O Deus Sem Nome e o Narciso De Prata escrita por Luiza


Capítulo 10
O Homem-Pássaro nos passa as regras


Notas iniciais do capítulo

Oi, oi, gente! Eu sei que demorei éons para postar, mas é que quinta era meu aniversario, sexta minha festa de 15, e eu não estava conseguindo me concentrar na história! Eu acho que esse capítulo ficou bem legal, e eu espero que vocês gostem! MAS, COMO SEMPRE, EU TENHO ALGUNS AVISOS!
1- Bom, acho que alguns de vocês acompanhavam a minha história com a Lei Valdez. Bom, nós tivemos alguns problemas técnicos e agora estamos postando a fic AQUI: http://os-12-trabalhos-greco-romanos.tumblr.com/
2- Muito obrigada a todos que comentaram no capítulo passado, aquilo me deu muita motivação, vocês são incríveis!
3- PROMOÇÃÃÃÃO ESPECIAAAAL DSN! uashuahs não, sério, eu bolei um jeito bem legal de interagir com vocês! É o seguinte: Nos comentários desse capítulo, e também lá na minha ask, no tumblr, me digam qual, até agora, é sua personagem (masculina ou feminina) favorita. Os fantasminhas podem até comentar só "Will", "Joonie", ou seja lá quem for, ok? A personagem que ganhar mais votos vai ganhar uma série de posts especiais lá no http://melrosing.tumblr.com/ com fatos, edits, asks, e uma semana inteira dedicada à ele (a). Agora, peço um favor: Se for votar no Will, me mande uma dica de quem poderia ser o "Dream Cast" (um ator parecido com o que vocês imaginaram) para eu poder avaliar, já que eu ainda não tenho um para ele :DD
Bom, acho que é isso, espero que gostem do cap. e que participem da minha "brincadeira".
~Lu



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Leia as notas ;)

Tudo o que meus ouvidos conseguiam distinguir eram os gritos de meus amigos. Ou será que eram os meus? Eu não saberia dizer, mas estávamos gritando. Tudo à nossa volta era uma espécie de névoa cinza, e eu tinha a sensação de estar caindo no infinito, como se nunca fosse atingir o chão.

Mas, não demorou muito, eu o atingi. Caí de barriga na terra batida avermelhada, fazendo com que um pouco de poeira subisse e se enroscasse em meus cabelos. O mesmo aconteceu com os outros, que se levantaram tossindo e limpando a sujeira de suas roupas que... hum... Eu já havia sofrido uma transformação feita pela Deusa do Amor, Afrodite, no verão passado, mas aquilo já era de mais. Nossas camisetas do Acampamento Meio-Sangue haviam sido trocadas por outras. Joonie, Daniel e Jake vestiam verde escuro, com um grande número UM em prata bordado na frente, e Tanner, Dylan e eu usávamos vermelhos com um número DOIS em dourado.

Desembainhei a espada e olhei em volta. O lugar parecia uma grande arena com chão de terra e muitas celas ao redor, como em velhos filmes de touradas. As arquibancadas velhas e destruídas lembravam uma foto do Coliseu de Roma por dentro que eu vira em algum livro, mas alguma coisa não estava certa.

Ao invés de pessoas, quem ocupava os assentos eram vultos, sombras negras e sem rosto, que não faziam barulho algum, apenas encaravam-nos com seus buracos negros e deixavam o ambiente pesado e infeliz, mais ou menos como Dementadores.

–Devíamos nos preocupar com eles?- sussurrou Jake atrás de mim, provavelmente com medo de que os vultos ouvissem.

Eu estava prestes a respondê-lo quando um holofote vindo de sabe-se lá aonde iluminou o outro lado da arena, deixando visível a figura do homem mais bizarro que eu já vira na vida. Tinha cabelos de um tom vibrante de roxo, e vestia um terno completamente verde, incluindo camisa, gravata e sapatos bem polidos. O sorriso deformado em seu rosto deixava à mostra os dois dentes da frente, feitos de ouro maciço, e sua mão com unhas sujas segurava um microfone sem fio encrustado com paetês brilhantes.

