Alguém Como Você escrita por Myuky, ReHSan


Capítulo 33
Capítulo XXXIII - Invasão


Notas iniciais do capítulo

Boa leitura =)



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Alguém Como Você

Por Myuky e ReH-San

Capítulo XXXIII - Invasão


Hinata voltou para casa, tomou uma ducha e deitou-se, tentou dormir, mas tudo o que havia acontecido nas últimas 48 horas estavam tomando qualquer chance que ela encontrava para adormecer, estava extremamente triste e destruída por dentro por conta do que havia visto na noite do desfile beneficente, mas por outro lado estava feliz por finalmente ter encontrado seu pai, e ter ganhado de brinde um irmão maravilhoso como o Neji, que por algumas vezes, antes de saber sobre isso, havia o chamado de nii-san, no fundo ela sentia algo em relação aos seus laços consanguíneos.


Virou e revirou-se na cama sem conseguir nenhum ponto contra seu cérebro, quando o sol nasceu, finalmente conseguiu tirar um breve cochilo, já que o despertador tocara às 7h30m para que pudesse se encontrar com Kurenai e contar-lhe sobre sua grande novidade. Levantou-se, escovou seus dentes, tomou mais uma ducha para dispersar os pensamentos sobre Itachi, desceu, deu uma pequena instrução à Hideki e Amaya, e finalmente saiu em direção ao café Akimichi.

...

Itachi levantou-se, entrou no banheiro, olhou-se no espelho e se deparou com grandes olheiras, o que evidencia ainda mais as marcas que possui abaixo de seus olhos, suspirou e entrou no box para tomar um banho, fazia dois dias que não dormia direito, não conseguia parar de pensar no que fazer para explicar à sua hime que tudo o que ela havia visto na noite do desfile não passava de um mal entendido, e o pior é que ela havia desaparecido no dia anterior. “Droga Hinata! Por que você me deixa preocupado desse jeito? E tudo por minha culpa... Por que não me deixou explicar?” Apoiou uma de suas mãos sobre a parede, colocou a cabeça embaixo do chuveiro e ficou ali por alguns minutos até se decidir sobre o que fazer.

...

A Hyuuga chegou ao local do encontro e já encontrou Kurenai sentada em uma das pequenas mesas postas próximas à janela, a mulher estava olhando para a rua, com uma expressão um tanto preocupada.

– Kurenai-san? – Aproximou-se Hinata, sentando-se na cadeira.

– Hinata, aonde é que você estava ontem, hein? Por que desapareceu do desfile assim, sem mais nem menos e só me mandou esse sms ontem... – A mulher parecia nervosa enquanto indicava com o dedo para a tela de seu telefone celular. – E por que desligou o telefone depois disso? Você sabia como eu estava preocupada? Sua mãe jamais iria me perdoar se eu deixasse acontecer algo de ruim com você! Você está bem? Aconteceu alguma co... – Kurenai foi interrompida.

– Desculpe Kurenai-san, me desculpe mesmo! Eu fiquei triste com algo que vi no desfile e acabei sumindo assim sem pensar nas pessoas que se preocupam comigo. – Hinata respondeu cabisbaixa.

– O importante é que está tudo bem com você, não é mesmo? Ufa... Estou mais tranquila agora... – A mulher sorriu. – Mas o que aconteceu para você estar assim, menina?

– Nada de mais, agora estou melhor... Eu vim para te contar algo muito importante sobre o meu pai! – Hinata sorriu, fazendo com que Kurenai se espantasse com a repentina mudança na expressão da jovem.

– Sobre o seu pai? Então era isso a que estava se referindo quando escreveu que eu iria gostar do que você tem para dizer? Então, vamos lá, me conte... Você tem alguma pista da onde ele esteja? – Indagou a mulher de orbes avermelhadas extremamente curiosa.

– Não, melhor que isso! Eu o encontrei! – Disse animada.

– Como assim, menina? Conte-me essa história direito... Aonde o encontrou e como?!

