Contos De Gaveta escrita por Mamy Fortes
Notas iniciais do capítulo
Opa, tudo bom?
Ah, gente, que saudade! Apareço agora com um pequeno capítulo, como o outro, mas espero não repetir o fracasso de bilheteria... Cá está.
Algumas pessoas são embaladas ao som das mais sutis cantigas de ninar. Eu fui embalada ao som da incessante máquina de costura.
Minha mãe nunca, em momento algum, deixou o pedal daquela velha máquina. Eu, quando menor, enfiava-me cabine adentro, e virava pilota, acelerando no pedal e girando as correias, até ser descoberta e levada embora.
Sempre tive ciúmes daquelas pessoas que compravam roupas que minha mãe confeccionava, porque embora as minhas também fossem feitas por ela, eram as encomendas que tomavam mais tempo. O único tempo que eu tinha com mamãe.
Uma vez sugeri, inocentemente, que ela aderisse ao novo modelo de máquina, com pedal automático, que exigiria menos esforços. Ela respondeu-me num amável sorriso, dizendo ser incapaz de desfazer-se da própria memória.
Entendo hoje que aquele embalar guardava-lhe histórias. E eu costurei, a ponto cruz, uma ou duas lembranças minhas lá, também.
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Notas finais do capítulo
Segurei esse tempo por um tempo, porque achava que estava interminado. Talvez vocês tenham essa impressão, também, mas agora sei que não está. É simplesmente assim, uma lembrança, uma reflexão que temos as vezes.
Enfim...
Ah, se tiver algum leitor da Tia Penny aqui, se apresente, tá?
Espero ver vocês nos reviews, gaveteiros.