De algum lugar indefinido, surgiram dois painéis luminosos, como aqueles de grandes estádios de baseball, e se postaram um de cada lado do homem esquisito, com o escrito APLAUSOS brilhando em vermelho. Uma salva de palmas preencheu o local, mesmo que as sombras não houvessem se movido um centímetro. Uma voz ao longe anunciou: Por favor, recebam seu anfitrião, REEEEEI ERISTEU!

Eristeu? Então esse era o homem que falava com a “capanga” de Dárion em meu sonho.

–Obrigado, muito obrigado!- disse o homem (que mais parecia um pássaro exótico) em seu microfone de paetês de um jeito afetado. Era meio engraçado, já que o microfone não estava ligado a nenhuma caixa de som. Ele andou lentamente em nossa direção, acompanhado de mais aplausos vindos de sabe-se lá aonde, e mandando beijos para a plateia sinistra- Bem-vindos, competidores, aos Doze Trabalhos, apresentados por mim:- olhou para uma câmera inexistente em um canto da arena- Rei Eristeu.

Tentei segurar uma risada, sem sucesso, e acabei por me engasgar. Joonie me deu um beliscão para me alertar, e respirei fundo para não rir mais daquela cena ridícula. Todos ficaram em silêncio por alguns minutos antes de Eristeu voltar a falar, com uma expressão duvidosa no rosto.

–Sinto cheiro de ventania- disse ele enquanto farejava o céu noturno lentamente- Será um filho de Zeus?

–Zeus não é exatamente o deus dos Ventos, é?- bufou Joonie. Esse hábito das pessoas de esquecerem que os ventos eram atribuídos a seu pai sempre a irritavam. Eristeu examinou-a de cima abaixo e sorriu com seus dentes dourados.

–Ah, sim, agora eu vejo. Uma filha de Éolo, interessante. Porém, receio de que não será tão divertido sem um filho de Zeus aqui. Me lembro bem da última vez...

–Claro que lembra!- exclamou ela, interrompendo o ar sonhado do homem- Da vez que você e Hera torturaram Hércules por mais de três anos pelo simples fato de ele ser filho do marido dela, é a essa vez que se refere, Eristeu?

–Sim, senhorita Joonie, é exatamente esta vez! E é Rei Eristeu para você, mocinha.

–Eu não entendo!- começou Daniel antes que sua namorada e o “Rei” se engalfinhassem- Foi Hera quem nos mandou para cá?

–Ah, não, não, não, Filho de Apolo- respondeu o homem-pássaro, logo mostrando uma expressão tristonha no rosto artificial- Eu receio não estar mais ao lado da Rainha Hera, não dessa vez. Acontece que Dárion e sua “assistente” me ofereceram coisas muito melhores do que ela.

–Como voltar à vida, por exemplo?- perguntou Jake irritado- Reconheço alguém que voltou do Mundo Inferior quando vejo um.

Eristeu revirou os olhos e fez uma cara debochada.

–Vocês, filhos de Hades, e seu “suposto conhecimento” sobre os mortos... Sim, eles me trouxeram do Mundo Inferior, e daí? Não estamos aqui para falar de mim de qualquer jeito.

–Não estou entendendo- falei.

–Novidade...- murmurou Tanner, cruzando os braços e recebendo um olhar assustador de Joonie.

–Esse homem é o Rei Eristeu, Rose- explicou-me ela- Ele e Hera bolaram os Doze Trabalhos de Hércules e o obrigaram a fazê-los, não o deixaram em paz até que ele terminasse todos. Era para esse Filhote de Górgona estar morto e nos Campos da Punição a mais de dois mil anos!

–Mas eu volte-ei!- cantarolou contente o homem- E vou infernizar a vida de mais alguns semideuses agora, inclusive a sua, Senhorita Joonipher!

–Não me chame assim, seu Minotauro colorido- rosnou ela com ferocidade na direção dele. Eu acho que nunca a tinha visto tão brava antes.