– Então, antes de ontem, depois que sai do desfile eu fui para casa, fiquei no escritório de minha mãe e encontrei o seu diário, no dia seguinte, saí da cidade pois precisava pensar um pouco e consegui abrir e ler algumas de suas páginas, no meio dessas encontrei pistas cruciais que me fizeram ter quase certeza de quem se tratava.

– Quase certeza? Então, quer dizer que você não sabe ao certo...

– Sei sim, depois que li essas páginas, liguei meu celular e vi que havia recebido um sms dizendo que essa pessoa havia tido um ataque do coração, então, voltei correndo para Konoha e fui visitá-lo.

– Espera, espera... Quem está quase tendo um ataque do coração, sou eu!!! Quer dizer que ele está na cidade?

– Ele morava em outra cidade, mas como ele é sócio em uma empresa aqui ele veio logo após a morte de minha mãe.

– Tá, tá... Estou mais confusa, se ele é sócio em uma empresa em konoha, sua mãe deveria tê-lo encontrando, então como?

– É que minha mãe o conhecia por Hizashi que é seu segundo nome, mas após ele ter voltado da guerra ele só passou a utilizar seu primeiro nome Yuichi, por respeito à seu pai, já que esse nome pertencia à ele.

– Yuichi Hizashi? Espera ai... Esse nome Yuichi não me é estranho. - Colocou a mão sobre o queixo, com uma expressão de dúvida e logo após estalou os dedos da mesma mão. – Lembrei! Mas não, não pode ser ele... – E voltou sua mão ao queixo em sinal de dúvida.

– Ele quem Kurenai-san?

– Menina, será que é quem eu estou pensando? Os Uchiha’s têm um sócio Hyuuga que se não me engano, se chama Yuichi... Mas... – Fora interrompida.

– É ele mesmo, Kurenai-san... Esse é meu pai! – Disse Hinata animada.

– Mas como? Como sua mãe pôde tê-lo deixado passar despercebido assim, sendo que estava tão próximo!

– Isso eu não sei... Mas eu fui ao hospital de Konoha ontem e ele me confirmou toda a história, além disso, descobri que tenho um irmão e que ele sempre esteve próximo de mim desde que entrei na Universidade.

– Ah sim... Hizashi já tinha um filho, só não sabia seu nome, Harumi nunca me disse e eu também nunca tive a curiosidade de saber. Mas quem é? Eu conheço?

– Não pessoalmente, mas creio que já ouviu falar dele, é o Neji.

– É o namorado da filha dos Mitsashi’s? – Indagou Kurenai completamente perplexa.

– Sim! Estou indo ao hospital agora visitar meu otou-san. Quer vir comigo? – Convidou.

– Claro, claro... Vamos! Mas antes vamos tomar café, porque saí de casa tão preocupada que não pude nem comer nada.

– Sim, eu também não comi nada. – Concordou Hinata levantando um dos braços para chamar o garçom.

...

– Como assim? Eu só quero esperar por ela! – Indagou Itachi exaltado.

– Olha rapaz, eu sei que é o namorado da Hinata, mas nos foram dadas ordens restritas de não deixa-lo entrar... – Informou o mordomo. – Então, por favor, não insista. – Terminou o homem virando-se e deixando Itachi completamente irritado do lado de fora da residência Hyuuga.

“E agora? O que eu faço? Mas se ela deu essa ordem, quer dizer que está em casa e não sumiu como eu havia imaginado... Isso já é um ponto positivo. Mas eu ainda preciso conversar com ela! Darei um jeito... Agora preciso fazer uma visita ao Yuichi-dono.” Pensou entrando novamente na limusine, em seguida pediu para Hibiki levá-lo ao Hospital de konoha.

...

– O QUÊ? VOCÊ E A HINA SÃO IRMÃOS? – Gritou TenTen, sentando-se na poltrona do quarto.

– Calma, Ten... Aqui é um hospital não se exalte assim. – Disse Neji se divertindo com a reação da namorada.

– Confesso que também tive uma reação parecida, TenTen... Tanto que estou aqui em uma cama de hospital! Agradeça por ser jovem. – Continuou Yuichi com um largo sorriso no rosto.

– Eu... Eu não sei nem o que dizer... E pensar que houve uma época que senti ciúmes da sua própria irmã.

