inacreditável para um animal daquele tamanho. Quero dizer, devia pesar uns duzentos quilos, como conseguia correr tão rápido? Mas ele correu, e quando chegou perto o suficiente, pulei de um jeito que nem eu mesma conseguiria explicar em suas costas. Ouvi as exclamações e comemorações de meus amigos, o que me deixaria realmente empolgada, se eu não estivesse montada ao contrário!

Bom, você não pode me julgar, eu tive que pular no lombo de um touro gigante e furioso, não é tão fácil assim!

Depois que perceberam que eu estava com alguns, ahn, probleminhas técnicos, meus irmãos dispararam as flechas já armadas em seus arcos, que foram se alojas na pele do monstro. Eu esperava um efeito diferente, do tipo Explosão-de- Poeira, mas nada de mais aconteceu. Na verdade, como tudo que havíamos tentado até agora, apenas pareceu deixar a fera ainda mais zangada.

–Hum, tudo bem, tourinho bonitinho- tentei acalmá-lo acariciando seu pelo grosso- Eu vou me virar agora, certo?

Como era de se esperar, ele não respondeu, mas também não pareceu se importar comigo tentando virar-me para o lado certo, apoiando os pés nas flechas disparadas contra ele. Pelo menos eu acho que ele não se importou, apesar de estar se sacudindo feito um liquidificador quebrado tentando derrubar-me dali.

Meio me segurando e meio levando tudo na sorte, tirei a mochila de suprimentos das costas e agarrei a corda que estava lá dentro, para em seguida atá-la ao pescoço do Touro. Me senti como uma verdadeira peã de rodeio, tentando equilibrar-me em cima do bicho, segurando uma mochila e tentando não deixar a espada cair de minha mão.

Por sorte o numero acrobático não durou muito tempo. Atirei a mochila para um lado qualquer, enrolei minha mão na corda, para manter-me firme e, por fim, levantei a espada acima da cabeça, golpeando o monstro com força nas costas, usando a meu favor o pequeno enorme impulso dado pelo próprio touro.

Ele dissolveu-se em poeira, deixando-me suja de uma estranha mistura de Ícor Dourado, o Sangue dos Imortais, e sangue normal, e me fazendo voar alguns metros antes de cair no chão. Acho que ouvi minhas costelas estralarem.

–Deuses, Rose- exclamou Tanner, correndo até mim- Você está bem?

–Estou sim, Adams- respondi com sarcasmo- Ótima cobertura, a propósito.

Ele contorceu o rosto e o colocou entre as mãos por um momento.

–Não foi minha intenção, sabe?

–Está tudo bem, apenas me ajude a levantar- pedi, e ele obedeceu.

Segurei sua mão com força entre a minha para mostra-lo que não queria que ele a soltasse, e nós apenas nos encaramos por alguns instantes, antes que eu o puxasse para um abraço.

–Sim, você é um idiota- falei.

–Eu sou um idiota- concordou ele.

–É, o maior deles- afastei-me para olhá-lo novamente- Por favor, não me dê motivos para ficar brava com você de novo.

–Vou fazer o possível.

–Que bom, porque eu já estava pensando que morreríamos sem nos falarmos.

–Ei, ninguém vai morrer aqui!- intrometeu-se Jake- Falo sério, vamos todos voltar pro Acampamento quando isso tudo terminar.

–Ah, sim, eu não teria tanta certeza disso- disse Eristeu, que reaparecera no centro da Arena- Foi um bom começo, eu suponho, semideuses, mas o Touro de Creta foi apenas um de onze. Ainda precisam completar dez tarefas, e duvido que um sequer de vocês saia daqui vivo. Agora, vamos ao que interessa...

–Que é...?- perguntou Dylan.

–Que é o fato de que vocês agora terão de completar duas tarefas em que não seja preciso matar nenhuma criatura para realizar antes de voltar aqui.

–Quer dizer que não vamos ficar aqui?- perguntei.

–Isso é uma Arena, não um hotel cinco estrelas! Vou trazê-los de volta quando completarem essas duas tarefas!

E então, com um estalo de dedos, e como se todos nós já não estivéssemos cansados disso, o mundo dissolveu-se em cinza.
__________________

Tornamos a aparecer em uma clareira, rodeada por enormes árvores e uma mata densa. Me parecia um local seguro, apesar de que eu me sentiria melhor se soubesse aonde estávamos.

–Certo- murmurou Dylan- Então nós teremos um acampamento numa floresta em algum lugar qualquer como base de controle?

–Na verdade- começou Joonie- , teremos um acampamento numa floresta em algum lugar ao norte de Chicago como base de controle.
Todos olhamos para ela, indagando como poderia saber disso. Ela apenas encolheu os ombros.

–Chicago é a Cidade dos Ventos, eu tenho que me achar aqui!

–Tudo bem, que seja, Chicago- falei- Vamos montar o acampamento, todos têm seus sacos de dormir?

Eles concordaram e, assim, começamos a montar nossa moradia pelos próximos dias. Meus irmãos saíram para buscar lenha (mesmo eu não gostando da ideia de deixar os dois irem sozinhos. Aquela profecia...), enquanto nós colocávamos tudo em ordem, distribuindo os sacos de dormir azuis pelo chão de terra escura.

Depois de nos juntarmos em torno do fogo para comer granola pois é, o único alimento que possuíamos em abundância. Deprimente, mas verdade fomos deitar, sem falar uma palavra sequer sobre as próximas tarefas.
Eu sabia que não poderíamos adiar o assunto por muito tempo mas, naquele momento, tudo o que eu queria era um pouco de paz, tranquilidade e umas boas horas de sono


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Notas finais do capítulo

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~Lu



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