Meu Plano Perfeito escrita por Mel Teixeira


Capítulo 17
Capítulo XVII-O doce e amargo desejo de Izabelle




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Eu queria muito,muito.

Tranquei a porta do meu quarto, deitei mais uma vez na cama deixando meus cabelos dourados e levemente cacheados soltos pela cama sobre o travesseiro que possuía uma capa cheirosa do sabão, lavado recentemente.

As vezes eu tinha vontade de desaparecer e de me despedaçar na frente do espelho, aquele maldito que deixava a minha imagem se refletir nele e aos poucos eu enxergar uma imagem indesejável, ainda no mundo: Eu.

Foi então que eu me levantei da cama, balançando a colcha cor de vinho que estava sobre ela e aos poucos encostei de leve os meus pés sobre o chão até chegar em uma escrivaninha e pegar a caneta e um papel meio amarelado e começar a escrever...

Primeiramente, não quero que chorem,não gastem suas lágrimas com uma pessoa medíocre,sem coragem e burra como eu por ter colocado a vida no lixo,mas, vocês não podem me desprezar também, pois não sabem o que eu tenho passado em minha vida e o quanto tenho me esforçado para viver feliz, não consegui por isso fiz tal ato que hoje todos estão presenciando.Nunca fui e nunca serei uma mulher digna de ser mulher. Para ser mulher tem que assumir seus atos, ser legalmente mulher e ter coragem para ser isso, coisa alguma que não fui e nunca serei.Carregar o nome de uma mulher é muito dificíl, e ser mulher não é simplesmente nascer e dizer que sou do sexo feminino,NÃO! É ser coisa alguma que mulher nunca foi e que nunhum homem seja capaz de ser, ou seja, chamar a atenção e ser aquele diamante entre os grãos de areia que eu nunca fui e que eu desejei tanto ser desde em que eu abri os meus olhos para esse mundo.Obrigada Por tudo Bryony, por favor não chorem , principalmente você Bryony e quero enterro pois a coisa que mais me desejei nessa vida foi ser enterrada naqueles buracos negros nos quais todos nós iremos um dia,A minha vida foi um choque para min mesma, não fiz alteração alguma na sociedade e me sinto bem com isso, pois agora eu poderia morrer a hora que eu quisesse.Se eu fiz alguma alteração na vida de vocês, isso acabou!Não quero que chorem, simplesmente quero um enterro e depois vão para casa dançar, curtir, comer,rir por que a vida de vocês continua e eu acabaria de nascer novamente em um outro paraíso chamado céu ou inferno.Não sei para onde vou , mais tenho quase certeza de que eu não irei para o céu e nem para o inferno.Sinto que minha vida irá acabar naquela cova, aliás ela já acabou mais meu corpo morrerá lá e eu quero, pois se eu viver,seja no céu ou no inferno, logo terei de voltar a terra e sofrer novamente e isso eu não quero.Amo muito vocês, vou indo, minha mãe me espera.Não chorem.

Ass: Izabelle Half Silva.

Com muito e muito amor.Agora estarei feliz.

Havia acabado a carta e fui em direção do banheiro, não achei nenhum estilete ou coisa cortante parecida,a água estava em falta, a única solução era uma boa overdose de remédios.

Abri o armário onde se encontravam os remédios e lá encontrei um remédio faixa preta chamado Morfina.

Peguei a caixa inteira, havia 62 comprimidos e peguei a jarra de água que estava sobre a minha cabesseira.

Coloquei o primeiro na boca e antes de pressionar os lábios para engoli-lo, levantei-me e fui em direção da janela e vi Bryony brincando e rindo com as crianças, logo pressionei os lábio e tirei todos os comprimidos da cartela e coloquei todos na boca, pressionei e engoli muita, muita água.


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