– Isso é sério? – Questionou o Hyuuga mais jovem.

– Sim, antes de começarmos a namorar, logo no começo do ano quando percebi que vocês estavam bem próximos, senti que você havia se afastado ainda mais de mim. Mas logo, depois percebi que era um sentimento mais fraternal, como se fossem irmãos mesmo. Caramba, que situação mais doida! – Sorriu Tenten.

– Não é, menina? Mas estou ainda mais feliz com a família crescendo dessa forma! Agora só me faltam uns netinhos.

– Não pai, nem vem com esse papo... Ainda é muito cedo pra isso!

– Como assim? Quando eu tinha a sua idade, eu já tinha você e havia feito a Hinata sem saber... – Disse Yuichi se divertindo com a expressão que Neji e TenTen faziam.

– Tá, só que preciso me focar nos estudos e a Ten também... Depois disso, quem sabe... – Terminou Neji olhando para TenTen que sorriu. – Agora nós vamos em casa pegar algumas coisas, tá? Tudo bem se ficar sozinho, a Ten pode ficar, se quiser...

– Não, não, estou bem... Podem ir, sei que querem um tempo sozinhos, quem sabe assim, meu netinho chega mais rápido.

– Yuichi-san! – Exclamou TenTen.

– Tá bom, tá bom... Não falo mais sobre isso. – Falou com uma expressão de decepção. – Mas podem ir, daqui a pouco, chegarão mais visitas, então, não se preocupem. – Terminou acenando para o casal que saiu do quarto. E realmente, não demorou muito para que uma visita chegasse.

– Yuichi-dono! O senhor acordou? Finalmente! – Disse Itachi. – Eu acabo de encontrar Neji e Tenten, eles pareciam alegres, então, eu já suspeitava que algo bom houvesse acontecido.

– Pois é, meu garoto! Algo muito bom aconteceu.

– É, estou vendo... Mas o senhor nos deu um grande susto! O que seria de mim, sem meu sócio?

– Aposto que não aconteceria nada de grave, você já é excepcional no seu trabalho, não precisa mais de mim.

– Não é bem assim, e o senhor sabe muito bem disso... Mas de qualquer forma, fico feliz em vê-lo tão bem! E esse algo “muito bom” que aconteceu? Não foi somente sobre o senhor ter acordado, não é mesmo?

– É você está certo, afinal, descobri antes de ontem que tenho uma filha e é por isso que estou nessa cama de hospital.

– Uma filha? Como assim? – Itachi ficara perplexo com a novidade.

– Ela ainda não te contou?!

– Ela? Ela quem? – Nesse momento o celular do Uchiha toca. – Desculpe, Yuichi-dono, tenho que atender.

Itachi saiu do quarto para atender ao celular e Yuichi ficara se indagando mentalmente sobre a Hinata ainda não ter dito a Itachi sobre a novidade, já que eles são namorados, ela deveria ter contado, talvez ela ainda não teve a oportunidade.

– Yuichi-dono... – Itachi apareceu na porta interrompendo os pensamentos do mais velho. – Eu sinto muito, mas tenho que ir. Amanhã o senhor terá que me contar essa história direitinho.

– Tudo bem, rapaz... Alguém tem que dar um jeito naquela empresa enquanto eu estiver fora. Até amanhã! – Acenou ao moreno que sorriu e acenou em retribuição, saindo em seguida.

...

Hinata chegou ao hospital acompanhada de Kurenai em seu carro, enquanto estacionava percebeu que uma limusine conhecida saía de uma das vagas, estava uma pouco distante, mas ainda assim, passaria por ela, torceu mentalmente para que ele não visse seu carro, nesse meio tempo, Kurenai fez menção de sair, mas a Hyuuga apenas a segurou gentilmente e pediu para que esperasse um pouco, a mulher não entendeu até olhar para frente e se deparar com a limusine dos Uchiha’s passando.

– Então, é por isso que você desapareceu? – Questionou a mulher recebendo apenas um triste olhar como confirmação. – Tudo bem, ele já se foi... Vamos?! – Disse Kurenai, abrindo a porta do carro.