–Que seja! Vamos às regras: Vocês estão divididos em dois times, o que não significa que ficarão separados o tempo todo, e nem que não possam trocar de times algumas vezes. Todos os trabalhos deverão ser realizados, com ou sem a ajuda de terceiros, e sem uma ordem definida. O prêmio é nada mais, nada menos que o Narciso de Prata, duvidas? Bom, eu não me preocuparia muito com isso, a maioria, se não todos, de vocês vão estar mortos ao final de tudo.

Um arrepio estranho percorreu minha espinha. Acho que só naquele momento percebi que eu poderia não voltar para casa no final do verão.

–Mesmo que alguns de nós morram- falei, olhando diretamente nos olhos cinzentos de Eristeu- Os outros ainda podem recuperar o Narciso e devolvê-lo para Perséfone?

O Rei arregaçou os dentes, como se debochasse de minha pergunta.

–Desde que um desses seja um dos líderes.

–Então... então se eu e Jake morrermos...

–Os outros serão executados e mandados para o Tártaro juntamente com os seus queridos Deuses- respondeu-me com animação, e tirou um pedaço de pergaminho velho do bolso do paletó verde-berrante.

Tentei ignorar o que ele acabara de dizer e o abri, juntamente com meus amigos que se amontoaram ao meu redor.

OS DOZE TRABALHOS DE HÉCULES:

1-Matar o Leão de Neméia

2-Matar a Hidra

3-Capturar o Javali de Erimanto

4-Capturar a corça Cerinita (viva)

5-Matar as aves comedoras de gente do lago Estínfalo

6-Capturar Matar o Touro de Creta

7-Capturar Matar os cavalos canibais do Rei Diômedes

8-Roubar o Cinto Real da Rainha Hipólita

9-Domar o rebanho de bois de Geríon

10-Roubar três pomos de ouro da árvore das Espérides

11-Capturar Cérbero (vivo)

12-Limpar os estábulos do Rei Augias

(N/A: Finjam que essas partes sublinhadas estão riscadas, okay? Não dá pra fazer isso aqui, então...)

Todos terminamos de ler a lista mais ou menos ao mesmo tempo, perplexos com as tarefas que teríamos de enfrentar. Era evidente que com o passar dos anos algumas alterações haviam sido feitas, mas eu não pude deixar de perguntar:


– Por que o último item está riscado?

Eristeu deu uma olhadela rápida no papel e resmungou.

–Ah, sim, vocês têm sorte! Aquele pirralho, Percy Jackson, já limpou os estábulos, uns vinte e poucos anos atrás, eu acho.

Dylan franziu as sobrancelhas.

–Não que eu queira limpar estábulos, mas se foi a vinte anos...

–Ai, garoto! Os filhos de Apolo são todos burros, é?- explodiu o Rei- Quando Hércules realizou essa tarefa, os estábulos estavam sujos há trinta anos! Vinte ainda é muito pouco...

Troquei olhares com meu irmão, que parecia tão confuso quanto eu, mas resolvemos deixar para lá. Afinal, onze já é melhor que doze!

Eristeu deu um suspiro e nos observou por alguns instantes.

–Tudo o que irão precisar foi acrescentado à suas mochilas- murmurou, como se achasse aquela ajuda uma injustiça e tanto- Espero que estejam prontos, crianças.

Ele sorriu ferozmente e desapareceu em meio à fumaça cinza, reaparecendo na arquibancada, no meio das sombras. Pude ver que ele usava agora um dedão de espuma verde e um boné, da mesma cor, com os escritos: Vai Touro!

A voz do além começou uma contagem regressiva lentamente.

3...2...1...

No fundo da arena, a cela do meio de abriu, e pudemos ouvir o som de correntes sendo abertas, e de lá saindo nossa primeira tarefa.

–É o primeiro- falei com um suspiro- Ainda faltam dez.


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Notas finais do capítulo

Sim, eu sei que estou enrolando para começar com a ação, mas é que eu tenho um tamanho definido dos capítulos que eu gosto de seguir, e esse ficaria muito grande. Mas já é no próximo, prometo.
NÃO ESQUEÇAM DE COMENTAR SUA PERSONAGEM FAVORITA, E DE ACESSAR http://melrosing.tumblr.com/
~Lu/ Tia Ricka



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