– Hai! – Respondeu a moça saindo do carro e o trancando em seguida.

Depois de confirmarem a saída da limusine, se dirigiram ao Hall do hospital, pedindo permissão para duas visitantes na recepção. Subiram e entraram na sala. Kurenai não acreditava no que via, em pouco mais de 18 anos sem se verem, Yuichi não havia mudado muito, com exceção de alguns fios de cabelo branco e algumas linhas de expressão.

– Hizashi-San!? – Perguntou com um pouco de receio e Hinata apenas observava a reação de ambos.

– Kurenai? Kurenai, é você? – Indagou Yuichi confuso.

– Sim, sou eu! Vejo que não se esqueceu de mim... – Respondeu a mulher sorrindo. – Você não mudou quase nada.

– Digo o mesmo de você, continua bela como sempre... Além disso, como eu poderia esquecer da grande amiga da Harumi que nos ajudou a fugir do pai dela para namorarmos. – Lembrou-se dos velhos tempos dando uma grande risada.

– E você, como sempre, cheio de gentilezas... E realmente, aquilo era perigoso, eu morria de medo do pai da Harumi e tinha que puxar assunto com ele, para que vocês pudessem fugir!

– Ohayo, otou-san... – Aproximou-se Hinata, recebendo um abraço e um beijo na testa.

– Ohayo, meu anjo... Eu li que vocês são sócias, não é mesmo?

– Sim, e sua filha tem um grande futuro nessa área.

– Tenho certeza que sim!

– Mas me conte, onde você esteve esse tempo todo, como voltou e por que não procurou pela Harumi?

Yuichi respondeu todas as perguntas de Kurenai, relembrando-se do passado e falando um pouco sobre o presente.

...

– Itachi! Conseguimos! Conseguimos preencher o buraco que o Toshyo deixou na empresa! – Disse Deidara extremamente animado.

– É verdade, Kakashi? – Questionou ao atual contador da empresa que apenas meneou a cabeça afirmativamente, em seguida Itachi sentou-se na cadeira e suspirou aliviado.

– Obrigado, minna! Se não fosse por vocês, eu não sei o que seria da empresa...

– Nós só fizemos o nosso trabalho, além disso, você tem que agradecer àquele senhor misterioso do leilão. – Respondeu Kakashi. – Agora preciso ir, tenho que escrever alguns relatórios e fazer o balanço patrimonial. – Terminou o homem saindo da sala e deixando Itachi e Deidara sozinhos.

– Ah é, Deidara... Você fez o que te pedi ontem? Conseguiu encontrar pistas sobre esse tal de Daisuki?

– Sim e você não vai acreditar no que descobri, Itachi. Acho que a sua namorada tem algo a ver com isso... – Respondeu o loiro.

– A Hinata? Mas como? Me explica isso direito!

– Sim, e foi mais fácil de descobrir por ele ser um advogado. Como eu descobri isso? Digamos que eu tenha meus contatos... – Se vangloriou ao moreno que apenas bufou e fez um gesto com as mãos para que o loiro continuasse. – Mas enfim, através do meu número de identificação consegui dados sobre sua carreira, descobri que ele sempre trabalhou como advogado da Harumi-San e da Kurenai-san, e desde a morte da Harumi-San, ele vem trabalhando com a herança da Hinata, ou seja, ele é uma das pessoas de confiança das Hyuuga’s.

– Ela não sabia sobre o problema real da empresa. Então, como?

– Como, eu não sei, mas todas as evidências apontam para ela, então, se eu fosse você, iria correndo atrás dela pedir perdão por ter beijado a Karin e agradecer eternamente. – Brincou Deidara, recebendo um olhar mortal do moreno.

– Agora, eu não sei o que fazer! Eu estou proibido de entrar na casa dela e ela não responde às minhas ligações.

– É, acho melhor você esperar a fera se acalmar um pouco e se focar no projeto do hotel, porque sem o Yuichi-dono por aqui, o prazo vai ficar mais curto.

– Você tem razão, vou tentar passar algumas ideias para o papel, depois eu peço ajuda ao Sasuke.

...

– Otou-san, hoje é a minha vez de passar a noite com o senhor aqui... – Disse a jovem sorridente.

– Não precisa se preocupar, querida... Eu não sou nenhum idoso para precisar de acompanhante, além disso, você tem que ir à universidade amanhã, então, pode me deixar aqui.

– Nada disso, senhor Yuichi Hizashi! Eu irei ficar com o senhor aqui hoje e não se fala mais nisso! – Disse em tom mandão. – Além disso, não precisa se preocupar, amanhã cedinho eu vou para casa e de lá, para a universidade.

– Você me lembra a sua mãe, sabia?

– Sempre me dizem isso... Eu realmente gostaria de ter passado mais tempo com ela, só tenho pequenos flashes de quando era pequena, me fale mais um pouco sobre ela!

Yuichi começou a contar-lhe sobre seu relacionamento, as qualidades e defeitos de Harumi e as histórias cômicas de quando o casal fugia, de algumas quedas que a Harumi costumava levar e de outros momentos vergonhosos que passaram, e aquilo estava fazendo bem à Hinata que não se divertia daquela forma desde o acontecimento que não gostava de lembrar.

...

– Sasuke! Sasuke! – Itachi acabara de chegar em casa e estava desesperado à procura de Sasuke.

– Como foi o dia, querido? O Sasuke acabou de ligar dizendo que não passará a noite em casa e que irá direto para a universidade amanhã. – Disse Aya que chegava da cozinha.

– Meu dia foi chato como sempre... – Disse fazendo bico e depositando um beijo no rosto da mulher. – Eu vou subir, eu já jantei, então não precisa se preocupar, boa noite! – Disse subindo as escadas em direção ao seu quarto.

– Boa noite.

...

O dia passou tranquilo para ambos, queriam não ter que se lembrar do que acontecera na noite do desfile beneficente, mas suas mentes insistiam em lembra-los e fazê-los sofrer, uma por acreditar ter sido traída pela pessoa que mais ama e o outro por não poder contar-lhe a verdade, e tudo por conta de uma armação sem fundamento.

Itachi deitou em sua cama tentando pensar em uma forma de encontrar sua pequena, passou algo estúpido pela sua cabeça, mas devido ao seu status, decidiu que não tentaria aquilo, pensaria em outra forma e Hinata por outro lado, queria apagar quaisquer vestígios da existência do Uchiha de sua cabeça, mas não conseguia e aquilo a fez perder o sono novamente. A noite demorou a passar, e o dia logo chegou, ambos se levantaram e voltaram às funções do dia-a-dia.

...

– OOOO QUÊÊÊÊ????? – Gritaram em uníssono, com exceção de Shikamaru que apenas se engasgou com o suco que tomava.

– Isso mesmo, vocês não entenderam errado. – Respondeu Hinata com um largo sorriso no rosto.

– Vocês tiveram a mesma reação que a TenTen teve. – Disse Neji se divertindo com a expressão que os amigos faziam.

– Bom, é uma história um pouco complicada, depois nós contamos direitinho pra vocês, porque em pleno intervalo, creio que não vai dar tempo! Mas isso é fato, confirmamos antes de ontem com o nosso pai. – Disse Hinata sorrindo.

– Mas... Mas... Isso é tão estranho. Quero dizer, você e o Neji, irmãos de sangue? – Gaara parecia estupidamente confuso com aquela situação e não parava de encarar os dois que estavam em pé.

– Então, foi por isso que vocês sumiram ontem? – Questionou Temari que parecia ser a mais tranquila com aquela história.

– É, basicamente sim. – Respondeu Neji.

– Ufa... Pensei que houvesse acontecido algo entre você e o meu aniki. – Aquelas palavras de Sasuke fizeram Hinata gelar, Neji ia pronunciar algo, mas a jovem o impediu de fazê-lo.

–Por que ficaram estranhos de repente? – Indagou Ino que não deixava passar nada despercebido.

– Não, não é nada... –A Hyuuga tentou fingir um sorriso, mas um certo casal ali percebeu que algo estranho acontecera.

...

– Deidara, quais seriam os danos à empresa se eu fosse preso por invasão de propriedade?

– Bom, com certeza a sua imagem seria manchada, o que consequentemente mancharia a imagem da empresa, causando queda das ações da empresa na bolsa, o que nos fará perder clientes... Mas você já sabe de tudo isso, porque está perguntando? ESPERA AÍ! – Finalmente caiu em si. – Você não está pensando em fazer isso, está?!

– Não tenho outra alternativa.

– Mas... Mas... Você tem que pensar em todo o dinheiro que ela gastou pela empresa e... – Fora interrompido.

– Já decidi! E você irá me ajudar... – Disse serenamente, enquanto apanhava seu casaco da cadeira e vestia-o.

– O quê? Não, não... O que será da minha carreira como advogado se eu for preso por invasão de propriedade?

– Para de reclamar e vem logo!

...

Hinata saíra um pouco mais tarde do campus, já que estava sendo questionada por Ino e precisava pegar algumas anotações das aulas que perdera, andou até o estacionamento e viu uma pessoa conhecida encostada em seu carro.

– O que está fazendo aqui? – Perguntou friamente.

– Eu vim me desculpar pelo o que aconteceu no sábado e te contar a verdade.

– Eu não tenho nada para ouvir de você, agora me dá licença que preciso ir embora. – Disse enquanto apertava o botão de destravar o alarme, mas quando fez menção de abrir a porta do carro, fora impedida.

– Foi tudo uma armação! – Disse o jovem, enquanto segurava delicadamente a mão da Hyuuga que permanecera olhando para a abertura da porta. – Não foi o Itachi quem a beijou, foi a Karin e eu a ajudei levando você para o local no momento exato do beijo.

A moça não esboçou nenhuma reação diante dos olhos de Kiba, apenas permaneceu parada com a mão sobre a fechadura da porta, mas através do reflexo do vidro do carro, Kiba pôde ver as lágrimas que caiam sobre o rosto pálido.

– Hina, me desculpe... Me desculpe mesmo, eu fui um idiota estúpido, eu estava tão magoado, mas não tinha o direito de fazer isso e só percebi depois de já ter feito, então... – Fora interrompido.

– Não diz mais nada, por favor, apenas me deixe sozinha. – Terminou abrindo a porta do carro, entrando e partindo, sem ao menos olhar para o lado, deixando Kiba em pé.

“Hina, eu sinto muito...”

...

– Itachi, você é meu amigo e chefe, mas isso é uma loucura muito grande! Ainda dá pra desistir... – Deidara dizia enquanto Itachi subia sobre suas costas para observar a parte dos fundos da casa.

– Shiiiu! Fala baixo, senão seremos descobertos! – Balbuciou o Uchiha. – Está tudo limpo por aqui, assim que eu me explicar com a Hina, terei que avisá-la sobre a segurança falha dessa casa. Agora te deixarei aqui vigiando, me espere, okay? – Alertou, enquanto se apoiava sobre o muro impulsionando-se através dos braços.

“Agora seja o que Kami-Sama quiser!”

...

Hinata chegou em casa depois de ter parado para pensar em um parque no caminho, chorou um pouco e odiou a si mesma por não ter dado chances à Itachi para se explicar, tentou esquecer um pouco desse problema, não queria se dar ao luxo de pensar em si mesma, enquanto seu pai estava em uma cama de hospital à esperando. Saiu do carro, sendo recebida por Hideki, entrou, pediu a Amaya que não se preocupasse com o almoço e subiu direto para seu quarto. Assim que entrou, foi surpreendida por duas mãos que gentilmente taparam sua boca, afim de abafar o grito que ela daria, seus olhos começaram a lacrimejar pelo desespero, mas foi surpreendida pelo abraço que recebera por trás, e logo, percebeu de quem aquele suposto “assaltante” se tratava, suas lágrimas se tornaram mais intensas, só que dessa vez, de alívio; tirou as mãos que estavam sobre sua boca e virou-se sendo surpreendida por um beijo terno e caloroso.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado!! Queridas(os) não temos certeza de que a fic será postada na próxima semana, as coisas estão um pouco complicadas. Agradeço por lerem e até mais!! Beijos Myu.



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